Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18/06/20 FINAL

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A REDAÇÃO

Suspenso decreto que cortava benefícios de empresas por demissão na pandemia
Goiânia – O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) acolheu mandado de segurança da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial-GO) e suspendeu decreto do governador Ronaldo Caiado que suspendia benefícios fiscais a empresas que demitissem trabalhadores do grupo de risco na pandemia do novo coronavírus. Por meio de nota, o presidente-executivo da Adial-GO, Edwal Portilho, comemorou a decisão.

“O mandado de segurança concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás beneficia diretamente milhares de trabalhadores nas indústrias incentivadas no Estado. Com maior segurança jurídica agora, estas indústrias poderão aderir ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, instituído pela Medida Provisória 936 do governo federal, que visa preservar o emprego e a renda dos trabalhadores durante a pandemia da Covid- 19”, diz a nota.

Segundo a Adial-GO, as indústrias goianas evitaram a adesão ao programa por conta da possibilidade de entrar em vigor o decreto do governador Ronaldo Caiado. A Procuradoria Geral do Estado informou que vai recorrer de decisão.

Confira a nora da Adial-GO:

A Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) esclarece que o mandado de segurança concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás beneficia diretamente milhares de trabalhadores nas indústrias incentivadas no Estado. Com maior segurança jurídica agora, estas indústrias poderão aderir ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, instituído pela Medida Provisória 936 do governo federal, que visa preservar o emprego e a renda dos trabalhadores durante a pandemia da Covid- 19. Até então, as indústrias evitaram esta adesão por conta da possibilidade de entrar em vigor o decreto do governador Ronaldo Caiado.

A Adial ressalta, inclusive, que desde a publicação do decreto, esteve em constante diálogo com o governo estadual, esclarecendo os prejuízos que a medida causaria para milhares de trabalhadores nas indústrias em Goiás, caso entrasse em vigor. Por conta até deste diálogo, a Secretaria Estadual de Economia sequer regulamentou o referido decreto, algo necessário para que entrasse em vigor. A Adial mantém permanente diálogo com o Governo de Goiás em busca das melhores soluções para a retomada das atividades das indústrias e do crescimento econômico no Estado, que vão garantir a manutenção e crescimento dos empregos e da renda dos trabalhadores nas indústrias em Goiás.

Edwal Portilho, Presidente-executivo da Adial Goiás
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O POPULAR

Maioria da população de Goiânia é a favor do isolamento social, aponta pesquisa

FORTIORI Maioria dos goianienses é a favor do isolamento social Pesquisa aponta que 73% na capital acreditam que pandemia do vírus está piorando 12
Pesquisa do Instituto Fortiori revela como a população da capital se sente com relação à pandemia
Enquanto a Prefeitura de Goiânia prepara um novo decreto que deve flexibilizar o isolamento social e o funcionamento do comércio na capital, que pode ser assinado nesta quinta-feira, 18, uma pesquisa mostra que a maioria da população está preocupada com a disseminação do novo coronavírus.
Para os goianienses, há uma piora na situação da pandemia e persiste o medo de se contrair a Covid-19. A pesquisa de opinião do Instituto Fortiori indica que 57,8% das pessoas ainda são contra a imediata reabertura dos shoppings e 54,9% são até a favor da retomada do isolamento na capital.
Para o levantamento, feito por iniciativa do Instituto, em virtude da relevância atual do tema, foram realizadas 510 entrevistas, feitas por telefone fixo e celular, com moradores de todas as regiões de Goiânia, entre os dias 10 e 14 de junho. Os participantes responderam um questionário estruturado.
Segundo o diretor do Instituto Fortiori, Gean Carlo Carvalho, a pesquisa segue os rigores metodológicos das pesquisas face a face, só mudando a forma de abordagem. "A pesquisa não faz nenhum juízo de valor sobre as medidas que devem ou não ser adotadas pelos governos, se é melhor abrir ou fechar. Apenas mostra o que as pessoas pensam sobre isso", ressalta.
Gean Carlo diz que os números obtidos estão alinhados com os resultados de outras pesquisas de abrangência nacional, que apontam que 60% dos brasileiros são favoráveis ao isolamento. "Mas vale lembrar que este índice já chegou a quase 80% e vem caindo", destaca. Segundo ele, a pesquisa em Goiânia mostrou que 83% da população tem pouco ou muito medo de contrair o vírus e 73,3% acreditam que a situação da pandemia está piorando na capital.
Isso se reflete no sentimento das pessoas em relação à flexibilização do decreto estadual de isolamento: 54,9% são a favor da retomada dele e 39,2% acreditam que o melhor é abrir tudo e orientar a população a se prevenir contra o vírus. "Com a percepção de que a situação vem piorando, a maioria das pessoas ainda prefere a regra do isolamento", destaca.
Comércio
Para os empresários, o maior risco de contaminação não está no comércio, que tem planos de retomada. O diretor do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Cristiano Godinho Caixeta, diz que o setor também está preocupado com o avanço da doença, além da situação da economia e das empresas. Segundo ele, se o comércio permanecer fechado, o caos atual, que já é grande, vai aumentar ainda mais em Goiânia. "Nossa preocupação é fazer uma reabertura com todos os cuidados necessários."
Para Cristiano, o comércio está pagando o pato pela queda no isolamento social da população, que insiste em não usar máscaras e em fazer festas e outros tipos de aglomerações, enquanto o segmento trabalha para garantir toda a segurança em suas instalações. "Muita gente está confundindo isolamento com férias. O maior risco está aí e o comércio não pode ser responsabilizado pelo avanço da pandemia", diz.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), Valdir Ribeiro, admite que a situação é difícil, que é preciso avaliar bem os dados da saúde e que a população tem razão em se preocupar com o avanço da doença. Mas, segundo ele, o comércio não pode ser culpado pelo aumento do movimento e o avanço da doença.
"Os órgãos públicos não conseguem controlar as aglomerações no transporte coletivo e o movimento nas agências bancárias para o recebimento do auxílio emergencial, enquanto a população se reúne em festas e outras aglomerações", diz. "Por outro lado, o comércio precisa voltar a trabalhar e se prepara para garantir uma segurança para a população bem maior que nas ruas", completa.
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Corticoide é usado em Goiás


Medicamento apontado como capaz de reduzir a mortalidade da Covid 19 por estudo da Universidade de Oxford é indicado apenas para casos graves, alertam especialistas em saúde corticoide dexametasona, medicamento que mostrou impacto em reduzir a mortalidade para pacientes com Covid-19, já é utilizado em hospitais de Goiás que atendem pacientes infectados com o novo coronavírus (Sars-CoV-2). O fármaco foi avaliado em uma pesquisa da Universidade de Oxford, cujos resultados preliminares foram divulgados na última terça-feira (16). A indicação é para pacientes que necessitam de ventilação mecânica ou oxigênio, ou seja, casos graves. A notícia foi amplamente comemorada e deve transformar a utilização, antes opcional, em protocolo.
Em Goiás, o corticoide já é utilizado no Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus em Goiás (HCamp) desde a abertura da unidade, em março deste ano. No hospital, além de dexametasona, outro corticoide também era administrado. Mas depois de uma recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o protocolo está sendo alterado. Diretora-técnica da unidade, a infectologista Marina Roriz explica que os protocolos da unidade estão disponíveis aos demais hospitais de campanha estadualizados em Goiás que devem seguir a mudança.
O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) abriu as portas em abril deste ano, quando já havia estudos que indicavam o resultado positivo de dexametasona. Por isso, o remédio foi incluído no protocolo da unidade e surpreendeu principalmente nos casos de extubação. A gestão do Hospital e Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), que não é referência para a Covid-19, também afirmou que administra dexametasona em pacientes com a doença desde que começou os atendimentos a infectados, assim como a rede pública em Anápolis.
Em Aparecida de Goiânia, o protocolo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já usa, desde o início dos tratamentos, dois corticoides: metilprednizolona e dexametasona no Hospital do Garavelo e também no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP).
Na rede particular não é diferente. No Hospital Órion, que também possui atendimento especializado para a Covid-19, além de dexametasona, outro medicamento similar é administrado aos pacientes.
Diretor-secretário do Conselho Regional de Farmácia (CRF-GO) e mestre em farmacologia, Daniel Jesus explica que os corticoides já são utilizados em casos de intubação. Isso porque têm efeito imunossupressor e anti-inflamatório e são comumente aplicados em casos de pneumonias avançadas, alergias, doenças autoimunes e asma, por exemplo.
"O corticoide não mata o vírus e isso precisa ser ressaltado. O que estamos dizendo é que ele deve ser usado quando o corpo já possui uma carga viral menor, mas com muita inflamação." Para o médico intensivista, não há surpresa no resultado do estudo. "A primeira coisa que muda é que agora sabemos qual corticoide utilizar. Ficamos felizes porque ele é barato, acessível e potente. O estudo foi muito bem escrito, seguiu protocolos e é a primeira pesquisa com relatos clínicos", pontua Daniel.
Pesquisa
O estudo da Universidade de Oxford avaliou 2.104 pacientes, que receberam dexametasona em doses baixas de 6 mg por dia via oral ou intravenosa. A comparação foi feita com 4.321 pacientes que tiveram cuidados usuais. O resultado avaliado foi só a mortalidade (veja quadro) e não houve diferença nos pacientes que não necessitavam de oxigênio. O CRF-GO ressalta que o estudo foi feito em pacientes hospitalizados e que o medicamento carece de acompanhamento médico.
Marcelo Rabahi é pneumologista, diretor clínico do Hospital Órion, além de coordenador de pesquisa e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele explica que o estudo ainda não foi publicado na íntegra, que ainda é preciso avaliar a totalidade das informações. Na unidade que dirige, ele explica que este e outro medicamento são usados dependendo da indicação para cada paciente.
Como funciona
"Depois da infecção do vírus temos dois grandes problemas: alteração na parede dos vasos – entupimento e inflamação – que podem ocasionar trombose e embolia. Outro problema é que essas alterações atraem muitas células inflamatórias e o excesso dessas células junto com trombose, por exemplo, levam à dificuldade de oxigenação. Os corticoides atuam reduzindo essa resposta inflamatória exagerada se estivermos nesta fase descrita. É preciso ressaltar, entretanto, que se usar numa fase inicial, eu aumento a gravidade da doença", explica o pneumologista.
O médico e professor pontua que um medicamento só poderá ser usado, sozinho, para combater o novo coronavírus (Sars-Cov-2) quando existir ou for descoberto que esse trate diretamente o vírus. "É um avanço sim, porque é um medicamento de fácil acesso e tivemos resultados importantes. Agora, eles irão encaminhar (o estudo) para uma revista científica e passará por uma revisão de editores para avaliação dos mínimos detalhes."

Estoque de medicamento pode ser reforçado
Coordenadora farmacêutica do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), Érika Nogueira diz que o dexametasona integra a lista de padronização do Sistema Único de Saúde (SUS) e que, por isso, está na relação de medicamentos essenciais. O referido corticoide é amplamente utilizado em vários tratamentos e por isso compõe os estoques de unidades de saúde, mas deve ocorrer um reforço.
Diretora-técnica do Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus em Goiás (HCamp), a infectologista Marina Roriz explica que a importância do protocolo é uniformizar as condutas. "Agora temos certo tipo de conforto em continuar usando o remédio. Temos estoque tendo em vista que não é de difícil aquisição, mas precisamos recalcular o gasto diário e assim fazer a previsão da próxima compra."
As duas alertam, entretanto, para o fato de, assim como a hidroxicloroquina, o medicamento ser vendido em farmácias e estar acessível para a população. Érika, do HMAP, acredita que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode fazer alterações na venda do medicamento a exemplo do que ocorreu com o outro e que agora só é comercializado com receita médica especial.
"Importante ressaltar que todo medicamento pode ter reação e o estudo é enfático: pacientes com ventilação mecânica ou com necessidade de oxigênio. Não é para a população de uma forma geral, não deve ser tomado com sintomas leves. Tem reações adversas e pode ser perigoso", explica a coordenadora farmacêutica do HMAP.
O mesmo alerta é feito pelo Diretor-secretário do Conselho Regional de Farmácia (CRF-GO) e mestre em farmacologia, Daniel Jesus. "A automedicação é extremamente prejudicial, não é necessária e não melhora o prognóstico". Médico Intensivista e Responsável Técnico do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, Gustavo Prudente pontua à população que, "no momento errado, o medicamento pode causar transtornos em vez de contribuir com a recuperação do paciente".
Brasil
O Brasil já estuda dexametasona para pacientes graves de Covid-19. O trabalho é realizado pela Coalizão Covid Brasil e coordenado pelo Hospital Sírio-Libanês, em parceria com o Aché Laboratórios.
A pesquisa brasileira teve início em abril deste ano e recrutou pouco mais de dois terços dos 350 pacientes previstos. Participam do estudo pacientes que têm síndrome do desconforto respiratório agudo e estão em ventilação mecânica nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de 40 hospitais em todas as regiões do País. A estimativa é de que os primeiros resultados saiam em agosto.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação