Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16 A 18/02/13A

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

SAÚDE BUSINESS WEB

ONA inicia revisão do manual dos prestadores de Saúde

A nova versão do manual deverá vigorar a partir de 2014 e, entre as alterações discutidas está a maior participação do paciente nas decisões sobre o seu próprio tratamento, como vem sendo preconizado mundialmente
A ONA (Organização Nacional de Acreditação) iniciou a revisão do Manual Brasileiro de Acreditação – Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. Para realizar a tarefa foi criado um comitê técnico, com a participação de representantes da assessoria técnica da entidade e das IACs (Instituições Acreditadoras Credenciadas), para avaliar cada um dos padrões e requisitos do manual e definir as atualizações necessárias.
O grupo realizou as primeiras reuniões ainda no mês de janeiro e tem até a primeira quinzena de março para consolidar e formatar as alterações, que depois disso ficarão disponíveis para Consulta Pública por um prazo de trinta dias.
A nova versão do manual deverá vigorar a partir de 2014 e, entre as alterações discutidas está a maior participação do paciente nas decisões sobre o seu próprio tratamento, como vem sendo preconizado mundialmente.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Sem efeito no comportamento

Remédio utilizado para burlar bafômetro acelera metabolismo, mas não melhora coordenação motora e reflexos

Com a Lei Seca mais rigorosa desde janeiro para os motoristas que forem flagrados dirigindo embriagados, voltam a circular na internet informações de que é possível burlar a fiscalização. No mundo virtual, a informação é que é possível driblar o bafômetro ao tomar alguns comprimidos do princípio ativo pidolato de piridoxina, derivado da Vitamina B6. Indicado para tratamento de pessoas com problemas hepáticos, como cirrose, o remédio age na remoção do álcool dos tecidos e do sangue, conforme a bula,  Com tarja vermelha, deve ser vendido com receita médica.
De acordo com José Luís Maldonado, assessor técnico do Conselho Federal de Farmácia, apesar de o medicamento acelerar o metabolismo do álcool no organismo, ele não elimina os efeitos da substância no comportamento da pessoa. “A coordenação motora e a habilidade dos reflexos não melhoram com o uso do medicamento. Ele não dá condições de dirigir em segurança”, explicou.
Maldonado esclareceu que o medicamento é usado para a recuperação de pessoas que sofrem de intoxicação severa por álcool ou para aquelas pessoas que estão com problemas hepáticos, como cirrose hepática e fígado alcoólico. O remédio provoca também efeitos colaterais, continuou Maldonado. Entre eles, sonolência, dor abdominal, vômito, náusea e, em grandes quantidades, pode levar à trombocitopenia (problema com a capacidade de coagulação).
Paulo Chizzola, gerente e médico do laboratório fabricante, disse que o medicamento não funciona com o fim de burlar o bafômetro. “Ele acelera o metabolismo do álcool no sangue, mas não o anula”, esclareceu e lembrou que a substância deve ser tomada com orientação médica.
Depois da Resolução 432, do Conselho Nacional de Trânsito, o motorista com teor igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar no Teste do Bafômetro será autuado, responderá por infração gravíssima, pagará multa de R$ 1.915,40 e terá a Carteira de Habilitação recolhida.
Além disso, a embriaguez pode ser comprovada por outros sinais, como sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluços, desordem nas vestes, cheiro de álcool no hálito, agressividade, exaltação, arrogância, ironia ou dispersão.
Acompanhamento médico
Chizzola acentuou que o remédio é indicado para tratamento de situações clínicas específicas como intoxicação alcoólica, alcoolismo crônico, fígado gorduroso e hepatite alcoólica, situações clínicas que devem ser diagnosticadas e acompanhadas por médicos. O laboratório reforça que o uso do medicamento também não normaliza prontamente os reflexos alterados pelo uso do álcool.
Segundo o laboratório, não houve aumento  nas vendas do remédio depois dos boatos na internet. O coordenador-geral de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), José Roberto Soares, disse que após vários testes, a corporação não detectou medicamentos capazes de burlar a fiscalização. (18/02/13)
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Sindicalista questiona IML

Sindicato policial diz que instituto utiliza maqueiros como auxiliares de autópsia.Gerência afirma que é intriga de classe

Marcelo Tavares
A falta de número de servidores adequados no Instituto Médico-Legal de Goiânia (IML) tem provocado uma situação em que o próprio Estado se torna conivente com um crime, conforme denunciam funcionários do órgão. Maqueiros de hospitais do Estado, contratados de forma comissionada, e que não foram aproveitados pelas Organizações Sociais (OSs) que assumiram algumas unidades, são aproveitados no IML para desenvolver funções de auxiliar de autópsia, cargo equiparado ao de agente da polícia, e que, entre uma de suas atividades, tem o papel de recolher corpos em locais de crime ou por morte violenta. “Na prática, esses profissionais, que não têm uma ligação efetiva com o Estado, com a conivência da Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ) e da diretoria do IML, estão usurpando uma função pública”, diz o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), Silveira Alves de Moura. A diretoria do IML diz que denúncia não tem fundamento, já que o órgão não tem servidor sobrando e sim faltando, e que, por isso, é necessário a utilização dos maqueiros em alguns serviços. “A denúncia é infundada e acontece por briga de classe”, classificou a gerente do IML, Silvânia de Fátima Coelho Barbosa.
A situação teve início durante a greve da Polícia Civil, quando o então secretário de Segurança Pública, João Furtado Neto, autorizou, por meio de portaria publicada em agosto passado, que os maqueiros que estavam à disposição da Secretaria de Saúde fossem aproveitados para realizar o trabalho de remoção de corpos, diminuindo o tempo de espera em que esses ficavam expostos em vias públicas. O problema é que a portaria que permitia isso não foi derrubada e continua em vigência mesmo com o fim da greve da Polícia Civil e também com a troca de titular na SSPJ, que atualmente tem à frente o secretário Joaquim Mesquita.
“Na época da greve da Polícia Civil, os maqueiros foram encaminhados para trabalhar no IML, mas o que era para ser provisório se tornou permanente”, diz um auxiliar de autópsia do IML, que por proteção e receio de represálias não quer ser identificado. “Eles vão ao local de crime e continuam a recolher corpos, isso tudo com a anuência da Gerência e Supervisão do IML”, explica o servidor. No total, são aproveitados no IML dez maqueiros que no mês de fevereiro já têm as escalas definidas. Geralmente dois maqueiros trabalham por plantão de 24 horas, conforme mostra documento assinado pela gerente do órgão, Silvânia de Fátima Coelho, ao qual o DM teve acesso.
O presidente do Sinpol diz que à época da greve, quando o então secretário João Furtado determinou a função aos profissionais da Secretaria Estadual de Saúde, justificou que a medida era para resgate da dignidade humana. “O problema é que para a remoção do corpo existe todo um procedimento. O corpo traz informações, ele é realmente um corpo de delito. Quando uma pessoa é vítima de arma de fogo, existe todo um cuidado para que a prova do crime – que é bala e que ainda pode estar alojada corpo – não seja maculada. Além disso, por meio de uma bala encontrada no corpo é que polícia pode chegar à identificação da arma que fez o disparo.”
Silveira Alves também relata que os auxiliares de autópsia, após aprovados em concurso, passam por treinamento, e durante a seleção têm toda a sua vida pregressa investigada. “Somos sempre submetidos ao acompanhamento da corregedoria da polícia”. O presidente do Sinpol também ressalta que os profissionais habilitados são representantes do Estado. “A partir do momento de uma morte violenta, o Estado passa a ter custódia sobre aquele corpo para a investigação, e nós somos representantes legais do Estado nesse momento”, explica.
O problema dos maqueiros desenvolver a atividade não é somente pela usurpação da função pública, como alguns servidores indicam, mas suas atuações comprometer investigações. “Em alguns casos, eles nem levam a informação do local do delito para o médico-legista. Os maqueiros não estão capacitados e, por isso, não interagem com as demais autoridades (peritos criminais e delegados) presentes da cena do crime. Isso é importante porque, se tratando de crime, tudo no local é importante. Se a vítima foi baleada em pé, sentada ou deitada, ou se ela foi baleada do lado do motorista ou do carona, tudo influencia na investigação. O médico-legista deve estar inteirado de tudo para realizar o exame cadavérico”, diz Silveira Alves. “Essa falta de noção para o trabalho traz prejuízo para a sociedade, porque isso pode contribuir para mais um crime sem solução”, completa o presidente do Sinpol.
Funcionários do IML dizem que os maqueiros, atualmente, são equiparados à polícia. “Equivocadamente, eles vestem a camisa de Polícia Técnico-Científica (PTC) e alguns andam até armados. Teoricamente, eles não são polícia, mas na prática exercem esse papel. Tudo isso acontece com a conivência da diretoria do IML”, explica o auxiliar de autópsia do órgão.

Gerente rebate acusações de Sindpol
Gerência do IML afirma que, sem profissionais treinados no órgão, serviço pode demorar ainda mais

Marcelo Tavares
A gerente do IML, Silvânia de Fátima Coelho Barbosa, contestou todas as denúncias e afirmou que os maqueiros são responsáveis por uma única função, que é o recolhimento de corpo. “As necropsias, liberação de cadáver, recolhimento de exames e custódia de provas quem faz são os auxiliares de autópsia.” Conforme a gerente, o trabalho dos maqueiros irá continuar enquanto houver pouco efetivo de auxiliares de autópsia no órgão. “Hoje preciso de duas pessoas para o recolhimento de corpo, trabalho que os maqueiros fazem.”
Segundo Silvânia, os maqueiros já estavam adaptados a área da saúde e tiveram treinamentos ministrados pela gerência de ensino do órgão, afirmou ela, contestando a informação repassada por auxiliares de que os maqueiros desenvolvem a atividade sem capacitação para a função. “Eles não caíram aqui de paraquedas. Todos passaram por cursos sobre o que é uma cena de crime, o que pode e que não dever ser feito em um cena de crime, como preservar cena de crime e informações sobre a importância do recolhimento de dados”, informou a gerente.
Sobre prejuízos de informações em cenas de crime, Silvânia informou que nem sempre o local fornece os dados que os profissionais querem, mas que, para isso, o médico do IML tem a doutrinada da medicina legal para auxiliá-lo. “Além disso, a informação do auxiliar de autópsia não é oficial, o que é oficial é o que a Polícia Militar ou delegado da Polícia Civil repassa. As observações que o maqueiro ou auxiliar de autópsia trazem é somente uma informação auxiliar”, frisa Silvânia.
Com relação a utilização de camiseta da Polícia Técnico-Científica, a gerente do IML confirmou a prática e justificou que maqueiros fazem uso dela porque é necessário a caracterização dos profissionais e também porque eles não poderiam trabalhar a paisana. “Como eles explicariam sua função?”, questionou. “A camisa não é o órgão que fornece. Cada profissional compra com recurso próprio, até porque não há um uniforme oficial da PTC. Ninguém, de qualquer cargo no órgão, recebeu camiseta ou recurso para isso.” Silvânia diz que o que os maqueiros não possuem e que é o documento mais importante, é a carteira de polícial civil. Com relação ao porte de arma, ela disse que se algum maqueiro utiliza é de forma clandestina.
Sobre o documento mostrado pela reportagem, em que um maqueiro colocou que um morto foi vítima de tentativa de homicídio, Silvânia diz que o dado não tem muita relevância. “Não é isso que vai constatar a causa da morte, mas, sim, o laudo cadavérico, que é atribuição exclusiva do médico-legista.”
Silvânia Barbosa diz que a denúncia por parte dos auxiliares de autópsia é uma briga de classe, já que os auxiliares querem chamar a atenção e não permitir que outros profissionais assumam a função, mesmo o órgão tendo um déficit de servidores para desenvolver a atividade. “Se tirarmos esses maqueiros, vai haver demora para a remoção de corpos porque não temos efetivo suficiente. Os auxiliares querem a demora para realçar o trabalho deles. Se esses maqueiros são funcionários estaduais, estão regulares na sua contratação e receberam treinamento, estão aptos a desenvolver qualquer trabalho”, ressaltou a gerente do IML.
Atualmente o IML de Goiânia, que também é responsável por remoções em mais 33 municípios nos arredores da Capital, conta com 14 auxiliares de autópsia, eles se dividem em escalas de plantões de 24 horas, que conta com três ou quatro profissionais. Além disso, outros dois maqueiros completam as equipes por cada plantão. Atualmente, segundo Silvânia, seriam necessários pelo menos seis auxiliares de autópsia em cada plantão. E é essa falta de profissionais que ela justifica para dizer que a denúncia de estar havendo usurpação de função pública é infundada. “Usurpação é quando há servidores e impeço o trabalho deles, o que não acontece no IML. O dia em que houver de 35 a 40 profissionais, não vai ser mais necessários estas improvisações”, explica a gerente do IML. Ainda conforme Silvânia, está previsto concurso para o órgão, mas ela não soube precisar datas.
Saúde
Procurada pela reportagem, a Secretária Estadual de Saúde (SES) informou que os ex-maqueiros – que hoje estão à disposição da Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ) com lotação no Instituto Médico Legal (IML) – são servidores comissionados e foram devolvidos para a SES logo que as organizações sociais assumiram as gestões do Hugo e do HGG. “Nesse mesmo momento, a SSPJ encaminhou à SES pedido de disposição desses servidores, alegando déficit de pessoal e, consequentemente, interesse naqueles servidores”, disse a nota.
Ainda, conforme a SES, o órgão seguiu o trâmite específico para servidores comissionados e os devolveu para a Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento (Segplan). “Sendo assim, coube à Segplan colocá-los à disposição da SSPJ, que providenciou a lotação dos mesmos no Instituto Médico Legal (IML). Todos estão na folha de pagamento da SSPJ e com disposição por tempo indeterminado, ou seja, podem ser exonerados a qualquer momento.”  (17/02/3)
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O HOJE

Interior sofre carência de médicos
Mesmo com salários altos, falta de planos de carreira e acúmulo de funções espantam jovens profissionais dos hospitais
Catherine Moraes

Ausência de um plano de carreira, falta de estrutura necessária e acúmulos de funções são os principais pontos, entre outros, responsáveis pelo déficit de médicos no interior do Estado de Goiás. Mesmo com salários que podem chegar a R$ 40 mil mensais, faltam profissionais para exercer a função em pequenas cidades goianas. As justificativas começam pelo contrato, na maioria das vezes, provisório, firmado entre médico e prefeitura, que não garante ao profissional um trabalho contínuo ou mesmo uma carreira. Para tentar reverter a situação, o Ministério da Saúde e faculdades de medicina têm lançado programas para provimento e fixação de residentes e médicos em áreas de maior vulnerabilidade.
Há aproximadamente 40 anos, Vardeli Alves de Moraes, hoje diretor da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), concluía o curso em um cenário muito diferente. “Quando me formei, praticamente todos os meus colegas de sala foram para o interior do Estado. Hoje, os jovens não querem apenas se dedicar à profissão. Eles querem fazer isso em um lugar que também tenham conforto e lazer”, completa.
A afirmação de Vardeli, entretanto, não é acusatória, mas compreensiva pelas dificuldades que deverão ser encaradas por quem aceitar o desafio. Longe da família, amigos e até mesmo dos avanços médicos, os profissionais que se deslocam para áreas de extrema vulnerabilidade geralmente se responsabilizam por uma cidade inteira.
A situação gera um desbalanceamento na quantidade de médicos suficientes para o atendimento da população. Conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS), o parâmetro limite de atenção à saúde da população requer 1 médico para cada 1.000 habitantes. Em levantamento feito em 2010 pelo Conselho Federal de Medicina e pelo IBGE, Goiânia conta com 1 médico para cada 303 habitantes. Já nas cidades do interior, registra-se 1 médico para mais de 1.400 habitantes.
“Eles se sentem inseguros porque a responsabilidade é enorme. Faltam aparelhos, nem sempre os hospitais têm médicos de todas as especialidades e vão cuidar da cidade inteira, de crianças a idosos. E qualquer erro pode ser fatal, ele irá responder a processos e altas indenizações. A rejeição é nítida: quem se forma quer trabalhar em Goiânia ou cidades de médio porte. Sabemos de locais que os salários ofertados são de até 40 mil incluindo benefícios, mas mesmo assim, existe o déficit”, lamenta o diretor.

“Estamos sozinhos em uma cidade sem ter para onde crescer”, é o que diz estudante

No início do mês de janeiro, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, Jeancarlo Cavalcante, teve um vídeo amplamente divulgado na internet sobre falta de material no maior hospital do Estado. A equipe filmou o momento em que ele tentava fechar o tórax de um paciente, mas na unidade de saúde não havia fio de aço, um material que segundo ele é muito barato. Revoltado, ele expôs a situação pelo |Youtube.
Segundo o estudante do 5º ano de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Guilherme Monteiro Nascente, a situação no interior de Goiás não é diferente. “Meu desejo é ser aprovado na residência e continuar em Goiânia. Nosso maior medo no interior é não estar bem auxiliado. Estamos sozinhos em uma cidade sem ter para onde crescer ou aprender. É uma situação muito complicada”, explica.
Diretor do curso de Medicina da UFG, Vardeli explica que a dificuldade em se manter atualizado também é um quesito importante. “De certa forma, o médico fica isolado de outros profissionais da mesma área e o aprendizado fica mais complexo. É como se ele se sentisse estacionado. Apesar disso, a internet tem transformado essa realidade e diminuído as diferenças. Hoje, temos o Tele-Medicina pelo qual cerca de 100 municípios goianos estão interligados. Por meio dele é possível tirar dúvidas com professores da própria universidade e receber ajuda em procedimentos, obter uma segunda opinião”, finaliza.

Insegurança trabalhista impulsiona déficit

Leonardo Reis, presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) afirma que o déficit de médicos em áreas mais distantes de Goiás é uma realidade e cita como principal problema a ausência de uma carreira. “Falta estrutura, rede de laboratórios, condições de trabalho, mas falta, sobretudo, uma carreira planejada. Quando o médico fecha o contrato com a prefeitura ele não sabe sequer se continuará no próximo mandato. Os salários não são tão atraentes porque não existe segurança futura”, diz.
O presidente defende a criação de um plano de carreira similar a de juízes na atualidade. Isso significa dizer que eles vão para o interior no início da carreira, mas possuem perspectiva de retorno para a capital com o passar dos anos e de crescimento da experiência.
A presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde em Goiás (Cosems), Lucélia Borges de Abreu diz que a todo momento os secretários municipais “pedem socorro” ao conselho devido à dificuldade de fixar um profissional nas cidades do interior com menos estrutura. “A reclamação é contínua”, garante.

Internato leva graduandos ao interior de Goiás
Uma oportunidade de conhecer de perto a realidade de cidades que não pertencem à Região Metropolitana e aproximar o estudante da comunidade carente. Esta é o objetivo do Internato Rural, realizado pela UFG e PUC-GO com alunos do 5º ano do curso de Medicina.
Na Universidade Federal, o programa foi criado há aproximadamente 40 anos e hoje é realizado em quatro cidades: Morrinhos, São Luiz de Montes Belos, Jataí e Firminópolis. As unidades funcionam como campus avançado. “O que desejamos é que os alunos conheçam a realidade do interior, do hospital e da comunidade. Principalmente temos a diferença de equipamentos de alta tecnologia como existe hoje no Hospital das Clínicas (HC), onde é feita a residência”, explica.
Guilherme Monteiro realizou o internato pela PUC-GO no início deste ano e foi deslocado, junto com duas colegas de classe para a cidade de Palminópolis, município localizado a 122 km da capital. Durante cerca de 30 dias eles foram acompanhados por um Staff, o médico que os supervisiona.

Programa bonifica residência que atue na atenção a vulneráveis

A necessidade de preencher as vagas e proporcionar atendimento às comunidades mais distantes de capitais fez com que o Ministério da Saúde criasse o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). Assim como ocorre em outros países do mundo, médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas recém formados recebem incentivos para trabalharem nessas localidades.
Neste ano, pelo menos 6,7 mil médicos se inscreveram no programa que abrange curso de especialização em Saúde da Família e bolsa federal no valor de R$ 8 mil mensais. As inscrições terminaram no último dia 5 e os médicos têm até o dia de hoje para escolher o município pelo site http://provab2013.saude.gov.br.
“O principal objetivo do programa é complementar a formação médica com a atuação supervisionada na Atenção Básica de áreas vulneráveis, mais pobres ou no interior do País”, afirmou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
A especialização tem duração de 12 meses e engloba aulas teóricas ministradas por Ensino à Distância (EAD) pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnA-SUS). Além disso, conta também com atividades práticas na Atenção Básica, sob supervisão de instituições de ensino superior (IES) e acompanhamento dos gestores locais. Quem for bem avaliado recebe pontuação adicional de 10% nos exames de residência médica.
Pelo menos 2 mil municípios brasileiros participam do programa e os inscritos puderam selecionar uma opção de cada um dos seis perfis estabelecidos pelo Ministério da Saúde como áreas prioritárias – capital ou região metropolitana; população maior que 100 mil habitantes; intermediário; população rural e pobreza intermediária; população rural e pobreza elevada; e populações quilombola, indígena e dos assentamentos rurais.

Profissionais do Provab recebem suporte técnico

Quem participa do Provab tem acesso às ferramentas do Telessaúde Brasil Redes, programa do Ministério da Saúde. O Telessaúde orienta profissionais da Atenção Básica com teleconsultorias com núcleos especializados. Outra ferramenta disponível é o Portal Saúde Baseada em Evidências, uma plataforma que disponibiliza, de forma gratuita, um banco de dados com documentos científicos, publicações sistematicamente revisadas e outras ferramentas (como calculadoras médicas e de análise estatística). O objetivo é garantir auxílio na tomada de decisão no diagnóstico, tratamento e gestão. (17/02/13)
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O POPULAR
Operação Fundo Corrosivo

Juíza recebe denúncia contra envolvidos

Suposta fraude teria ocorrido com a utilização indevida de fundo rotativo em hospitais públicos da região metropolitana de Goiânia
Alfredo Mergulhão

A Justiça Estadual abriu processo criminal contra 21 pessoas, entre empresários, funcionários e ex-diretores de 4 hospitais da rede pública situados na região metropolitana de Goiânia. A denúncia é proveniente das investigações da Operação Fundo Corrosivo, deflagrada em setembro de 2011 pelo Ministério Público de Goiás (MP), que apurou o uso indevido de recursos do fundo rotativo das unidades de saúde.
Os acusados vão responder criminalmente por formação de quadrilha, falsificação de documentos, omissão e dispensa irregular de licitação. De acordo com o MP, o esquema de fraudes teria ocorrido em 2010 e resultado no desvio de verbas públicas do fundo rotativo por meio de reiterados crimes de dispensa ilegal de licitação.
A denúncia foi protocolada em novembro de 2011, mas somente na semana passada foi aceita pelo Poder Judiciário. Como alguns denunciados são servidores públicos, eles gozaram da prerrogativa de fazer defesa prévia. Todos pediram a rejeição da denúncia em suas argumentações.
A juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, negou as alegações de 12 servidores públicos. Na decisão, ela afirma ter verificado a “existência de indícios suficientes de autoria e materialidade dos fatos”, o que configura a “justa causa” necessária ao recebimento da denúncia. A magistrada sustenta a decisão em documentos, interrogatórios e depoimentos constantes nos autos provenientes da investigação criminal realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP. Os acusados têm dez dias para apresentar resposta à acusação.
Os fundos rotativos foram criados em 2003 por meio de lei e estão vinculados à Secretaria Estadual de Saúde (SES). Seus recursos devem ser destinados para cobrir despesas de serviços e produtos, respeitando o limite de R$ 8 mil para dispensar licitação. Entre os usos possíveis do fundo rotativo, estão reparos de móveis, máquinas, aparelhos, veículos e imóveis, além de comunicação em geral, diárias, passagens, locomoção e combustível.
Ao longo de oito meses de investigação, o Gaeco constatou que os envolvidos fracionavam custos de despesas para o valor não ultrapassar R$ 8 mil e, assim, as licitações serem dispensadas. Para o promotor Denis Bimbati, um dos autores da denúncia, essa era uma forma de burlar a lei.
Segundo o Gaeco, os documentos fornecidos pela própria SES indicam que, entre meados de 2009 e no decorrer de todo o ano de 2010 foram repassados aos fundos rotativos dos quatro maiores hospitais públicos do Estado cerca de R$ 18,2 milhões. As suspeitas de fraudes são no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa).
Entre os acusados estão os ex-diretores do Hospital de Urgência de Goiânai (Hugo), Salustiano Gabriel Neto; do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Boaventura Braz de Queiroz; do Hospital Geral de Goiânia (HGG), André Luiz Braga; e do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), Gelson José do Carmo, além da ex-diretora administrativa do Huapa, Lázara Maria de Araújo Mundim de Souza (veja quadro).
A juíza Placidina Pires também manteve a decisão cautelar de afastamento de quatro servidores públicos efetivos denunciados: Tânia Felix dos Santos, gestora do fundo rotativo do Hugo; Adailton Junio Silva, do setor financeiro do Hugo; Telma dos Santos Sousa, gestora do fundo rotativo do HDT; e Leonízia da Silva Santos, gestora do fundo rotativo do HGG.

Diretores rebatem acusações

O POPULAR ouviu, ontem, dois dos quatro ex-diretores dos hospitais públicos envolvidos na Operação Fundo Corrosivo. Boaventura Braz de Queiroz, que respondia pelo Hospital de Doenças Tropicais (HDT), disse que ainda não conhece o teor da denúncia e, só depois de ter acesso ao processo, vai se pronunciar.
Salustiano Gabriel Neto, ex-diretor do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), soube da decisão judicial pela reportagem. “Em uma defesa prévia, já anexei todos os documentos referentes ao caso. Quem fez a denúncia, na época, fui eu, e, agora, sou o chefe da quadrilha”, lamenta, destacando que chegou a solicitar sindicância sobre as irregularidades na unidade.
André Luiz Braga, ex-diretor do Hospital Geral de Goiânia (HGG), e Gelson do Carmo, ex-diretor do Hospital de Urgências de Aparecida (Huapa), não retornaram as mensagens deixadas em seus celulares. (18/02/13)
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Coluna Giro – OSs reclamam de burocracia e atraso nos pagamentos do Estado

Representantes de organizações sociais (OSs) que administram os principais hospitais públicos da rede estadual reclamaram ontem, em reunião promovida pelo próprio governo, da burocracia e do atraso nos repasses do Estado. O pessoal do Hurso (Santa Helena) disse que o último recebimento foi em novembro. Membros da OS que administra o Hugo reclamaram do atraso no aditivo ao contrato para ampliar os leitos de UTI. Mostraram fotos da fachada do hospital, que recebeu por nova pintura, mas reclamaram das instalações elétrica e hidráulica, que deveriam ter sido reformadas pela Agetop. Fontes da Secretaria de Saúde afirmam que as reclamações das OSs são pertinentes, por conta da burocracia para renovar os contratos, e que o problema já foi tratado nas reuniões semanais com o governador Marconi Perillo (PSDB). (16/02/13)
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Cartas dos Leitores – Melhorias no Imas

É preciso que o atual governo municipal, com todo o respeito, agora capitaneado por um médico de boa formação ética e profissional, Paulo Garcia, dê muita atenção ao que vem ocorrendo ao Instituto Municipal de Assistência à Saúde (Imas), que é responsável pela saúde de seus funcionários e famílias. Ele vem sofrendo problemas de gestão que deixaram muito a desejar, principalmente no que se refere ao quesito atendimento médico, hospitalar e laboratorial, pela defasagem em sua tabela de preços nos atendimentos e pelo não cumprimento de suas obrigações sociais e comerciais.
As inúmeras reclamações de seus prestadores de serviço procedem, para não falar no constante constrangimento de seus usuários diante da ineficácia do serviço a que estão submetidos. É preciso lembrar de que se trata de um plano de saúde e que seus usuários cumprem religiosamente o dever de pagá-lo mensalmente pela retirada em seus salários. O Imas tem de deixar de ser pensado na política partidária, como trocas de amabilidades entre políticos e religiosos e, definitivamente, partir para uma séria política de saúde. Que o bom senso oriente a sua diretoria e que esta seja dirigida por um profissional médico dotado de conhecimentos técnico-administrativos. É o que temos a reivindicar dos nossos superiores, na certeza de um pronto atendimento.
Roberto de Moraes Jardim – Setor Bueno – Goiânia (17/02/13)
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Medicina em Goiás
A cidade de Goiás tem um povo guerreiro e determinado, e muito me honra e envaidece fazer parte desse povo, que levanta bandeiras, que defende as causas vilaboenses.
A busca pelo reconhecimento da cidade como Patrimônio Mundial da Unesco, a reconstrução parcial do centro histórico após a enchente, o retorno da antiga Escola Técnica Federal e o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) foram algumas conquistas dos poderes públicos juntamente com a comunidade, que nunca mediu esforços para buscar benefícios para a velha capital.
Agora, a nossa nova missão é lutar incansavelmente pela instalação da Faculdade de Medicina da Cidade de Goiás, um projeto ousado e necessário não somente para o nosso município, mas para as regiões do Centro-Oeste goiano e do Vale do Araguaia.
O desejo das entidades envolvidas neste movimento vem ao encontro da ideia da presidente Dilma Rousseff, que pretende distribuir faculdades de medicina pelo País, em regiões que necessitam de profissionais da área. E a cidade de Goiás, por certo, servirá como laboratório, como uma grande multiplicadora de profissionais que sempre foi. Daqui saíram grandes médicos, dentistas, jornalistas, advogados, juízes, desembargadores, farmacêuticos, engenheiros, arquitetos, enfim, profissionais honrados que dignificam o berço da cultura goiana.
Mais uma vez buscamos os meios de comunicação do Estado para pedir aos vilaboenses presentes e ausentes, aos goianos e ao poder público que lembrem sempre que Goiás nasceu aqui.
Marco Antonio Veiga- Cidade de Goiás – GO (16/02/13)
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Dengue em Aragarças
Aragarças vem registrando, neste verão, elevados índices de vítimas do mosquito da dengue, devidamente comprovados pelo grande número de pacientes que chegam diariamente ao Hospital Getúlio Vargas com sintomas da doença. Nem mesmo os mutirões de limpeza promovidos pela prefeitura estão sendo suficientes para combater este mal que assusta todos nós.
Ao secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, fazemos aqui um apelo no sentido de determinar a remoção de 212 veículos recolhidos há mais de cinco anos no pátio de apenas 900 metros quadrados do Comando da Polícia Militar, localizado no centro da cidade. O agravante é que ao lado do depósito funciona uma escola com frequência diária de 150 alunos. Quem pode nos garantir que o local não seja uma fonte produtora, em potencial, do mosquito da dengue?
Claudemiro Souza Luz – Aragarças – GO(16/02/13)

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Enfrentamento às drogas
A propósito de matéria veiculada na edição de ontem na página 3 do POPULAR (Combate às drogas – Grupo se reúne pela primeira vez), onde diz que as “ações começam a ser discutidas” e “sejam alinhadas em torno de uma ideia”, colocando como sendo dito pela presidente do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (GEED) que o “Estado não possui qualquer política sobre combate e prevenção contra drogas”, temos a esclarecer algumas questões.
O governo de Goiás desenvolve vários programas de prevenção, enfrentamento e combate às drogas, com ações efetivas para barrar o crescimento do número de usuários, pelo tratamento dos dependentes químicos e de combate ao tráfico de drogas.
A atual gestão também priorizou recursos na ordem de R$ 89,6 milhões para o período de 2012 a 2014 dentro das ações do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI) para prevenção, tratamento, reinserção, reabilitação e repressão ao uso e tráfico de drogas.
Criou também, recentemente, o próprio Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas com o objetivo de coordenar e operacionalizar todas as ações, programas e políticas sobre drogas no Estado. O GEED será responsável pelo alinhamento destas ações na busca de maior qualidade e efetividade, bem como pela interlocução com os órgãos estaduais, municipais, federais e a sociedade civil organizada. O GEED é composto por oito órgãos da administração estadual: Secretarias da Educação, Saúde, Segurança Pública, Gestão e Planejamento, Cultura, Cidadania e Trabalho, Esporte e Lazer e Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg).
Todos os projetos e programas que estão em execução receberão o apoio do grupo executivo no sentido de reforçar e ampliar as ações no Estado como, por exemplo, o Projeto Escola Sem Drogas e o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Só em 2012, o Proerd atendeu 872 escolas em 107 municípios e 59.331 alunos.
Além dessas, existem várias outras ações que estão em execução visando à prevenção, ao tratamento, reabilitação, reinserção dos usuários de drogas e ao combate ao tráfico. O Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas está à disposição para esclarecer dúvidas no que concerne à sua área de atuação.
Joelma Fernandes – Secretária-executiva do GEED (16/02/13)
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Saúde
Denúncia de foco de dengue chega a 1,6 mil em um mês

Telefone da Prefeitura não para de receber indicações de imóveis que precisam ser vistoriados. Ainda restam mais de 900 locais para serem visitados
Camila Blumenschein

Incomodado com a água parada na piscina do vizinho, no Setor Marista, e com medo da dengue, o administrador Altivo Lopes, de 65 anos, resolveu denunciar. Ele ligou na Prefeitura no dia 30 de dezembro. Como a piscina continuava do mesmo jeito, com a água escura, Altivo decidiu cobrar a visita e ligou outras quatro vezes, sempre obtendo a mesma resposta dos atendentes, de que as providências ainda serão tomadas. A demora da realização da visita ao imóvel denunciado por Altivo é um reflexo da grande quantidade de denúncias que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem recebido. Da segunda semana de janeiro até quinta-feira o número já ultrapassava 1.680. Ainda faltavam 900 imóveis para serem visitados.
Conforme o diretor de vigilância em saúde ambiental da SMS, Luiz Elias Camargo, em janeiro teve início um boom de denúncias de moradores da capital apontando imóveis com prováveis focos da dengue. Para atender a demanda, a SMS montou uma equipe de agentes para realizar visitas específicas nos locais relacionados nas denúncias. “Antes da explosão de denúncias as visitas eram feitas dentro da rotina dos agentes. Agora, com este número alto, foi preciso montar este grupo, que até agora conta com 12 agentes que circulam pelos imóveis de moto e contam com reforço de outros agentes, em casos de necessidade”, relata.
Nos dias 7, 8 e 9 a equipe visitou 782 imóveis de Goiânia relacionados nas denúncias. Destes, segundo Luiz Elias, 375 tinham focos do mosquito Aedes aegypti. “O número é alto e demonstra que ainda há descaso das pessoas com o combate à dengue.” O diretor de vigilância em saúde ressalta que a maioria dos focos foi encontrada em material descartável jogado em áreas e quintais, ralos de banheiro, calhas e pneus.
Luiz Elias frisa que são comuns casos em que a pessoa denuncia a casa do vizinho, mas o foco é encontrado na residência dela mesma. “As pessoas na vizinhança pegam dengue e começam as denúncias. Muitas vezes o foco é encontrado na casa de quem denunciou”, comenta.
A epidemia de dengue vivida em Goiânia tem deixado muitos moradores preocupados como o administrador Altivo Lopes. “Vejo aquela piscina da janela do meu apartamento e fico revoltado. Já peguei dengue uma vez e não quero pegar nunca mais”, afirma. A artista plástica Eneida Thomé Mendonça, de 53, conta que também denunciou um imóvel localizado em frente ao seu prédio, no Setor Nova Suíça, no ano passado, e não percebeu mudanças durante mais de dois meses. “A síndica do prédio também fez a mesma denúncia e nada mudou. A água da piscina já estava preta. Foi somente na semana passada que os moradores resolveram limpá-la.”
Luiz Elias destaca que há algumas dificuldades para a realização das visitas como a chuva e os imóveis fechados. “Quando está chovendo é muito difícil fazer as visitas e colocar o veneno em alguns locais”, afirma. Imóveis confirmados como abandonados são abertos pelos agentes com a ajuda de um chaveiro, na presença da Polícia Militar.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação