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DESTAQUES
Anvisa suspende obrigatoriedade de máscara facial em aeroportos e aeronaves
Goiás lidera casos confirmados de varíola dos macacos na região Centro-Oeste
Goiás confirma mais de 2 mil casos de covid-19 em 24 horas
Atenção! A Varíola do Macaco é completamente diferente da Covid-19
A saúde no Brasil está doente! (2)
O fim do IMC?: Sociedades médicas propõem mudar a classificação da obesidade; entenda
AGÊNCIA ESTADO
Anvisa suspende obrigatoriedade de máscara facial em aeroportos e aeronaves
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou por unanimidade na tarde desta quarta-feira (17/8) a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscara facial em aeroportos e aeronaves do Brasil. A proteção compulsória foi implementada em dezembro de 2020, auge da pandemia do coronavírus no País.
O entendimento é de que a máscara facial ainda é recomendável em espaços públicos como aeroportos e aeronaves, mas não mais obrigatória. Assim, ela passa de uma medida de saúde coletiva para um “compromisso de responsabilidade individual”. segundo os técnicos.
A obrigatoriedade de máscaras faciais em aeroportos já foi debatida pela Anvisa em outras reuniões deste ano, mas tinha sido mantida até então. Em 22 de maio, por exemplo, a agência permitiu que os serviços de alimentação a bordo das aeronaves fosse retomado, mas não suspendeu o uso obrigatório de máscaras.
A Anvisa alegou nesta quarta-feira (17/8) que a mudança de posicionamento sobre o tema foi motivada em partes pela portaria emitida pelo Ministério da Saúde em 22 de abril, que declarou o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) pelo novo coronavírus. Também foram considerados o cenário internacional da pandemia, o comportamento sazonal do vírus, a quantidade atual de mortes diárias e a capacidade de atendimento na rede pública de saúde.
Segundo os membros da Anvisa, há uma estabilização com tendência de queda no cenário epidemiológico da covid no Brasil e, após reunião com epidemiologistas e infectologistas, as projeções não apontaram que a suspensão da obrigatoriedade de máscaras não teria impacto no número mortes pelo coronavírus. A média móvel de mortes pela covid no País, de acordo com o consórcio dos veículos de imprensa, tem se mantido em torno de 200 nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, mais de 47% da nossa população total já foi imunizada com a dose de reforço contra a covid.
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A REDAÇÃO
Goiás lidera casos confirmados de varíola dos macacos na região Centro-Oeste
Ludymila Siqueira
Goiânia – Com 120 casos confirmados de varíola dos macacos, Goiás é o Estado do Centro-Oeste que concentra o maior número de infecções por Monkeypox, termo científico da doença popularmente conhecida como varíola dos macacos. Os dados constam no boletim mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde. Na sequência aparecem Distrito Federal, que soma 116 registros, Mato Grosso do Sul, com 10, e Mato Grosso, com 4.
Registro de casos em Goiás
Em Goiás, o maior número de casos da Monkeypox se concentra em Goiânia, com 95 registros confirmados. Além da capital goiana, outros 11 municípios já notificaram casos da varíola dos macacos: Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Anápolis, Bom Jesus de Goiás, Cidade Ocidental, Inhumas, Itaberaí, Luziânia, Planaltina, Senador Canedo, Valparaíso de Goiás.
Segundo informações da Saúde estadual, os pacientes têm entre 9 e 64 anos. Além disso, são investigadas 286 notificações para saber se há alguma ligação com a varíola dos macacos.
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Goiás confirma mais de 2 mil casos de covid-19 em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia – Goiás registrou 2.082 novos casos de covid-19 e 38 mortes em decorrência nas últimas 24 horas. Os dados constam no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) nesta quarta-feira (17/8). Com as atualizações, o território goiano já soma 1.659.692 infecções e 27.351 óbitos provocados pelo novo coronavírus.
Além disso, 871.728 casos e 176 mortes são investigadas pela Saúde estadual para saber se há alguma relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus é de 1,65%.
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TECLANDO WEB
Atenção! A Varíola do Macaco é completamente diferente da Covid-19
A Varíola dos Macacos, Varíola Símia ou Monkeypox, como é mundialmente conhecida, foi diagnosticada em 1958 em um grupo de macacos, o que deu origem ao nome da doença. Contudo, o vírus é mais comum em roedores e o primeiro caso em humanos foi identificado em 1970.
É uma doença transmissível por contato prolongado, como relação sexual, uma vez que também o vírus se encontra no sêmen, e por vias respiratórias através de gotículas expelidas pela pessoa infectada. Devido a essa transmissibilidade, é que se faz necessário o uso de máscaras para proteção e também a necessidade de isolamento quando infectadas. Com todas essas recomendações, as pessoas estão inseguras e com medo pois a estão comparando com o coronavirus.
“É importante salientar que a varíola dos macacos é completamente diferente da covid-19, pois, não causa pneumonia e outras complicações do coronavírus. Além disso, as doenças são transmitidas por diferentes tipos de vírus. Então, possivelmente não se tornará uma pandemia”, esclarece a Dra. Dania Abdel Rahman, Coordenadora do setor de Infectologia Clínica e Controle de Infecção Hospitalar e Infectologista do Hospital Albert Sabin (HAS).
Inicialmente, os principais sintomas são dores musculares, febre e mal-estar geral. Logo após surgem as lesões na pele, geralmente iniciadas na região genital. “Porém, isso não é uma regra, pois, o paciente pode observar lesões iniciais em outras regiões, como face, tronco, membros. Tais lesões surgem como pequenas pústulas, com conteúdo amarelado e purulento, e depois disso eclodem, abrem e secam, transformando-se em crostas”, explica a infectologista.
A transmissão pode ocorrer durante todo o período em que existe lesão, contudo, quando estão bolhosas e com secreção são muito mais transmissíveis, pois, é nessa secreção que se encontra o vírus. Quando as feridas se transformam em crosta, a transmissibilidade diminui, mas ainda existe. “Por esse motivo é recomendado o tempo de isolamento de, no mínimo, quatorze dias ou enquanto o paciente apresentar lesões”, completa a médica.
Atualmente não existe nenhum tratamento específico para a varíola dos macacos, como antivirais ou outros medicamentos. “Temos cuidado desses casos com medicações sintomáticas, principalmente remédios para dor, já que as lesões são muito dolorosas. A orientação é lavar as feridas com água e sabão, o uso de analgésicos opioides, que são remédios mais fortes e mais potentes, e evitar contato com outras pessoas, principalmente, relações sexuais. Também é de extrema importância, já que o vírus se propaga através de perdigotos, o uso de máscaras tanto pelo paciente como pelos que o cercam”, adverte a Dra. Rahman.
Infelizmente ainda não existe vacina para essa doença. A vacina da varíola, aplicada no mundo, inclusive no Brasil, até 1979 pode oferecer alguma proteção contra este novo vírus, porém, ainda está em estudo e não há conclusões definitivas quanto ao fato.
Hospital se torna referência na zona oeste de São Paulo.
Com 50 anos de experiência, Hospital Albert Sabin passa por revitalização completa e se posiciona como principal polo de saúde da Lapa e região.
Com a missão de promover a saúde, buscando a excelência dos processos assistenciais, melhoria contínua e eficiência operacional, a história do Hospital Albert Sabin de SP (HAS), que completou 50 anos em 2020, remonta aos anos 1970 com a aquisição da Lapa Assistência Médica. Nos anos seguintes, deu-se a construção do prédio que ainda hoje abriga o hospital.
Já a partir dos anos 2000, seus sócios iniciaram o processo de revitalização e modernização do hospital, através de reformas e da aquisição de novos equipamentos com tecnologia de ponta, culminando em 2016 com a ampliação e nova reforma, dobrando o número de leitos.
Humanização, cuidado, atenção e respeito são os valores que orientam todas as atividades da equipe e do centro médico como um todo, colocando à disposição dos pacientes equipamentos de última geração, que garantem mais segurança e altos índices de sucesso em cirurgias e tratamentos.
Os serviços oferecidos à população, sempre com alto grau de qualidade, são os mais completos e diversos, como:
Pronto atendimento 24 horas – Preparados para atender emergências e urgências com rapidez e eficiência, o Hospital Albert Sabin tem uma equipe multiprofissional de alto nível e conta com diversas especialidades, como Cardiologia, Clínica Geral, Ortopedia e Cirurgia Geral.
Internações de urgência e eletivas – Para procedimentos clínicos e cirúrgicos, oferece um atendimento humanizado com total tranquilidade, contando com apartamentos confortáveis e com completo serviço de hotelaria, UTI adulto, com profissionais preparados para atender aos pacientes em todos os procedimentos intensivos com total segurança e agilidade, e uma equipe de enfermagem treinada nos mais altos padrões de excelência. Dispõe também de enfermaria, com todo o conforto dos apartamentos, contudo, com dois leitos por instalação.
Cirurgias – Centro Cirúrgico com instalações de alta qualidade e o mais bem equipado da região, oferecendo atendimento com total segurança e cuidado nas mais diversas especialidades, como Cardiológica, Oncológica, Cirurgia Bariátrica, Ortopédica, Torácica, Otorrinolaringológica, Neurológica, Urológica, Ginecológica, Vascular, Plástica e Geral. Também, o Arco Cirúrgico proporciona maior precisão para realização de procedimentos, principalmente para as Cirurgias Ortopédicas, Neurocirurgias e Cirurgias Vasculares.
UCO (Unidade Coronariana) – Especializada no tratamento de pacientes adultos com problemas cardíacos que correm alto risco e necessitam de cuidados intensivos com monitoramento 24h. Equipe sempre preparada para prestar a assistência especializada necessária a todos os pacientes durante procedimentos cardíacos ou nos seguintes eventos: Dor Torácica, Síndromes Coronarianas Agudas, Insuficiência Cardíaca Descompensada, Arritmia Instável, Síndrome Aórtica Aguda e Síndrome Pós-Parada Cardiorrespiratória.
Especialidades – Com o intuito de atender as mais variadas necessidades de seus pacientes, o HAS conta com equipes em, praticamente, todas as áreas, como Arritmologia, Bucomaxilo, Cardiologia, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Clínica Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Fisioterapia, Gastroenterologia, Ginecologia, Hematologia, Infectologia ,Neurocirurgia, Neurologia, Nutrologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Proctologia, Psiquiatria, Urologia e Vascular..
Pensando sempre na comodidade de seus pacientes e tentando atender o maior número de pessoas que procuram o hospital, o HAS atende e trabalha com diversos convênios e planos de saúde.
O Hospital Albert Sabin também realiza exames laboratoriais, de imagens e cardiológicos, serviços de diagnose e terapia com o que há de mais moderno em termos de equipamentos e com qualidade profissional incomparável. Dentre esses serviços encontram-se a Anatomia Patológica, Broncoscopia, Colonoscopia, Doppler Transcraniano, Ecocardiograma, Ecodoppler, Eletrocardiograma, Endoscopia Digestiva Alta, Hemodinâmica, Prova de Função Pulmonar, Quimioterapia, Radiologia em Geral, Tomografia Computadorizada/Angiotomografia, Ultrassonografia e Ressonância Magnética/Angioressonância.
Impossível não se surpreender com a estrutura e a qualidade do Hospital Albert Sabin, adquiridos em 50 anos de trabalho árduo e abnegação pessoal de seus mantenedores e funcionários, visando sempre o bem-estar de seus pacientes, colaboradores e da população em geral que o procura. É realmente um centro médico completo e de excelência em todas as áreas que se propôs a atuar.
O hospital e seus profissionais atuam com protocolos de segurança e certificações internacionais para garantir processos seguros aos seus pacientes, acompanhantes e equipes. Vale ressaltar os esforços realizados pelo hospital na adoção de medidas de segurança, diante da pandemia de COVID-19, ao adotar entradas e instalações separadas para pacientes eletivos e a separação, no pronto socorro, de pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus já na triagem.
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DIÁRIO DE PERNAMBUCO
A saúde no Brasil está doente! (2)
A judicialização foi um ponto tocado por todos os atores entrevistados, inclusive pelo próprio Poder Judiciário, que vê a demanda por suas intervenções crescerem constantemente. Em nossa análise, quando isso acontece é porque as leis talvez não estejam tão bem estabelecidas ou não sejam suficientemente claras, sendo necessária a interferência da Justiça e, por conseguinte, o aumento dos custos já relatados acima, além de prejuízo à previsibilidade das contas das fontes pagadoras. Percebe-se também um movimento de industrialização de ações judiciais com o único fim de aumentar o lucro de poucos, não importando o impacto no sistema nem o engano que porventura impõe aos magistrados que, por sua vez, já o percebem e combatem com cursos de conteúdo específico da área do direito médico e troca de informações com centros médicos de referência.
Nossa impressão é de que há uma lacuna de leis mais específicas e transparentes que possam guiar o Judiciário por temas tão peculiares. Adicionalmente, é desafiador para o Judiciário conseguir uma visão de 360 graus de um sistema tão complexo, com decisões que precisam ser tomadas sobre assuntos específicos e com informações incompletas ou de má qualidade. Como ponto extremamente positivo, constatamos iniciativas pontuais de magistrados que buscam um entendimento mais amplo do setor por meio de especializações na área do Direito Médico e/ou buscando referências e dados diretamente com os atores envolvidos no processo.
Mas, e os clientes, como ficam nisso tudo? O sentimento da maioria é de que pagam muito e recebem pouco! Não existe transparência no gasto de uma ida ao médico, da estrutura que é necessária para o atendimento (mesmo quando não necessário na hora); e eles não têm conhecimento técnico para “auditar” as condutas que lhe foram aplicadas. Entretanto, a ampla divulgação de reportagens e conteúdos de saúde trouxe mais conhecimento para a população. Afinal, quem, durante a pandemia, não ficou expert em vacinação (chegando a querer escolher as fabricantes), infectologia (discutindo sobre as variantes do vírus), e até mesmo utilizando no dia a dia termos técnicos de achados de radiologia (como, por exemplo, o vidro fosco na tomografia)?
Vistos esses pontos, devemos fazer uma pergunta simples com alguns desdobramentos: Que sistema de saúde queremos ter? Para uns poucos ou para a maioria possível? Vamos continuar a focar na doença ou promover a saúde? Nossas armas para resolver essas questões são: promoção à saúde dentro das escolas, políticas públicas voltadas ao tema, tecnologia, gestão eficaz, governança corporativa, leis mais claras criadas pensando no coletivo e alinhamento entre todos os atores. Temos convicção de que a sociedade civil tem um papel primordial nessa discussão pois, no final das contas, é quem paga e recebe o serviço! E aproveitando esse ponto, alguém tem ideia de quanto a PEC da enfermagem irá impactar o setor, sem uma fonte de receita apontada? Confessamos que estamos muito preocupados com o futuro!
O debate inclui ainda temas sensíveis como “até quando devemos investir para salvar uma vida? Prolongar por mais alguns dias ou horas faz sentido? Será que não estamos gerando mais sofrimento para o paciente e reduzindo a chance de ajudar mais pessoas, sendo mais eficazes?”. Estudos mostram que o maior gasto “em saúde”, durante nossas vidas, se dá nos nossos últimos dias de vida numa UTI… Enfim, o segredo para destravar a saúde julgamos ser impactar mais pessoas com menos custos.
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O GLOBO
O fim do IMC?: Sociedades médicas propõem mudar a classificação da obesidade; entenda
Duas das mais importantes instituições médicas na área no país, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), lançaram em conjunto uma proposta de nova classificação para a obesidade. A sugestão é focar mais na saúde do que na estética. Dessa forma, propõem focar menos no método tradicional com números para definir a condição, ou seja, a fórmula que usa o peso e a altura para predizer se a pessoa está ou não acima do peso, o famoso IMC (Índice de Massa Corpórea). No lugar, a quantidade de peso que a pessoa perdeu, considerando o peso máximo que atingiu na vida. Assim, uma redução de 5% a 10% seria classificada como “obesidade reduzida”, enquanto a eliminação de 10% a 15% receberia o nome de “obesidade controlada”.
Parece pouco, mas não é. Os especialistas afirmam que reduções de apenas 5% de peso já proporcionam uma mudança significativa de indicadores de saúde. Uma pessoa com peso inicial de 100 kg e que chega a 95 kg, já começa a experimentar melhora em marcadores metabólicos, como a aumento do colesterol HDL (o “bom”), menor risco de depressão, diminuição das dores nas articulações e melhora da fertilidade.
Mesmo perda de peso reduzida já traz benefícios para a saúde – Foto: Editoria de Arte
A perda de peso de 7% tem sido associada a um menor risco de diabetes tipo 2. Dados de um estudo do Programa de Prevenção do Diabetes (DPP) dos Estados Unidos mostram que cada quilo perdido estava associado a uma redução de quase 16% no risco da doença.
Perdas de peso acima de 10% têm efeitos importantes na diminuição da gordura do fígado e no risco de doenças cardiovasculares. Uma perda de peso de 11% foi associada a uma queda de quase 23% no tecido adiposo intra-abdominal, apontando que perda de peso tem um efeito positivo no acúmulo de gordura ectópica, que está associada a aterosclerose. O estudo DIRECT, feito por universidades do Reino Unido, apontou que uma perda de peso de 10% a 15% provocou a remissão do diabetes tipo 2 em 57% e 86%, respectivamente.
Na questão estética, por sua vez, a redução de 5% a 15% talvez não tenha um efeito visual tão impactante, mas especialistas afirmam que esse emagrecimento já gera reduções de medidas, principalmente na circunferência abdominal.
O IMC
Atualmente, a obesidade é classificada no mundo inteiro com base no IMC. Esse índice é calculado dividindo o peso corporal pelo quadrado da altura (peso / altura x altura). A partir desse resultado, classifica-se o paciente. Pessoas com IMC de 18,5 a menos que 25 são consideradas “saudáveis”; já aqueles com o índice entre 25 e 30 são classificados com “sobrepeso”; de 30 a 35 é obesidade grau I; de 35 a 40, obesidade grau II (severa) e acima de 40, obesidade grau III (mórbida).
A nova classificação seria indicada para pacientes com obesidade até o grau I no IMC. Para aqueles com classificação severa ou mórbida, a indicação é a cirurgia bariátrica.
– O cálculo de IMC não leva em consideração a idade, o biotipo e a genética familiar. Às vezes, a pessoa vem de uma família toda magrinha, e aí, é mais fácil manter o IMC, independente dos hábitos de vida e da rotina. Uma pessoa que vem de uma família de estrutura grande, mais encorpada, muitas vezes não consegue chegar ao IMC ideal mesmo que faça dieta e atividade física – comenta Claudia Cozer Kalil, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês e membro do departamento de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Abeso.
Por exemplo, uma pessoa de 100 kg e 1,70m de altura tem o IMC de 34,6, ou seja, dentro do parâmetro classificado como obesidade grau I. Para estar no peso considerado saudável, essa pessoa precisaria perder cerca de 30kg. Uma eliminação de tantos quilos pode ser um fator desmotivante para o paciente. A nova classificação tem a proposta de perda de peso gradual, focando mais na melhoria da saúde e na manutenção do peso perdido, do que na redução drástica na balança. A ideia é evitar, principalmente, o efeito sanfona – de “recuperar” o peso perdido.
– Um paciente de 100 kg pode emagrecer e chegar aos 90 kg e não conseguir reduzir mais do que isso. Olhando da perspectiva do IMC, ele está muito longe da meta. Isso pode fazer com que ele se sinta frustrado e desista do tratamento. No entanto, essa redução já teria trazido muitos benefícios para a saúde dele – afirma Marcio Mancini, um dos autores do estudo que propôs a nova classificação e endocrinologista da SBEM-SP.
Segundo Mancini, a ideia é tratar a obesidade como uma doença controlável, assim como outras já bem conhecidas pela população. E, pela nova proposta, a pessoa se sente mais estimulada a seguir com os cuidados para emagrecer.
Sem dietas radicais
A proposta de classificação sugerida pela Abeso e SBEM tem como pretensão oferecer uma ferramenta complementar para avaliação e tratamento clínico dos pacientes. Classificar pessoas com obesidade pela porcentagem de peso perdido valoriza um emagrecimento sustentável (aquele se consegue manter), afirmam os especialistas.
Olhar o tratamento da obesidade sob a ótica da nova proposta de classificação ajudaria os pacientes a não buscarem, por exemplo, por dietas extremas – que às vezes proporcionam, sim, uma redução drástica de peso, mas que não se perpetua, já que é difícil mantê-las pelo resto da vida.
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Assessoria de Comunicação