Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18/06/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Coluna Evidência – Aplausos
• Marconi diz que governo federal ajudará no custeio do Hugo 2
• Rede colaborativa quer ampliar pesquisa do câncer de mama
• Santas Casas do Brasil devem R$ 17 bilhões
• Bebê com doença alimentar tem o pé queimado durante internação, em GO
• Judicialização: uma reflexão em prol da saúde
• SMS anuncia fim do Wassily Chuc
• Juíza quer obra para comunidade


DIÁRIO DA MANHÃ

Coluna Evidência – Aplausos
O presidente da Fehoesg (Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e  Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás), médico Carlos Alberto Ximenes, comemora a nomeação do pediatra José Carlos de Souza Abrahão para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ximenes ressalta que Abrahão sempre teve uma postura ética e que é um especialista em saúde, tem visão global sobre o assunto e experiências importantes para o trabalho a ser desenvolvido na presidência da ANS. Ex-presidente da Confederação Nacional de Saúde e atual diretor da ANS, Abrahão foi designado para a função de diretor-presidente da agência por meio de decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União de terça-feira. A indicação foi aprovada no Senado por 39 votos a favor e 12 contra.

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Marconi diz que governo federal ajudará no custeio do Hugo 2

Durante a visita que realizou, ontem, acompanhado pelo segmento evangélico, ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), que será inaugurado no dia 6 de julho, já em pleno funcionamento, o governador Marconi Perillo afirmou que o governo federal auxiliará o governo de Goiás no custeio do hospital.
Ele disse aos pastores presidentes de convenções e dirigentes de campos evangélicos que o acompanharam na vistoria, que a presidente Dilma Rousseff garantiu recursos da União para a manutenção mensal do Hugol por dois meses deste ano, e a partir do próximo ano, mensalmente.
O valor para custeio mensal do hospital é R$ 15 milhões. Neste ano, o governo federal arcará com duas mensalidades de R$ 15 milhões cada e, a partir de 2016, fixará um valor que será repassado mensalmente ao governo do Estado para manutenção do Hugol.
Marconi apresentou às lideranças evangélicas vídeo com informações sobre o hospital. Em seguida, percorreu a unidade apresentando cada ala.

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Rede colaborativa quer ampliar pesquisa do câncer de mama

Conhecimento de genética da doença é desafio que necessita de organização e financiamento, avisam pesquisadores

A Unicamp assinou termo de cooperação com a faculdade Baylor College of Medicine (BCM), do Texas-EUA, que vai possibilitar avanços nas pesquisas do câncer de mama no Brasil. O documento que formalizou a acordo de trabalho conjunto foi assinado durante o encontro Meeting of Minds– Exploring Breast Cancer Research in Brazil, realizado no Hospital da Mulher “Prof. Dr. José A. Pinotti” – Caism. O hospital será o polo agregador das pesquisas no país, integrando uma rede colaborativa com outros parceiros internacionais.
“Sabe-se muito pouco sobre o câncer de mama no Brasil, sobre como nossa população reage ao câncer de mama. Temos uma etnia bastante variada e não se sabe exatamente como isso se comporta”, disse a oncologista clínica do Caism Susana Ramalho, uma das organizadoras do evento. A partir da assinatura, o Caism ganhará mais visibilidade e, com a chancela da BCM, a possibilidade maior de submeter pesquisas à instituições estrangeiras financiadoras.
De acordo com a oncologista, conhecer a genética da doença no Brasil é um desafio que precisa de muita organização e financiamento, assuntos discutidos no encontro. “Fizemos um panorama de planos e projetos e a ideia é ficarmos mais colaborativos com a orientação de estruturas muito fortes como a Baylor e instituições que sabem como procurar financiamento, como fazer um projeto, como a Susan G. Komen Foundation”. Esta fundação, criada por uma sobrevivente da doença, apoia e financia ações em várias partes do mundo.
Além da pesquisa, a parceria abre portas para intercâmbio de docentes, pesquisadores e alunos de graduação, de pós-graduação e de pós-doutorado. Estão previstas publicações conjuntas de dados científicos e reconhecimento mútuo dos cursos realizados. “Os pesquisadores do Caism poderão encontrar mentores de pesquisa lá fora”. Dois deles, incluindo a própria Susana, já foram orientados pelo professor da BCM Mattew Ellis, um dos maiores especialistas de câncer de mama nos Estados Unidos.
Ellis afirmou que o Brasil é exemplo de um país com enorme capacidade para melhorar os sistemas de saúde pública em condições de baixo financiamento. “Acredito que usando princípios científicos podemos melhorar os resultados dos sistemas de saúde pública sem gastar mais dinheiro. A questão é buscar organização e realmente abraçar a ideia que podemos ir além no uso da genética como uma ferramenta de saúde pública. Muitas coisas podem ser feitas nos próximos dez anos e eu acredito que faremos uma grande diferença globalmente”.
A necessidade de colaboração em pesquisas do câncer de mama aumentou conforme o conhecimento em relação à doença foi sendo ampliado, afirma a oncologista Susana Ramalho. “O câncer de mama não é uma doença só do patologista, do biólogo, do oncologista, do cirurgião ou mesmo do químico. Sempre houve a necessidade de cooperação entre muitas áreas, porém a partir das descobertas científicas essa necessidade ficou bastante aparente”.

ACORDO
O acordo de cooperação foi assinado pela pró-reitora de Pesquisa Gláucia Pastori representando o reitor José Tadeu Jorge e pelo pesquisador Mattew Ellis.
Segundo o docente do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Cássio Cardoso Filho, devem ocorrer mais de 50 mil casos novos dessa doença por ano somente no Brasil. ”Por isso é importante nos unirmos em torno dessa problemática, estudando profundamente todas as ações que servirão para nortear as condutas daqui para frente, baseadas sempre em um consenso”, afirma ele.
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Santas Casas do Brasil devem R$ 17 bilhões
Representantes de instituições cobram maior aporte do SUS para que possam sobreviver frente à crise financeira das unidades

Diante da remuneração altamente deficitária repassada às Santas Casas de Misericórida de acordo com a tabela do SUS, a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Goiás (Femigo), promoveu ontem reunião com representantes de instituições goianas para oficializar a participação de Goiás no movimento nacional “Acesso à Saúde: meu direito e dever do estado”.
O presidente da Confederação Brasileira das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti, presente ao evento, explicou que a baixa remuneração do SUS aos hospitais e a todos os que prestam serviços obriga as entidades a usarem os recursos de doação, subvenções dos Estados e municípios, da prestação de serviços a convênios e até de atendimentos particulares, e ainda assim, muitas vezes, são obrigadas a buscar financiamentos junto a bancos. “Queremos a atualização da tabela para cobrir os custos dos hospitais”, pontuou.
José Roldão Gonçalves, presidente da Femigo, esclarece que o endividamento das cerca de 2100 Santas Casas chega a R$ 17 bilhões, no País. Em Goiás, o valor das dívidas é em torno de R$ 200 milhões. Além de salientar que praticamente 90% dos recursos para as entidades são provenientes do SUS.
De acordo com o diretor geral da CMB, José Luiz Spigolon, é importante conscientizar a população para a gravidade dos problemas enfrentados pela Saúde Pública hoje. “O movimento visa a conscientização da população para o que está acontecendo, sem ter que cancelar os atendimento, mas trazendo à discussão os graves problemas”, salienta. Spigolon exemplifica ainda que o custo de cada paciente representa R$ 60 de cada R$ 100 repassados, mas que há Estados em que não se chega a 50% do valor.
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TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Bebê com doença alimentar tem o pé queimado durante internação, em GO
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/bebe-com-doenca-alimentar-tem-o-pe-queimado-durante-internacao-em-go/4259428/

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SAÚDE BUSINESS

Judicialização: uma reflexão em prol da saúde

Frequentemente, somos assediados por textos que aparentemente defendem o cidadão, a sociedade e, em última análise, o consumidor. Criticam as instituições, as autoridades, os serviços prestados, os profissionais, as empresas etc., principalmente no Setor Saúde. Induzem o leitor a sempre ir à justiça buscar “seus direitos” como, por exemplo, matéria publicada nos últimos dias que chega a afirmar que “uma liminar é a melhor opção, a forma mais fácil, para garantir direitos em convênios”.
Divulgado originalmente por um jornal de São Paulo e reproduzido por outros veículos, o texto cita as quatro situações em que os pacientes mais conseguem decisões provisórias – entre elas o atendimento domiciliar – e dá orientações ao leitor do que fazer, estimulando-o com a afirmação de que “os juízes chegam a dar decisões liminares em menos de 24 horas, principalmente para idosos”.
Esse tema, Saúde, é uma área fértil para cativar, cooptar e influenciar o leigo e, muitas vezes, até os profissionais da área, levando-os a agir em direção aos interesses do autor do texto, interesses esses que visam menos esclarecer ou melhorar a situação do leitor, inexperiente com relação a esses assuntos, e mais ampliar a demanda por serviços de interesse do autor ou de um setor específico.
Ao ler esse tipo de artigo, é preciso refletir, pesquisar, esclarecer dúvidas, conhecer o perfil de quem escreve, avaliar quais os possíveis interesses desse autor, entender a questão para, depois, formar juízo de valor a respeito do tema.
A Atenção Domiciliar (atendimento domiciliar, assistência domiciliar, home health care, home care etc.) é um desses temas cuja imaginação pode influenciar positiva ou negativamente qualquer texto desenvolvido sobre o assunto, que é amplo, complexo e ao mesmo tempo antigo. Dependendo do grau de intimidade que a pessoa tenha com o tema, variam os modelos mentais referentes a ele. Isso é decisivo, pois essa variedade de entendimentos impacta diretamente na expectativa e percepção dos serviços prestados e, muitas vezes, são modelos muito distantes da realidade plausível.
A Saúde é um tema que contém forte viés emocional e, como tal, terreno fértil para canalizar sentimentos reprimidos, frustrações e a impotência frente à natureza, semeando facilmente o conflito e o inconformismo. Infelizmente, os profissionais da área não são preparados academicamente para esse ambiente em que se desenvolve sua profissão, enfrentando frequentemente dificuldades de comunicação e relacionamento, nem sempre por falta de experiência ou preparo, mas sim por falta de tempo e paciência.
Num setor em que a forma artesanal de prestar serviços é fundamental, o acesso e a dinâmica da assistência se impõem, o tempo se torna escasso e o profissional, por sua vez, economiza tempo naquilo que acha menos impactante para a atenção ao doente: comunicação e relacionamento. Entretanto, o sucesso da prestação de serviços na saúde é moldado na relação médico-paciente, conceito esse que pode e deve ser generalizado para relacionamento família-profissional de saúde. Notem que o que separa as duas palavras é um hífen, simbolizando “e” ou “+”, e não um “x”, simbolizando “contra” ou “versus”, pois são personagens importantíssimos para qualquer procedimento envolvido na atenção à saúde.
Dessa forma, no âmbito da saúde assistencial, os tratamentos, soluções, conflitos, orientações, expectativas e evolução clínica envolvem relações humanas, conversa, orientação, dúvidas e atos. A melhor forma de equacionar tal situação é expor cada ponto de vista, dúvidas, necessidades, percepções, de forma franca e objetiva entre as partes envolvidas, porque as ações necessárias comumente são dinâmicas, exigindo agilidade para sua resolução.
De maneira geral, a interposição de terceiros ou do sistema judiciário, de forma rotineira, cria mais obstáculos do que soluções benéficas ao paciente. Quebra totalmente um vínculo baseado na confiança, transformando-o num jogo de desconfiança, chantagem e burocracia, tornando uma situação por si só estressante num conjunto de sentimentos como raiva, angústia, ansiedade, desrespeito e beligerância. Esse ambiente não traz proveito nem para o paciente, nem para a família, nem para os profissionais, nem para as instituições. Só ganha o terceiro interessado que, muitas vezes, é alguém intitulado como advogado especializado em saúde quando, na verdade, sua expertise é a obtenção de liminares.
Como avaliado pelo Secretário Estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, recentemente, a judicialização não pode inviabilizar a Saúde. São necessários investimentos, parcerias e, principalmente, bom senso, racionalidade, reflexão.
O enunciado da Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990), em seu Art. 3o, apresenta o seguinte texto: “Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais” e, no parágrafo único, complementa: “Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social”.
Importante reiterar, entretanto, o que traz o segundo parágrafo do artigo imediatamente anterior: “O dever do Estado não exclui o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade”, conteúdo esse expresso também na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069) e no Estatuto do Idoso (Lei 10.741), tamanha sua relevância.
É preciso mesmo muito bom senso e compartilhar das responsabilidades em prol da saúde brasileira!
Diretoria SINESAD

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O POPULAR


SMS anuncia fim do Wassily Chuc
O secretário municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Fernando Machado, diz que o Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, porta de entrada para tratamento de dependentes químicos e pessoas com transtorno mental, será fechado. O anúncio foi feito prestes a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) fazer inspeção na unidade, que funciona num prédio com estrutura precária, para checar denúncias de que doentes sofrem maus-tratos no local, como mostrou a coluna há oito dias. O secretário avalia a melhor data para fechar o Wassily Chuc, que, entre 2013 e 2014, registrou 6.063 atendimentos a pessoas com problemas relacionados à dependência química. Segundo ele, o atendimento será garantindo nos Caps, conforme prevê o Ministério da Saúde.
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Juíza quer obra para comunidade
A juíza Alessandra Gontijo do Amaral, da Comarca da Cidade de Goiás, solicitou ao governo do Estado a inclusão a pavimentação da rodovia GO-456, no trecho de Faina-GO ao Povoado do Recanto das Araras. É lá onde vive uma comunidade com a mais alta taxa mundial de incidência de xeroderma pigmentoso (XP), uma doença genética incurável.
Em ofício enviado ao governador Marconi Perillo, Alessandra pede a inclusão da obra no projeto de Orçamento do Estado para 2016, a ser enviado à Assembleia Legislativa. No documento, a magistrada sustenta que a legislação, notadamente a Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, conhecida como Lei da Acessibilidade, obriga o poder público a garantir os acessos físicos aos portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida, como é o caso dos pacientes da doença de XP.
As vias de acesso a Araras estão em situação bastante precária, o que, segundo moradores, dificulta bastante os deslocamentos dos portadores que recebem, semanalmente, atendimento médico especializado em hospitais na capital.
A juíza esteve em Araras no dia 7 de fevereiro deste ano e conheceu os problemas da comunidade. Ela também visitou o paciente Djalma Antônio Jardim, que morreu em 27 de abril passado, como divulgou o site do POPULAR no mesmo dia, após realizar mais de 50 cirurgias, desde que teve o diagnóstico de XP aos 7 anos de idade.
A presidente da Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (Abraxp), Gleice Machado, relata que a região onde moram as pessoas com a doença não tem pavimentação asfáltica e as estradas que fazem ligação até a sede de Faina e à rodovia GO-070, nas proximidades de Matrinchã, também são de terra e estão em péssimas condições. Segundo ela, Araras está praticamente isolada desde 2013, quando sete pontes da estrada até Faina caíram e apenas uma delas foi reconstruída. A ponte sobre o Ribeirão São Félix, na divisa Faina-Matrinchã, pela rodovia também não pavimentada GO-456 caiu há mais de 3 anos. A situação, conforme disse, é de calamidade pública.

Danos do DNA
Mutações em genes causam xeroderma pigmentoso

■ Xeroderma pigmentoso é uma doença causada por mutações em genes do DNA, o que impede a produção de proteínas que são
responsáveis por corrigir os danos causados pela luz ultravioleta no DNA. Com o
acúmulo de danos no DNA, surgem os tumores, e por isso os portadores desenvolvem câncer de pele, lesões oculares e problemas neurológicos.

■ O paciente tem de evitar atividades externas durante o dia, utilizar barreiras de proteção como roupas especiais, bloqueador solar (fps 60 no mínimo), óculos escuros (com proteção a luz UV) e chapéu. Os portadores XP,
residentes no Distrito do
Recanto das Araras (Faina-GO), constituem a maior comunidade desse grupo em todo o mundo.

■ A proteção total à luz solar é fundamental. O sol é muito forte neste Distrito o ano inteiro, o que obriga os portadores a ficarem fechados dentro de suas moradias, sob altíssimas temperaturas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação