Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16 A 18/08/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Saúde – Andropausa é tabu para homens
• Dia de urna
• Saúde – Aumentam mortes por depressão
• Indústria farmacêutica – Goiás produz 32% dos remédios
• Os perigos do sódio


O POPULAR

Saúde
Andropausa é tabu para homens
Queda brusca de testosterona, comum a partir dos 50 anos, causa cansaço, perda da libido e irritabilidade
Janda Nayara
Cansaço, indisposição para o sexo, irritabilidade e acúmulo de gordura abdominal em homens com mais de 50 anos, apesar de serem atribuídos ao envelhecimento, podem ser sintomas da andropausa, uma espécie de menopausa masculina, que diminui drasticamente os níveis hormonais e exige cuidados.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), cerca de 20% dos homens entre 50 e 60 anos apresentam sintomas do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Este número aumenta para mais de 80% após os 80 anos.
SINTOMAS
Para o médico Wilson Della Paschoa Júnior, urologista e nutrólogo, os sintomas são novos até mesmo para a medicina, que não os relacionavam com a brusca queda da testosterona. “Antes se pensava que depois de certa idade seria natural o homem ficar mais triste, apático, sem desejo sexual. Daí vinha aquela afirmação – Tô ficando velho!”
Diferente da menopausa, que é diagnosticada com o fim da menstruação e fortes ondas de calor, a andropausa não tem características tão marcantes. “É um processo mais complexo, lento e progressivo. A partir dos 35 anos, o nível de testosterona já cai meio porcento ao ano. Aos 40 anos cai 1% e ao 70 anos, o homem tem apenas um terço do hormônio que tinha aos 20”, afirma Paschoa.
Entre os sintomas frequentes relatados pelos pacientes do urologista e nutrólogo estão indisposição, tendência a se cansar facilmente, perda de pelos, queda de cabelos, perda de massa muscular, diminuição da libido e irritabilidade. Segundo o médico, dificuldades de ereção também podem acontecer, mas são mais raras.
De acordo com Paschoa, este declínio de testosterona pode acarretar riscos em outros problemas de saúde, como doenças cardíacas, hipertensão e ossos frágeis. “Muitas doenças poderiam ser evitadas com o tratamento correto. A depressão é uma delas.”
DIAGNÓSTICO
O exame de sangue é a melhor forma para diagnosticar a andropausa e calcular a dosagem da testosterona no sangue. Outros exames também precisam ser realizados para anular possíveis causas da baixa testosterona.
O POPULAR entrevistou mais de 20 homens com idade entre 45 anos e 77 anos e constatou que, apesar de conhecer o nome “andropausa”, a maioria deles desconhece os sintomas relacionados a esta fase. A maioria das respostas se limitou a “é a menopausa do homem.” Apenas dois homens souberam citar complicações ligadas à diminuição da testosterona.
O empresário Valentim Moreira Junior, de 55 anos, foi orientado pelo médico com quem faz exames periódicos. “Meu urologista sempre pede exames para medir o nível hormonal, mas me disse que por enquanto está normal.”
Já o também empresário Ataualpa Borges, de 56 anos, soube descrever bem os sintomas. “Aumento de tecido adiposo, principalmente na região abdominal, fraqueza muscular e menor apetite sexual.”
O desconhecimento faz com que poucas pessoas se tratem. Segundo o urologista consultado, pesquisas apontam que a cada 100 mil americanos com sintomas da andropausa, apenas 10 mil estão em tratamento. “No Brasil os números são ainda menores, muitas vezes pela resistência do homem em procurar tratamento adequado com o médico urologista e até mesmo por desconhecimento de médicos não especialistas.”

Reposição hormonal ameniza os sintomas

Assim como o tratamento da menopausa, quando diagnosticada a andropausa, os sintomas do homem também podem ser combatidos com a reposição hormonal. Segundo Paschoa, a reposição da testosterona pode ser feita por meio de injeções – via antiga -, gel e implantes hormonais.
Apesar de existir tratamento, o médico afirma que muitos homens ainda têm receio. “Tem aquele tabu de que reposição hormonal é para tratar apenas disfunção erétil”, acentua Paschoa.
O urologista explica que a reposição hormonal é diferente do uso de esteroides, ilegalmente utilizados em academias para aumentar a massa muscular. “Estes são de origem duvidosa e não há supervisão industrial. Há jovens que utilizam doses de duas a 20 vezes maiores do que a permitida, inibindo as dosagens de hormônios naturais.”
A consequência do uso irregular, segundo o médico, são homens de 20 anos com taxas hormonais de 70 anos. “Aí entra os temido efeitos sexuais, baixa libido e até mesmo a impotência”. (18/08/14)
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Dia de urna
Médicos goianos vão votar dia 25 na escolha dos novos representantes goianos no Conselho Federal de Medicina (CFM). Duas chapas disputam a eleição: a Ética e Responsabilidade, com os médicos Salomão Rodrigues Filho e Lueiz Amorim Canêdo, e a Mudança com Ética, formada por Nelson Remy Gillet e Eliana Frota. (17/08/14)
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Saúde
Aumentam mortes por depressão
São Paulo – Em 16 anos, o número de mortes relacionadas com depressão cresceu 705% no País, mostra levantamento inédito feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nos dados do sistema de mortalidade do Datasus. Estão incluídos na estatística casos de suicídio e outras mortes motivadas por problemas de saúde decorrentes de episódios depressivos. Foi a depressão, somada à dependência química, o que provavelmente levou o ator americano Robin William, de 63 anos, a se matar, na segunda-feira.
Os dados mostram que, em 1996, 58 pessoas morreram por uma causa associada à depressão. Em 2012, último dado disponível, foram 467. O número total de suicídios também teve aumento significativo no Brasil. Passou de 6.743 para 10.321 no mesmo período, uma média de 28 mortes por dia. As taxas de suicídio são muito superiores às mortes associadas à depressão porque, na maioria dos casos, o atestado de óbito não traz a doença como causa associada.
No Brasil, a faixa etária correspondente à terceira idade é a que reúne as estatísticas mais preocupantes. No caso de mortes relacionadas à depressão, os maiores índices estão concentrados em pessoas com mais de 60 anos, com o ápice depois dos 80 anos.
No caso dos suicídios, embora os números absolutos não sejam maiores entre os idosos, a maior taxa de crescimento no período analisado ocorreu entre pessoas com mais de 80 anos. Entre 1996 e 2012, o suicídio cresceu 154% nesta faixa etária.

Dois fatores principais
Segundo especialistas, o aumento de suicídios e de mortes associadas à depressão está relacionado com dois principais fatores: o aumento das notificações e o crescimento de casos do transtorno. “Como o assunto é mais discutido hoje, há maior procura por atendimento médico e mais diagnósticos. Mas também está provado, por estudos epidemiológicos, que a incidência da depressão tem aumentado nos últimos anos, principalmente nos grandes centros”, diz Miguel Jorge, professor associado de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (17/08/14)
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Indústria farmacêutica
Goiás produz 32% dos remédios
Estado tem o segundo maior parque do País, com 22 laboratórios, que produzirão 1,3 bilhão de caixas este ano
Lúcia Monteiro

A indústria goiana de medicamentos, que já é referência nacional, não para de crescer. Este ano, os 22 laboratórios que fabricam medicamentos no Estado produzirão 1,3 bilhão de caixas de remédios, um crescimento de 18% sobre as 1,1 bilhão de caixas que saíram das linhas de produção goianas no ano passado. Isso deve equivaler a 32% da produção nacional de medicamentos, que deve fechar o ano com 4 bilhões de caixas de remédios.
A produção goiana cresceu muito baseada no avanço dos medicamentos genéricos (cópias de medicamentos inovadores cujas patentes já expiraram). Porém, Goiás também já é referência em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos que chegam ao mercado.
Muitas indústrias goianas foram adquiridas ou fizeram fusão com importantes multinacionais do segmento, que trouxeram muitas novidades em medicamentos e ampliaram o portfólio do Estado. Entre os exemplos, estão a chegada da Hypermarcas, que adquiriu o Laboratório Neo Química, hoje Brainfarma, e da Pfizer, que em 2010 comprou 40% do Laboratório Teuto e trouxe muita tecnologia para Goiás.
INOVADORES E GENÉRICOS
Hoje, o Estado produz medicamentos inovadores, genéricos, correlatos, como água oxigenada e mercúrio cromo, similares, isentos ou não de prescrição médica e soros. “Somos o segundo maior fabricante do Brasil, atrás apenas de São Paulo”, destaca o presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soares.
Além do consumidor direto, a produção goiana de medicamentos também atende governo e hospitais. O arranjo produtivo local (APL) farmoquímico e farmacêutico, que conta com 60 empresas, distribuídas principalmente em Anápolis, Goiânia e Aparecida de Goiânia, também abriga importadoras de matérias-primas que são fracionadas e vendidas para indústrias farmacêuticas e farmácias de manipulação.
O Laboratório Gênix, também instalado em Anápolis, é o único fabricante nacional de cápsulas gelatinosas duras. De acordo com Marçal Henrique, Goiás também é um dos dois únicos fabricantes nacionais de um produto usado em cirurgias plásticas. Segundo ele, medicamentos de alto custo e da cadeia fria (biomedicamentos) são importados e distribuídos para todo o País a partir da cidade de Anápolis.
O Estado também abriga a indústria com maior capacidade de produção no País: o Laboratório Brainfarma, subsidiária industrial do grupo Hypermarcas, instalado no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), onde estão16 indústrias farmacêuticas e farmoquímicas. Só o Laboratório Brainfarma, que possui 107 mil metros quadrados de área construída, produz 6 bilhões de unidades de produtos por ano e gera 2,9 mil empregos no município.
DEMANDA
Outra indústria que se destaca pelo grande volume de produção em Anápolis é o Laboratório Teuto, há 22 anos em Goiás. Seu presidente executivo, Marcelo Leite Henriques, informa que são produzidos 700 milhões de comprimidos mensais, 5 milhões de bisnagas de semi-sólidos (pomadas), 18 milhões de ampolas injetáveis e 4 milhões de frascos injetáveis. Segundo ele, a produção do laboratório dobra de tamanho a cada três anos e 5% é vendida no mercado externo para países da África, América Central e Oriente Médio.
O Laboratório Teuto, que começou a funcionar em 2001 com 40 mil metros quadrados de área, hoje possui 105 mil metros quadrados de área. E Marcelo informa que já existe um projeto para construção de uma nova fábrica no mesmo local, pois a empresa já ocupa 100% da capacidade instalada. Só nos últimos dois anos, foram investidos R$ 80 milhões na ampliação da produção do laboratório, inclusive com novas máquinas.
Nos próximos dois anos, serão mais R$ 170 milhões que elevarão a capacidade de sólidos em 60%, chegando a 1,5 bilhão de comprimidos mensais. Só este ano, serão investidos R$ 20 milhões na aquisição de máquinas para elevar a capacidade da fábrica de sólidos. De acordo com Marcelo, a demanda é maior que a produção e vem do crescimento dos genéricos, similares e medicamentos sem prescrição. “A fusão com a Pfizer trouxe mais tecnologia e qualidade de produção e gestão. Em breve, lançaremos novos produtos”, adianta o presidente executivo.
Vale lembrar que os comprimidos representam 52% da produção goiana de medicamentos. Marçal Henrique atribui o desempenho do polo goiano aos incentivos fiscais, que atraíram vários investimentos para a Região Centro-Oeste, além de uma localização estratégica. “A facilidade de interlocução do setor privado com o governo também acelera os projetos”, destaca o presidente executivo do Sindifargo.

Empresas goianas crescem em importância
O País conta com menos de 200 laboratórios farmacêuticos, número que vem diminuindo com as fusões. Para o presidente executivo da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Analac), Henrique Tada, o polo farmacêutico de Goiás está crescendo porque concentra laboratórios nacionais que estão investindo pesado no desenvolvimento de medicamentos, com muitos projetos de expansão.
Segundo ele, as empresas do Estado estão numa fase de desenvolvimento tecnológico de novos produtos. “O Geolab é um bom exemplo de empresa que está sendo reconstruída rapidamente com instalações ainda mais modernas”, destaca. Outro bom exemplo, segundo ele, é o da Hypermarcas, que inaugurou no Estado a maior unidade de produção de medicamentos do País em capacidade de produção.
FATIA DE MERCADO
Para ele, a indústria goiana cresce em importância e ajuda a produção nacional a crescer num ritmo maior que as multinacionais, conquistando a maior fatia do mercado brasileiro. Há cerca de 10 anos, a indústria nacional respondia por 30% da produção dos medicamentos consumidos no varejo. Hoje, esse volume já superou os 60%. “Isso mostra a pujança da indústria nacional de medicamentos”, ressalta Henrique.
Goiás já conta até com o Instituto de Ciências Farmacêuticas de Estudos e Pesquisas (ICF), que trabalha em parceria com as indústrias do setor no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos farmacêuticos. O ICF presta serviços de desenvolvimento e validação de métodos analíticos e bioanalíticos, controle de qualidade de medicamentos, equivalência e bioequivalência farmacêutica.
EXPORTAÇÕES
No primeiro semestre deste ano, Goiás exportou medicamentos para 14 países. Este ano, já são 19 compradores. O superintendente de Comércio e Serviços da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), Danilo Ferreira Gomes, informa que, além do aumento do número de destinos para as exportações goianas, alguns compradores também passaram a importar mais de Goiás, como o Chile, que comprou 400% mais que no mesmo período do ano passado, e da Angola, com aumento de 139%.
Este ano, as exportações cresceram quase 27%. Danilo lembra que a indústria farmacêutica goiana está muito preparada para o mercado externo, principalmente com a estruturação de suas plantas fabris. Porém, o foco ainda é o mercado interno, de onde vem a maior demanda.
Os medicamentos também respondem por 32% de tudo que Goiás importa de outros países, graças à importação de insumos para produção. Mas, este ano, as importações caíram, já que muitas indústrias haviam importado um grande volume no ano passado e algumas passaram a produzir insumos no Brasil.
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Meta é crescer mais este ano
Equiplex, de Aparecida, um dos maiores produtores de injetáveis do País, quer expandir produção em 30%

Em Aparecida de Goiânia, a indústria farmacêutica Equiplex está entre os maiores produtores nacionais de soluções injetáveis de uso médico-hospitalar. São repositores hidroeletrolíticos (soros diversos), analgésicos e antitérmicos, de grande e pequeno volume, e soluções de glicose de várias concentrações, de acordo com a patologia. Este ano, a indústria deve produzir até 70% de sua capacidade, que é de 250 milhões de unidades anuais de produtos.
O laboratório, que começou em Goiânia com apenas 400 metros quadrados, hoje ocupa 14 mil metros quadrados em Aparecida e já conta com um centro de distribuição no município.
“Este ano, teremos um crescimento de 30% sobre 2013, que não foi um ano muito bom”, destaca o diretor do Equiplex, Heribaldo Egídio. Segundo ele, mesmo sem atingir a capacidade máxima, o laboratório já opera em três turnos.
O empresário acredita que só não existem mais projetos de expansão em andamento porque existe uma certa cautela do empresariado em relação à economia atualmente. “Nós mesmo temos uma plano aguardando o desenrolar das eleições”, ressalta.
RECONSTRUÇÃO
Depois de sofrer um incêndio em novembro do ano passado, o Laboratório Geolab, que gera 1,1 mil empregos em Anápolis, já retomou sua produção, que ficará em 520 milhões de caixas de produtos como anti-hipertensivos, antiinflamatórios e analgésicos este ano. O diretor do Geolab, André Hajjar, informa que a produção é vendida para todo o País. “Já retomamos 80% da produção e a meta é chegar aos 100% em janeiro de 2015”, destaca.
No mercado desde 2002, a Gênix Indústria Farmacêutica dobrou sua área construída de 9 mil metros quadrados para 17,8 mil metros quadrados. A empresa é a única produtora de cápsulas gelatinosas duras do País, com uma produção mensal de 900 milhões de unidades este ano, vendidas em todo País e América do Sul. O volume é 20% maior que as 750 milhões de unidades mensais produzidas no ano passado graças à aquisição de três novas máquinas
Para o diretor da empresa, o empresário Ivan da Glória, o mercado de medicamentos é muito promissor com a população envelhecendo mais e o aumento da renda. Outra empresa do grupo também produz bisnagas de alumínio para pomadas e tinturas de cabelo. Além disso, importa e fraciona insumos vendidos para laboratórios e farmácias de manipulação. No total, o grupo emprega 600 pessoas em Anápolis. “Nossa produção é impulsionada pela fabricação de genéricos e similares”, destaca.
AQUISIÇÕES
Entre as recentes aquisições do setor em Goiás, estão a compra do Laboratório Novafarma pelo grupo alemão Fresenius Kabi, da TKS pelo indiano Sanfarma e de uma divisão do Cifarma pelo espanhol Mabra. “Temos muitos grupos americanos, alemães, holandeses, indianos, chineses e espanhóis investindo aqui, com fusões e aquisições”, destaca o presidente executivo do Sindifargo, Marçal Henrique Soares.
Ele lembra que esses investimentos contribuíram para ampliar o parque farmacêutico do Estado. “Outro bom exemplo é o do grupo Hypermarcas, que transferiu toda sua produção para cá, impulsionando muito a produção goiana”, completa.

Genéricos deram impulso ao setor
Goiás, o segundo maior fabricante de genéricos do Brasil, produz 27% desses medicamentos no País, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a Pró Genéricos, que reúne as 14 maiores empresas fabricantes do Brasil, que respondem por cerca de 90% das vendas desses medicamentos.
Para a presidente da Pró Genéricos, Telma Salles, os genéricos foram responsáveis pelo crescimento de muitas empresas no mercado, principalmente em Goiás. “Elas viram neles uma grande oportunidade e acertaram”, destaca. Segundo ela, Goiás já é um polo de destaque nacional por causa de uma capacidade tecnológica e produtiva. Laboratórios como o Teuto, Brainfarma (Hypermarcas), Cifarma e Geolab possuem linhas expressivas de genéricos.
PESQUISA
Telma ressalta o fato dos laboratórios goianos terem uma produção expressiva e estarem investindo muito em pesquisa e desenvolvimento, ganhando cada vez mais importância tecnológica. “A indústria do mundo inteiro começou a enxergar melhor o mercado brasileiro a partir da expansão dos genéricos”, destaca a executiva.
Hoje, 30% dos medicamentos consumidos no mercado são genéricos. A Lei 9.787, de 1999, que estabeleceu a criação da política de medicamentos genéricos no País e regulamenta a produção e comercialização desses produtos, diz que eles devem custar, no mínimo, 35% menos que os medicamentos de referência.
Porém, Telma lembra que pesquisas já mostraram que os genéricos chegam a custar 60% menos, o que mostra a importância deles para a economia e para o maior acesso aos tratamentos de saúde. O maior portfólio de genéricos é para o tratamento de doenças degenerativas, como hipertensão, colesterol e diabetes, que podem causar muitos danos ao paciente. No Brasil existem hoje 117 fabricantes de genéricos. (17/08/14)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Os perigos do sódio
ELPIDES CARVALHO
Seu excesso está ligado ao aumento no risco de doenças. Os médicos indicam a diminuição do seu consumo. A preocupação é tanta que o Ministério da Saúde entrou na luta e conseguiu diminuir a quantidade do elemento em 1.300 toneladas
Com um cotidiano agitado e vivendo a busca incessante pelos bens tecnológicos da modernidade, fica difícil abrir mão de comida congelada, embutidos ou fast food. E quais são os riscos deste consumo para saúde? Ainda mais quando recheados com uma carga de sódio, componente do sal de cozinha. Especialistas afirmam que o problema vai além das calorias. Esses alimentos aumentam as chances de hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, infarto do coração, pedra nos rins, inchaço que facilita o ganho de peso e até câncer gástrico.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a quantidade diária do "vilão" que o brasileiro consome, em média, é de 11,75 gramas de sal (cloreto de sódio) e 4,7 gramas de sódio, quando o recomendado é 5 e 2 gramas, respectivamente. O sódio representa aproximadamente 40% da composição do sal. Para uma ideia mais exata da quantidade de sal tem em um alimento, é só multiplicar o valor do sódio no rótulo por 2,5. Um produto com 500 mg da substância representa 1,25 g de sal, por exemplo, explica o cardiologista Fernando Lianza. 
O excesso de sal na alimentação está ligado ao aumento no risco de doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais. Estas são responsáveis por até 63% das mortes no mundo e 72% no Brasil, sendo que um terço dos óbitos ocorre em pessoas com menos de 60 anos, aponta o Ministério da Saúde.
"O sal é o alimento que mais interfere na pressão arterial. O mineral retém mais água no organismo aumentando o volume sanguíneo e com isso a pressão se eleva. O sal é prejudicial devido ao sódio. O consumo de altos níveis de cloreto de sódio aumenta a pressão arterial, o que é um grande risco para as doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais", explica o cardiologista.
Opção Nutricional
Manter o sal longe do cardápio ou pelo menos reduzir quantidades dele nas comidas não é tão difícil, afirma nutróloga Regina Mestre Amengual. A substituição do mineral por outros temperos naturais dá novo gosto às preparações e ainda por cima promove uma onda de boa saúde. "Vale a pena investir em temperos alternativos, como orégano, hortelã, salsinha, cebolinha, limão, alho, cebola ou azeite. Afinal, não é só o sal que desperta nossas papilas gustativas", pontua.
A salsinha, por exemplo, é um alimento popularmente conhecida das donas de casa, que pode substituir grandes quantidades de sal. "Seja ela desidratada ou em folhas frescas, confere aos pratos um sabor leve e agradável, além é claro, de também ser uma aliada do nosso organismo. A salsa combate doenças do coração e dos rins" garante a especialista.
Outro substituto recomendado pela nutróloga é o coentro. "Tantos as folhas como as sementes do coentro são ricas em ferro e vitamina C, alivia indigestão e tem poder calmante". Investir no alho e cebola na hora de preparar o cardápio também é muito recomendado.
"O alho contribui para a diminuição da pressão sanguínea e dos níveis de colesterol. Já a cebola inibe a ação de algumas bactérias e fungos prejudiciais ao nosso organismo e diminui os riscos de trombose e aterosclerose", diz a especialista. Os "heróis" também ajudam na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de pulmão, estômago, próstata e fígado.
Medidas de
prevenção
O cardiologista Lianza pede para que as pessoas leiam mais os rótulos dos produtos, como maneira de identificar o inimigo da saúde. Os altos índices de sódio nos alimentos preocupam o governo brasileiro e motivam iniciativas de saúde pública para monitorar sua ingestão, reduzir a quantidade na fabricação de produtos alimentícios e promover mudanças de hábitos.
Em 2011, o governo federal passou a celebrar acordos com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (Abia), para diminuir gradativamente a quantidades de sal contido em alimentos industrializados. O primeiro resultado desta iniciativa foi divulgado, na última terça-feira (12). O acordo entre o Ministério da Saúde e a Indústria de Alimentos conseguiu reduzir em quase 1.300 toneladas a quantidade de sódio adicionada aos pães de forma, às bisnaguinhas e aos macarrões instantâneos entre os anos de 2011 e 2012.
O acordo possui outras 13 categorias de alimentos, ainda não testados. A meta é reduzir em 28,5 mil toneladas a presença de sódio na mesa dos brasileiros até 2020, para se adequar à recomendação da OMS. O Ministério da Saúde e a Abia devem divulgar nos próximos meses os dados relativos à redução de sódio nos outros alimentos que integram os acordos.
O exagero faz mal a todos, mas o grau de tolerância ao sódio varia de pessoa para pessoa. Porém, diminuir seu consumo é essencial a manutenção de órgãos vitais, como: coração e rins. E mais do que isso, praticar exercícios físicos regularmente também se torna fundamental para uma vida longa. (17/08/14)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação