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DESTAQUES
Auditoria nas três maternidades de Goiânia
CFM defende medicina baseada em evidências em debate sobre judicialização da saúde
Para Mabel, relatório do DenaSUS confirma acerto da Prefeitura de Goiânia na mudança da gestão das maternidades
Alego aprova prorrogação da calamidade na Saúde de Goiânia em primeira votação
Reajuste dos planos de saúde para 2026 deve chegar a 7,5%
Como implementar IA em hospitais: guia final em 9 passos
Coquetel marca o encerramento da exposição “Vida na Roça – 30 Anos de Arte e Tradição” no IPVisão
https://www.issoegoias.com.br/2025/12/coquetel-marca-o-encerramento-da.html
TV ANHANGUERA
Auditoria nas três maternidades de Goiânia
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PORTAL CFM
CFM defende medicina baseada em evidências em debate sobre judicialização da saúde
O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (16), de audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados que discutiu o tema “Medicina baseada em evidências no contexto da judicialização da saúde no Brasil”. O debate ocorreu no Plenário 7, a pedido da deputada Adriana Ventura (NOVO-SP), e contou com a participação de representantes da Defensoria Pública do Distrito Federal, da Associação Médica Brasileira, do Conselho Nacional de Justiça, da saúde suplementar e de entidades de pacientes.
Representando a autarquia, o conselheiro federal Alcindo Cerci Neto (PR) afirmou que o ato médico ocorre, muitas vezes, em um contexto individual e solitário, no qual o profissional precisa decidir o que é melhor para preservar ou reparar a saúde do paciente, sempre com base na melhor evidência científica disponível. Ele ressaltou ainda que a judicialização da saúde é um fenômeno complexo, que não pode ser atribuído apenas à prescrição médica. “A caneta do médico é, sim, um fator de judicialização, mas muitas ações decorrem da desorganização do sistema, que não consegue oferecer ao paciente tratamentos já disponíveis, inclusive de baixo custo”, afirmou.
Alcindo Cerci Neto destacou que a medicina baseada em evidências, incorporada à legislação brasileira pela Lei Orgânica da Saúde, deve orientar tanto as decisões clínicas quanto o processo de incorporação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o conselheiro, o avanço acelerado da produção científica, intensificado pelo uso da inteligência artificial, impõe desafios à avaliação crítica das evidências e à atualização dos protocolos assistenciais. “O custo deve ser um dos fatores associados à decisão, mas não pode ser o elemento que define a prescrição. A evidência científica precisa ser o eixo central”, enfatizou.
O conselheiro também chamou atenção para o papel da judicialização como instrumento de acesso à saúde, sobretudo diante do descompasso entre a velocidade da inovação científica e a capacidade de atualização das estruturas de governança do sistema público. “Muitas vezes, a judicialização é o único caminho para garantir ao paciente um tratamento que já é reconhecido pela comunidade médica como o mais adequado”, pontuou, citando exemplos de medicamentos e terapias cuja efetividade e adesão ao tratamento justificam demandas judiciais.
Ao final, o representante do CFM alertou para o impacto da qualidade da formação médica sobre a judicialização da saúde. Ele classificou como preocupante a deterioração do ensino médico no país, especialmente no que se refere à capacidade de análise crítica de evidências científicas e à prescrição racional. “A judicialização é multifatorial, e um dos seus vetores é, sem dúvida, a formação médica inadequada, visto que a qualidade da educação médica tem impactos diretos na análise de evidências e na prescrição racional. Precisamos atuar também nesse ponto”, concluiu.
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A REDAÇÃO
Para Mabel, relatório do DenaSUS confirma acerto da Prefeitura de Goiânia na mudança da gestão das maternidades
Auditoria apontou fragilidades na assistência obstétrica e neonatal na capital
O relatório final da auditoria apresentado nesta terça-feira (16/12), pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS), confirmou que a decisão da Prefeitura de Goiânia de alterar o modelo de gestão das maternidades municipais foi correta e necessária para garantir a continuidade da assistência materno-infantil em Goiânia. A constatação é do chefe do Executivo municipal, Sandro Mabel, que voltou a criticar a antiga gestão das unidades.
É que a auditoria do DenaSUS, apresentado na Câmara de Goiânia, avaliou o funcionamento das unidades entre janeiro de 2023 e junho de 2025, período em que as maternidades eram administradas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), e identificou interrupções de serviços, desabastecimento de insumos e medicamentos, além de falhas graves na assistência a gestantes e recém-nascidos.
Segundo o relatório, o cenário encontrado exigia a adoção de medidas para assegurar o funcionamento contínuo dos serviços e dos leitos habilitados. Essas recomendações, de acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, já haviam sido implementadas pela atual gestão antes mesmo da conclusão da auditoria, “o que reforça o acerto da decisão tomada pelo prefeito”.
“O relatório traz um panorama do cenário que enfrentávamos à época, que foi continuamente exposto pela secretaria, e que levou à substituição da instituição gestora das maternidades”, afirma o secretário.
Após a alteração do modelo de gestão, as maternidades municipais registraram retomada integral dos atendimentos. Entre setembro e novembro de 2025, já sob a nova administração, foram realizados 14.501 atendimentos de urgência e emergência, 7.704 internações e 2.151 partos, números que demonstram o pleno funcionamento das unidades. Atualmente, as maternidades estão abastecidas, com os leitos habilitados em funcionamento e de portas abertas para receber a população.
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JORNAL OPÇÃO
Alego aprova prorrogação da calamidade na Saúde de Goiânia em primeira votação
Foram 24 votos a favor, 6 contra e uma abstenção
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, nesta terça-feira, 16, em primeira votação, a prorrogação do estado de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, após audiência pública marcada por divergências políticas, questionamentos técnicos e resistência de parlamentares da oposição. O decreto estende por mais seis meses o reconhecimento da situação excepcional na rede municipal de saúde. Foram 24 votos a favor, 6 contra e uma abstenção.
O debate ocorreu na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e expôs o embate entre a gestão municipal, que defende a necessidade da medida, e órgãos de controle e deputados oposicionistas, que questionam a continuidade do instrumento.
Um dos principais pontos levantados pela Prefeitura de Goiânia foi a descoberta de um passivo de aproximadamente R$ 200 milhões herdado da gestão anterior, comandada por Rogério Cruz. Segundo o secretário municipal da Fazenda, Valdivino de Oliveira, cerca de R$ 119 milhões correspondem a repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) que teriam sido utilizados fora da finalidade original e agora precisam ser devolvidos. Outros R$ 81 milhões dizem respeito a dívidas com fornecedores.
“O município foi notificado para devolver recursos ao SUS que não se sabe exatamente para onde foram destinados. Além disso, há débitos expressivos com fornecedores que não estavam devidamente registrados nos balanços”, afirmou Valdivino durante a audiência.
De acordo com o secretário, a prorrogação do decreto é necessária para permitir ajustes orçamentários, renegociação de contratos e reorganização financeira da pasta, especialmente em uma capital que atende pacientes de todo o Estado.
Endividamento da Saúde chega a R$ 711 milhões
O secretário municipal de Saúde, Luiz Gaspar Pellizzer, apresentou números mais amplos do passivo da área. Segundo ele, a dívida total da secretaria, entre valores empenhados e não empenhados, chegou a cerca de R$ 711 milhões. Desse montante, aproximadamente R$ 240 milhões já foram pagos ao longo do ano.
Pellizzer sustentou que o decreto de calamidade tem sido fundamental para dar transparência ao cenário financeiro e viabilizar negociações com fornecedores, evitando a interrupção de serviços essenciais. Ainda assim, segundo o gestor, cerca de R$ 400 milhões permanecem como passivo a ser equacionado gradualmente.
Representantes do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) adotaram postura mais cautelosa. O presidente do tribunal, Joaquim Alves de Castro Neto, afirmou que, do ponto de vista técnico, ainda não há elementos suficientes que justifiquem a manutenção do estado de calamidade.
O procurador-geral de Contas, Henrique Pandim Barbosa Machado, também se posicionou contra a prorrogação, ressaltando que o instituto da calamidade pública deve ser restrito a situações excepcionais e não pode ser utilizado como ferramenta permanente de gestão ou renegociação de dívidas.
Resistência da oposição
A oposição na Alego reagiu à proposta. O deputado Antônio Gomide (PT) criticou o descumprimento de dispositivos previstos no decreto original, como a realização periódica de audiências públicas para acompanhamento da situação fiscal, e declarou voto contrário à prorrogação. Mauro Rubem (PT) seguiu a mesma linha, afirmando que os problemas da saúde municipal são de gestão e não caracterizam calamidade continuada.
A vereadora de Goiânia Kátia Maria dos Santos (PT) também criticou a falta de detalhamento sobre restos a pagar e cobrou maior transparência antes de qualquer nova prorrogação.
Defesa da base governista
Parlamentares da base do governador Ronaldo Caiado (UB) e do prefeito Sandro Mabel (UB) defenderam a medida. Virmondes Cruvinel (UB) destacou que os passivos herdados e a pressão sobre a rede de saúde da capital justificam a continuidade do decreto. Talles Barreto (UB), líder do governo na Alego, reforçou que Goiânia funciona como polo regional de atendimento e absorve demanda de dezenas de municípios.
Na véspera da votação, o prefeito Sandro Mabel (UB) voltou a defender publicamente a renovação do decreto. Segundo ele, embora a calamidade financeira esteja mais próxima de ser superada, a situação da saúde permanece grave.
“A calamidade financeira nós conseguimos enfrentar, mas a da saúde é muito séria. Não sei se seis meses serão suficientes, mas precisamos desse prazo para continuar trabalhando”, afirmou.
Com a aprovação, a Prefeitura de Goiânia mantém a prerrogativa de adotar medidas administrativas excepcionais na área da saúde pelos próximos seis meses. A CCJ e os órgãos de controle devem acompanhar a execução do decreto e cobrar dados objetivos sobre renegociação de dívidas e melhoria dos serviços.
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VOX PIAUÍ
Reajuste dos planos de saúde para 2026 deve chegar a 7,5%
Nos primeiros nove meses de 2025, as operadoras de planos de saúde tiveram um lucro líquido de R$ 17,9 bilhões, o maior desde 2018, impulsionado pelo aumento de 140% no lucro operacional.
Lucratividade recorde impacta previsão de reajustes
De acordo com dados divulgados, o cenário de alta nas receitas levou os analistas do BTG a revisarem suas projeções para o próximo ciclo de reajuste dos contratos individuais, estimado em 7,5%. O índice considera a variação de custos médico-hospitalares e o IPCA, descontada a inflação do setor.
Reajuste e correções contratuais
O índice máximo de aumento, definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), leva em conta dados dos últimos 12 meses e costuma ser aprovado entre maio e junho, valendo até o fim do período seguinte. O reajuste é aplicado de forma gradual, sempre no aniversário dos contratos, visando equilibrar os custos do setor.
Scenario do mercado de planos de saúde em 2025
A alta no lucro das operadoras reforça o crescimento do setor, apesar das tensões com reajustes e a necessidade de equilibrar receitas e despesas. Entre as maiores operadoras, a Hapvida lidera com 18% de usuários em planos individuais, seguida pela Amil, com 13%, e Prevent Senior, com 9,4%, além da Athena.
Segundo especialistas do BTG, o impacto desproporcional da Hapvida, com custos médicos 32% superiores à média de mercado, elevou a variação das despesas assistenciais, influenciando o cenário de reajustes de 2026.
Expectativas para o próximo ano
Analistas destacam que o impacto positivo na sinistralidade — índice que mede o uso dos planos pelos beneficiários — deve resultar em reajustes menores, especialmente para planos coletivos empresariais, que poderão ter correções de um dígito. Para contratos de pequenas e médias empresas, o reajuste segue uma regra de pool de risco, com o mesmo percentual para todos os beneficiários.
O crescimento do tíquete médio deve ser menor do que o registrado em 2025, e há uma expectativa de que o reajuste para planos individuais ultrapasse 7,5%, podendo chegar a 7,5% ou mais, caso os custos continuem a subir neste ritmo.
Em relação à regulação do setor, o CEO da Porto Saúde criticou a limitação dos planos em coberturas de remédios de alto custo, como o de R$ 10 milhões, destacando a necessidade de maior flexibilidade para o setor.
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SAÚDE BUSINESS
Como implementar IA em hospitais: guia final em 9 passos
A implementação de IA na saúde exige um roadmap rigoroso. Saiba como garantir compliance, segurança do paciente e ROI na adoção de inteligência artificial.
Seu hospital ou clínica já avaliou os benefícios da inteligência artificial e agora enfrenta o desafio de entender como implementar IA em hospitais? Saiba que é possível fazer isso de forma prática, segura e com retorno claro sobre o investimento (ROI).
No Brasil, a adoção já é uma realidade: embora grande parte dos hospitais utilizem recursos tecnológicos em seus processos, a maioria ainda se sente despreparada para lidar com a tecnologia. Ou seja, há interesse, há pressão competitiva e há um desafio claro de maturidade digital.
Este artigo é o guia final para o tomador de decisão. Saiba os 9 passos indispensáveis para mover a IA do conceito para a operação, com foco em validação de modelos e segurança regulatória.
Por que implementar IA em hospitais agora?
A decisão de quando e como implementar IA em hospitais é estratégica. O objetivo é promover um atendimento mais seguro, eficiente e acessível, mas a adoção da tecnologia também costuma ser impulsionada por desafios e oportunidades próprias de cada instituição.
Um levantamento recente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) mostrou que mais de 80% dos hospitais privados já utilizam alguma solução de IA, embora 74% ainda se considerem pouco preparados para as transformações necessárias.
Conheça alguns fatores que estão acelerando essa decisão na saúde.
Pressões financeiras e competitivas do setor
A IA permite a redução de custos ao automatizar processos, prever desvios e otimizar recursos, alinhando a instituição com o modelo de saúde baseada em valor.
Demandas crescentes com equipes reduzidas
A IA atua como um assistente de produtividade, auxiliando equipes médicas e de enfermagem na triagem, diagnóstico e planejamento, mitigando o risco de burnout e erro humano.
Vantagem competitiva: hospitais inteligentes
Hospitais que adotam a inteligência artificial se posicionam na vanguarda, oferecendo diagnósticos mais rápidos e precisos, e se destacando no mercado como instituições de alta gestão da qualidade.
Riscos de não adotar: perda de eficiência, gargalos e erro humano
A inércia leva à perda de eficiência operacional, perpetuação de gargalos assistenciais (como longos tempos de espera) e aumento do potencial de erro, impactando diretamente a segurança do paciente.
Além disso, pesquisas comprovam que a implementação de estruturas robustas de governança de dados e o treinamento abrangente da equipe são etapas fundamentais para mitigar riscos e criar um sistema de saúde mais eficiente, centrado no paciente e realmente eficaz.
A seguir, conheça o passo a passo de como implementar a IA em hospitais.
Passo 1: Mapeamento de casos de uso com ROI imediato
A implantação deve começar com projetos que demonstrem retorno financeiro e operacional rápido.
Casos de uso com payback rápido
Triagem automática: Uso de chatbots ou machine learning na classificação de risco de pacientes, reduzindo o tempo de espera.
Previsão de demanda: Algoritmos para prever o fluxo de pacientes na emergência, otimizando o dimensionamento de equipes.
Priorização clínica: inteligência artificial no apoio diagnóstico por imagem, priorizando exames urgentes e reduzindo o tempo para a intervenção.
Automação de faturamento: Uso de IA para codificação e auditoria de contas, reduzindo glosas e otimizando o Tempo Médio de Atendimento (TMA).
Avaliar estudos recentes de adoção de IA em hospitais de grande porte — com aplicação clínica, apoio diagnóstico e mudanças operacionais — podem ser importantes para o benchmark internacional de melhora de ROI e modelos de implantação.
Passo 2: Definir estratégia institucional de IA
A inteligência artificial precisa de uma fundação de governança hospitalar sólida antes da contratação.
Responsabilidade estratégica e matriz RACI
Estabeleça quem é responsável por cada etapa do ciclo de vida de modelos de IA, desde a concepção até a manutenção (Matriz RACI).
Comitê de IA e governança clínica
Crie um comitê multidisciplinar (clínico, TI, jurídico) para supervisionar a ética, a validação de algoritmos médicos e a segurança do paciente.
Aderência regulatória e LGPD desde a concepção (privacy by design)
Assegure que a LGPD esteja integrada. A coleta e o uso de dados devem respeitar o privacy by design desde a primeira etapa do projeto.
Passo 3: Avaliar infraestrutura e maturidade digital
O sucesso da implementação de IA depende da qualidade dos dados e da infraestrutura existente.
Maturidade dos dados (DMM Healthcare / HIMSS)
Avalie a qualidade, consistência e integração dos dados. IA com “dados ruins” gera diagnósticos errados e prejuízo.
Conectividade entre sistemas legados
Muitos hospitais operam com sistemas legados (antigos). A IA exige APIs e conexões robustas para garantir a interoperabilidade.
Requisitos tecnológicos: servidores, cloud, APIs, pipeline de dados
Defina se o modelo será rodado on-premise ou em cloud e garanta um pipeline de gestão de dados em hospitais contínuo e seguro.
Sinal vermelho: quando o hospital ainda não está pronto para IA
Se o hospital não tiver uma gestão organizada, um prontuário eletrônico bem preenchido ou não possuir um Comitê de Governança ativo, a implantação de IA na saúde deve ser adiada.
Passo 4: Escolher o modelo de IA certo
A escolha do modelo impacta custo, tempo de implantação e controle.
Comparativo: modelos prontos vs. customizados
| Característica | Modelos Prontos (Fornecedor) | Modelos Customizados (Desenvolvimento Interno) |
| Custo | Alto custo inicial (licenciamento) | Alto custo de desenvolvimento e manutenção |
| Manutenção | Responsabilidade do fornecedor | Exige time de dados dedicado |
| Tempo de Implantação | Rápido (plug and play) | Longo (meses a anos) |
| Controle & Explainability | Limitado, caixa-preta | Total controle e transparência do código |
Critérios técnicos para avaliação de fornecedores
Acurácia comprovada localmente: O modelo deve ser validado com os dados e perfis populacionais do seu hospital.
Privacidade e proteção de dados: O fornecedor deve demonstrar compliance e métodos de anonimização.
Segurança, logging, trilhas de auditoria: O sistema deve registrar todas as decisões da IA para fins regulatórios e de uso ético na medicina.
Interoperabilidade: Capacidade de se conectar ao seu prontuário eletrônico sem fricção.
Histórico de implantação em saúde: Prefira players com experiência comprovada e casos de sucesso em hospitais de porte similar.
Passo 5: Validar o modelo com rigor clínico
A validação de algoritmos é obrigatória para a proteção do paciente.
Testes internos e validação com dados locais
Nunca confie apenas nos dados do fornecedor. É importante testar a capacidade do modelo de integrar e processar dados heterogêneos, como imagens médicas (radiologia), dados clínicos estruturados (exames laboratoriais) e dados não estruturados de prontuários eletrônicos.
O desempenho do algoritmo deve ser verificado com a sua base, superando desafios de interoperabilidade.
Testes cegos, bias de dados, performance real
Realize testes rigorosos para identificar bias (vieses) que possam prejudicar grupos específicos de pacientes.
Documentação obrigatória (regulatória e técnica)
Mantenha um registro completo da performance do modelo, fundamental para o compliance e auditorias.
Passo 6: Implementação piloto controlada
A implementação deve ser faseada para garantir a segurança.
Seleção de área-piloto (alto impacto + baixo risco): Escolha um setor que ofereça alto potencial de ROI, mas onde uma falha da IA não represente risco iminente de vida (ex: triagem administrativa, agendamento, processamento de imagens de baixo risco).
Indicadores para avaliar sucesso do piloto: Defina metas de TMA, redução de erro ou aumento de produtividade antes de ligar a inteligência artificial.
Checklist operacional para início da operação assistida: A IA deve atuar como assistente. Mantenha supervisão humana total no início.
Passo 7: Engajamento e capacitação das equipes
O maior risco da implantação de IA é a rejeição da equipe clínica.
Treinamento orientado a processos clínicos: Mostre aos médicos e à enfermagem como a IA simplifica o trabalho deles, não como o substitui.
Adesão e governança: Envolva os key users (líderes clínicos) no comitê de inteligência artificial.
Como evitar rejeição e adoção limitada: Demonstre que a IA aumenta a segurança do paciente e reduz a carga burocrática.
Passo 8: Escalabilidade e integração sistêmica
Após o sucesso do piloto, é hora de expandir.
Critérios para escalar para outras áreas: Utilize os KPIs do piloto para justificar a expansão.
Integração horizontal entre departamentos: Garanta que a solução de IA converse com outros sistemas (Financeiro, Farmácia, Laboratório) para otimizar o fluxo de dados em todo o hospital.
Passo 9: Medir ROI e garantir sustentabilidade
O ROI é a métrica final que justifica o investimento em da IA em hospitais.
Uma pesquisa abrangente sobre a adoção de IA em hospitais nos EUA quantificou os ganhos operacionais e o (ROI), apresentando alguns índices de performance e eficiência que os gestores de saúde podem avaliar. Veja algumas dessas métricas:
Indicadores financeiros: custos evitados, produtividade, TMA
Monitore a redução de glosas, o aumento de produtividade da equipe e a diminuição do tempo médio de permanência.
Indicadores clínicos: erros evitados, alertas corretos, segurança
Mensure a taxa de alertas corretos, a redução de eventos adversos e a melhoria dos desfechos clínicos (MDPI).
Indicadores operacionais: fluxo, gargalos, otimização
Analise a redução de filas, o tempo de ciclo dos processos e a otimização de leitos.
Retraining, manutenção e ciclos de reavaliação contínua
Um modelo de IA não é estático. Estabeleça ciclos regulares de retraining (re-treinamento) e revalidação de algoritmos para garantir a performance e a compliance em IA clínica a longo prazo.
Saber como implementar IA em hospitais com sucesso exige planejamento e rigor técnico. A inteligência artificial é uma ferramenta transformadora, mas sua validação e aderência na saúde são inegociáveis.
Ao seguir esses passos, o hospital estará apto a selecionar e implementar tecnologias de forma segura, garantindo o retorno financeiro e a excelência no cuidado ao paciente.
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ISSO É GOIÁS
Coquetel marca o encerramento da exposição “Vida na Roça – 30 Anos de Arte e Tradição” no IPVisão
Realizada no Instituto Panamericano da Visão (IPVisão), a exposição “Vida na Roça – 30 Anos de Arte e Tradição”, da artista plástica Selma di Medeiros, chegou ao fim ontem, 15 de dezembro, com um coquetel que celebrou o segundo ciclo das mostras de artes promovidas pelo hospital em parceria com o Instituto Rizzo.
O evento reuniu médicos, colaboradores, artistas plásticos, representantes do Instituto Rizzo, convidados e, claro, Selma di Medeiros. O diretor técnico do IPVisão, médico oftalmologista Paulo Ricardo de Oliveira, destacou a relevância do projeto, que em seu primeiro ciclo contou com uma mostra coletiva de artistas goianos e estudantes de artes.
Iniciado em agosto, o projeto trouxe ao hospital beleza, sensibilidade e momentos de pausa, mostrando como a arte pode inspirar, acalmar e levar conforto a pacientes, colaboradores e visitantes.
“Foi uma parceria importante, abrimos espaço para a arte e os pacientes aprovaram”, afirmou Paulo Ricardo de Oliveira, ressaltando a experiência positiva que a iniciativa trouxe ao IPVisão. O sucesso da parceria abre caminho para novos projetos artísticos no Instituto, que acredita no poder da arte para acolher, inspirar e transformar vidas.
Segundo ciclo
Durante essa segunda exposição, corredores e salas de espera do hospital se transformaram em espaços de emoção e contemplação com as obras de Selma di Medeiros. Com cores vibrantes e traços delicados, os quadros retratavam a vida simples do interior goiano, despertando lembranças afetivas e proporcionando aos pacientes, acompanhantes, colaboradores e a todos que passaram pelo IPVisão instantes de alegria e reflexão.
Para tornar a experiência ainda mais próxima do público, cada obra trazia na legenda um QR Code, que levava a um áudio com a descrição das telas, permitindo que visitantes mergulhassem na história de cada cena retratada. Além dos quadros da artista, fotografias de Lázaro Neves também compunham a mostra, aberta em outubro.
Selma di Medeiros destacou que foi “um prêmio expor no local” e que a receptividade do público superou, em muito, suas expectativas.
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Assessoria de Comunicação