Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18/06/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Autoridades de saúde estão preocupadas com o aumento de denúncias de erros médicos no estado de São Paulo

País registra 2.335 mortes por covid em 24h e ultrapassa marca de 495 mil óbitos

Estudo utiliza remédio para artrite contra covid-19

Estados precisam dobrar o ritmo de vacinação para cumprir calendários

Justiça suspende vacinação de adolescentes contra covid-19 em Betim (MG)

Plano de saúde deve pagar cirurgia plástica complementar a tratamento psicológico

600 mil pessoas não voltaram para receber 2ª dose da AstraZeneca, segundo Saúde

Inverno será de avanço da covid, alerta Fiocruz

Vacinação contra a Covid-19 já evitou a morte de 43 mil idosos no Brasil

Com 2.964 novos casos nas últimas 24h, Goiás atinge a marca dos 650 mil contaminados por Covid-19

TV RECORD

Autoridades de saúde estão preocupadas com o aumento de denúncias de erros médicos no estado de São Paulo

https://monitoring.knewin.com/verNoticia.aspx?c=f9366f39-4676-4d0f-88a7-5ebdccbb7434&n=54269924&e=1486

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AGÊNCIA ESTADO

País registra 2.335 mortes por covid em 24h e ultrapassa marca de 495 mil óbitos

O Brasil registrou 2.335 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas e, com isso, ultrapassou a marca de 495 mil perdas desde o início da pandemia, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa nesta quinta-feira (17/6). O balanço também aponta que as médias móveis de óbitos e novos casos completaram uma semana só de aumentos. De acordo com o levantamento, o País totaliza 496.172 mortes por coronavírus.

Já a média móvel, que corrige distorções entre dias úteis e fim de semana, subiu pelo sétimo dia consecutivo e está em 2.005 – uma alta de 19%, em comparação a 14 dias atrás, a maior proporção desde o dia 7 de abril. Nas últimas 24 horas, o Brasil também notificou 74.327 novos casos da doença, o que eleva o total acumulado para 17.704.041. Para esse indicador, a média móvel é de 69.840, ou 9% maior do que há duas semanas.

Segundo especialistas, o ritmo insuficiente da vacinação, aliado ao relaxamento precoce das medidas de distanciamento social, contribuem para o País ter uma nova alta de infectados. O avanço da pandemia tem feito, ainda, alguns governos locais adotarem medidas mais rígidas de restrição. Araraquara, por exemplo, voltou a decretar lockdown. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.

O balanço é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Nesta quinta, o Ministério da Saúde informa que 17.077.483 pessoas se curaram da doença é há 1.129.143 em recuperação. 

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Estudo utiliza remédio para artrite contra covid-19

Resultado preliminar aponta redução em 37% do risco de morte; Pfizer e especialistas sugerem cautela e mais análises

Paula Felix

Um estudo de pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein com um medicamento para artrite reumatoide da farmacêutica Pfizer apontou que a medicação, que tem a capacidade de modular o sistema imunológico, conseguiu reduzir em 37% o risco de morte ou falência respiratória em pacientes com quadro moderado que foram internados com pneumonia associada à covid-19. A própria Pfizer destaca, porém, que não há autorização para uso contra a doença e especialistas aguardam mais pesquisas e destacam custo alto.

A descoberta foi publicada no periódico científico The New England Journal of Medicine. O estudo teve início em outubro do ano passado e a medicação utilizada foi o tofacitinibe, vendido pelo nome comercial Xeljanz, que demonstrou impacto na tempestade de citocinas, uma reação exacerbada do sistema imunológico que pode afetar o funcionamento de órgãos vitais. Essa grave complicação, que pode atingir pacientes com a covid-19, agrava o estado de saúde do paciente e pode leválo à morte.

‘A nossa hipótese era: se pegar um paciente com PCR positivo e pneumonia, nos primeiros três dias de internação, der o tofacitinibe e conseguir evitar que essa pessoa deteriore o quadro clínico, é possível reduzir o risco de morte ou falência respiratória’, explica Otávio Berwanger, diretor da Academic Research Organization (ARO) do Einstein.

A análise. O estudo Stop-Covid, randomizado e duplo cego, analisou 289 pacientes em 15 hospitais parceiros e mostrou queda de agravamento e risco de morte em relação aos pacientes que tomaram placebo. ‘Nesse estudo, todos os pacientes recebiam o tratamento padrão, as medidas de suporte recomendadas, mas, em cima disso, randomizamos as pessoas, metade recebeu placebo e metade, tofacitanibe. A gente viu que, nesse grupo de pacientes, ao longo de 28 dias, houve uma redução de 37% norisco de morte ou de falência respiratória. Confirmamos o benefício do uso do tofacitinibe para evitar a tempestade de citocinas e o benefício dessa medicação para tratar esses pacientes. ‘

O fato de o medicamento ter agido em pacientes que estavam sendo medicados – cerca de 90% estavam sendo tratados com corticoides, como a dexametasona – é outro aspecto positivo, de acordo com Berwanger. ‘Uma coisa interessante é que funcionou com os tratamentos convencionais. Outros estudos foram feitos com imunomodulador. A diferença desse é que o benefício ocorre em cimado corticoide. O resultado é muito motivante e positivo. E neste estudo a medicação foi muito segura. Os eventos adversos graves foram semelhantes ao do grupo placebo. ‘

Embora o resultado seja animador, Berwanger destaca que isso não significa que se trata de um novo tratamento para combater a covid-19 nem que qualquer paciente pode tomá-lo. ‘A medicação foi utilizada em pacientes que não tinham contraindicações, na dose correta, com acompanhamento diário dos pesquisadores e em ambiente controlado e no hospital. Neste momento, está saindo o resultado da pesquisa. ‘

Diretora Médicada Pfizer Brasil, Márjori Dulcine destaca que a medicação não tem autorização para ser utilizada contra a doença. ‘E muito importante ressaltar que o medicamento não foi aprovado ou autorizado para uso por nenhuma agência regulatória no mundo para o tratamento na covid-19, uma vez que o estudo publicado é o primeiro randomizado, multicêntrico a avaliar o seu impacto no tratamento da doença. Sua eventual utilização no arsenal anticovid dependerá da extensa avaliação desses dados por parte dos órgãos reguladores e autoridades de saúde. ‘

Segundo Márjori, no Brasil, ele é indicado para o tratamento da artrite reumatoide, artrite psoriásica e colite ulcerativa.

Em 2017, o medicamento, de alto custo, foi incorporado ao rol de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com artrite reumatoide que não tiveram respostas positivas comum ou maistratamentos capazes de mudar o curso da doença.

Mais estudos. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem do Estadão, ainda é necessário realizar mais estudos antes de se pensar no remédio como uma opção de tratamento para a doença. Biomédica e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mellanie Fontes-Dutra diz que ainda é necessário ter mais dados. ‘Se a gente for olhar o número de pacientes (289), é baixo. É um estudo preliminar, que precisa de mais dados. Ainda não é algo que poderíamos pensar em trazer para o País. Teria de esperar o amadurecimento dos dados. ‘

Mesmo assim, ela diz que é uma notícia positiva para a ciência. ‘O dado e a redução são interessantes. E é um estudo feito no Brasil. É importante celebrar a parceria do Einstein com a Pfizer. ‘

Colunista do Estadão, médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Gonzalo Vecina diz que a medicação foi adotada na fase 2 da doença, em um momento em que o paciente não estava em quadro leve nem grave. Ele avalia que, caso seja adotada no futuro, será necessário avaliar se o Brasil teria condições financeiras de incorporar a medicação. ‘”Tem de entrar em uma fase com um número grande de pacientes. Então, vai ter o impacto de pacientes que podem ser potencialmente elegíveis e, embora a Pfizer não tenha falado em preço, o fato é que cada caixa custa R$5 mil. Ainda é muito caro e é fora da realidade de qualquer País. ‘

Com aval. Até maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o uso emergencial de três opções de tratamento medicamentoso para pacientes com a covid-19. Em março, foi o antiviral rendesivir, do laboratório Gilead. No mês seguinte, foi a vez da associação entre anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, das farmacêuticas Regeneron e Roche. No mês passado, mais um coquetel de anticorpos monoclonais foi liberado pela agência: a combinação de banlanivimabe e etesevimabe, da Eli Lilly do Brasil.

Cuidado

Tem de tomar muito cuidado para que não faça com que os negacionistas tratem esse remédio como fazem com a ivermectina. Não é para extrapolar para casos leves e muito menos para prevenção da doença. Mellanie Fontes-Dutra PESQUISADORA DA UFRGS

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Estados precisam dobrar o ritmo de vacinação para cumprir calendários

Levantamento do ‘Estadão’ cruzou atual cobertura vacinal com novas metas divulgadas pelos governos; estratégias dependem de envio de lotes pelo governo federal e adesão do público. Ontem, foi o dia em que o País mais aplicou doses de vacina contra a covid: 2. 220. 845

Felipe Resk

Ontem foi o dia que o País mais imunizou contra a covid-19, com a aplicação de 2. 220. 845 doses. Mas para cumprira promessa de imunizar antecipadamente sua população adulta contra a covid-19, Estados que anunciaram a medida vão precisar pelo menos dobrar o número de pessoas vacinadas por dia. É o que aponta levantamento do Estadão que compara a atual cobertura vacinal com as novas metas divulgadas pelos governos locais.

Ao menos 13 unidades federativas projetam aplicar mais cedo a primeira dose em todos os maiores de 18 anos, com datas finais que variam entre agosto e o fim de outubro. Inicialmente, a previsão era concluir a vacinação até o fim do ano. Para antecipar o prazo, esses Estados alegam ser preciso receber os repasses previstos pelo Ministério da Saúde, que planeja distribuir 213, 3 milhões de doses.

Com a nova alta de mortes pelo vírus, porém, o Brasil voltou a superara média de 2 mil vítimas esta semana, e precisa acelerar a imunização para conter a pandemia. Pesquisadores avaliam que, apesar de ser possível cumprir os novos cronogramas, a estratégia corre risco de falhar se houver falta de adesão de público ou atrasos importantes na entrega de lotes previstos pelo governo federal. Também alertam que, em alguns locais, a antecipação do calendário pode ser resultado da baixa cobertura vacinal em grupos prioritários até o momento.

Com população adulta estimada em 6, 9 milhões, o Ceará começou a imunizar a faixa etária entre 55 e 59 anos e é quem tema previsão mais otimista de encerrar a primeira rodada da campanha no País: até 25 de agosto. Em contrapartida, também é a unidade que vai precisar acelerar mais o ritmo de vacinação. Dados do consórcio de veículos de imprensa apontam que o Ceará havia aplicado cerca de 2milhões de primeiras doses até o início desta semana, 30%do público-alvo. Para atender os 70% restantes, portanto, a média diária de vacinados tem de quase quintuplicar: passando de 14 mil para 66, 4 mil.

Segundo o plano do governo Camilo Santana (PT), a data foi projetada com base no número de pessoas inscritas no sistema para receber o imunizante – o cadastro é uma etapa exigida no Ceará. ‘Fica autorizada a vacinação da faixa etária subsequente sempre que a meta de cobertura vacinal for atingida no porcentual de 90% na faixa etária superior’, diz o programa. ‘Estima-seque em aproximadamente 70 dias o Estado consiga finalizar a vacinação da população em geral. ‘

Em São Paulo, a promessa do governador João Doria (PSDB) é atender toda a população até o dia 15 de setembro. Entretanto, o Estado também tem o desafio de dobrar a aplicação diária da primeira dose. Em média, 109, 6 mil novas pessoas receberam imunizante do início da campanha até segunda-feira. Esse indicador tem de subir para 240, 7 mil, ou 119, 5%. A população estimada em São Paulo é de 36 milhões, dos quais 13, 6 milhões receberam a primeira dose até o início da semana. Em nota, a gestão Doria diz que a rede de saúde conta com 6 mil salas de vacinação e seria capaz de aplicar mais de 1 milhão de doses por dia – o que ainda não ocorreu.

Os governos de Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná também prometem finalizar o cronograma até 30 de setembro. Entre eles, o governo gaúcho é quem precisa acelerar menos, aumentando o atendimento médio dos atuais 25, 2 mil para 48, 6 mil (92, 6%). Para o potiguar, o salto deve ser de 184% (5, 8 mil para 16, 5 mil), enquanto que no Pará a meta é ainda mais difícil, de 11 mil para 41, 1 mil, ou 273%. Entre as estratégias, o Rio Grande do Norte diz que pretende realizar mutirões de vacinação e incentivar a busca ativa pelos municípios por meio da Atenção Básica. Já o Pará prevê emprestar funcionários para os municípios.

O anúncio mais recente foi do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), anteontem. Com população adulta estimada em 8, 7 milhões e ações que preveem vacinação em dias e horários alternativos, o ritmo no Estado tem de subir 136%, de 21, 8 mil para 51, 5 Mil vacinados a cada 24 horas. Segundo a gestão local, o novo cronograma foi elaborado considerando ‘ao menos um envio de imunizante por semana’ e a ‘disponibilidade da Janssen (vacina de dose única) e de novas remessas até setembro’. Professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), Jorge Kalil alerta que antecipar o calendário nem sempre é positivo.

‘Quando começa a diminuir o número de vacinados por dia, significa que há menos pessoas de grupos prioritários buscando o posto de saúde. Então, alguns lugares decidem avançar por idade para não ficar com doses estocadas’, afirma. ‘Para o plano dar certo, é preciso que as vacinas cheguem e as pessoas compareçam. ‘

No Rio, a cobertura para os grupos prioritários ainda está em 58, 4% em relação à primeira dose. Para satisfazer a previsão de atender todas as pessoas acima de 18 anos até o fim de outubro, o Estado tem de quase triplicar o atendimento. Hoje, a média é de 25, 1 mil vacinas por dia. O necessário são 73, 3 mil. ‘O desenvolvimento do calendário está associado ao envio de vacinas pelo Ministério da Saúde’, diz a gestão Claudio Castro (PL), em nota.

Também com prazo em outubro, os outros Estados que precisam acelerar a vacinação são: Piauí (141, 7%), Minas (118, 2%), Paraíba (114, 8%), Alagoas (98, 1%) e Santa Catarina (97, 4%). ‘Coma quantidade total prevista de distribuição de doses pelo Ministério da Saúde entre os meses de junho e outubro, considerando que Minas receberá 10% do total, deverá aplicar mais de 140 mil doses por dia’, diz o governo Romeu Zema (Novo).

Melhor situação vive o Espírito Santo, que aplicou a primeira dose em 1, 2 milhão dos 3 milhões de adultos e também prevê alcançar toda a população em outubro. Para isso, a vacinação precisa avançar de 8, 4 mil para 13, 2 mil por dia (56, 6%).

‘Nós só não detalhamos o período por semanas, porque acreditamos que ainda existem diversas instabilidades no Programa Nacional de Imunização e o calendário pode ser tanto prejudicado quanto antecipado’, afirma o secretário da Saúde, Nésio Fernandes.

Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai pondera que seria ‘temeroso’ anunciar a antecipação de cronogramas estaduais sem ter 100% de garantia de que as doses estão disponíveis, uma vez que há histórico de atrasos e até entregas de lotes menores. ‘A gente corre o risco de frustrar as pessoas e isso afetar na adesão. ‘ Esse é o motivo alegado por Bahia, Pernambuco, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul para, diferentemente de outro locais, não apresentarem cronogramas. ‘A questão é: vai ser mantida a entrega de vacinas? Todos os meses, a gente tem uma quebra de expectativa’, diz o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. / COLABORARAM JOSÉ MARIA TOMAZELA E MARCO ANTÔNIO CARVALHO

Ritmos variados

‘E claro que, dependendo da realidade de cada lugar e do perfil da população, o ritmo pode ser mais rápido em um ou mais devagar em outro. Isabella Ballalai VICE-PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES (SBIM)

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Justiça suspende vacinação de adolescentes contra covid-19 em Betim (MG)

A interrupção se deu após ação civil pública do Ministério Público do Estado de Minas Gerais contra o município. A justificativa exposta pela Justiça foi a ‘inobservância dos Planos Nacional e Estadual de Vacinação”

Foi suspensa a vacinação contra covid-19 em adolescentes de 12 a 14 anos que estavam sendo imunizados desde a quarta-feira, 16, no município de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. A interrupção se deu após ação civil pública do Ministério Público do Estado de Minas Gerais contra o município.

A decisão é do juiz Taunier Cristian Malheiros Lima da Vara Empresarial, da Fazenda Pública e Autarquias, de Registros Públicos e de Acidentes do Trabalho da Comarca de Betim. A justificativa exposta pelo documento é a ‘inobservância dos Planos Nacional e Estadual de Vacinação e legislação do Sistema Único de Saúde, sobretudo quanto à vacinação dos grupos prioritários’.

A suspensão da vacinação vigora, segundo o documento, até que seja comprovada a imunização dos grupos prioritários, assim como de todos os maiores de 18 anos residentes na cidade. O descumprimento da decisão acarreta multa pessoal no valor de R$ 500 por cada vacina aplicada.

Já estavam sendo imunizados os estudantes da rede municipal de ensino, matriculados no 7º, 8º e 9º ano. A previsão era de que a vacinação chegasse ao fim na sexta-feira, 18. A justificativa para a aplicação de doses da vacina nesta faixa da população é a de garantir a segurança da volta às aulas.

Em nota, o município de Betim informou que está recorrendo da liminar e que a decisão da prefeitura em imunizar o grupo está amparada pela Nota Técnica nº 717/2021, do Ministério da Saúde, que permite o início da vacinação de grupos não previstos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) de forma concomitante com os prioritários. A prefeitura destacou que segue imunizando os grupos previstos no PNI.

Já o Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou em nota que o êxito da imunização contra a covid ‘só será possível mediante o envolvimento das três esferas de gestão em esforços coordenados no Sistema Único de Saúde (SUS), mobilização e adesão da população à vacinação’ e que, por isso, qualquer modificação na lógica prioritária de vacinação ‘subverte a lógica da proteção que a vacinação confere, inclusive, sob a perspectiva de imunização coletiva’.

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CONSULTOR JURÍDICO

Plano de saúde deve pagar cirurgia plástica complementar a tratamento psicológico

O plano de saúde é obrigado a fornecer tratamento psicológico e psiquiátrico, bem como propiciar cobertura aos desdobramentos necessários ao pleno tratamento necessitado pela paciente e indicado por seu médico.

Plano de saúde deve pagar plástica complementar a tratamento psicológico

O entendimento foi adotado pela 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo para condenar uma operadora de plano de saúde a pagar uma cirurgia plástica indicada como complemento ao tratamento psicológico de uma paciente.

A autora foi diagnosticada com hipomastia severa (mamas pequenas) e disse que a situação lhe causou problemas psicológicos e psiquiátricos de depressão e baixa autoestima. Médicos indicaram a colocação de próteses de silicone, mas o plano de saúde se recusou a pagar por considerar um procedimento estético.

A paciente ajuizou ação pedindo o ressarcimento dos valores pagos na cirurgia, o que foi negado em primeiro grau. Entretanto, por unanimidade, o TJ-SP reformou em parte a sentença. 

Isso porque, segundo o relator, desembargador James Siano, não se trata de um procedimento estético, uma vez que a cirurgia foi indicada por médicos para tratamento de transtorno psicológico e psiquiátrico.

“Descabe falar em legitimidade da recusa ou mesmo em ausência de cobertura contratual, pois o tratamento da patologia que acomete a autora (episódio depressivo) é abarcado pelo contrato”, afirmou o magistrado.

Para ele, a saúde mental é de “suma importância” e deve ser levada em consideração tanto quanto a fisiológica. Siano observou que a indicação da cirurgia foi feita por um “corpo médico robusto”: nefrologista, psicólogo, psiquiatra, além do cirurgião plástico.

“Fato que notadamente corrobora para o reconhecimento da necessidade do tratamento cirúrgico como o mais adequado ao distúrbio mental apresentado pela autora”, completou.

Por outro lado, o relator manteve a sentença na parte em que foi negado o pedido de indenização por danos morais: “Nesta hipótese a cirurgia era plenamente questionável, não podendo ser considerada abusiva a negativa da ré, inapta a ensejar o dever de indenizar”.

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CNN

600 mil pessoas não voltaram para receber 2ª dose da AstraZeneca, segundo Saúde


De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 600 mil pessoas não apareceram para receber a segunda dose da vacina da AstraZeneca. As informações são da analista de Economia da CNN Raquel Landim.

Até o momento, 3,3 milhões de pessoas já foram completamente imunizadas com o medicamento. Outras 3,9 milhões já poderiam ter tomado a vacina e ainda não a receberam.

Efeitos colaterais

O Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) recebeu relatos de profissionais que atuam nos postos de vacinação sobre a rejeição do imunizante da AstraZeneca devido ao receio de algumas pessoas com relação aos efeitos colaterais do imunizante.

O vice-presidente Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, alerta que “é muito frequente o indivíduo apresentar algum sintoma após receber uma vacina”. “É o que chamamos de eventos adversos”, explica.

“Ter um dia ou dois de febre ou mal-estar passa, isso se resolve sozinho. Perto da complicação que a Covid-19 pode trazer, é incomparável”, completa.

Questionado sobre a situação, o Conselho Federal de Medicina disse que, apesar de não ter recebido queixas ou denúncias sobre esses casos, as pessoas devem ser imunizadas com a vacina disponível no posto naquele momento, já que escolher o imunizante e se recusar a tomar outro retarda a proteção da pessoa e a deixa vulnerável desnecessariamente por mais tempo.

As vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença, especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações.

Embora não impeça o contágio e nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o coronavírus pela ação de anticorpos específicos, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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CORREIO BRAZILIENSE

Inverno será de avanço da covid, alerta Fiocruz

Com a chegada da temporada de frio, análise realizada pelos pesquisadores da instituição chama a atenção para os efeitos que a falsa sensação de enfraquecimento da pandemia pode trazer. Altos patamares da doença indicam piora no número de infectados e mortos

À medida que o ritmo de vacinação cresce, a precipitada sensação de que a sociedade já está em segurança tem feito com que os níveis de infecção pela covid-19 se mantenham em altos patamares. Com a chegada do inverno e a sazonalidade das síndromes respiratórias, a tendência é que haja um novo agravamento na pandemia, como alerta o último Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem. Nas análises, os pesquisadores observaram um aumento na incidência de casos, bem como na mortalidade. Dezenove das 27 unidades da Federação apresentam taxas de ocupação de pelo menos 80%, sendo que em oito são iguais ou superiores a 90%.

Ao Correio, o coordenador do levantamento, Marcelo Gomes, alertou que indicadores positivos como a pequena melhora no até então ritmo lento de vacinação, quedas nos números de casos e uma melhora nos índices de ocupação de leitos hospitalares, acabaram dando uma falsa impressão de controle, no qual a análise da transmissão ficou de lado, o que ajudou a manter as novas infecções em níveis explosivos.


“Deixamos de lado, justamente, a questão do patamar. De quantos casos, de fato, se observa e o que isso significa em termos de transmissão. Ou seja, de risco de infecção propriamente dito”, salientou.

O sinal de atenção para observar esse indicador era feito pelos pesquisadores desde o início da queda da nova onda de covid-19 deste ano. “A gente conseguiu reduzir em relação ao pico de março, mas continuamos observando, ainda, valores semanais considerados extremamente elevados (de casos) na maior parte do país”, explicou.

Segundo Gomes, a segurança, do ponto de vista biológico, só ocorre quando o índice de infectados ficar abaixo 0,5 casos por 100 mil habitantes, o que é considerado um valor de nível pré-epidêmico. “Realmente é uma situação muito preocupante, que exige que a gente volte a tomar todas as ações que estão ao alcance das autoridades públicas, do setor privado, da população, para que se retome o cenário de queda e que mantenha essa redução pelo tempo que for necessário para atingir o patamar de segurança”, observou.

Rejuvenescimento

Sem a manutenção das medidas não farmacológicas, o que se observa é um rejuvenescimento da pandemia, explicado pelo aumento de circulação, inclusive, entre os grupos ainda não contemplados com a vacina. Ao comparar a Semana Epidemiológica 1, deste ano, com a 22, os pesquisadores da Fiocruz notaram que a média de idade de pessoas internadas por covid-19 passou de 62,3 anos para 52,5 anos. Para as mortes, os valores médios eram de 71,4 anos e passaram para 61,2 anos.

Os números diários de casos e óbitos pelo novo coronavírus seguem elevados. Ontem, mais 74.042 infecções e 2.311 vidas perdidas foram registradas pelo balanço do Ministério da Saúde. Com isso, a média móvel de casos e mortes, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), também se mantém em um alto índice. A média de mortes voltou a atingir o número de 2 mil no último domingo e, ontem, alcançou a marca de 1.998 — totalizando 496.004 óbitos. Já a de casos positivos ficou em 70.237 diagnósticos confirmados.

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FOLHA DE S.PAULO

Vacinação contra a Covid-19 já evitou a morte de 43 mil idosos no Brasil

Estudo mostra que tanto a Coronavac quanto a AstraZeneca foram eficazes na prevenção de óbitos

Cláudia Collucci

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil já evitou a morte de 43 mil pessoas acima de 70 anos, mostra estudo inédito do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) em parceria com a Universidade Harvard e o Ministério da Saúde.

O trabalho analisou mais de 238 mil óbitos por Covid-19 entre Janeiro e maio deste ano em todo país e demonstra que, a partir da imunização dos grupos etários com mais de 70 anos, houve um declínio acentuado de mortes. A proporção de óbitos de idosos em relação ao total de mortes pela Covid caiu de 28% para 16% entre os que têm de 70 a 79 anos e de 28% para 12% entre as pessoas a partir dos 8o anos.

No primeiro grupo, os níveis nacionais de cobertura coma primeira dose alcançaram 90%na primeira metade de maio. No grupo dos 80+, a taxa estabilizou-se em 95% a partir de março.

No mesmo período de análise, entre 3 de janeiro e 27 de maio, as proporções de mor tes por outras causas permaneceram estáveis nesses grupos: em torno de 20% para o primeiro e de 30% para o segundo. Ao todo, foram 238.414 óbitos por Covid-19 e 447. 817 mortes por outras causas.

Segundo Cesar Victora, o epidemiologista da UFPel e líder do estudo, os resultados fornecem evidências da efetividade das vacinas Coronavac e AstraZeneca em uso no Brasil, inclusive já dentro do contexto da circulação da nova variante Gama (P1).

‘Os resultados são muito sólidos. Caiu a mortalidade nesses grupos, e a gente já observa que entre 60 e 69 anos também está caindo [essa faixa não entrou no estudo]’, afirma.

‘Não há outra explicação para essa queda da mortalidade nesses grupos etários’, afirma a demógrafa Marcia Castro, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard e coautora do estudo. ‘E isso é só uma par cela da contribuição da vacina. Há o impacto nos profissionais de saúde e outros grupos prioritários que vacinaram em qualquer idade’

Não há dados separados sobre a queda de mortalidade dos idosos relacionada a cada vacina. O trabalho ainda não passou por revisão independente, e deve ser submetido ao portal de estudos abertos MedRxiv.

É o primeiro estudo sobre vacinas contra a Covid-19 usadas no Brasil que incluiu uma grande população de idosos para avaliar a ‘efetividade’, ou seja, a eficácia desses imunizantes fora do ambiente controlado dos testes clínicos.

Victora diz que os números mostram que não há sentido de as pessoas ficarem receosas em relação à efetividade dessas vacinas. ‘Não tem que escolher, tem que tomar a que tiver’, afirma.

No início do mês, em depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, questionou a efetividade da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O estudo mostra que, a partir de final de fevereiro, o número de óbitos por Covid-19 aumentou em todas as idades devido à rápida disseminação da variante Gama para todo o país -a cepa foi identificada pela primeira vez no Amazonas em dezembro.

Se o número de mortes entre os mais velhos tivesse seguido a mesma tendência observada para os brasileiros mais jovens, seriam esperadas 70.015 mortes de pessoas de 80 anos ou mais contra 37. 401 registradas no período.

Entre as pessoas de 70 a 79 anos, a expectativa de óbitos seria de 20. 238 contra 13. 838 registrados. Somando as estimativas para ambas as faixas etárias, foram evitadas as mortes de 43.082 idosos no país.

‘Esses resultados mostram a diferença que faz a vacina. É mais uma peça gente entender o que poderia ter acontecido se o Brasil tivesse comprado a vacina no ano passado e começado a vacinar em dezembro. Mais vidas teriam sido salvas. E deixa claro porque é preciso tentar de todas as formas vacinar mais rápido um número maior de pessoas’, diz Marcia Castro.

Para Victora, os resultados também afastam as suspeitas infundadas sobreas evidências de eficácia das vacinas levantadas na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que as classificou como experimentais.

Segundo Castro, também é preciso lembrar que, além da proteção individual, tem o efeito comunitário da imunização. ‘Tem muita gente que acha que tomar vacina é uma decisão individual, mas é também proteção de que você ama, de quem está perto de você. ‘

A vacina Coronavac representou 65, 4%e a AstraZeneca, 29, 8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para Coronavac e 53, 3% para AstraZeneca no período entremeados de abril e metade de maio.

A região Norte foia que apresentou menor redução na taxa de mortalidade entre os que têm mais de 80 anos após a vacinação: de 18% para 14%. Segundo Victora, é a região com a menor expectativade vida e, por isso, tem menos idosos.

Além disso, a taxa de mortes entre os mais velhos já era mais baixa antes da vacinação, até pelo perfil da disseminação de casos. ‘A pandemia foi muito grave lá e se espalhou por todas as faixas etárias’

Segundo o pesquisador, as análises mostram que as vacinas não estão provocando efeitos colaterais graves que poderiam levar à morte, porque, do contrário, teria subido a taxa de óbitos por outras causas.

Desde que assumiu o cargo, Queiroga tem dito que pretende imunizar toda a população adulta ainda neste ano. A tentativa de acelerar a campanha para atingir essa meta, porém, ainda enfrenta impasses, como o atraso em fechar contratos e a dificuldade de obter insumos da China usados na produção de algumas vacinas.

Especialistas alertam que cuidados básicos como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidos mesmo após a aplicação das duas doses do imunizante, uma vez que nenhuma vacina garante 100% de proteção contra a doença.

O Brasil aplicou 2. 220. 845 doses de vacinas contra Covid-19 nesta quinta (17). Essa é a maior quantidade de doses aplicadas no período de 24 horas no país desde o início da campanha de vacinação, em janeiro deste ano. Segundo dados das secretarias estaduais de Saúde colhidos pelo consórcio de veículos de imprensa, foram aplicadas 2. 088. 159 da primeira e 132. 686 da segunda dose.

Antes, o maior número de vacinas aplicadas em um dia havia sido registrado em 23 de abril (1744. 001). Na última quarta-feira (16), o país aplicou 1.731. 610 doses, agora a terceira maior marca.

No total, 60. 381.020 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid no país -24. 085. 577 delas já receberam a segunda dose do imunizante. O total de doses aplicadas passa de 84 milhões. Com os dados vacinais desta quinta, 28, 51%% da população brasileira recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid e 11, 37% recebeu a segunda.

Esses resultados mostram a diferença que faz a vacina. É mais uma peça pra gente entender o que poderia ter acontecido se o Brasil tivesse comprado a vacina no ano passado Marcia Castro – demógrafa, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard e coautora do estudo

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JORNAL OPÇÃO

Com 2.964 novos casos nas últimas 24h, Goiás atinge a marca dos 650 mil contaminados por Covid-19

Por Luiza Lopes

A taxa de letalidade da doença no estado é de 2,82%. Enquanto a ocupação de leitos de UTI destinados a paciente com Covid-19 permanece acima de 87%

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), nesta quinta-feira, 17, foram registrados 2.964 novos casos e 47 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Em todo o território goiano, já há mais de 650.386  mil casos registrados de contaminação.

Deste total, 619.004 estão recuperados. Outros 483.350 mil casos estão sob investigação. Segundo o painel de Covid-19, 18.292 goianos já perderam a vida em decorrência da doença, o que significa uma taxa de letalidade de 2,82%. Há 353 óbitos suspeitos que estão em investigação. 

A ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 na rede estadual, em Goiás, está em 84,62%. Dos 598 leitos implantados, 492 estão ocupados, 14 bloqueados e 92 disponíveis. Já na rede pública municipal a ocupação dos leitos está em 75,88%. Já na rede pública municipal a ocupação dos leitos está em 87,25%. De acordo com a pasta, dos 293 leitos implantados, 219 estão em uso, 42 bloqueados e 32 disponíveis.

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Assessoria de Comunicação