Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 17/05/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Vídeo mostra o Hospital das Clínicas lotado em Goiânia
Duas mortes por H1N1 são confirmadas em Goiânia
A saúde encontra o luxo
Telemedicina deve atrair US$ 8 bilhões
Governo tentará poupar Educação e Saúde do próximo bloqueio de recursos
Goiânia sedia maior evento de inovação em Saúde do Centro-Oeste
Aparecida de Goiânia e Hospital Sírio-Libanês ampliam parcerias


TV ANHANGUERA

Vídeo mostra o Hospital das Clínicas lotado em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/video-mostra-o-hospital-das-clinicas-lotado-em-goiania/7620626/

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JORNAL OPÇÃO

Duas mortes por H1N1 são confirmadas em Goiânia

Por Leicilane Tomazini

Procura pela vacina ainda é baixa, e SMS alerta para os perigos do tempo seco

Duas mortes por H1N1 foram registradas em Goiânia pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 2019. De acordo com informações do hospital, uma das vítimas era um homem de 53 anos, obeso e não vacinado, a outra, uma idosa de 81 anos, que também não estava imunizada contra o vírus. Foram confirmados ainda, mais seis casos, sendo cinco por H1N1 e um por Influenza B.
De acordo com a SMS, a procura pela vacina ainda é baixa em alguns grupos e a chegada do tempo seco e do inverno facilitam a circulação do vírus. “O período mais crítico para a circulação do vírus está chegando. O inverno e o tempo seco são propícios para que o vírus de alastre, então, é necessário que as pessoas procurem a vacina para enfrentar esse período”, afirmou a Superintendente de Vigilância em saúde, Flúvia Amorim.
Ela ressalta que a vacina demora 14 dias para proteger o indivíduo, por isso, é necessário ter a imunização o quanto antes. Em Goiânia já foram aplicadas 294.277 doses, entretanto, para alcançar a meta de 90% de cobertura será necessário imunizar ainda 110.333 pessoas.
A Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS divulgou a cobertura vacinal por grupos até o momento, sendo: Crianças: 66,01%; Gestantes: 73,06%; Trabalhadores em saúde: 59,02%; Puérperas: 78,06%; Idosos: 89,09%; Professores: 41,01% e Portadores de doença crônica: 43%. O público estimado de militares a serem imunizados é de 9000, dos quais 2.886 já receberam a dose. Já entre os presos, 311 foram vacinados.
  
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ISTOÉ

A saúde encontra o luxo

Rede D'Or investe mais de R$ 1 bi no lançamento da bandeira Star para elevar o padrão de requinte hospitalar e concorrer com as grifes Albert Einstein e Síriol-Libanês
Carlos Eduardo Valim

Desde os anos 1990, duas grifes hospitalares são sinônimo de em tratamento médico de alta qualidade no Hemisfério Sul: o Hospital Israelita Albert Einstein e o Sírio-Libanês, ambos em São Paulo. Ambos são conhecidas também pelo luxo de suas instalações. Agora, a carioca Rede D'Or, do empresário Jorge Moll, quer acirrar essa briga pelos pacientes de maior renda. Com um faturamento de R$ 10 bilhões no ano passado e uma operação espalhada por 42 hospitais e 35 clínicas oncológicas, o grupo alcançou um crescimento vertiginoso nesta década. A empresa atingiu 6,6 mil leitos dos cerca de 30 mil oferecidos pelos hospitais privados. Para conquistar a classe "Triplo A", a Rede D'Or criou a bandeira de luxo Star, que consumirá R$ 1 bilhão em seus três primeiros aportes. O investimento está bem materializado no hospital Vila Nova Star, que custou R$ 350 milhões, apresentado nesta semana à comunidade médica, políticos e imprensa, com previsão para entrar em operação a partir da terça-feira 28. Em dois anos, uma torre foi erguida no meio da Vila Nova Conceição, bairro residencial nobre de São Paulo. Em sua volta, estão redutos de endinheirados: Ibirapuera, Moema, Itaim Bibi, Jardins e Vila Olímpia. A localização é estratégica para atingir o público desejado: os cerca de um milhão de pessoas que utilizam planos executivos ou capazes de pagar tratamentos dispendiosos.
A primeira iniciativa nessa linha foi o Copa D'Or, no Rio de Janeiro, em 2016. O próximo, em Brasília, é o DF Star, com lançamento previsto para junho. O projeto é encabeçado pelo oncologista Paulo Hoff, que a rede D'Or buscou na concorrência a peso de ouro. Referência internacional no tratamentos de câncer, o médico fez a fama da equipe de oncologia do Sírio Libanês. Na semana passada, Hoff circulava pelo novo hospital paulista checando locais com a tinta ainda fresca e retirando adesivos dos elevadores. "Este hospital, com cerca de 100 leitos, é relativamente pequeno, mas tem uma infraestrutura de tecnologia como a dos grandes", diz ele.
No consolidado do ano passado, a rede D'Or investiu R$ 2,7 bilhões, incluindo sete aquisições, gastos com manutenção e pesquisas. "Poucas empresas do País apresentam hoje essa capacidade de investimento", afirma Otávio Lazcano, diretor financeiro do grupo. Isso foi possível porque a empresa estava bastante capitalizada desde 2015, quando o banco BTG Pactual saiu da sociedade e cedeu espaço ao fundo de investimentos Carlyle (dono de 12%) e ao fundo soberano de Cingapura (26%). A família Moll possui 58% das ações. Mesmo a dívida líquida, que fechou o último período em R$ 7 bilhões, não chega a preocupar.
O novo empreendimento da Rede D' Or coroa a onda de fortes investimentos. No Vila Nova Star, das amenidades aos equipamentos de altíssima tecnologia, os mimos estão por toda parte. Os apartamentos são equipados com sala de estar, tevê de 60 polegadas e mobiliário de madeira que esconde a fiação hospitalar. O aspecto é muito mais de um hotel do que de uma instituição de saúde. Um tablet para uso do paciente permite controlar a iluminação e o abrir e fechar das persianas. O gadget também possibilita chamadas médicas, traz a agenda de medicamentos e tratamentos e permite dar notas para médicos e enfermeiros. O hospital terá uma equipe de 12 funcionários por leito. Mesmo nas instituições de referência esse número não costuma passar de 10. Na alimentação, também não há lugar para a insossa "comida de hospital". O cardápio sofisticado é assinado pelo chef francês Roland Villard. Mesmo os pacientes com dietas restritivas encontrarão sabor nos pratos, garante o hospital. Na UTI e no Pronto Socorro há espaço individual para tratamento, com capacidade para abrigar familiares. No caso do Pronto Socorro, o quarto tem banheiro e o paciente não precisa se locomover para outras salas para fazer exames de raio-X e de ultrassonografia.
O tempo médio de um atendimento no PS deve ficar em, no máximo, uma hora e 20 minutos. "Esse é um projeto de exceção. Em nenhum lugar isso é o padrão", diz Francisco Balestrin, presidente da Federação Internacional de Hospitais, sediada em Genebra. "Mas, com todo o luxo, o hospital seria uma ostra sem uma pérola se não houvesse tecnologia de ponta e uma equipe médica capaz de utilizar esses equipamentos."
Na estrutura tecnológica, o destaque são os aparelhos de última geração, muitos deles inéditos no Brasil. A Cyberknife é um exemplo: um robô de radiocirurgia que faz a retirada de tumores do pulmão, fígado, próstata e cérebro. A precisão do aparelho permite que a recuperação do paciente, que antes levaria sete semanas, caia para quatro dias.
O hospital também conta com o primeiro equipamento de tomoterapia da América Latina. Ele permite à radioterapia atacar um tumor por diversas direções ao mesmo tempo. Nas espaçosas salas de cirurgia, chama atenção a iluminação que varia de acordo com o procedimento. Se a cirurgia não está sendo conduzida, a luz permanece num agradável tom de roxo. No momento da operação, a iluminação aumenta, mas sem ofuscar a visão dos médicos ou provocar reflexo nos computadores espalhadas por toda a sala.
"Um hospital como esse ajuda a construir uma medicina de ponta mundial", diz Murray Brennan, vice-presidente do centro de câncer Memorial Sloan Ket tering de Nova York.
RIVAIS DE LUXO
A bandeira Star, da Rede D'Or, foi pensada para elevar o padrão do atendimento de luxo, mas outros hospitais, clínicas diagnosticas e maternidades também são conhecidos pela excelência. Uma delas é a bandeira Alta Excelência Diagnostica, do grupo Dasa, o maior do setor de laboratórios diagnósticos e dono também da marca Delboni Auriemo. São nove unidades em São Paulo e três no Rio de Janeiro. Algumas unidades foram montadas em antigas mansões residenciais. Para fazer a ressonância magnética, o paciente com claustrofobia recebe óculos 3D e fones de ouvido para assistir séries e filmes. A roupa de cama e as toalhas são da marca Trousseau. "E uma questão de detalhe, que está não só no tapete e na toalha, mas também no aroma dentro da unidade. Tudo para tranquilizar o paciente", diz Claudia Cohn, diretora executiva do Alta, que prepara quatro outras unidades em São Paulo e mais uma no Rio.
Principal rival da Alta, o Fleury também está em expansão. "Como temos um público muito fiel, estamos levando a marca para fora da medicina diagnostica," diz Jeane Tsutsui, diretora executiva de negócios. A rede criou centros de infusão nas unidades do Itaim e no Morumbi, em São Paulo. Eles consistem num ambiente ambulatorial acolhedor para receber pacientes de doenças crônicas como artrite reumatoide e lúpus. Em espaços individuais, eles podem receber medicamentos subcutâneos ou intravenosos enquanto trabalham normalmente. O procedimento pode levar até seis horas de infusão. O grupo cresceu 14% no último ano em atendimentos residenciais, que antes só contava com coleta de sangue, mas agora inclui polissonografia e o estudo das doenças do sono.
Já o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, geralmente classificado como a terceira melhor instituição da capital paulista e rival direto da Rede D'Or, adaptou dois dos seus andares para o atendimento premium. Cada um tem 10 leitos com duas varandas cada. Nos outros andares, são 15 leitos. Até casamentos já foram celebrados nos quartos. "Percebemos a necessidade para podermos atender executivos e pessoas públicas que desejam discrição enquanto são tratadas. Também acontece de filhos pedirem esses espaços para dar o melhor tratamento para as suas mães em seus últimos dias", diz Silvana Gerolin, superintendente assistencial do Oswaldo Cruz.
QUALIDADE MÉDICA
Em todas essas instituições, o luxo é visto como uma forma de melhorar a experiência do paciente, com conforto e tranquilidade. Mas o discurso unânime é que a prioridade permanece no tratamento clínico e na busca pelo melhor desfecho possível. E esse é o maior desafio enfrentado pela Rede D'Or. O grupo ainda persegue um reconhecimento de qualidade que seus principais concorrentes já possuem. O mais conhecido hospital da rede em São Paulo, o São Luiz, coleciona reclamação de clientes sobre o atendimento confuso, demorado e as dependências lotadas. No site Reclame Aqui, o hospital tem nota 4,8, e fica na categoria "não recomendado". A título de comparação, o Einstein e o Sírio são avaliados como ótimos, com notas 8,1 e 8,6, respectivamente.
Também da Rede D'Or, o São Luiz, que possui uma grande maternidade, costuma sofrer nas comparações com o grupo Santa Joana, dono da Pro Matre, uma referência nesse nicho. "Estamos acompanhando a mudança para uma cultura de partos naturais", diz Marco Antônio Zaccarelli, diretor da Maternidade Pro Matre Paulista. Para atender a demanda crescente, ela inaugurou no fim do último ano um centro de partos humanizados. Dentro dele, cada espaço individualizado traz banheira de hidromassagem com equipe de relaxamento e cromoterapia. Quando é notado que uma cesárea será necessária, há uma sala de cirurgias próxima. Dessa forma, a gestante não precisa ser movida para o andar do centro cirúrgico. Na questão de hotelaria, a maternidade conta com suítes de até 70 metros quadrados, com espaço privativo para a mãe amamentar.
Em face a tantos exemplos luxuosos, o pioneiro hospital Albert Einstein defende postura mais sóbria. "No nosso entendimento, o grande risco para a sustentabilidade da saúde só pode ser evitado com a redução de desperdícios. O que se encara como luxo não contribui para o desfecho e pode até prejudicar o resultado', diz Sidney Klajner, presidente do Albert Einstein. "O nosso hospital não vê os investimentos com luxo e amenidades como prioridade." A empresa fez algumas modernizações, mas, segundo o gestor, elas servem a necessidades tecnológicas. "A quantidade de equipamentos nos quartos exigiu aumentarmos os espaços. A nova tecnologia reduz o tempo de internação e diminui o custo do tratamento, o que também traz maior rotatividade de pacientes por leito."
A questão dos custos também está no centro de uma grande briga que a Rede D'Or comprou recentemente com a Amil, plano da americana United Health líder do mercado brasileiro. A empresa tem buscado mudar a forma de remunerar dos hospitais. Em vez de pagar por cada serviço prestado, quer remunerar por um pacote de tratamento e pelo desfecho alcançado, como forma de compartilhar os riscos.
Isso pode ser um problema para hospitais mais luxuosos. A Rede D'Or não aceitou as condições e o grupo acabou descredenciado do plano de saúde. "Alguém tinha que comprar esta briga", diz um executivo do setor. "Ainda bem que a Rede D'Or fez isso, porque é das poucas que tem tamanho para tanto." O mercado de planos de saúde se consolidou nos últimos anos e os levou a construir redes próprias de hospitais para os clientes como forma de controlar os custos. "Há uma década havia 1,4 mil planos e seguradoras. Hoje são 700", diz Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde. "Sem um órgão regulador forte, isso pode trazer má assistência e aumento de preços." As redes de laboratórios de exames também responderam com consolidação. "Está ficando inviável a atuação de qualquer hospital com menos de 50 leitos", diz Eduardo Amaro, presidente da associação de hospitais privados (Anahp). O jogo virou exclusivo para gigantes e as negociações são cada vez mais difíceis.
Nesse cenário desafiador, o risco na disputa pelos pacientes de luxo é que ocorra uma canibalização de pacientes. O mercado de planos de saúde perdeu três milhões de beneficiários durante a crise econômica. "Não vemos um aumento de usuários de planos de saúde premium e o Brasil está criando multimilionários, exceto pelo vencedor da última Megasena", diz Walter Cintra, coordenador do curso de gestão de saúde na Fundação Getulio Vargas (FGV). "Até que ponto esse luxo agrega valor ao tratamento? Ou só traz um aumento de custos que será repassado ao operador de saúde que, por sua vez, compartilha o preço mais alto com o sistema, encarecendo o tratamento para todos?"
A frente do Vila Nova Star, Paulo Hoff acredita que a demanda crescente por tratamento pode absorver a oferta adicional com a chegada da Rede D'Or no atendimento mais sofisticado. "São Paulo se reafirma como centro médico da América Latina e a saúde vai continuar ampliando a sua participação no PIB. Ela subiu no último ano de 6% do PIB para mais de 8%, mas nos EUA já passa de 18%", diz. "Não é um jogo de soma zero."
O mundo e o Brasil está se movendo de uma economia industrial para a de serviços.
E a medicina tem participação cada vez maior dentro disso. No Brasil, entretanto, o caminho parece evidente: poucos contarão com um serviço cinco estrelas, enquanto a maioria não terá saúde alguma.

CLAUDIA COHN, diretora executiva do Alta Excelência
DIFERENCIAIS
Cuidado em detalhes como enxoval da Trousseau, aroma e iluminação especial nas unidades
Óculos 3D para pacientes claustrofóbicos que vão fazer ressonância magnética

MARCO ANTÔNIO ZACCAPELLI, diretor da Maternidade Pro Matre Paulista
DIFERENCIAIS
Inauguração de centro para partos naturais, com banheira de hidromassagem em cada espaço individual
Suítes de até 70 metros quadrados

"É importante existir um hospital como este, que tem tudo que o melhor hospital dos EUA pode ter"
MURRAY BRENNAN, VICE-PRESIDENTE DO MEMORIAL SLOAN KETTERING

JEANE TSUTSOI, diretora de negócios do Fleury
DIFERENCIAIS
Criação de centro de infusões em duas unidades, para aplicar medicamentos em pacientes crônicos
Aumento dos atendimentos domiciliares
Além de coleta de sangue, o paciente pode fazer polissonografia e exames de sono em sua própria casa

JORGE MOLL, dono da Rede D'or
DIFERENCIAIS
Lançamento com investimento de R$1 bilhão de três hospitais de luxo, em São Paulo, no Rio de Janeiro e Brasília
Unidade de São Paulo tem UTI e Pronto Socorro com espaço individualizado
Refeições são assinadas pelo chef francês Roland Villard

"O que se encara como luxo não contribui para o desfecho e pode até prejudicar o resultado"
SIDNEY KLAJNER, PRESIDENTE DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
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CORREIO BRAZILIENSE

Telemedicina deve atrair US$ 8 bilhões
Consultor da área defende a implantação da "telehealth" como única forma de dar conta da demanda crescente por atendimento. Segundo ele, há deficit de 8 milhões de médicos no mundo


São Paulo — A chamada telehealth, que inclui na telemedicina a parte de telecomunicações no âmbito da saúde, deve movimentar no Brasil nos próximos cinco anos entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões. O cálculo é de Guilherme Hummel, coordenador científico do HIMMS (Healthcare Information and Management Systems Society) e autor de alguns livros sobre o tema.
Segundo o especialista e consultor na área, o investimento em recursos tecnológicos para acelerar a adoção do atendimento médico a distância é a única forma de cobrir a demanda crescente por serviços de saúde em larga escala.
"Hoje, no mundo, há uma população de 7,3 bilhões de habitantes e a estimativa é de 1,3 patologias por habitante. Não existe como a oferta de serviço chegar perto da demanda. Segundo a Organização Mundial de Saúde, no mundo hoje há um deficit de 8 milhões de médicos", explica Hummel.
No caso do Brasil, lembra, há 57 milhões de pessoas que dependem da saúdesuplementar e o resto da população depende dos serviços prestados pelo poder público. "Tanto o governo quanto as empresas de saúde suplementar estão quebrados. No Brasil, a sinistralidade média chega a 84%, segundo a Abramge (entidade que representa empresas de plano de saúde). E essa média é crescente. Sem tecnologia não será possível garantir atendimento."
Health techs
Esse potencial na área de saúde tem atraído desde grandes grupos, como Apple, Amazon, Google e IBM, a fundos de investimento e empreendedores que apostam nas health techs (startups ligadas a saúde). No ano passado, diz Hummel, os investimentos de fundos de venture capital (capital de risco) só na área de saúde foram da ordem de R$ 4 bilhões no Brasil.
Globalmente, as projeções dos grandes fundos de investimento apontam para valores que poderão chegar a US$ 100 bilhões por ano. 'Os recursos para saúde são ilimitados no mundo", avalia Hummel.
Para dar vazão à demanda crescente, o consultor acredita que a solução esteja na telehealth, com o atendimento remoto como porta de entrada e triagem dos pacientes. Esse recurso, diz, tem condições de resolver 70% dos casos em uma consulta. Os médicos, por meio das entidades de classe, têm se posicionado contra o avanço da telemedicina.
"Os médicos não estão preparados para isso, apesar de ser algo absolutamente banal. Ele faz uma série de perguntas que costumeiramente faria na consulta presencial, em consultas que em média demoram sete minutos no Brasil. Esse contato vai servir para encaminhamentos e até para dizer ao paciente que é necessário ir imediatamente para um consultório ou hospital. Funciona como uma triagem, que é algo que não é feito no Brasil. Hoje, vão para a mesma fila procurar atendimento desde aquele que tem uma gripe até doenças mais graves", diz.
Polêmica
Em fevereiro, o Conselho Federal de Medicina (CFM) revogou a Resolução nº 2.227/2018, que regulamenta a prática da telemedicina. Semanas antes, o mesmo conselho havia aprovado o texto, mas recebeu uma série de propostas para modificá-lo, além de ter sofrido com protestos por parte da classe médica. Com a mudança, estariam permitidos no país consultas, exames e cirurgias a distância. Os críticos questionaram a garantia de sigilo das informações médicas e os riscos quanto à qualidade do atendimento ao paciente.
"Haverá mudanças para os médicos, porque significará uma enorme demanda e uma nova política de remuneração. A teleconsulta vai avançar", acredita o consultor.
Hummel calcula que, no máximo em cinco anos e com a regularização do serviço por parte do CFM, 20% a 25% das consultas médicas serão a distância, o que representará de 20 mil a 30 mil consultas anuais. "Será uma grande economia de recursos, porque essa é uma ferramenta facilitadora de redução de custeio."
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TERRA

Governo tentará poupar Educação e Saúde do próximo bloqueio de recursos

Após manifestações em todo o País contra corte de verbas em universidades, equipe econômica pretende salvar pasta de ensino, a mais atingida pelo contingenciamento; com orçamento perto do mínimo exigido pela Constituição, Saúde também deve ficar de fora
BRASÍLIA – Depois dos protestos que tomaram conta de mais de 200 cidades em todo o País na quarta-feira, o governo quer deixar Educação e Saúde fora da próxima tesourada no Orçamento, a ser anunciada na próxima semana. Técnicos da área econômica fazem cálculos para poupar a área de ensino, que, no último contingenciamento, sofreu o maior corte nominal e perdeu R$ 5,7 bilhões. Já o Ministério da Saúde não deve ser incluído porque as despesas já estão perto do mínimo exigido na Constituição.
O objetivo da equipe econômica é procurar novos alvos para cortes, tarefa difícil depois do congelamento de R$ 30 bilhões anunciado em março. Com a piora nas estimativas de crescimento econômico para este ano, será necessário um contingenciamento adicional de pouco mais de R$ 5 bilhões, segundo apurou Estadão/Broadcast. O bloqueio não deve ser linear.
Os técnicos buscam ainda alternativas de receita antes de fechar o número final. O governo tem até o dia 22 para anunciar o novo corte, quando será divulgado o relatório bimestral de receitas e despesas com as novas projeções para a economia e o Orçamento deste ano.
O governo tende a poupar pastas que perderam muito no primeiro corte, além daquelas que têm receitas vinculadas – ou seja, arrecadadas com destinação específica.
Segundo dados levantados pela Associação Contas Abertas, a pedido da reportagem, a Educação teve 24,6% das despesas discricionárias – ou seja, não obrigatórias – contingenciadas até quarta-feira passada. Um dos ministérios mais afetados pelo primeiro contingenciamento foi o de Minas e Energia, cujo bloqueio atingiu 79,5% do orçamento original. Sobrou menos de R$ 1 bilhão para o ano todo.
Entre os que tiveram cortes de 30% a 40% estão os Ministérios de Infraestrutura, Defesa, Turismo, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Desenvolvimento Regional.
Alvo
Na mira da tesourada estão, principalmente, gastos com contratação de pessoal extra, pesquisas e aqueles que gerem retornos em médio e longo prazos. Para o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, ministérios com orçamento de R$ 1 bilhão não devem ser alvo de cortes substanciais. "Um corte grande nessas pastas, além de não ter muito impacto, pode comprometê-las", avalia.
Entre os ministérios com orçamento de R$ 1 bilhão ou menos estão o Ministério do Turismo, que já teve bloqueio de 37,3%; Meio Ambiente (22,8%); Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (20,1%); e ainda o Ministério Público da União, que passou ileso pelo primeiro contingenciamento. Também estão nesse grupo a Presidência da República, Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União e o Gabinete da Vice-Presidência.
Para Gustavo Fernandes, professor de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, o grande problema é a falta de planejamento do governo. "O governo perdeu a oportunidade de fazer um planejamento mais bem desenhado. Não há estabelecimento de critérios razoáveis, nem de cronograma."
Reforma
Para o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, é quase impossível desatar o "nó fiscal" no Brasil sem mudanças mais estruturais, como a reforma da Previdência. "O nível das despesas discricionárias neste ano será o menor da série. É uma consequência direta de não fazer alterações nos gastos obrigatórios", avalia.
Procurado, o Ministério da Economia disse que cabe aos órgãos e ministérios a definição de suas prioridades quanto ao atendimento de suas políticas setoriais e custeio da administração. O Ministério da Infraestrutura disse que tem priorizado a conclusão de obras com "elevado grau de execução" ou dos "eixos de escoamento de produção agroindustrial e de integração nacional" e ressaltou que recompôs R$ 2 bilhões, dos R$ 4,3 bilhões contingenciados em março.
Já o Ministério da Ciência e Tecnologia disse que tem atuado com o Ministério da Economia para disponibilizar recursos. O Ministério de Minas e Energia afirmou que o contingenciamento está sendo administrado para manter a regularidade das atividades em curso das unidades da pasta. A Presidência afirmou que caberia ao Ministério da Economia tratar do assunto. As demais pastas não responderam.
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A REDAÇÃO

Goiânia sedia maior evento de inovação em Saúde do Centro-Oeste

Goiânia – Goiânia sediará, neste sábado (18/5), o maior evento de inovação em Saúde do Centro Oeste, o 'Hint One Experience'. Médicos, profissionais que atuam na área da saúde, empreendedores, cientistas, investidores e startups que se interessem por temas de inovação e tecnológia na área poderão participar do evento, que será realizado no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG), durante todo o dia. Os ingressos estão à venda pelo sitedo evento.

De acordo com o curador do 'Hint One Experience', Daniel Santos, a capital goiana foi escolhida por sua região geográfica que possibilita ser um dos maiores centros de distribuição do país. "O evento será o início da formação de um ecossistema de inovação em saúde e vai movimentar não apenas Goiânia mas todo o Centro- Oeste," ressaltou.

Com palestrantes de expressão nacional e internacional, o evento proporcionará aos participantes networking, exposição e compartilhamento de ideias e experiências. A ideia é catalisar reações virtuosas em cadeia e “linkar” problemas do cotidiano com soluções que estão sendo propostas e desenvolvidas em laboratórios, hospitais e outros lugares de todo o mundo.

Para multiplicar as possibilidades, ampliar acessos e promover saúde em escala exponencial, será realizado no evento a 'Startup Competition', uma competição de startups da área. Segundo Daniel Santos, das 100 startups de todo país que foram inscritas, 5 foram selecionadas e disputarão o prêmio de R$ 50 mil em dinheiro e US$ 120 mil em crédito na empresa IBM Watson.

Além de palestras e da competição de startups, expositores da área de inovação em saúde estarão presentes. Também serão realizados encontros de mentorias entre investidores e empresários locais que estimulem a geração de negócios. A programação completa pode ser acessada no site.

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Aparecida de Goiânia e Hospital Sírio-Libanês ampliam parcerias

Goiânia – Acompanhado do secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, esteve hoje (16) em São Paulo para uma visita ao Hospital Sírio-Libanês. Os goianos foram recebidos pelo CEO da instituição, o médico Paulo Chapchap. Na pauta, os gestores trataram de novas parcerias e mais avanços para a Saúde Municipal. Após o encontro, Gustavo Mendanha anunciou que o Hospital está selando dois novos acordos com Aparecida relativos à telemedicina e à política de resultados.

No encontro foram discutidos, além dos novos acordos, a qualificação dos profissionais das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Aparecida por equipes do Sírio-Libanês, parceria que tem agilizado atendimentos e entrega de exames. Também foi tratada a vinda do dr. Paulo Chapchap ao município no próximo 12 de julho, onde ele analisará e divulgará os resultados das parcerias estabelecidas.

Telemedicina
Através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), Aparecida está fechando uma parceria de Telemedicina com o Sírio- Libanês. “Com isso, vamos aprimorar ainda mais os atendimentos nas nossas unidades, pois os nossos médicos poderão tirar dúvidas e dialogar com os melhores profissionais do País, que estão aqui neste Hospital, de modo virtual”, relatou o prefeito.

Outra parceria selada no encontro foi a da Política de Resultados, que será iniciada em breve. “Equipes do Sírio-Libanês vão medir os resultados dos atendimentos em nossas unidades e no Hospital Municipal (HMAP). Queremos fazer essa avaliação permanentemente para melhorar nossos serviços. Aparecida já têm atraído muitas pessoas de outras cidades graças à qualidade da nossa Saúde, por isso temos trabalhado com a capacidade máxima de atendimento”, informou Gustavo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação