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DESTAQUES
Cauan é transferido para o hospital Anis Rassi para continuar tratamento contra a infecção do coronavírus
Levantamento mostra que governo gastou muito menos na pandemia do que tem anunciado
Planos de saúde têm reajuste de até 20% no mês, em meio à pandemia
Saúde busca 'piso emergencial' fora do teto de gastos para bancar o SUS
Muita coparticipação e pouca prevenção: um raio-x da saúde nas empresas
Covid-19: Goiás registra 1.715 novos casos e 14 mortes em 24 horas
Setor Bueno ultrapassa marca de 1 mil casos do novo coronavírus
Cerca de 60% dos goianienses teriam de ser contaminados pela Covid-19 para se chegar à imunidade de rebanho
MP confirma que está investigando vazamento de informações sobre menina de 10 anos grávida
Anvisa autoriza registro do medicamento mais caro do mundo
Mais um médico é agredido em Goiânia
Com Covid-19, Cauan piora e tem 70% do pulmão comprometido em UTI de Goiânia, diz família
Autoridades analisam se Goiás atingiu o pico da pandemia
Pacientes com covid-19 se recuperam rápido tratando com Colchicina
PORTAL G1
Cauan é transferido para o hospital Anis Rassi para continuar tratamento contra a infecção do coronavírus
Estado de saúde do cantor sertanejo Cauan, internado com Covid-19, é grave, diz boletim
O cantor sertanejo Cauan, de 38 anos, parceiro de Cleber, foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG), na madrugada de terça-feira (18), para um leito especial no hospital Anis Rassi, em Goiânia. A mudança de unidade hospitalar foi confirmada por um familiar, que preferiu não se identificar.
A decisão sobre a transferência foi tomada em consenso entre os familiares do artista. O parente informou ao G1 que não houve motivo relacionado ao tratamento dispensado pelo hospital anterior, que apresentava resultados satisfatórios, mas que o tratamento continuará no Anis Rassi.
Nesta madrugada, segundo o familiar, a irmã do cantor estava no novo hospital assinando papéis referentes à transferência.
Cauan começou a sentir sintomas do coronavírus em dia 7 de agosto, quando teve febre e dores no corpo. No último dia 10, o cantor fez o exame e, no dia seguinte, teve a confirmação da doença. Em 12 de agosto, ele precisou ser internado em um hospital particular de Goiânia.
Três dias depois, no último sábado (15), o sertanejo teve de ser transferido para outra unidade de saúde por precisar de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de pacientes com coronavírus.
De acordo com o último boletim divulgado pelo médico que cuidava de Cauan no IOG, Wandervan Azevedo, até às 18h de segunda-feira (17), o artista estava em estado grave, porém estável. Ele também fazia uso de máscara de máscara de ventilação não invasiva para auxiliar a respiração, já que ele respirava de maneira espontânea. Uma tomografia revelou que os pulmões chegaram a 70% da capacidade de funcionamento comprometidos pela infecção.
Até a segunda-feira, Goiás tinha 103.440 pessoas contaminadas com o novo vírus e somava 2.336 mortes provocadas por algum tipo de complicação da doença, conforme o mapa do coronavírus, administrado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Familiares contaminados
João Luiz Máximo, pai do cantor sertanejo Cauan, também se contaminou com o coronavírus, segundo o empresário do artista, Cleiton Souza, e está assintomático. O irmão do sertanejo, Fernando Máximo, conseguiu se curar da doença no mês passado, após ficar 10 dias internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O irmão do cantor é médico e secretário Estadual de Saúde de Rondônia. Ele está em Goiânia para acompanhar de perto o tratamento de Cauan.
A namorada do cantor, Mariana Guimarães Moraes, também está infectada. Ela ficou alguns dias com o artista no hospital, sendo observada pela equipe médica junto com ele, mas foi liberada para se tratar em casa assim que Cauan precisou ser transferido para a UTI.
Mensagens de apoio
Parceiro de Cauan, Cleber gravou um vídeo falando que o amigo é forte e que torce para que ele volte ileso aos palcos o quanto antes. Outros artistas também enviaram mensagens com desejos de melhoras para o cantor, como Simone e Simaria, Gusttavo Lima, Zé Ricardo e Max e Luan.
Em nota, a equipe da dupla agradece as orações e pede que todos que puderem continuem torcendo pela melhora dele.
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Levantamento mostra que governo gastou muito menos na pandemia do que tem anunciado
Segundo levantamento nas contas públicas, R$ 294 bilhões foram gastos até agora. No dia em que o país registrou 100 mil mortes pela Covid-19, a Secom publicou: 'Mais de R$ 1 trilhão para salvar vidas e garantir o emprego e a dignidade de milhares de brasileiros'.
Um levantamento nas contas públicas mostrou que, até agora, o governo federal empregou R$ 294 bilhões em medidas de combate à pandemia. É bem menos do que o Palácio do Planalto tem anunciado.
O governo usa números altos quando se refere aos gastos com a pandemia. No dia em que o Brasil registrou 100 mil mortes pela Covid-19, a Secretaria Especial de Comunicação Social publicou: 'Mais de R$ 1 trilhão para salvar vidas e garantir o emprego e a dignidade de milhares de brasileiros'.
O mesmo número já foi repetido por ministros e pelo presidente Jair Bolsonaro. Mas, na prática, um valor bem menor foi, de fato, gasto até agora: R$ 294,5 bilhões, pouco mais da metade do que está disponível para o combate à pandemia. O Congresso aprovou um orçamento paralelo no valor de R$ 512 bilhões.
De acordo com o Tesouro Nacional, do total gasto até agora, R$ 167 bilhões foram para parcelas do auxílio emergencial; R$ 370 milhões para a ampliação do Bolsa Família; R$ 20,5 bilhões para o Programa Emergencial para Manutenção do Emprego – para pagar parte dos salários de quem teve a jornada e salários reduzidos ou o contrato de trabalho suspenso; R$ 55 bilhões para auxílio a estados e municípios, que receberam repasses extras e pararam de pagar dívida.
A linha de crédito para empresas financiarem a folha de pagamento sem demitir teve pouca adesão: R$ 4 bilhões de um total de R$ 34 bilhões disponíveis; R$ 900 milhões foram para o setor de Energia; R$ 20 bilhões para garantir empréstimos; R$ 25 bilhões para despesas no Ministério da Saúde e outros ministérios.
Os gastos exclusivos com a Saúde somaram até agora quase R$ 22 bilhões de um total de R$ 41 bilhões autorizados – pouco mais da metade.
Para chegar ao valor de R$ 1 trilhão, o governo explica que inclui nesse cálculo o impacto econômico de todas as medidas adotadas – se todo o dinheiro liberado para os bancos emprestarem for usado, por exemplo. O governo considera nessa conta, portanto, o impacto de medidas que não englobam, necessariamente, recursos públicos.
O Tribunal de Contas da União questionou a estratégia que o governo está usando para utilizar esse dinheiro na Saúde. Além de não usar todo o orçamento disponível, o TCU identificou lentidão na liberação da verba e pediu explicações ao Ministério da Saúde, que tem até o fim de agosto para responder.
Segundo o economista Marcos Mendes, professor do Insper, o governo brasileiro está gastando mais que outros países da América Latina, mas ressalta que os números da pandemia no Brasil mostram que não há eficiência nesses gastos públicos.
'Isso indica que, apesar de gastar um volume elevado, a gente está gastando, possivelmente, de forma não eficiente. Porque faltou coordenação, faltou organização, faltou prioridades. Há muito conflito entre o governo federal e o governo estadual', afirma.
O Ministério da Saúde admitiu que gastou bem menos do que o Congresso liberou para as medidas de combate à Covid, e declarou que tem dado apoio irrestrito aos estados e municípios para garantir que não faltem recursos, leitos e todo o empenho para salvar vidas.
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EXTRA
Planos de saúde têm reajuste de até 20% no mês, em meio à pandemia
As operadoras de plano de saúde estão aplicando, este mês, reajustes de 15% a 20% nos planos oferecidos, após registrarem altas expressivas nos lucros no segundo trimestre, ápice da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. As operadoras perderam 400 mil clientes entre os meses de março e junho. Mas o adiamento de procedimentos eletivos, com os beneficiários evitando hospitais com receio de contaminação pelo novo vírus, gerou uma forte redução das despesas para as operadoras no segundo trimestre.
O resultado dessa combinação de fatores está refletido nos balanços recém divulgados pelas empresas. Para a SulAmérica, o lucro quase dobrou no trimestre: foi de R$ 260,8 milhões para R$ 498,3 milhões na comparação anual. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de seis vezes. Já a NotreDame Intermédica registrou alta de 150% no lucro líquido, para R$ 223,6 milhões. Na Hapvida, o lucro de R$ 278,6 milhões representou um crescimento de quase 25% sobre o valor apurado no mesmo período do ano passado.
A Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) chegou a recomendar aos filiados a não reajustar entre maio e julho, mas agora a trégua acabou.
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ESTADÃO
Saúde busca 'piso emergencial' fora do teto de gastos para bancar o SUS
BRASÍLIA – Com o risco de levar um tombo nos recursos por causa da volta da regra do teto de gastos em 2021, o setor de saúde se mobiliza para garantir uma espécie de "piso emergencial" para bancar o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A ideia é garantir esse piso com os gastos extras que foram autorizados este ano para o enfrentamento da covid-19. São créditos extraordinários que ficaram de fora do teto de gastos, instrumento previsto na Constituição que trava a alta de despesas acima da inflação.
Pela proposta da Conselho Nacional de Saúde (CNS), o orçamento do ano que vem para o ministério partiria do que foi autorizado a gastar este ano, incluindo o reforço para o combate à pandemia, e também ficaria livre do teto, assim como ocorreu em 2020.
O argumento é que essa medida conseguiria barrar a queda prevista para o orçamento de 2021, quando a demanda da população pelos serviços de saúde continuará alta, por causa do prolongamento da pandemia do novo coronavírus no País.
Além da necessidade de dinheiro para a vacinação, demandas represadas de atendimento do SUS por causa dos efeitos da pandemia devem pressionar o gasto, na avaliação do especialista em orçamento da área de saúde do Senado, Bruno Moretti. "Em 2021, o teto de gastos exerce uma pressão tamanha pela despesa que a chance de estourar é muito forte. Fica muito evidente a necessidade do piso emergencial, com os recursos não sujeitos ao teto", defendeu Moretti.
Uma petição do CNS já está disponível para assinaturas para garantir o "piso emergencial". O consultor técnico do CNS, Francisco Funcia, calcula até agora em R$ 35 bilhões a perda de recursos diretamente para o SUS no ano que vem, o que motivou o nome da campanha.
De acordo com Funcia, a perda deverá ser ainda maior a depender do que for efetivamente pago até o fim do ano. "Se aprovado, o Orçamento (da forma como está a previsão), sufocará ainda mais o sistema de saúde, que não terá condições nem sequer de manter o legado da pandemia, como os leitos de UTI, ampliações em unidades de saúde e respiradores adquiridos", disse.
Moretti, Funcia e o pesquisador do Ipea, Carlos Ocké, calculam em R$ 22,5 bilhões a perda de recursos para a saúde desde que a regra do teto entrou em vigor, em 2017. O cálculo leva em consideração liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou um piso de 15% da receita líquida do governo para gastos na área.
O Núcleo de Estudos Conjunturais da Faculdade de Economia da Universidade da Bahia também publicou estudo apontando que houve perdas de recursos com o teto. O professor do Núcleo, Uallace Moreira, contesta dados apresentados pelo pesquisador associado do Insper, Marcos Mendes, que mostram que o teto não retirou dinheiro da saúde. Segundo estudo de Mendes, os gastos federais na área superaram em R$ 9,3 bilhões (2,7%) o que teria sido desembolsado caso fosse mantida a regra anterior entre 2017 e 2019.
"Qualquer crescimento real das despesas dos gastos de saúde vai ser impedido pelas regras do teto. Ainda mais num cenário em que o governo fará cortes", afirmou Moreira.
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EXAME
Muita coparticipação e pouca prevenção: um raio-x da saúde nas empresas
Estudo exclusivo com 704 empresas mostra que, para economizar com saúde, elas focam na coparticipação do plano, mas ainda deixam a gestão da saúde de lado
Os custos dos planos de saúde continuam crescendo para as empresas, mas a maioria ainda recorre a soluções limitadas para resolver essa equação. É o que mostra a pesquisa Gestão de Saúde Corporativa, realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em parceria com a Aliança para a Saúde Populacional (ASAP). O levantamento teve 704 respondentes, de empresas que representam 6,5 milhões de beneficiários de planos de saúde, e é divulgado pela EXAME com exclusividade.
Uma das principais conclusões do estudo é que as empresas estão recorrendo mais a medidas para dividir o custo do plano de saúde com o empregado. O levantamento, feito entre janeiro e março de 2020, mostrou que 72% das empresas respondentes tinham plano de saúde com coparticipação. Em 2017, eram 59% com essa modalidade de plano. Já os planos de saúde com política contributiva do colaborador foram 57% em 2020, ante 54% em 2017.
Por outro lado, a pesquisa conclui que "não houve evolução" nos percentuais de empresas que adotam estratégias, processos e indicadores para acompanhar e medir a eficiência e os custos de seus programas de saúde.
"A pesquisa mostra que a maioria das empresas trata o tema da saúde mais como um custo do que como investimento. E as ferramentas usadas para reduzir os gastos com saúde ainda são aquelas que aparecem depois que tudo ocorreu. É a mudança de operadora ou o aumento da coparticipação. São medidas que lidam com o sintoma e não com a causa e que têm um efeito limitado na resolução do problema", afirma Luis Edmundo Rosa, diretor da ABRH.
A pesquisa identifica uma desaceleração no aumento dos custos com saúde para as empresas. Em 2017, 31% das empresas tiveram reajuste do plano acima de 15%; em 2020, só 18% chegaram a esse patamar de reajuste. Ainda assim, os gastos com saúde estão acima de 16% dos custos de recursos humanos para 36% das empresas ouvidas e a sinistralidade está acima de 70% em 59% delas.
Quando questionadas sobre o que a empresa faz para conter os custos com saúde, 61,9% responderam que usam a coparticipação, ante 53,9% em 2017. Já a proporção de empresas que recorrem a programas de gestão de saúde permaneceu a mesma: 42%.
A maior parte das empresas ouvidas não tem programas para gerenciamento de saúde de grupos de risco. Em 2017, 51% delas disseram não possuir nenhum programa do tipo, em 2020 o número oscilou para 52%.
Os dados mostram ainda que os programas de sobrepeso tiveram queda na adesão. Em 2017, 35% das empresas tinham algum programa do tipo; em 2020 eram 32%. Os programas que tiveram aumento na adesão foram tabagismo, com adesão de 22% das empresas em 2020, ante 17% em 2017; e diabetes, com adesão de 26% das empresas em 2020, ante 24% em 2017.
"As empresas precisariam ter um mapa da sua carteira, com informações tanto de doenças crônicas quanto das mais agudas. As doenças crônicas não-transmissíves são a maior parte do sinistro. Por aí já sabemos um ponto importante para atacar", afirma Ricardo Ramos, presidente da ASAP.
Outro dado que chama a atenção é de nível de estresse percebido nas empresas. Dentre os respondentes, 52% avaliam que o nível de estresse em sua organização é alto ou muito alto em 2017 eram 40% com essa percepção. E só 17% acreditam que esse nível de estresse vai diminuir no futuro – em 2017 eram 20%.
Para os pesquisadores, esses índices chamam a atenção para a necessidade de avaliação de seus impactos no custo da saúde e a necessidade de se definir ações no ambiente corporativo a fim de melhorá-los.
O número de empresas com algum programa de estímulo à alimentação saudável também diminuiu no período. Em 2017, 44% das empresas disseram ter algum programa do tipo; em 2020 esse número caiu para 35%. Dentre as ações promovidas por quem tem algum programa, houve aumento no assessoramento de nutricionista – de 56% para 65% e redução em programas de educação alimentar – de 53% para 47%. A distribuição de frutas pela empresa foi de 43% para 46%.
Também aumentou a proporção de empresas que não têm nenhum programa de incentivo à atividade física. Em 2017 25% não tinham, em 2020 eram 34%.
Apesar de avanços ainda necessários, a gestão da saúde nas empresas deve mudar mais rápido com a pandemia do novo coronavírus. "Com a pandemia, as empresas deixam de olhar só para o custo e passam a ver a importância da prevenção e da qualidade de vida. Veem também que só buscar o plano mais barato pode não ser um bom negócio", afirma Paulo Sardinha, presidente da ABRH.
As mudanças no setor de saúde impulsionadas pela pandemia e pelo maior uso da tecnologia foram tema de reportagem desta edição da EXAME.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1.715 novos casos e 14 mortes em 24 horas
Adriana Marinelli
Goiânia – Boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta segunda-feira (17/8) aponta registros de 1.715 novos casos de covid-19 e 14 mortes no Estado nas últimas 24 horas. Com as atualizações, Goiás chega a 103.440 casos do novo coronavírus e 2.336 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, há em Goiás 94.262 pessoas recuperadas. No Estado, há 163.386 casos suspeitos em investigação. Outros 80.050 já foram descartados.
Além dos 2.336 óbitos confirmados de covid-19, o que significa uma taxa de letalidade de 2,26%, há 57 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 1.004 mortes suspeitas nos municípios goianos.
"Os números são dinâmicos e passíveis de mudanças após investigação mais detalhada de cada situação. Os boletins são elaborados a partir dos dados inseridos nos sistemas e-SUS VE e SIVEP Gripe, do Ministério da Saúde, pelas diversas instituições de saúde cadastradas no Estado, conforme endereço de residência informado pelos usuários", informou a SES-GO.
"Os dados podem ser alterados para mais ou para menos conforme investigação das Vigilâncias Epidemiológicas Municipais e atualização das fichas de notificações pelos municípios nos sistemas oficiais. Diante de eventuais inconsistências nos números, estes serão atualizados a partir das correções feitas pelas cidades nos sistemas de notificação", completou a pasta.
*Observação: os dados referentes às últimas 24 horas representam os casos incluídos no sistema no último dia. Não significam, necessariamente, que tenham ocorrido de ontem para hoje.
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Setor Bueno ultrapassa marca de 1 mil casos do novo coronavírus
Théo Mariano
Goiânia – O Setor Bueno, em Goiânia, ultrapassou a marca de 1 mil casos confirmados do novo coronavírus. Os dados, retirados nesta segunda-feira (17/8) de plataforma da Universidade Federal de Goiás (UFG), apontam que o bairro registra 1.055 infectados, sendo o primeiro da capital a chegar a esse número. Em seguida, segundo o levantamento, aparecem Jardim América (654) e Setor Oeste (641).
Segundo a plataforma, 11 setores da capital possuem mais de 300 casos confirmados da covid-19, são eles, além dos já citados: Jardim Novo Mundo (536), Setor Central (520), Jardim Guanabara (497), Parque Amazônia (475), Setor Pedro Ludovico (432), Jardim Goiás (420), Setor Leste Universitário (372) e Conjunto Vera Cruz (337).
De acordo com dados divulgados pela Prefeitura de Goiânia nesta segunda-feira (17/8), a capital contabiliza o total de 26.869 casos confirmados do novo coronavírus.
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JORNAL OPÇÃO
Cerca de 60% dos goianienses teriam de ser contaminados pela Covid-19 para se chegar à imunidade de rebanho
Por Fernanda Santos
Atualmente, taxa de infecção na capital é 14%, de acordo com dados da Prefeitura. Embora seja alto o índice, ainda não é seguro suficiente para se sair às ruas sem risco de contaminação
Com taxa de infecção em 14% em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que os índices estão altos na capital. No entanto, os números ainda não indicam sequer uma proximidade com o que os estudiosos chamam de imunidade de rebanho.
“A imunidade de rebanho funciona assim, você vai sair à rua e tantas pessoas já foram infectadas que dificilmente uma pessoa infectada vai conseguir transmitir para outra, porque ela dificilmente vai se encontrar com essa outra que ainda não está infectada”, explica José Alexandre Felizola Filho, do grupo de estudos da Covid da Universidade Federal de Goiás (UFG).
“14% não é um número próximo ao que se chama de imunidade de rebanho. Imunidade rebanho é um conceito teórico, mais usado no contexto da injeção e para Covid ela fica em torno de 60%, se todas as pessoas forem suscetíveis. O problema é que a gente não sabe exatamente quantas pessoas da população são suscetíveis”, informou.
No entanto, isso não significa que as transmissões estejam abaixo do esperado. “É alto para casos. São quase 200 mil pessoas contaminadas, mas é relativamente baixo em termos de imunidade rebanho. Não dá para sair na rua [sem ser contaminado]”, esclarece.
Cenário
De acordo com a página da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), o número de óbitos registrados em Goiás até o momento é 2.336. De acordo com a última nota técnica, essa quantidade de mortes indicaria o melhor dos cenários. Mas não é bem assim que funciona na prática, já que os números apontados na plataforma são reflexos do passado.
“Esse é o número reportado. O do modelo seria o número real, o que aconteceria de fato naquele período. O que a gente percebe é que a gente atrasa muitos dias até chegar em torno dos números reais e olhe lá. A gente leva 15 dias para chegar próximo dos registros. Na realidade, se hoje se fala em 2.200, o cartório de registro civil vai ter 2.700 e ainda dizem não ser muito confiável, que precisa de 15 dias para atualizar ainda os dados”, diz o pesquisador.
“Os óbitos são bem maiores que isso, a gente não sabe quanto, mas não é menos que 25%. Estaríamos hoje chegando em três mil óbitos, se o padrão estiver se mantendo”, aponta.
De acordo com José Alexandre, Goiás, na realidade, está mais próximo do cenário verde e em transição para o laranja. “O isolamento conseguiu segurar um pouco. Embora in loco o isolamento não tenha mudado muito, o comércio demorou a reabrir, o índice de agregação das pessoas não foi muito alto, continua como estava. Várias prefeituras adotaram o 14×14, embora tenham voltado atrás. Tudo isso tem efeito para o número de transmissões não aumentar como no cenário vermelho”, avaliou.
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MP confirma que está investigando vazamento de informações sobre menina de 10 anos grávida
Por Luiz Phillipe Araújo
Uma das suspeitas é sobre como a ativista Sara Winter teve acesso ao nome da criança vítima de estupro
Após domingo tumultuado no Espirito Santo, o Ministério Público confirmou nesta segunda-feira, 17, que está investigando o vazamento de informações no caso envolvendo uma menina de 10 anos que ficou grávida após ser estuprada pelo tio.
De acordo com as informações do MP do Espirito Santo, o inquérito será conduzido pelas promotorias de Justiça da Infância e Juventude e da Criminal de São Mateus, Município onde o caso ocorreu.
Os promotores responsáveis vão investigar se houve vazamento do endereço do hospital e da residência da família da vítima. Antes de ter a gravidez interrompida em procedimento legal, dezenas de pessoas que se nomeavam de grupos religiosos cristãos se reuniram na porta do hospital para tentar impedir a operação.
Além da manifestação que chegou a tentar invadir o hospital, relatos de fontes da investigação dão conta de que um grupo formado por cerca de 40 pessoas esteve na casa da menina e tentou convencer a família a levar a gravidez adiante.
Outra suspeita a ser verificada é se o nome da menina e seu endereço foi informado à ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Ela divulgou o nome da criança em vídeo nas redes sociais.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa autoriza registro do medicamento mais caro do mundo
Por Eduardo Pinheiro
Zolgensma é usado para tratar crianças com atrofia muscular espinhal
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o registro do medicamento Zolgensma, usado para tratar crianças com atrofia muscular espinhal (AME). O tratamento é o mais caro do mundo, custando US$ 2,12 milhões, o equivalente a R$ 11,5 milhões.
A permissão da Anvisa contemplou o tratamento da forma mais grave da AME (tipo 1) em crianças de até dois anos. A autorização foi dada em caráter excepcional, o que implica a realização de estudos adicionais acerca de sua eficácia.
A empresa responsável pelo Zolgensma, a Novartis, assinou um termo de compromisso assumindo a obrigação de envio de análises sobre a efetividade do tratamento e a promoção de ensaios clínicos com pacientes brasileiros.
A AME é uma doença rara grave. Ela é causada pela alteração de uma proteína necessária para os neurônios ligados ao movimento dos músculos. A AME produz atrofia progressiva dos músculos, dificultando a condição de movimentação destes pelos pacientes. A incidência da doença é de 1 entre 10.000 nascidos vivos.
Segundo a Anvisa, entre 45% e 60% das crianças acometidas com a AME desenvolvem a forma mais grave (tipo 1). A doença pode evoluir para a morte, sendo a principal causa de falecimentos em crianças por causa de uma enfermidade monogenética.
A terapia com o remédio dura cinco anos. O medicamento constrói uma cópia funcional do gene humano que produz a proteína responsável pelos neurônios vinculados à atividade motora. De acordo com a Anvisa, estudos mostraram que o uso da substância pode dar sobrevida aos pacientes.
Apesar do registro, o alto custo do remédio é um obstáculo para os pacientes que necessitam dele. Para o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e membro do Painel de Alto Nível do Secretário-Geral das Nações Unidas em Acesso a Medicamentos Jorge Bermudez, o valor do tratamento é “fora da realidade”.
Em artigo publicado no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, o especialista argumenta que ele torna proibitivo o tratamento até mesmo para pessoas com alta renda. Ele lembra que na 72ª Assembleia Mundial da Saúde um grupo de países (integrado por Itália, Portugal, Egito e África do Sul, entre outros) apresentou uma proposta de resolução cobrando maior transparência da indústria farmacêutica quanto aos processos de fabricação de medicamentos, como forma de avaliar os lucros obtidos com determinados tratamentos.
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TV ANHANGUERA
Mais um médico é agredido em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8783692/programa/
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Com Covid-19, Cauan piora e tem 70% do pulmão comprometido em UTI de Goiânia, diz família
https://globoplay.globo.com/v/8783718/programa/
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Autoridades analisam se Goiás atingiu o pico da pandemia
https://globoplay.globo.com/v/8783870/programa/
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REVISTA PLANETA
Pacientes com covid-19 se recuperam rápido tratando com Colchicina
A redução observada no tempo de recuperação dos doentes pode representar uma economia significativa para a rede pública de saúde
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, mediante aos resultados de um estudo clínico conduzido, indicam que a Colchicina – medicamento usado há décadas no tratamento da gota – pode ajudar a combater a inflamação pulmonar e a acelerar a recuperação de pacientes com as formas moderada e grave da covid-19.
Resultados da pesquisa, apoiada pela Fapesp, foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.
O médico Renê Oliveira, que coordenou o estudo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), conta que “Voluntários tratados com o fármaco ficaram livres da suplementação de oxigênio, em média, três dias antes do que os pacientes que receberam apenas o protocolo terapêutico padrão do hospital. Além disso, puderam voltar para casa mais cedo”.
De acordo com Paulo Louzada Junior, professor da FMRP-USP e coautor do artigo, a redução observada no tempo de recuperação dos doentes pode representar uma economia significativa para a rede pública de saúde, além de permitir o atendimento de um número maior de pessoas em um mesmo período.
Tratamento barato
Louzada Junior afirma que a cada dia de internação em unidade de terapia intensiva [UTI] pode custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por paciente. Ele ainda complementa que a suplementação com oxigênio, mesmo quando é feita fora da UTI, também é uma terapia cara e a colchicina, por outro lado, é um medicamento barato e com potencial de uso em larga escala. “O tratamento completo custou cerca de R$ 30 por paciente”, reitera o professor.
Outra vantagem do fármaco, segundo os pesquisadores, é o fato de seus efeitos colaterais serem amplamente conhecidos pelos médicos, sendo o principal deles a diarreia. “De modo geral, a colchicina é considerada segura. Mas é importante ressaltar que, no caso da covid-19, os benefícios foram observados apenas em pacientes hospitalizados e com algum nível de comprometimento pulmonar. Não recomendamos o uso indiscriminado do medicamento, nem para prevenção, nem para tratar sintomas leves da doença”, destaca Louzada Junior.
Mesmo no caso de pacientes internados em hospital, explicam os pesquisadores, os benefícios ainda precisam ser confirmados em uma pesquisa com um número maior de participantes. “Já solicitamos autorização da Conep [Comissão Nacional de Ética em Pesquisa] para a próxima fase e, em breve, começaremos a recrutar voluntários”, conta Oliveira.
Evidência padrão ouro
Os pesquisadores da USP conduziram, entre os dias 1º de abril e 6 de julho, um ensaio clínico controlado, randomizado e duplo-cego, para testar a hipótese de que a Colchicina poderia amenizar a tempestade de citocinas inflamatórias que costuma ocorrer nos quadros mais graves de covid-19. Esse é o tipo de estudo considerado padrão ouro para guiar a prática clínica, pois, como nem os médicos, nem os pacientes sabem quem de fato está tomando o composto em teste, o risco de vieses (por exemplo, selecionar pacientes mais ou menos graves para determinado grupo) é reduzido.
Os 38 participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Ambos foram tratados com o protocolo terapêutico padrão do hospital para covid-19. Um dos grupos recebeu adicionalmente a colchicina, e o outro, placebo. O trabalho foi realizado no âmbito do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (Crid), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp na FMRP-USP.
Foram incluídos pacientes com insuficiência respiratória que precisaram ser internados para receber suplementação de oxigênio. “Não incluímos no estudo pacientes entubados e mantidos em UTI, mas não haveria contraindicação clínica para o uso da colchicina também nesses casos. Esse perfil de paciente pode vir a fazer parte da próxima fase do ensaio clínico”, diz Oliveira.
Os resultados descritos no artigo são referentes a 35 dos 38 participantes – 18 do grupo placebo e 17 do grupo tratado com colchicina. Um voluntário precisou ser transferido para a UTI antes do início da medicação do protocolo. Outros dois (um do grupo que recebeu colchicina e um do grupo que recebeu placebo) precisaram ser transferidos para a UTI durante o tratamento e, por esse motivo, não completaram o período de observação. Nenhum dos 38 voluntários morreu.
Benefícios em três parâmetros
Ao compararem os resultados dos grupos, os pesquisadores concluíram que a colchicina promoveu benefícios em três parâmetros: reduziu o tempo de oxigenoterapia, reduziu o tempo geral de internação e diminuiu mais rapidamente os níveis de proteína C-reativa no sangue, molécula considerada o principal marcador de inflamação sistêmica. “Após sete dias de tratamento, os marcadores inflamatórios retornaram aos níveis normais”, conta Louzada Junior.
Como explica Oliveira, a colchicina age sobretudo em dois tipos de células do sistema imune, os neutrófilos e os macrófagos, reduzindo a produção das chamadas citocinas inflamatórias, entre elas a interleucina-1 beta (IL-1β) e a interleucina-18 (IL-18) e, como consequência, também a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral (TNF). As duas primeiras são as principais responsáveis pela inflamação articular em pessoas acometidas pela gota.
“Os primeiros estudos feitos com pacientes que desenvolveram a forma grave da covid-19 mostraram que eles apresentavam aumento importante dos níveis sanguíneos dessas mesmas citocinas, principalmente da IL-1β. Então imaginamos que a colchicina poderia ter um efeito benéfico, diminuindo a inflamação pulmonar que leva à insuficiência respiratória”, conta o pesquisador.
A próxima fase do ensaio clínico será aberta, ou seja, os pacientes serão convidados a participar e terão a certeza de estarem tomando o medicamento. Os critérios de inclusão serão menos restritos, podendo participar, por exemplo, pacientes com câncer e outras doenças crônicas, conta Oliveira.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação