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SAÚDE WEB
Como conter o alto-custo dos crônicos?
Programas para necessidades específicas da população são recomendados para a gestão de quem tem plano corporativo
Os doentes crônicos apresentam um risco 2,5 vezes maior no que se refere a eventos de alto-custo em comparação aos beneficiários de planos de saúde que utilizam o serviço normalmente.
Dessa forma, uma das maneiras de se prevenir gastos catastróficos é agir na população com doenças crônicas. A partir do momento em que essas pessoas são diagnosticadas, é preciso desenvolver programas conforme as necessidades específicas.
Segundo estudo da Rand Corporation uma alternativa de programas para o gerenciamento de crônicos seria promover a prática de atividades físicas. Segundo esse estudo, dos 13% dos trabalhadores que se enquadram no perfil de doentes crônicos, eles economizam 87% dos gastos reduzíveis entre aqueles que participam dos programas, com um ROI (retorno sobre o investimento) de US$ 3,80 (para cada US$ 1 investido por membro por mês).
Um outro estudo, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar fez uma compilação de estudos que também demonstraram bons resultados em intervenções para gerenciamento de doenças crônicas. Um deles demonstra que o retorno em investimento para um programa de educação em saúde foi de US$ 6,00 para cada dólar investido.
Mas, para qualquer programa de saúde funcionar bem e trazer resultados, é preciso identificar a população-alvo e moldar os programas para personaliza-los e atender especificamente a sua empresa, pois talvez o perfil da população desses estudos pode não ser igual a sua população e os resultados podem ser diferentes.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Manifestação de insatisfação
Cerca de 300 servidores da Saúde fazem moção no Paço Municipal
DIÁRIO DA MANHÃ
KHAYTE PROFETA
Ontem aproximadamente 300 servidores municipais da Saúde, que estão em greve desde a última quarta-feira, 11, fizeram uma manifestação em frente ao Paço Municipal. O evento foi coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SindSaúde), e a convocação contou com o apoio dos sindicatos dos odontologistas (Soego); enfermeiros (Sieg); farmacêuticos (Sinfar) e nutricionistas (Sineg).
Os servidores municipais frisam que o Auxílio-Movimentação não está mais sendo pago aos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o início de 2014, e a partir deste mês de junho o adicional de insalubridade também não estará incluso na folha de pagamento.
O movimento grevista reivindica o cumprimento da data-base de 2014, inclusão das categorias não contempladas no plano de carreiras, cargos e vencimentos da saúde e a sua aplicação. O pagamento de adicional por insalubridade aos trabalhadores que têm direito e criação de gratificação que substitua o percentual perdido com a retirada da insalubridade aos que não têm direito a tal adicional. A inclusão das gratificações aos servidores administrativos, condições adequadas de trabalho com maior segurança, retorno do pagamento de Auxílio-Mobilidade, eleição da direção técnica pelos trabalhadores da unidade de saúde e não por indicação política, revogação da incorporação de gratificação para função de confiança e cargos de chefia, e são contra a terceirização das unidades municipais de saúde.
Reclamações
Flaviana Barbosa, presidente do SindSaúde, garante que a priori o sindicato não quis "radicalizar", mas a greve acabou sendo deliberada por unanimidade porque os trabalhadores que viram que "chegou a um ponto que não dá mais para segurar, porque além de não ter condições de trabalho há mais de anos, agora foram cortados os direitos já conquistados."
Os manifestantes esclareceram que "não terão paciência" com a situação financeira da prefeitura porque acreditam que a atual crise é fruto de uma gestão incompetente. Eles asseguraram também que a "greve se tiver de ser seis meses ou um ano, será. Ela irá durar até haver avanço nas negociações", alegou um trabalhador grevista.
Uma servidora, que preferiu não se identificar por temer retaliações, trabalha na SMS, há 29 anos, e afirmou que nunca presenciou uma situação tão crítica na administração municipal: "Como não foi renovado o contrato com a empresa que presta serviços de manutenção aos equipamentos das unidades de saúde, há vários meses muitos consultórios não podem mais receber pacientes. Desde o início do ano meu salário está sendo reduzido em mais de R$ 1.300 por causa da retirada do Auxílio-Movimentação, agora será diminuído um valor ainda maior referente ao corte do adicional de insalubridade."
No carro de som, presente no local, várias pessoas entoavam palavras de ordem além de expressar suas reivindicações: "Por que tem dinheiro para firmar parcerias com organizações sociais, mas não tem para reformar unidades de saúde? Porque não há interesse e não vamos mais dar nosso sangue! Temos família para cuidar, precisamos da integralidade do nosso salário." As exposições foram feitas não apenas por servidores, uma pessoa não ligada ao movimento manifestou solidariedade ao movimento trabalhador grevista.
Após a concentração, seis representantes dos sindicatos presentes na manifestação foram ao gabinete do prefeito para serem atendidos por Paulo Garcia, porém não obtiveram sucesso. A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Goiânia garantiu que o prefeito não os recebeu apenas porque não havia sido feito previamente pedido algum de audiência.
Em todo momento as direções dos sindicatos envolvidos destacaram aos trabalhadores a legalidade da greve, que foi anunciada 48 horas antes do início do movimento. Também foi constantemente lembrado sobre a obrigatoriedade de continuar em 100% os atendimentos de urgência e emergência e de 30% dos demais servidores manterem as atividades.
Prefeitura
A SMS ressaltou que têm sido mantidas negociações com os trabalhadores por meio da Mesa Municipal de Negociação Permanente. Contudo os trabalhadores não aceitam as algumas propostas feitas pelo Executivo e argumentam que a mesa de negociação não está sendo respeitada pela administração municipal porque não foram cumpridos os compromissos anteriores.
Em nota oficial, a prefeitura salienta que a retirada do adicional de insalubridade dos servidores lotados nas unidades administrativas partiu de uma determinação do Ministério Público (MP) e que tal determinação foi acatada imediatamente em virtude da atual situação financeira em que a Prefeitura de Goiânia se encontra.
Na nota a prefeitura pede a compreensão dos servidores vinculados à SMS, pois devido à crise financeira da Prefeitura de Goiânia, um novo adicional de insalubridade só poderá ser pago quando o município voltar ao limite prudencial de gastos com a folha de pagamento, que é de 52%. O mesmo argumento é alegado quanto à progressão de carreira: a adequação dos gastos com a folha de pessoal com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Prefeitura de Goiânia também declara que a segurança pública é uma obrigação dos Estados e da União e, legalmente, o município está impedido de atuar nesta área. Mas afirmou que serão tomadas medidas de instalação de videomonitoramento em unidades, pedidos de reforço perante a Secretaria Estadual de Segurança Pública e o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
No cronograma do movimento grevista já consta outra concentração para quarta-feira, na Câmara Municipal.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação