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O HOJE
Nascer Cidadão tem dois diretores afastados
Após apuração parcial, SMS afasta diretores técnico e administrativo de maternidade, mas determina retorno imediato
GRACCIELLA BARROS
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia determinou a alteração da diretoria administrativa e técnica da Maternidade Nascer Cidadão após divulgação das preliminares da sindicância aberta para apurar se houve negligência ou imprudência no caso da mãe que deu à luz na recepção da unidade de saúde na última terça-feira (11). Em coletiva à imprensa na tarde de ontem, na Secretaria Municipal de Saúde, o diretor de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues, informou que o diretor administrativo Benônimo Ferreira Vaz foi afastado, ainda sem o sucessor, e o diretor técnico Jony Rodrigues Barbosa substituído por Suseley Américo Mendes.
No entanto, como não foi apurado caso de negligência ou imprudência por meio da sindicância, os 20 profissionais da maternidade afastados retornarão ao trabalho normalmente. O diretor-geral da unidade de saúde, Sebastião Moreira, também será mantido.
Segundo Sandro Rodrigues, o problema apurado foi administrativo. “Houve uma falha de fluxo administrativo assistencial, pois a paciente não deveria ter esperado na recepção da maternidade. Ela deveria ter sido acompanhada de um profissional.“O que apuramos até agora foi que a paciente não informou que era multípara, já era a sexta gestação, então o processo de parto é mais rápido do que uma paciente que está no primeiro filho”, afirmou o diretor de Atenção à Saúde.
Argumentos
Sandro Rodrigues conta que Letícia Leite Machado, de 34 anos, foi atendida por um médico de plantão e tinha cinco centímetros de dilatação, mas esperaria a transferência para outra unidade de saúde, por falta de vaga na maternidade. Enquanto aguardava a transferência, Letícia foi orientada a permanecer na sala de observação, mas saiu para a recepção. “Se o médico que a atendeu soubesse que era a sexta gestação, ela ficaria deitada em uma maca, com soro, enquanto esperava a transferência. Esse foi o erro da administração, que não identificou o risco.”
Para o diretor, o gestor da unidade de saúde deveria saber da gravidade do caso, pois não tinha justificativa técnica para que ela saísse da observação. “Porém, foi informado que a paciente não realizou exames pré-natal. A falta de exames dificulta o diagnóstico da especificidade do caso”, afirma Sandro Rodrigues.
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Dono de clínica se apresenta à polícia
Foragido desde terça-feira, 11, AndréRocha,um dos proprietários da Clínica de Recuperação e Reabilitação Anjos da Luz, André Rocha, se apresentou na
Tarde de ontem ao delegado Manoel Vanderic Filho, titular do 6º DP de Anápolis. Ele foi ouvido durante mais de duas horas e negou a prática de tortura no estabelecimento, denunciada por cerca de 70 internos.
Samir Bolzan Ribeiro, outro acusado de participação no esquema,também se apresentou, prestou depoimento, e descartou o uso de violência relatado. Ambos foram liberados e devem responder pelos crimes de sequestro e formação de quadrilha em liberdade.
Com discursos afinados, André e Samir alegaram que as reclamações de
maus-tratos e tortura feitas pelos pacientes eram fruto da revolta por terem sido
internados involuntariamente e à força, e ainda em decorrência dos sintomas
de abstinência das drogas. Eles afirmaram que muitos dos internos sofriam de
transtorno bipolar e tinham alucinações em relação ao uso de violência por parte dos funcionários da clínica.
Da vasta lista de acusações imputadas a eles e às outras seis pessoas presas e autuadas em flagrante no dia 11, André Rocha e Samir Bolzan reconheceram apenas que as internações eram involuntárias, segundo eles, a pedido das famílias.
Mas, conforme o delegado, estas ações caracterizam o crime de sequestro. “Para que as internações involuntárias ocorram ,a lei exige determinação judicial ou estudo aprofundado, com laudo psiquiátrico. Sobre a denúncia de triagem, os indiciados disseram se tratar de um processo prévio de desintoxicação, no qual os internos eram mantidos durante alguns dias em isolamento até perder os primeiros sinais de abstinência, o que evitava que eles agredissem os demais pacientes. Samir ainda comentou que, diante de algumas tentativas de fugas em massa, foi necessário contê-los para levá-los para dentro da clínica, mas sem o uso de violência.
André afirmou que a clínica tinha apenas dois funcionários, o diretor Wilmar Pereira Siqueira, preso e autuado em flagrante, e um psicólogo identificado apenas como Severino, que será ouvido esta semana.
Crimes
Para o delegado, os relatos evidenciam irregularidades administrativas, que
vão ficar ao encargo do Ministério Público apurar e oferecer denúncia. Mas, em relação ao sequestro, ele diz ser inquestionável, bem como o crime de formação de quadrilha. Em relação à tortura, ele defendeu a existência de fortes indícios, colhidos nos depoimentos dos pacientes. “Vamos encaminhar o inquérito ao Judiciário ainda esta semana para que o Ministério Público ofereça denúncia.”
O estabelecimento funcionava em duas chácaras, uma no Jardim Arco Verde
e outra no Bairro Santos Dumont, às margens da BR-414, e foi fechado na última terça-feira(11).(Luiz Flávio Mobaroli)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Prefeitura culpa setor administrativo por parto em recepção de hospital
Para secretaria, não houve imperícia médica de corpo clínico por mulher dar à luz sozinha, enquanto aguardava atendimento
LEANDRO ARANTES
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia apresentou, ontem, resultado preliminar da sindicância que investiga o fato de uma jovem dar à luz na recepção da maternidade Nascer Cidadão, na última terça-feira(11). Em entrevista coletiva no Paço Municipal o diretor de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues, retirou toda culpa da classe médica e a depositou na área administrativa da maternidade. Disse que não ocorreu nenhuma imperícia médica no caso, “o que houve foi um fluxo administrativo assistencial, ela não deveria estar esperando na recepção do hospital”.
De acordo com o profissional, a paciente foi atendida por um médico e aguardava, em uma sala reservada, a chegada do transporte que a levaria para outra unidade onde seria realizado o parto, visto que na Maternidade Nascer Cidadão não havia mais nenhuma vaga. A grávida teria saído da sala por conta própria e se dirigido para a recepção, aguardando a transferência. Ela deu à luz durante esse período, sozinha, sem receber nenhuma assistência médica.
Sandro Rodrigues fala que esse seria um procedimento normal se fosse a primeira ou segunda vez que ela estivesse dando à luz, uma vez que o trabalho de parto pode demorar até 12 horas. “Houve um erro de informação, a paciente informou que esse era seu segundo parto, quando na verdade era o quinto. Se eu tenho uma paciente com 2 a 3 cm de dilatação, se for o primeiro filho, ela pode esperar lá”, afirma.
Informações prévias da sindicância consta que houve apenas falha administrativa, pois a equipe deveria tê-la mantido na sala reservada para a espera do transporte, não permitindo sua saída. “Uma paciente que tem um grande número de filhos, após ser constatado isso, não poderia ter sido mantida naquele local”, aponta.
Os 20 profissionais que foram afastados por ordem do secretário municipal da Saúde, Fernando Machado, devem retornar às suas atividades, ainda, amanhã. “Como a gente não constatou nenhum caso de imprudência médica, toda equipe vai voltar ao seu trabalho normal”, informa Sandro.
Mesmo antes de finalizar a sindicância, a Secretaria informou que já tomou medidas para evitar que algo semelhante volte a acontecer. “Vamos mudar a gestão da unidade, faremos alteração na diretoria administrativa e na gestão técnica”, explica o diretor. A nova diretora técnica, que já está em atividade, é a enfermeira obstetra Suseley Américo Mendes. A direção geral da unidade continua sem alteração, estando à frente o dr. Sebastião Moreira. Já a nova diretoria administrativa ainda não foi definida.
Sindicância do Conselho
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) está realizando a sua própria sindicância, buscando identificar se houve alguma infração ética por parte dos médicos responsáveis pelo caso. A investigação continua em andamento, e só será divulgada quando os resultados finais forem definidos. “Independente da sindicância realizada pela Secretaria de Saúde, o Conselho de Medicina segue analisando a conduta dos profissionais da saúde envolvidos naquele episódio”, informou o Cremego.
Segundo informações do conselho, a sindicância realizada pelo órgão é independente e não sofre nenhuma interferência da investigação realizada pela SMS. “O resultado da Secretaria não influencia em nada na nossa. Vamos continuar investigando para definir as responsabilidades”, pontua.
Entenda o Caso
Um vídeo que foi veiculado em vários sites na internet, gerando grande repercussão na mídia, mostra uma gestante dando à luz na recepção da Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, no dia 11. A mulher estava sentada quando a criança nasceu, caindo e batendo a cabeça no chão. Em seguida, um médico apareceu, retirando a criança. Logo após, uma enfermeira foi auxiliar a mãe.
As imagens mostram os demais pacientes revoltados com o ocorrido. Muitos gritam com os funcionários do local, que tentam se defenderem. Três dias depois, em 14 de junho, de manhã, a mãe deixou o hospital, e à tarde, depois de realizar alguns exames, a criança recebeu alta e foi levada para casa por um tio. Na ocasião, a Secretaria da Saúde informou que ela não apresentou nenhuma sequela pelo parto conturbado e a queda.
Quando deu entrada no hospital, a mãe havia informado que era a sua segunda gestação, e nesses casos, segundo os médicos, o trabalho de parto é mais demorado. No entanto, a verdade é que esta era a quinta vez que ela estaria dando à luz, portanto, o parto ocorre mais rápido.
No mesmo dia em que as imagens foram divulgadas, o secretário municipal da Saúde, Fernando Machado, anunciou que todo o corpo técnico que estava trabalhando no momento do parto seria afastado e que seria organizada uma sindicância para identificar as responsabilidades de cada funcionário. “Estamos instaurado uma sindicância para apurar os procedimentos realizados”, afirmou o secretário.
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Uma gota de esperança
Exame do teste do pezinho, que deve ser realizado dias após o nascimento do bebê, pode identificar doenças em estágios prematuros como a anemia falciforme
LEANDRO ARANTES
Amanhã vários Estados do Brasil irão realizar uma ação para destacar o dia de conscientização da anemia falciforme. Em Goiás, o evento irá acontecer no laboratório da Apae de Anápolis, uma parceria do Instituto Espaço de Vida com várias empresas da cidade. Na ocasião serão realizados testes do pezinho e distribuídos materiais informativos sobre a doença. O objetivo é chamar a atenção da população para a importância do exame e do tratamento precoce da doença.
No dia 6 de junho se comemorou o Dia Nacional do Teste do Pezinho. O exame, realizado nos primeiros dias de vida, que consiste em retirar uma amostra de sangue do calcanhar do recém-nascido, do qual são feitos inúmeros testes laboratoriais, pode diagnosticar várias doenças, antes mesmo que elas apresentem algum sintoma. O teste chegou ao Brasil na década de 1970, e em 1992 se tornou obrigatório em todo País.
O exame é considerado importante por identificar doenças precocemente, favorecendo o tratamento. Segundo informações médicas, a maioria das doenças que são tratadas no início do seu aparecimento tem maior chance de cura em relação às que são descobertas tardiamente. Esse é o principal motivo da obrigatoriedade do teste, visto que com ele é possível identificar doenças logo depois do nascimento do bebê.
Uma das doenças identificadas no teste do pezinho é a anemia falciforme. Trata-se de uma doença hereditária que provoca alterações na formação da molécula responsável por transportar o oxigênio do sangue, a hemoglobina. Essa doença é mais comum em afrodescendentes, mas no Brasil, por causa da miscigenação racial, é mais difícil delimitar essas características.
Por causa da importância em identificar e tratar essa doença, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme, definindo a data de 19 de junho para a comemoração. Na ocasião, várias entidades ligadas à saúde promovem eventos no intuito de conscientizar a população da importância de se combater esse mal, e o teste do pezinho é o principal exame usado para diagnosticar a doença, ainda precoce, e tratá-la.
A doença falciforme engloba a anemia e o traço. A anemia falciforme é uma doença hereditária, reconhecida como uma das principais doenças genéticas do mundo. Já o traço falciforme se dá quando o feto recebe somente um gene com a mutação, que pode ser do pai ou da mãe, e outro sem. Neste caso, não é necessário um tratamento especializado. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os anos, 3,5 mil crianças brasileiras nascem com anemia falciforme e 200 mil nascem com o traço falciforme.
Os principais sintomas da anemia falciforme são inchaços dolorosos na região dos punhos e dos tornozelos, geralmente aparece até os dois anos de idade, crises dolorosas nos músculos, ossos e articulações e anemia crônica. Para as dores são usados tratamentos de hidratação e analgésicos, as demais complicações exigem um tratamento mais específico. Por isso é importante que os pacientes sejam acompanhados por equipes multidisciplinares com hematologistas, nutricionistas e ortopedistas. Quanto antes a doença for diagnosticada e o tratamento iniciado, menor é o risco para o paciente.
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Remédio em segundo plano
Goiânia, Capital que mais consome beleza nas farmácias
RAFAELA TOLEDO
Balanço publicado, ontem, pela Associação Brasileira de Redes de Farmácia (Abrafarma) reforça indicadores da pesquisa Datafolha/ICTQ realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) pela turma de Pós-Graduação para Farmacêuticos. O consumidor que procura a farmácia não vai em busca só de remédios. De acordo com o estudo, 52% dos consumidores de produtos farmacêuticos são atraídos pelos medicamentos e 44% são atraídos pelos cosméticos e produtos de higiene pessoal.
Goiânia é a Capital líder no consumo de cosméticos e produtos de beleza em drogarias, com esses produtos representando 50% do percentual de compra nos estabelecimentos. Também ocupa o segundo lugar no comércio de itens de higiene pessoal, com 57% contra a média nacional de 42%. A intenção das farmácias é aumentar o número de produtos postos à venda, segundo a Abrafarma.
Para o presidente-executivo da entidade, Sérgio Mena Barreto, o crescimento das vendas de não medicamentos indica “o anseio da população por uma farmácia que funcione como uma autêntica loja de saúde, com um amplo mix de produtos de conveniência e bem-estar”. De acordo com a associação o volume de vendas das grandes redes farmacêuticas cresceu em 12,24% nos quatro primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, movimentando um montante de R$ 8,76 bilhões entre janeiro e abril. Do total, R$ 2,83 bilhões são referentes à venda de não medicamentos; 16,20% a mais que no mesmo período no ano anterior.
COMERCIALIZAÇÃO
A título de comparação, toda a venda de medicamentos genéricos neste período foi de R$ 1.09 bilhão, ou seja, menos da metade do dinheiro movimentado pelos não medicamentos. A comercialização de medicamentos do programa Aqui Tem Farmácia Popular, gerou R$ 160, 08 milhões para o setor.
Crescimento já esperado pela equipe de pesquisa do ICTQ. O estudo, que traça o perfil dos clientes que adquirem produtos de higiene pessoal em farmácias, demonstra que as mulheres são as maiores consumidoras de cosméticos e produtos de beleza. Dentre os consumidores, a faixa etária que mais se destaca é a de 26 a 40 anos. Ainda de acordo com o estudo, a classe C é a campeã nesse tipo de consumo, sendo a maioria com escolaridade de nível superior. Entretanto os homens lideram as compras de itens de higiene pessoal. A maioria deles é da classe C, sendo que as classes D e E têm uma crescente representatividade. Sendo assim, a sugestão é que este nicho de mercado seja explorado pelo segmento farmacêutico.
“Por exemplo, a pesquisa mostra que apenas 26% dos homens estão buscando produtos de beleza, porém, sabemos que, atualmente, esse público também se preocupa bastante com sua imagem. Atrair o público masculino a comprar esses produtos pode ser uma grande oportunidade de negócio”, diz o especialista em Assuntos Regulatórios na Indústria Farmacêutica e professor dos cursos de pós-graduação do ICTQ, Vitor Brandão.
Para o professor, com a melhoria do poder de compra dos brasileiros, as classes B e C já se mostram como importantes consumidoras dos produtos de higiene pessoal e cosméticos, com destaque especial à classe C, que representa 40% desses clientes. Tudo isso representa um crescimento na área de abrangência do serviço das drogaria e portanto uma potencial oportunidade de negócio para o empreendedor que está antenado no perfil de seu cliente. Também segundo Brandão, o cliente não quer mais fazer parte de um grupo mas quer ser tratado individualmente, ter suas necessidades práticas atendidas de forma peculiar no estabelecimento onde escolher fazer suas compras.
Ismael Paccine Costa Neto, 49, está satisfeito com os serviços prestados pelas grandes redes. Segundo o consumidor, ele encontra de tudo o que precisa em uma dessas farmácias, próxima à sua casa. Quando questionado sobre o que mais ele gostaria de encontrar nas prateleiras das drogaria ele nem soube responder: “Eles vendem de tudo. Sempre compro itens de higiene e cuidados pessoais como algodão, desodorante, fraldas, papinhas e lenços umedecidos para meu neto. E estes produtos para bebês saem mais em conta nas farmácias do que no supermercado, dependendo do estabelecimento”, compara. Ele comenta que visita mais as drogaria em busca de produtos aleatórios do que procurando remédios. (Com Agência Brasil)
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Opinião – Sobre a Maternidade Nascer Cidadão e a imprensa sensacionalista
LUIZ CARLOS PINHEIRO
Uma menina nasceu na recepção da Maternidade, caindo ao chão. Graças a Deus, não se machucou. Um cidadão, de celular em punho, que acabara de ter a esposa bem atendida pelo médico, que, depois, também recolheu a recém-nascida, considerou que fazia melhor em filmar a cena, vociferar, divulgar e denegrir. Um herói. Um benfeitor para a imprensa sensacionalista, sem compromisso com a investigação jornalística séria e imparcial, ávida de más notícias e de incitamento do populacho que diariamente lhes empresta os ouvidos.
O médico que socorreu a criança estava atendendo outra cliente e, ao ver a cena, fez o que eu faria, recolheu-a rapidamente para exame e cuidados.
A médica que atendera a parturiente foi ludibriada porque lhe foi dito que era o segundo filho, mas era o sétimo ou oitavo. Embora um parto tenha duração variável, é improvável que alguém evolua de 5 para 10 cm de dilatação em poucos minutos no segundo trabalho de parto; mas no oitavo, sim.
Mas alguém diria: "De qualquer forma, não era momento de internar-se?" Sim, é o que teria sido feito, se a Maternidade dispusesse de instrumental esterilizado naquela hora, pois o autoclave – máquina utilizada para esterilização – estava com defeito. Por isso, sendo o segundo filho e com cinco centímetros de dilatação do colo uterino, a prudência determinava o encaminhamento, em ambulância, para outra unidade de saúde. Mas não era o segundo filho… Não é raro que a mentira traga consequências surpreendentes.
Como médico, tenho visto muitas pacientes chegarem com seus bebês nascendo ou logo após o nascimento, mas todas as que presenciei levaram as mãos entre as pernas ou procuraram proteger o nascituro instintivamente. Não estou buscando impingir parcela de culpa na parturiente, mas o que devemos considerar é que, como foi dito por um entrevistado do Conselho Tutelar, a mãe vítima perdeu a guarda de vários de seus filhos anteriores em virtude de sua condição de drogadita. Diante disso, poderíamos avaliar se não há alguma correlação entre o incidente atual e os antecedentes maternos.
A mãe precisa, sim, de ajuda, mas não é, indubitavelmente, a da grita da imprensa marrom e descompromissada, que amedronta a população, incita o ódio contra uma instituição que há anos lhe presta bons e premiados serviços, perde a oportunidade de informar adequadamente e denigre a imagem de médicos dedicados – como os que socorreram a recém-nascida -, abrigada na impunidade e no senso crítico rudimentar de muitos de seu público.
Melhor seria se bons jornalistas pusessem sua voz a serviço da libertação das vítimas das drogas, instruindo quanto aos males e sofrimentos causados por seu uso, inclusive na gestação, que limitando-se a tentar transformar um lamentável acidente em aparência de sórdido descaso.
(Luiz Carlos Pinheiro, médico obstetra da Maternidade Nascer Cidadão)
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SAÚDE BUSINESS WEB
Saúde suplementar cresce de forma artificial, diz Mário Scheffer
Professor e pesquisador da Universidade de São Paulo Mário Scheffer aponta o crescimento artificial da saúde suplementar brasileira às custas do financiamento público e de planos de saúde com preços baixos, que não levam à população o acesso prometido
Uma relação sobreposta em um setor de saúde segmentado. É assim, que o professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Mário Scheffer define o sistema de saúde brasileiro. Nesta relação, se por um lado faltam recursos públicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), por outro, há um financiamento repetido por parte da população, onde todos financiam por meio de tributos, e acabam comprando planos de saúde para obter o atendimento desejado, que, muitas vezes, não acontece. “Temos uma insatisfação generalizada, um sistema público ainda incompleto e o crescimento inadequado dos planos de saúde”, disse Scheffer à revista FH. Ele ainda pontuou sobre a ineficácia dos planos de saúde com preços baixos, que, por conta de sua estrutura, contribuem ainda mais para a lotação do sistema público. Veja os principais trechos a seguir.
Revista FH: Com 25 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), apesar do caráter universal previsto em lei, o acesso ainda não é para todos. Qual a sua avaliação? Mário Scheffer: É importante lembrar que o SUS avançou muito. Se pensarmos, antes, os estudos como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, realizada em 1981 (antes da criação do SUS), apenas 8% da população tinha usado o serviço de saúde. Esta pergunta feita depois do SUS, mostra que mais de 15% da população usava. Ele ampliou o acesso à atenção básica, de emergência, atingiu a cobertura universal de vacinação – que é o maior programa público de imunização do mundo-, avançou na cobertura de pré-natal. Algumas coisas devem ser motivo de orgulho do SUS: o Brasil eliminou o sarampo, interrompeu a transmissão de cólera, o SAMU atende mais de 100 milhões de brasileiros, sistema nacional de transplantes é basicamente público, o tratamento da aids é exemplar. Costumo dizer que o tratamento da aids é o SUS levado a suas melhores consequências.
FH: Em sua opinião, qual é a principal razão da falta de acesso? Scheffer: Ele é um sistema de saúde complexo. É constituído por uma variedade de serviços de organizações públicas e privadas, que tem convivido, ao longo da história, com distintas formas de financiamento, prestação e gestão de saúde. O Brasil tem um sistema onde há uma coexistência destas distintas modalidades. Costumo dizer que ele é segmentado, pois tem uma duplicação de serviços públicos e privados e de infraestrutura; estratificado, porque essa pluralidade de diversas modalidades de serviço gera vias diferenciadas de desigualdade de acesso da população ao serviço de saúde.
FH: Como assim? Scheffer: O sistema é único, mas tem três subsetores completamente imbricados, com uma relação entre si. São eles: o subsetor público, o SUS, com característica de acesso universal financiado por recursos públicos, mas que não tem conseguido atingir o objetivo por causa do subfinanciamento; o subsetor privado, que acaba prestando serviço para o SUS, pois ele não dá conta e não tem serviços próprios para dar o atendimento que por obrigação deveria dar; e o subsetor suplementar com diferentes tipos de planos e seguros saúde. Nós temos um sistema de saúde bastante complexo, confuso e sobreposto, por isso, não há um muro que separa o SUS dos planos de saúde. Hoje, mais do que nunca, vemos um sistema que tem caminhado para essa intersecção. Acho que temos dificuldades para que o SUS, depois de 25 anos, se efetive de fato. Na verdade, temos uma encruzilhada: nem o SUS conseguiu atingir a sua maturidade de oferecer um sistema universal; e, por outro, a saúde suplementar que cada vez mais se mostra inadequada e insuficiente, e isso não é a solução para o sistema de saúde brasileiro.
FH: Por que inadequada? Scheffer: Nos últimos anos, ela cresceu muito mais do que sua capacidade de entregar produtos de assistência médica de qualidade para a população que compra o plano de saúde, seja o plano individual, família ou os coletivos. Se for ver, hoje, ninguém está satisfeito com o sistema de saúde brasileiro, nem as pessoas que dependem única e exclusivamente do SUS nem a população coberta pelos planos de saúde. Temos uma insatisfação generalizada, um sistema público ainda incompleto e o crescimento inadequado dos planos de saúde. Em primeiro lugar, porque eles (os planos) não conseguem entregar o que prometem, e segundo, porque este sistema não é adequado para respostas que hoje são absolutamente inadiáveis e necessárias como, por exemplo, o envelhecimento da população, o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis. Assim, nós temos os idosos e doentes, cada vez mais excluídos desse modelo. Mas, como disse, o nosso sistema é duplicado, e temos de conviver com isso. O que temos é um grande problema de subfinanciamento público crônico, pois é impossível cobrar a completude do SUS, isto é, assegurar a cobertura universal de atendimento integral com esse nível de financiamento. Temos recursos absolutamente insuficientes para as responsabilidades do SUS.
FH: E os recursos privados? Scheffer: Hoje 53% dos recursos de saúde são privados, envolvidos com planos, gastos diretos, medicamentos e etc. Então, temos 25% da população responsável pela circulação desses 53%, e 47% de recursos públicos da União, estados, municípios para garantir o SUS. Só que ele é muito mais que a assistência médica hospitalar dos planos, ele é vigilância, alta complexidade, urgência e emergência, imunização e etc. Quanto mais gastos privados no sistema de saúde – e isso são evidências quando se estuda sistemas comparados de outros países -, mais se diminui a característica redistributiva, que é o financiamento de um sistema de saúde que seria mais inclusivo e justo, que é este baseado na taxa de impostos, ou seja, as pessoas pagam de acordo com sua renda e recebem saúde de acordo com sua necessidade. Portanto, temos um problema sério, uma equação difícil. Por isso, uma das grandes bandeiras dos defensores do SUS é aumentar os recursos. Tivemos uma derrota na regulamentação da Emenda Constitucional 29, que era a oportunidade de se estabelecer mais recursos. Enfim, se não resolvermos o subfinanciamento, vamos continuar com essa diferença entre o público e o privado, pendendo a favor do privado e dificultando o SUS.
FH: Como você analisa o subsetor privado? Scheffer: Ele é muito grande e pouco financiado pelo privado puro, ou seja, particulares. Ele é financiado pelos planos de saúde quando as pessoas usam, mas também vende serviço para o setor público. É importante dizer que ele tem diferentes tipos de planos e seguros e é completamente heterogêneo. São produtos com coberturas e qualidades diversas, financiados com recursos dos indivíduos e das famílias e, principalmente, por empregadores (80%), que fazem isso com muito subsídio público. Por isso, falamos da saúde com vários setores que interagem, pois o sistema suplementar se vale de inúmeros benefícios e subsídios, formas diretas e indiretas de usar o dinheiro público. Os mais conhecidos são as exclusões de cobertura – que empurram para o sistema público os clientes desses planos -, mas também há a venda de planos privados para o funcionalismo público, onde só o governo federal gasta R$1 bilhão.
FH: Alguns especialistas defendem que a sociedade deve definir em uma discussão com o governo, o que é realmente possível de ser oferecido pelo SUS. Isso seria uma solução? Porque, por lei, o SUS oferece tudo, mas como você acabou de dizer, o financiamento não permite que ele ofereça tudo. Qual sua opinião sobre isso? Scheffer: Com isso se corre o risco de criar um sistema pobre para pobres, ou seja, um sistema restritivo. É óbvio que precisamos reorganizar o sistema. Mas antes de estabelecer esses limites, temos outras questões como organizar o sistema, que hoje está desintegrado e fragmentado. Precisamos reordenar os fluxos, assegurar não só o primeiro acesso das pessoas, mas a continuidade dos trabalhos, diminuir a fila, estipular padrões com tempo máximo de espera, temos muito desafios antes de discutir a regulação. Primeiro, resolver o subfinanciamento, depois estabelecer uma nova relação entre o público e o privado, e, por fim, essa regulação precisará de redes integradas onde haja atendimento com fluxo corretos. Hoje se discute muito a atenção primária, quando se tem isso de forma resolutiva até 90% dos problemas de saúde são resolvidos. Se ela funcionar, se consegue outra qualidade de sistema de saúde, se diminui a pressão em cima das especialidades e dos prontos-socorros. Esta é uma solução viável e importante. Portanto, eu discordo que o problema maior do SUS é dar tudo para todos e, por isso, é preciso estipular o que se vai dar. É uma visão egoísta e simplista e não permite a discussão do sistema de saúde como um todo.
FH: O SUS tem problema de financiamento. Mas há um financiamento feito várias vezes: existe a cobertura universal (pagamento de tributos), as empresas pagam para seus funcionários e recebem incentivos públicos para isso, e quando a população notifica isso no imposto de renda ela é reembolsada por ser um serviço de saúde. Há um desperdício de recursos? Scheffer: A fonte de financiamento do SUS é pública, os recursos vêm da arrecadação tributária. E o setor privado se dá pelo desembolso direto que é muito pouco. É importante dizer que a fonte de financiamento do setor privado conta com recursos públicos e é essa a questão que a sociedade não entende. Isso precisa ser colocado em praça pública, porque, por um lado, a fonte de financiamento é insuficiente e, por outro, o setor privado é financiado com recursos público pelas desonerações fiscais de prestadores privados, pela compra de planos que é um exemplo emblemático para o funcionalismo público, onde o governo federal gasta R$1 bilhão comprando serviços com dinheiro público. E, principalmente, pelo uso do SUS por clientes de plano de saúde sem o devido ressarcimento ao sistema público. Isso é muito relevante e pouco debatido. Esta injeção de recursos públicos no setor privado precisa ser conversada, isso está na raiz de muitos problemas.
FH: Você comentou sobre o crescimento Dos planos de saúde e a insatisfação da cobertura. Mas existe o desejo da população que é adquirir a saúde que o SUS ainda não consegue oferecer. Dessa forma, a população está em uma encruzilhada, pois ela não é culpada. Scheffer: Isso tem a ver com o total desconhecimento dela sobre o SUS. Primeiro, porque as pessoas nem sabem que o SUS faz parte da vida delas. É sempre a visão da assistência médica, e isso é uma parte do SUS, ele deveria ser um sistema mais compreendido e defendido e, na verdade, é escorraçado o tempo todo. Esse desejo da população está muito localizado, precisamos deixar claro que essa solução não é para as necessidades de saúde. É uma solução para aquilo que hoje me parece o maior gargalo do SUS, me refiro à atenção secundária e as consultas com especialidades, esse é o estrangulamento do SUS. Porque o plano de saúde é assistência médica hospitalar: consulta, exame e internação. E esses planos mais baratos, por causa da rede restrita e de pagarem mal os médicos, serão planos artificiais, as pessoas estão pagando, mas na hora que necessitarem vão buscar socorro no SUS. É um desejo, mas ele não está acompanhado da informação do que é um sistema de saúde e do que isso, que elas acham que acessam, vai representar. Porque elas já pagam via imposto por uma atenção pública e vão pagar de novo ou via empregador ou por elas próprias por algo que não vão receber. Enfim, o desejo das pessoas de acessar não transforma esses planos em algo que seja a solução.
FH: Ainda sobre os planos de menor custo. Essas empresas que comercializam os planos estão no mercado que inclusive já é regulado. Você acredita que esses dois subsistemas podem viver integrados? Scheffer: Claro, acredito. Podem e devem viver desde que reposicionados, desde que cada um com seu tamanho natural. O sistema suplementar com esse perfil de crescimento é totalmente inadequado. À medida que eu tenho um fortalecimento e um financiamento adequado do sistema público, eu reposiciono o lugar do setor privado.
FH: O subsetor privado tem um tamanho ideal? Scheffer: No sistema de saúde universal, os planos de saúde nunca superam os 25%. Tem uma grande exceção no mundo que são os Estados Unidos, que escolheram o modelo majoritariamente de planos e seguros de saúde e, não por acaso, é sistema mais caro e com pior indicadores. Tanto que a reforma do Barack Obama (presidente dos Estados Unidos) é isso: ele reconhece o fracasso de um sistema de saúde majoritariamente entregue a planos e seguros, que deixou uma parcela grande da população sem assistência alguma. Nos sistemas universais, os planos são residuais, no geral, são 10%, 15%, 20%. No geral, no mundo inteiro, com exceção dos EUA, os planos e seguros não chegam a 25% dos sistemas de saúde.
FH: No Brasil estamos com 25 %. Estamos num máximo que um sistema universal permite? Scheffer: Sim, mas com crescimento artificial, pois uma parte desse mercado, julgo, que não deveria existir, porque são produtos ruins que não entregam aquilo que foi vendido. Isso acontece com total conivência e autorização da ANS, que durante muito tempo estava capturada pelo mercado regulado. A ANS é contaminada pelos interesses de mercado, então, até outro dia o presidente da ANS era um executivo que tinha passado pela Qualicorp. Esses dias saiu uma reportagem no jornal Folha de S. Paulo mostrando essa relação de promiscuidade. Isso contribuiu para a conivência de permitir o crescimento inadequado de mercado. Acho que inúmeras empresas não deveriam existir e inúmeros produtos nem deveriam ter sido autorizados. Não adianta, agora, querer consertar com medidas como ‘não pode demorar três meses para marcar um especialista, o prazo máximo é de 15 dias’, isso não vai acontecer porque os planos não têm quantidade de médicos, eles pagam R$ 25 a consulta e nem conseguem compor uma lista de médicos. Enfim, o plano de R$40 vai dar direito a apenas um hospital e ele vai estar lotado.
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O POPULAR
Nascer Cidadão
Secretaria admite erro em parto e muda 2 diretores
Sindicância aponta que mulher deveria ter ficado em uma maca e não na recepção da maternidade
Camila Blumenschein
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) assumiu ontem que houve uma falha administrativa de assistência no caso de Letícia Leite Machado, de 34 anos, que deu à luz uma menina na recepção da Maternidade Nascer Cidadão, na última terça-feira.
De acordo com o diretor de atenção à saúde da SMS, Sandro Rodrigues, a sindicância instaurada para apurar se houve negligência no caso ainda não foi totalmente concluída, mas resultados preliminares indicaram falha dos funcionários do hospital que deveriam ter acompanhado a mulher, que tinha de ter sido mantida em repouso na sala de observação onde foi feito o primeiro atendimento nela.
Conforme Rodrigues, a constatação desta falha levou a SMS a modificar a gestão da unidade.
O diretor técnico da maternidade, Jony Rodrigues Barbosa, foi substituído pela enfermeira obstetra Suzelei Américo Mendes.
O diretor administrativo, Benômio Pereira Vaz, também foi afastado, mas a SMS ainda não definiu quem ficará no seu lugar. Os vinte profissionais que trabalhavam na maternidade no momento do parto de Letícia que foram afastados voltaram ao trabalho ontem.
Rodrigues conta que assim que chegou à maternidade, Letícia recebeu atendimento e foi constatado que ela estava em trabalho de parto.
A mulher não teria relatado ao médico que lhe prestou assistência, que estava na sexta gestação, particularidade, que segundo os médicos, não deve ser omitida porque nos casos de mulheres que tiveram vários filhos a evolução do parto ocorre com mais rapidez.
“Como não havia vaga na Maternidade Nascer Cidadão para realizar o parto dela, a indicação era de que Letícia aguardasse. O problema aconteceu porque ela deveria ter esperado na sala de observação, deitada, e não na recepção”, destaca.
De acordo com o diretor de atenção à saúde, Letícia saiu da sala após ter sido atendida e foi para a recepção.
“Faltou o acompanhamento de algum servidor do hospital nesse caso porque ela não deveria ter ido para a recepção”, completou.
Rodrigues acrescenta que no momento que Letícia teve o bebê na recepção, a equipe do hospital estava providenciando a transferência dela para outra unidade da SMS, onde seria realizado o parto.
“Esses procedimentos de transferência acontecem diariamente nas nossas unidades. O parto aconteceu tão rápido pelo fato dela já ter tido outros cinco filhos, condição que não foi relatada pela paciente ao médico que a atendeu”, informa.
Os diretores técnico e administrativo da Maternidade Nascer Cidadão foram substituídos, conforme Rodrigues, com o objetivo de regularizar o fluxo assistencial do hospital e, dessa forma, melhorar os serviços prestados pela unidade.
Desde que foi inaugurada, no ano 2000, já foram realizados mais de 25 mil partos na Maternidade Nascer Cidadão. Em torno de 200 crianças nascem no hospital da SMS por mês.
FILMAGEM
A cena do parto de Letícia, enquanto estava sentada em um banco da recepção da Maternidade Nascer Cidadão, foi gravada pela câmera do celular de um homem, que estava no local no momento do episódio com sua mulher que está grávida.
A gravação foi postada nas redes sociais, e causou grande repercussão. As imagens mostram o bebê caído no chão com muito sangue ao seu redor, enquanto a mulher continua sentada.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação