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DESTAQUE
Novembro roxo chama atenção da população sobre prematuridade e faz um alerta para fazer o pré natal
Transição anuncia ex-ministros, Kalil e Ludhmila no grupo técnico da Saúde
Estudos científicos não recomendam rastreamento do câncer de próstata
UFG recomenda uso de máscaras em sala após aumento de casos de covid-19
Aparecida começa a vacinar crianças a partir de 6 meses com comorbidades
O futuro da medicina e da saúde passa pelo CFM
OPAS: Número de pessoas com diabetes nas Américas mais do que triplica em três décadas
Artigo – Saúde digital: a palavra de ordem é priorizar a jornada do paciente
PUC TV
Novembro roxo chama atenção da população sobre prematuridade e faz um alerta para fazer o pré natal
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FOLHA DE S.PAULO
Transição anuncia ex-ministros, Kalil e Ludhmila no grupo técnico da Saúde
Anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição O senador Humberto Costa, o ex-deputado Alexandre Padilha, os médicos Arthur Chioro e José Gomes Temporão irão compor o grupo. Os quatro também já foram ministros da Saúde ao longo dos governos do PT.
A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, também irá compor o grupo técnico, assim como os médicos Ludhmila Hajjar, Miguel Srougi e Roberto Kalil Filho.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição.
O gabinete de transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi instituído no dia 8 de novembro. O ex-ministro Aloizio Mercadante coordena os 31 grupos técnicos, responsáveis pela elaboração de programas.
A transição é regulamentada por uma lei aprovada em 2002 e por um decreto editado em 2010. Ela tem início com a proclamação do resultado da eleição e se encerra com a posse do novo presidente.
VEJA OS NOMES:
HUMBERTO COSTA
Senador do PT por Pernambuco. Foi escolhido para coordenar o grupo técnico da Saúde durante a transição. Médico, Costa foi ministro da Saúde entre 2003 e 2005, durante o primeiro governo de Lula, quando foi responsável pela implantação de programas como o Farmácia Popular e o Samu.
ALEXANDRE PADILHA
É deputado federal pelo PT em São Paulo. Foi ministro da Saúde no primeiro governo Dilma, entre 2011 e 2014, quando foi responsável pela implantação do programa Mais Médicos. Especialista em Infectologia, Padilha falou sobre estratégias de vacinação no futuro governo: “O plano é tirar o atraso”, publicou em suas redes sociais.
JOSÉ GOMES TEMPORÃO
Foi ministro da Saúde no segundo mandato de Lula, comandando a pasta durante a pandemia da H1N1. É médico sanitarista, membro titular da Academia Nacional de Medicina e pesquisador da Fiocruz.
ARTHUR CHIORO
Foi ministro da Saúde de Dilma entre 2014 e 2015. É professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em saúde coletiva.
ROBERTO KALIL FILHO
Cardiologista, médico do presidente eleito Lula, Kalil organiza a comissão integrada por professores titulares da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) que vai auxiliar debate sobre a área da Saúde durante a transição. É diretor-clínico do Incor (Instituto do Coração).
MIGUEL SROUGI
É ex-professor titular de urologia da FMUSP e da Escola Paulista de Medicina.
LUDHMILA HAJJAR
Professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora da Cardiologia do Incor (Instituto do Coração) e do Instituto do Câncer.
NÍSIA TRINDADE
Cientista e atual presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
REGINA FÁTIMA BARROSO
Doutora em Odontologia. Atualmente é superintendente do Complexo Hospitalar Universitário da Universidade Federal do Pará.
FERNANDO ZASSO PIGATTO
Foi eleito presidente do CNS (Conselho Nacional de Saúde) em 2018 e em 2021.
LÚCIA SOUTO
Presidente do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde e pesquisadora da Fiocruz.
MARIA DO SOCORRO SOUZA
Doutora em Educação e Ciências da Saúde, pesquisadora da Fiocruz. Foi a primeira mulher a presidir o Conselho Nacional de Saúde.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Estudos científicos não recomendam rastreamento do câncer de próstata
Prática pode trazer riscos à saúde; homens devem estar alertas aos sinais e sintomas da doença
OInstituto Nacional de Câncer (Inca) e o Ministério da Saúde não recomendam o rastreamento do câncer de próstata. Estudos científicos apontam que essa prática pode não trazer benefício aos homens. Os riscos são resultados incorretos (falsos positivos), que podem indicar a presença de um câncer, mesmo não sendo, gerando ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames (como a biópsia), bem como o risco de excesso de diagnósticos e tratamento (sobrediagnóstico e sobretratamento) e suas possíveis complicações.
A principal estratégia é o diagnóstico precoce, que tem por objetivo identificar o câncer de próstata no início, a partir de sinais e sintomas. Homens que desejam realizar exames de rotina devem ser orientados pelo profissional de saúde sobre os riscos e possíveis benefícios. A decisão deve ser compartilhada.
Os principais sinais e sintomas suspeitos do câncer de próstata são:
Dificuldade de urinar;
Demora em começar e terminar de urinar;
Diminuição do jato de urina;
Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite;
Presença de sangue na urina.
Diante de qualquer sinal ou sintoma suspeito, os homens devem procurar imediatamente o serviço de saúde para realizar a investigação diagnóstica.
A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O câncer no órgão é o tipo mais frequente entre homens no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Recomenda-se a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de atividade física, não fumar e evitar bebidas alcoólicas como forma de prevenir o câncer e outras doenças que acometem aos homens.
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A REDAÇÃO
UFG recomenda uso de máscaras em sala após aumento de casos de covid-19
A Universidade Federal de Goiás (UFG) emitiu nesta quarta-feira (16/11) nota técnica sobre a manutenção de medidas preventivas contra a covid-19 nos campi da instituição. Devido ao recente aumento no número de casos da doença, o texto recomenda “fortemente o uso de máscara em ambientes fechados e com aglomerações tais como: salas de aulas, laboratórios, gabinetes, auditórios, bibliotecas, eventos, dentre outros”.
A nota também pede que a comunidade acadêmica esteja como o esquema vacinal completo, “com especial atenção às doses de reforço, conforme orientações do Ministério da Saúde para cada grupo populacional, incluindo crianças e adolescentes”.
O texto lembra que a testagem está disponível no Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde (LACES-ICB-UFG) e no Laboratório Profª. Margarida Dobler Komma (IPTSP-UFG).
A nota já começa a valer e tem como base as recomendações do Grupo de Trabalho em Saúde (GT Saúde) e do Comitê Operativo de Emergência (COE), ambos da UFG.
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Aparecida começa a vacinar crianças a partir de 6 meses com comorbidades
Aparecida de Goiânia vai começar a vacinar crianças a partir de 6 meses de idade com comorbidades contra a covid-19, nesta quinta-feira (17/11). Até então, a vacinação infantil estava autorizada para o público geral acima de 3 anos. Mas, com a chegada de novos imunizantes pediátricos no país e com a autorização do Ministério da Saúde após pesquisas e debates, a ampliação da vacinação infantil foi autorizada. A princípio, em virtude da quantidade de doses recebidas, apenas crianças com comorbidades serão imunizadas.
Pais e responsáveis interessados na proteção dos pequenos com idade de 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias podem levar as crianças em sete postos de Aparecida: Central de Imunização, UBS Cruzeiro do Sul, UBS Santa Luzia, UBS Bairro Cardoso, UBS Veiga Jardim, UBS Bandeirantes e Maternidade Marlene Teixeira. As Unidades Básicas de Saúde funcionam de segunda a sexta das 8h às 16h. A Central de Imunização está aberta de segunda a sexta das 8h às 18h e aos sábado das 8h às 13h. Já a sala de vacinação da Maternidade Marlene Teixeira funciona de segunda a sexta das 8h às 18h.
Para receber a proteção, as crianças precisam estar acompanhadas de um responsável legal e apresentar certidão de nascimento ou RG, cartão SUS ou CPF, cartão de vacinação e laudo médico que comprove a comorbidade. Caso o responsável legal não possa acompanhar, basta assinar um termo de autorização que deve ser apresentado por alguém maior de idade no momento da aplicação.
A coordenadora de Imunização de Aparecida, Renata Cordeiro, comemora a ampliação da vacinação infantil: “A vacina contra a covid-19 nos permitiu controlar a pandemia e já demonstrou que é eficaz. Agora chegou a vez dos bebês e crianças de até três anos, com comorbidades, receberem o imunizante de forma segura. Nesta quarta (16/11), recebemos 970 doses da vacina para esse público. Em breve, esperamos receber novas remessas e ampliar a vacinação para todos”. A estimativa é que Aparecida tenha 20.439 crianças com idade de 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias.
Comorbidades contempladas
De acordo com o Ministério da Saúde, as comorbidades incluídas como prioritárias para a vacinação contra a covid-19 são:
Diabetes mellitus
Pneumopatias crônicas graves
Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
Hipertensão arterial estágio 3
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo
Insuficiência cardíaca (IC)
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
Cardiopatia hipertensiva
Síndromes coronarianas
Valvopatias
Miocardiopatias e Pericardiopatias
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
Arritmias cardíacas
Cardiopatias congênita
Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados
Doenças neurológicas crônicas
Doença renal crônica
Imunocomprometidos
Hemoglobinopatias graves
Obesidade mórbida
Síndrome de Down
Cirrose hepática
Prazos e especificações
Seguindo a nota técnica do Ministério da Saúde, o esquema vacinal básico contra a covid-19 para crianças de 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias é de três doses da vacina Pfizer específica para esse público. O intervalo entre a primeira e segunda dose é de 4 semanas e da segunda para a terceira dose é de 8 semanas.
Vacinação contra a covid e outras do calendário
Assim como em adultos, a vacinação pediátrica contra a covid-19 pode ser realizada conjuntamente com as demais vacinas do calendário nacional, ou seja, não há mais intervalo mínimo exigido entre a administração deste e de outros imunizantes. Eles podem ser aplicados no mesmo dia.
Campanha de vacinação contra a covid-19
Além desse público, todas as pessoas com mais de três anos de idade devem ser vacinadas contra a covid-19 em Aparecida. Confira os esquemas vacinais de acordo com as faixas etárias e algumas condições:
De 03 a 11 anos: Duas doses;
De 12 a 29 anos: Três doses compostas por D1, D2 + reforço (R1);
A partir de 30 anos: Quatro doses compostas por D1, D2 + R1+ R2;
Pacientes Imunossuprimidos têm direito a uma dose adicional, compondo um esquema de cinco doses: D1+ D2+ R1+ R2 + DA;
Quem iniciou seu esquema com a vacina Janssen tem direito a quatro doses conforme os demais imunizantes: DU+ R1+ R2+ R3.
Os intervalos recomendados para as doses de reforço são de, no mínimo, quatro meses.
As vacinas estão disponíveis em 36 postos fixos:
UBS Andrade Reis
UBS Colina Azul
UBS Jardim Riviera
UBS Jardim Florença
UBS Tiradentes
UBS Veiga Jardim
UBS Papillon Park
UBS Mansões Paraíso
UBS Bairro Hilda
UBS Cruzeiro do Sul
UBS Bairro Cardoso
UBS Delfiore
UBS Madre Germana
UBS Jardim dos Ipês
UBS Alto Paraíso
UBS Bandeirantes
UBS Caraíbas
UBS Garavelo Park
UBS Buriti Sereno
UBS Campos Elísios
UBS Bairro Independência
UBS Boa Esperança
UBS Anhambi
UBS Rosa dos Ventos
UBS Jardim Paraíso
UBS Jardim Olímpico
UBS Parque Trindade
UBS Santa Luzia
UBS Bela vista
UBS Jardim dos Buritis
UBS Nova Olinda
UBS Cândido de Queiroz
UBS Vila São Pedro
UBS Santo André
Central de Imunização
Maternidade Marlene Teixeira
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CNN BRASIL
O futuro da medicina e da saúde passa pelo CFM
Fundado em 9151, o Conselho Federal de Medicina (CFM) nasceu para fiscalizar e normatizar a prática médica no Brasil. Porém, diante da constante transformação da categoria médica no país, novos desafios foram surgindo e, com isso, a necessidade de ampliar seu papel.
Assim, nesses 71 anos de atuação, além de realizar o registro profissional dos médicos e fiscalizar a aplicação do Código de Ética Médica, a entidade vem desenvolvendo competências e aprimorando sua gestão para melhorar a qualidade do serviço médico prestado à população. Hoje a entidade tem importante papel político na sociedade, na defesa da saúde da população e dos interesses da classe médica. Sempre voltando seu olhar para a adição de políticas dignas e competentes, de alcance indiscriminado.
Inovação e tecnologia á favor da saúde
Atenta às necessidades da sociedade e da categoria, o CFM vem desenvolvendo soluções simples, seguras e gratuitas para conectar médicos, pacientes e farmacêuticos e melhorar o acesso da população ao sistema de saúde e aos medicamentos.
Através do site Prescrição Eletrônica , criado e mantido pela entidade, o médico passou a ter acesso a modelos de atestados médicos, receituários simples, de controle especial e de antimicrobianos, de relatórios médicos e de solicitação de exames, que podem ser assinados digitalmente e enviados eletronicamente para os pacientes.
Fruto de ações conjuntas do CFM, do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), foi criado o Portal Validador de Documentos, que tem auxiliado a relação remota entre médico, paciente e farmacêutico, permitindo que o paciente receba prescrições diretamente no celular, sem uma via em papel, e tenha o documento validado em um portal oficial.
Por escolas médicas de qualidade
Preocupada com a a formação dos profissionais da área médica, a entidade vem monitorando a abertura desenfreada de novos cursos e vagas em instituições que não possuem condições para funcionamento, um processo que prejudica não só os alunos como, também, a população, que fica à mercê de profissionais sem a devida qualificação. Por isso o conselho vem defendendo que as escolas médicas que não atenderem os critérios mínimos para seu funcionamento regular em termos pedagógicos e de infraestrutura sejam fechadas e atuando para que as entidades médicas nacionais possam participar ativamente dos processos de avaliação das faculdades e universidades de medicina, e aplicar sanções rigorosas, caso o curso seja mal avaliado.
As condições de atendimento
O CFM criou, ainda, a Comissão Pró-SUS, que acompanha a implementação de políticas públicas no âmbito do Sistema Único de Saúde e procura articular junto às autoridades melhorias relacionadas à infraestrutura, condições de trabalho e remuneração, além da busca por financiamento facilite o acesso da população aos serviços em todos os níveis de complexidade sem que pacientes, médicos e outros profissionais da saúde precisem conviver com os problemas decorrentes da precarização e com a falta de instalações adequadas, insumos e equipamentos.
Já através da Comissão Comsu, a entidade vem acompanhando a implementação de políticas públicas voltadas à saúde suplementar, orientando as entidades na defesa dos interesses dos pacientes e dos profissionais. A Comissão busca, por exemplo, preservar a autonomia do médico nos cuidados com seus pacientes e a estruturação e um plano de carreira para os erviço público.
Em prol do exercício da boa medicina
Por meio de suas comissões, câmaras técnicas, grupos de trabalho e representações que reúnem especialistas das mais diferentes áreas da medicina o CFM monitora a prática médica e propõem aperfeiçoamentos ao dia-a-dia dos profissionais.
Entre as iniciativas voltadas aos interesses da sociedade estão, por exemplo, o reconhecimento do Testamento Vital, que permite ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, ficando a assistência restrita aos cuidados paliativos, e a regulamentação a conduta médica que permite a antecipação do parto em caso de feto com anencefalia, entre outros.
Muito já foi feito, mas o CFM sabe que ainda há muito a fazer. Com um olhar para o futuro, a entidade planeja focar suas estratégias para aumentar a articulação com o Congresso Nacional e com o executivo, buscando a qualificação e a ampliação do acesso à assistência médica, ampliar a fiscalização de unidades de saúde denunciando casos de abusos e pedindo providências às autoridades, debater com setores da sociedade e do governo para buscar soluções aos gargalos dos SUS, valorizar ainda mais o papel do médico na assistência à saúde e intensificar a luta por uma formação em Medicina com qualidade. Atitudes que beneficiam os médicos, os pacientes e toda a sociedade.
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BAHIA NOTÍCIAS
OPAS: Número de pessoas com diabetes nas Américas mais do que triplica em três décadas
As taxas crescentes de obesidade, má alimentação, falta de atividade física, entre outros fatores, contribuíram para mais que triplicar o número de adultos que vivem com diabetes nas Américas nos últimos 30 anos, de acordo com novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O Panorama da Diabetes da OPAS nas Américas pede aos países que melhorem o diagnóstico precoce, aumentem o acesso a cuidados de qualidade para o controle da diabetes e desenvolvam estratégias para promover estilos de vida saudáveis e nutrição.
Ao menos 62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas, um número que deve ser muito maior, já que cerca de 40% das pessoas não sabem que têm a doença. Se as tendências atuais continuarem, o número de pessoas com diabetes na região poderá chegar a 109 milhões até 2040.
O aumento de casos de diabetes ao longo de três décadas está ligado ao aumento nos fatores de risco – dois terços dos adultos nas Américas estão com sobrepeso ou obesos, e apenas 60% fazem exercícios suficientes. O relatório também aponta para uma tendência alarmante entre os jovens da região: mais de 30% são considerados obesos ou com sobrepeso – quase o dobro da média global.
“Essas altas taxas de diabetes destacam a necessidade urgente de os países se concentrarem na prevenção e na promoção de estilos de vida saudáveis”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS. “Ao mesmo tempo, é crucial garantir o diagnóstico precoce e o bom gerenciamento da doença, que são fundamentais para controlar a diabetes e prevenir deficiências e problemas de saúde relacionados a doença”.
O relatório mostra, entretanto, que apenas 12 países da região possuem as seis tecnologias básicas necessárias para o manejo da diabetes nas instalações de saúde pública, incluindo equipamentos para medir a glicemia, testes para o diagnóstico precoce de complicações e tiras de teste de urina para análise de glicose e cetona. “É crucial que todos, em todos os lugares, tenham acesso a essas ferramentas básicas de diagnóstico e gerenciamento necessárias para prevenir as deficiências relacionadas”, acrescentou o Dr. Hennis.
O relatório também observa que as pessoas com diabetes têm maiores riscos para formas graves de COVID-19 e morte, destacando a importância de integrar os cuidados nos planos de preparação e resposta para emergências.
A fim de reduzir a prevalência da doença e permitir que as pessoas com diabetes tenham uma vida mais saudável e evitem complicações, o relatório pede aos países que:
Melhorem a capacidade de diagnóstico precoce e de prevenção de complicações relacionadas com a diabetes;
Aumentem a disponibilidade e o acesso a cuidados de qualidade, incluindo medicamentos essenciais, como insulina, dispositivos de monitoramento de glicose e apoio a autogestão;
Construam estratégias e políticas para promover estilos de vida saudáveis, nutrição e prevenção da obesidade.
Fortaleçam a vigilância e o monitoramento para garantir um bom controle da diabetes.
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PORTAL CENTRAL DE NOTÍCIAS
Artigo – Saúde digital: a palavra de ordem é priorizar a jornada do paciente
Escolhi o título deste artigo não à toa. A palavra de ordem quando se fala em Saúde digital é priorizar a jornada do paciente. Mas, antes de adentrar nos principais pilares que acredito que não podem faltar nesse processo, queria antes fazer uma breve elucidação sobre a importância de entender no que consiste a tão falada “jornada do paciente”.
A jornada do paciente pode, em muitos contextos, sugerir um procedimento com começo, meio e fim. Pensando em um indivíduo, ele pode ter dado entrada em um hospital, foi atendido, diagnosticado, medicado e pronto.
Mas este deveria ser apenas o começo do que seria a verdadeira jornada do paciente: um caminho onde ele pode, claro, ser atendido quando necessário, mas que ele tenha um acompanhamento anterior e posterior à sua ida até a unidade de saúde e, principalmente, um ecossistema que possibilite um monitoramento ativo e permanente, para que a saúde possa permanecer e não perecer.
Na MV, são cerca de 20 anos em que nosso foco principal é justamente na linha assistencial, com um trabalho forte em trazer tecnologia de impacto positivo tanto para o trabalho de médicos e demais players que possam se envolver nesse processo assistencial, como também para o paciente – afinal, se conseguimos implementar maneiras de trazer maior assertividade e autonomia para profissionais da Saúde, isso se reflete diretamente na qualidade e amparo assistencial.
Dito isso, posso dizer com propriedade que todos estes anos, fornecendo suporte tecnológico para a área assistencial, nos permitiu construir um olhar ímpar sobre a jornada do paciente. Como consequência, também nos permitiu visualizar com clareza os tais pontos cruciais que mencionei no início do texto e os quais considero essenciais para a priorização da jornada do paciente.
Mobilidade para pavimentar o caminho
O paciente é também responsável pela sua própria saúde. Essa é uma tecla que batemos e acredito que outros profissionais da área corroboram com essa visão. Assim, chegamos à conclusão de que quanto mais próximas estiverem as informações do próprio paciente, maior será a garantia do seu engajamento. Como proporcionar essa proximidade? Por meio de aplicativos.
Sabe-se que temos, atualmente, 152 milhões de brasileiros usuários de Internet, ou o equivalente a 81% da população acima dos 10 anos, segundo dados da última pesquisa TIC Domicílios, desenvolvida anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil e divulgada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Do total de entrevistados, 99.4% utilizam a internet pelo celular, sendo 64,1% deles de uso exclusivo. Ou seja, podemos dizer que o caminho que abraçaria mais pessoas e fácil para tornar o paciente mais próximo da sua saúde seria por aplicativos móveis.
Integração e interoperabilidade para dar continuidade à assistência
Considerando que o indivíduo já estaria com as informações na palma das mãos, ele poderia facilmente entrar em contato com uma clínica, agendar consultas no mesmo momento em que sentir que algo não vai bem, ou até ser atendido via telemedicina, podendo receber prescrições médicas e outras notificações importantes também via app, por exemplo.
Tais recursos permitem endereçar os primeiros passos da jornada, mas também proporcionam maneiras d e acompanhar o indivíduo ao longo dela, seja pelo médico ou mesmo por operadoras, a fim de garantir uma ponte rápida entre instituições de saúde e pacientes em prol de uma saúde mais preventiva.
Isso se converte em um alento para médicos que recorrentemente têm de lidar com pacientes que se automedicaram por meio de buscas na internet e também uma segurança para a própria pessoa, que em vez de pesquisar na internet, pode ir direto à uma fonte segura.
Se pensarmos na Saúde digital completamente integrada, o paciente, inclusive, poderia até mesmo sair de uma consulta e passar em uma farmácia que já está com o sistema integrado ao do hospital e, portanto, sabe as medicações corretas para que o paciente saia do local sem sequer precisar se preocupar com o passo da compra – o que também poupa tempo e reduz possíveis erros na compra de medicamentos.
Isso é, especialmente, verdade se considerarmos um compartilhamento geral de dados. Sei que isso é um desafio hoje e diria que é até inimaginável hospitais partilhando dados entre si, contudo a falta dessa integração na prática, resulta em exames duplicados, tempo e recursos perdidos – um custo alto para o sistema de saúde.
Com sistemas integrados, tecnologias preparadas para interoperar e informações do paciente compartilhadas de forma segura (considerando a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD) entre ele próprio e as instituições de saúde, eu diria que esta é uma fortaleza que se ergue em prol da transparência, da segurança do paciente e, também, da continuidade à assistência médica.
É um ganha-ganha para todos os envolvidos: desonera o sistema em termos financeiros e também de recursos físicos – seja infraestrutura ou mesmo insumos para exames. Traz transparência para o paciente, que sabe o que estão fazendo com seus dados e tampouco precisa perder tempo com exames e procedimentos duplicados e desnecessários. Até mesmo as operadoras podem se beneficiar, ofertando planos de saúde mais em conta, personalizados para a necessidade do paciente.
Análise de dados em favor da saúde
Por fim, temos também o pilar da coleta e análise de dados – uma forma que a tecnologia proporciona para trazer insights a partir do monitoramento da saúde do paciente de forma recorrente e contínua. Isso vale também para pacientes que são de longa permanência, ou seja, aqueles que necessitam de acompanhamento o tempo todo, sem cessar.
Com as ferramentas corretas e o foco na saúde, conseguimos ampliar o monitoramento e realizar a entrega de uma jornada verdadeiramente conectada, que proporciona um acompanhamento holístico e longevo da saúde das pessoas, ao passo que trazemos mais conforto e facilidade para o dia a dia do paciente. Não é difícil imaginarmos: essa é a Saúde digital que queremos. Se continuarmos a converter esforços, estou certo de que ela chegará para cada vez mais pessoas em menos tempo, gerando mais segurança, agilidade e melhor experiência no atendimento.
Por Andrey Abreu, diretor corporativo de tecnologia na MV
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Assessoria de Comunicação