Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18/09/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

34 das 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil são Unimed

Empresa CDI Premium denuncia que vem sendo alvo de golpe

CDI Premium diz ser vítima de golpe

2024: Cremego homenageia médicos que completaram 70 anos de idade ou 50 de formados  

Clínica é condenada a indenizar técnica de enfermagem que foi demitida enquanto tratava câncer

Avanços e gargalos da radioterapia para o câncer de colo do útero

Golpista aterroriza pacientes com falso diagnóstico para pedir Pix

Utilização de soluções de suporte à decisão clínica cresce 14% em comparação a 2023

PORTAL G7

34 das 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil são Unimed


Com presença em 9 de cada 10 municípios do país, cooperativas da marca são destaque no Valor 1000, principal ranking de negócios do país

Divulgado nesta terça-feira (17), o anuário Valor 1000 traz o ranking dos maiores planos de saúde que atuam no mercado. Dentre as 50 operadoras classificadas estão 33 cooperativas médicas e uma empresa do Sistema Unimed. O resultado reflete a liderança da Unimed no setor de saúde suplementar, com 20,5 milhões de beneficiários de planos de saúde e odontológicos, e a força do modelo cooperativista, que possibilitou que, ao longo de seus 56 anos, a marca expandisse sua atuação a todas as regiões do país, com presença em 92% dos municípios brasileiros. A Unimed do Brasil – confederação que representa institucionalmente as 340 cooperativas médicas e empresas do Sistema Unimed – tem acompanhado o crescimento da participação das cooperativas no ranking ao longo dos anos.

O presidente da entidade, Omar Abujamra Junior, analisa que o desempenho de destaque também é fruto da segurança assistencial e da qualidade dos serviços prestados, que fazem com que a marca conquiste a confiança de um número crescente de consumidores, tendo obtido aumento na carteira de clientes no último ano.

“A Unimed gera valor para a sociedade, contribuindo para movimentar a economia no segmento de saúde e para a criação de emprego e renda, com o desenvolvimento de estruturas para atender às necessidades da população, como hospitais e centros de diagnósticos, e de tecnologias para aprimorar a prestação de serviços. Nossas cooperativas também transformam vidas, pois participam do dia a dia das comunidades em que estamos presentes, por meio do investimento em programas de promoção à saúde e prevenção e em projetos socioambientais”, destaca o presidente da Unimed do Brasil. Operadoras Unimed no ranking dos 50 maiores planos de saúde Unimed Nacional Unimed-BH Seguros Unimed Unimed Porto Alegre Unimed Curitiba Unimed Campinas Unimed Fortaleza Unimed Goiânia Unimed Vitória Unimed Belém Unimed Fesp Unimed Cuiabá Unimed Grande Florianópolis Unimed Recife Unimed Natal Unimed Nordeste RS Unimed São José do Rio Preto Unimed Sorocaba Unimed João Pessoa Unimed Londrina Unimed Leste Fluminense Unimed Maceió Unimed Santos Unimed Campo Grande Unimed Regional Maringá Unimed Ribeirão Preto Unimed Uberlândia Unimed de Blumenau Unimed Santa Catarina Unimed Teresina Unimed São José dos Campos Unimed Piracicaba Unimed Paraná Unimed Sergipe Anuário O Valor 1000 também divulgou o ranking com as maiores empresas que atuam nos segmentos de vida e previdência, no qual a Seguros Unimed ocupa a 21ª posição.

Em sua 24ª edição, o Valor 1000 se consolidou como um dos anuários de negócios mais respeitados e de credibilidade do país, com a organização de rankings e a premiação de empresas de diversos segmentos econômicos. A iniciativa é realizada por meio de parceria do jornal Valor Econômico com a Serasa Experian e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Sobre a Unimed Em mais de 56 anos de atuação, a Unimed se destaca na liderança do setor de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje compõe um sistema de 340 cooperativas médicas e empresas, que estão presentes em nove de cada dez cidades brasileiras e atendem a 20,5 milhões de pessoas em planos de saúde e odontológicos. A Unimed reúne 118 mil médicos cooperados, gera 147 mil empregos diretos e dispõe da maior rede assistencial do país, com 30 mil estabelecimentos parceiros, além da rede própria, formada por 163 hospitais e hospitais-dia, 86 unidades de urgência e emergência, 509 clínicas, 42 centros de diagnósticos, 68 laboratórios e 96 serviços de terapias especiais, entre outros.

Toda essa operação injetou no sistema saúde brasileiro mais de R$ 87 bilhões em 2023, com a realização de 631 milhões de eventos assistenciais (consultas, exames, internações e outros procedimentos) no ano. As cooperativas Unimed também são destaque no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), avaliação oficial da ANS para o setor. Das 25 operadoras médico-hospitalares que obtiveram nota máxima no IDSS 2023 (ano-base 2022), 20 são Unimed. Além disso, 234 Unimeds foram classificadas nas duas melhores faixas de pontuação, incluindo a operadora de planos odontológicos Unimed Odonto e a operação de saúde da Seguros Unimed. 

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FOLHA DO PLANALTO

Empresa CDI Premium denuncia que vem sendo alvo de golpe

Fundada há 24 anos pelos médicos cardiologistas Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado, a clínica CDI Premium vem sendo vítima de um golpe.

Com notícias falsas, fraudadores estão abordando médicos, clientes e parceiros da empresa, que recentemente concentrou todos os seus atendimentos em um grande prédio localizado na Av. Portugal, 496, esquina com a Rua 22, no Setor Oeste.

Em uma das abordagens, os golpistas recolherem materiais de divulgação do CDI Premium, que estavam com as pessoas abordadas, e alegaram que a clínica estaria funcionando em outro endereço e com novo telefone de atendimento aos clientes.

O CDI Premium já está adotando as medidas legais para coibir esse crime e vem alertando os seus clientes e parceiros por meio de mensagens e das redes sociais.

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DIÁRIO DA MANHÃ

CDI Premium diz ser vítima de golpe

Empresa CDI Premium denuncia que vem sendo alvo de golpe

Fundada há 24 anos pelos médicos cardiologistas Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado, a clínica CDI Premium vem sendo vítima de um golpe.

Com notícias falsas, fraudadores estão abordando médicos, clientes e parceiros da empresa, que recentemente concentrou todos os seus atendimentos em um grande prédio localizado na Av. Portugal, 496, esquina com a Rua 22, no Setor Oeste.

Em uma das abordagens, os golpistas recolherem materiais de divulgação do CDI Premium, que estavam com as pessoas abordadas, e alegaram que a clínica estaria funcionando em outro endereço e com novo telefone de atendimento aos clientes.

O CDI Premium já está adotando as medidas legais para coibir esse crime e vem alertando os seus clientes e parceiros por meio de mensagens e das redes sociais.

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CONGRESSO NEWS

2024: Cremego homenageia médicos que completaram 70 anos de idade ou 50 de formados  

Os médicos que completaram 70 anos de idade ou 50 de formados em 2024 foram homenageados pelo Cremego, em uma cerimônia na noite da última segunda-feira (16).

Para a presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, a homengem é uma celebração da jornada, dedicação e legado construídos em décadas de medicina e de cuidados com os pacientes.

“Vocês ingressaram em uma era em que a tecnologia como conhecemos hoje era um sonho distante, sem a telemedicina, inteligência artificial e ferramentas de diagnóstico. Vocês enfrentaram desafios monumentais apenas com conhecimento e habilidades humanas. Mostraram resiliência e um compromisso inabalável com a ética, a medicina, a vida e os pacientes. Foram verdadeiros faróis de esperança para cada paciente”, descreveu.

Também prestigiaram a cerimônia o conselheiro e diretor da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Valdenir Ribeiro; o conselheiro e diretor de Relacionamento e Inovação do Sicoob Unicentro BR, José Umberto Vaz de Siqueira; o 2° vice-presidente do Cremego, Vagner Ruiz Gil; o 2° secretário do Conselho, Robson Paixão de Azevedo; e o diretor de Fiscalização, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro.

A homenagem foi acompanhada ainda pelos conselheiros Carlos Eduardo Cabral Fraga, Elias Fouad Rabahi, Humberto Ramos Carneiro, Larissa Roriz de Castro, Loiane Moraes Ribeiro Victoy, Ricardo Borges da Silva, Rocicleia De Vlieger, Tarik Kassem Saidah, Valéria Granieri Oliveira Araújo, Thiago Maxwell Araújo Santos e Wilder Alves, além de parentes e amigos dos homenageados.

A presidente do Cremego ressaltou que os homenageados são uma inspiração para todos e para as futuras gerações.  “Vocês não foram apenas testemunhas das mudanças e avanços, mas, sim, participantes ativos na construção do nosso sistema de saúde. A experiência de cada um de vocês transcende o tempo, é um patrimônio inestimável, e seu exemplo é uma fonte de inspiração para todos nós”, disse.

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PORTAL G1

Clínica é condenada a indenizar técnica de enfermagem que foi demitida enquanto tratava câncer

Mulher trabalhava na clínica há quase 22 anos e foi demitida sem justa causa. Empresa alega que não sabia do câncer.

Uma clínica psiquiátrica de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, foi condenada a pagar R$ 17,5 mil a uma técnica de enfermagem que foi demitida após receber o diagnóstico de câncer de mama. Além do pagamento de multa por danos morais, a Justiça determinou que a mulher fosse recontratada pela empresa e que tivesse o plano de saúde reativado.

A sentença foi publicada no dia 27 de agosto. Em 9 de setembro, a enfermeira e a empresa firmaram um acordo, que estabeleceu o pagamento da indenização em duas parcelas.

De acordo com informações da sentença, a técnica trabalhou na clínica por quase 22 anos. Em 28 de agosto de 2023, a mulher disse que recebeu o diagnóstico de câncer de mama e que informou seu superior em seguida. No dia 14 de setembro do ano passado, ela foi demitida sem justa causa, disse a sentença.

A empresa alegou que não tinha conhecimento da doença. O g1 entrou em contato com a defesa da clínica na manhã de terça-feira (17) por e-mail e telefone, mas não recebeu o posicionamento até a última atualização desta reportagem.

A clínica foi processada por demissão discriminatória, que significa fazer o desligamento de um funcionário por sua origem, raça, cor ou por necessidade de reabilitação profissional, entre outros motivos.

De acordo com Danyelle Zago, advogada da funcionária, ela foi reintegrada ao trabalho no início do processo, mas está afastada por motivos médicos.

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MEDICINA S/A

Avanços e gargalos da radioterapia para o câncer de colo do útero


A falta de acesso da maioria da população às tecnologias de saúde no Brasil atinge uma ampla camada de mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero. Até 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ao menos 17 mil mulheres, receberão o diagnóstico de câncer de colo uterino maligno no país, sendo a doença considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), em alusão à campanha Setembro em Flor organizada pelo Grupo EVA (Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos) – cujo intuito é conscientizar sobre os tumores ginecológicos – chama a atenção para a importância do acesso à radioterapia externa e as dificuldades existentes no sistema de saúde no Brasil.

A radioterapia externa, também conhecida como teleterapia, é um tratamento que consiste na emissão de radiação ionizante em um tumor, feita a partir de um aparelho que fica a uma certa distância do paciente. O feixe de radiação é geralmente de raios X de alta energia, gerados por um acelerador linear de partículas. “É um tratamento extremamente sofisticado e que tem por objetivo irradiar a região do câncer e regiões de interesse e proteger os tecidos sadios vizinhos, minimizando as toxicidades ou efeitos colaterais”, explica o médico radio-oncologista da SBRT, Renato José Affonso Júnior, coordenador do Departamento de Radioterapia do Hospital de Base de São José do Rio Preto e membro da diretoria do Grupo EVA. De acordo com o especialista, a radioterapia externa consiste na realização de sessões diárias de entrega de radiação com o intuito de promover a regressão, destruição tumoral ou redução no risco de recidiva da doença (nas pacientes operadas).

Ao final desta fase de tratamento, conforme o médico, pode ser realizada a braquiterapia, (radioterapia em íntimo contato com o tumor) no caso de pacientes com câncer de colo do útero. “A radioterapia externa aumenta a taxa de sobrevida e de cura nas pacientes com tumores localmente avançados no colo do útero, quando associada à quimioterapia, no entanto é conveniente salientar que quanto mais precocemente for detectado o câncer, maiores serão as chances de cura, por isso a necessidade das campanhas de vacinação contra o HPV para jovens do sexo masculino e feminino e de exames anuais de Papanicolau”, enfatiza o especialista.

Conforme o especialista da SBRT, a braquiterapia é uma modalidade de radioterapia que pode ser empregada após a radioterapia externa (câncer de colo uterino, vagina e vulva não operada), ou exclusivamente nos casos de pacientes operadas e que tenham indicação para que se reduza o risco de recidiva local. Renato Affonso explica que a braquiterapia tem a proposta de entregar uma dose elevada de radiação, com segurança, no colo uterino ou no fundo vaginal, minimizando a dose nos tecidos sadios vizinhos, podendo promovendo um maior controle local, aumentando as taxas de sobrevida global e de cura. “Na braquiterapia, são colocados dispositivos intravaginais e o tratamento é realizado em caráter ambulatorial, com a frequência de duas a quatro sessões, duas vezes por semana”, complementa.

Nessa modalidade de tratamento, a dose programada de radiação chega às células cancerosas por meio de uma fonte radioativa que penetra nos aplicadores, de modo que os cateteres são inseridos com a ajuda de analgesia e quando necessário, sob sedação e preferencialmente guiados por ultrassom. Tais dispositivos são retirados após cada sessão. “O tratamento para cada paciente é definido pelo médico, a depender do estágio de evolução da doença, características pessoais de cada mulher (anatomia). Cânceres como o do colo uterino e de endométrio têm altas chances de cura se diagnosticados precocemente”, enfatiza o radio-oncologista.

Affonso reforça que, no caso de radioterapia externa (teleterapia), preferencialmente, usa-se a técnica de radioterapia por Intensidade Modulada de Feixe (IMRT) ou Arcos Volumétricos Modulados (VMAT), pelas quais é reduzida a toxicidade do tratamento, com menos efeitos colaterais no tecido sadio. Ainda de acordo com o radio-oncologista, há também a opção da radioterapia guiada por imagem (IGRT), pela qual é possível avaliar, durante o tratamento, a regressão tumoral, facilitando assim a realização da radioterapia adaptativa (replanejamento) em meio ao curso do tratamento.

O radio-oncologista reforça que, enquanto a radioterapia externa é realizada com o paciente deitado em um equipamento conhecido como acelerador linear – que dispara feixes de radiação sobre determinada região, a braquiterapia emite radiação por uma fonte inserida na região tumoral ou no leito operatório (fundo vaginal). “A braquiterapia tem indicações clínicas para outros tipos de câncer ginecológico além do colo de útero, como o corpo do útero (endométrio), vulva, vagina”, detalha.

De maneira geral, a primeira abordagem do câncer de colo de útero, quando a manifestação da doença for inicial, pode ser cirúrgica (conização, traquelectomia ou histerectomia com ou sem linfadenectomia- casos selecionados). Já para as pacientes com tumores não operáveis ou localmente avançados, costuma-se adotar protocolos que unem a quimioterapia (com uma ou mais substâncias) à radioterapia associada com o intuito de potencializar o efeito da radiação sobre o tecido neoplásico. Além disso, a imunoterapia começa a ser também administrada em tumores ginecológicos, como o câncer cervical em fase mais avançada.

RT 2030

O médico rememorou o levantamento do documento RT2030, realizado pela SBRT, cujas conclusões apontaram que 97% dos procedimentos de braquiterapia no Brasil, no ano de 2019, foram ginecológicos, com o maior impacto sendo sentido na falta de acessibilidade ao tratamento exatamente do câncer do colo do útero, que é o mais incidente entre os tumores ginecológicos. “Além disso, pode ser evidenciada a deficiência no número de equipamentos de radioterapia criando um alerta que merece ser muito bem enfatizado visto que precisamos de, no mínimo, mais 329 equipamentos (aceleradores lineares) para tratarmos da população”, afirma. De acordo com Affonso Júnior, aliada à estagnação do reajuste da tabela (que não ocorre desde 2010) e ao alto custo de manutenção desses avançados equipamentos (dolarizado), se as medidas práticas e objetivas, sugeridas pela SBRT (em seu relatório RT 2030) não forem adotadas o sistema entrará em um colapso ainda maior.

Fatores de risco e sintomas

Entre os principais fatores de risco para o aparecimento de tumores ginecológicos, segundo o radio-oncologista, estão a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) em primeiro lugar, múltiplos parceiros sexuais, tabagismo e imunossupressão ( diminuição da resposta imune) devido ao uso de algumas medicações, Os sintomas mais comuns, são o sangramento vaginal intermitente ou após relação sexual, bem como dor à relação sexual. Também se destacam entre os sintomas a secreção vaginal anormal, dores pélvicas que podem piorar após a relação sexual e o desconforto urinário recorrente.

Prevenção

A vacinação contra o HPV, conforme o médico, ainda é a melhor forma de prevenção, considerada a mais eficaz. Convém lembrarmos da utilização de preservativos durante a relação sexual. No SUS, a vacina está disponível para meninas e meninos entre nove e 14 anos, pessoas imunossuprimidas, pessoas com HIV, pessoas com câncer, vítimas de violência sexual dos nove aos 45 anos ou Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e em tratamento com retroviral. O método de rastreamento, explica, se dá pelo exame Papanicolau, que consiste em uma pesquisa de células anormais no exame de citologia de colo uterino capaz de detectar lesões pré-cancerígenas e suspeitas. O exame deve ser feito entre os 25 e 64 anos e após dois exames anuais negativos, deve ser realizado a cada três anos. “As consultas regulares com o ginecologista para exames clínicos, laboratoriais ou de imagens são fundamentais para complementação do diagnóstico dos casos positivos”, explica Affonso.

Câncer de endométrio

Embora não traga os mesmos números alarmantes do câncer de colo uterino, o câncer de endométrio também chama a atenção. Segundo o especialista, a doença é mais comum em mulheres após a menopausa. Conforme dados do INCA, quase 8 mil novos casos devem ser identificados por ano no Brasil no biênio 2024-2025.

O câncer de endométrio ocorre na camada interna do corpo do útero e tem, entre os fatores de risco, a idade, obesidade, predisposição genética como antecedentes familiares e síndrome de Lynch, síndrome de ovários policísticos, terapia de reposição hormonal, não ter engravidado, menarca precoce ou menopausa tardia.

Diferentemente do câncer de colo do útero, que pode ser diagnosticado em um exame preventivo, ainda não há um método de rastreamento para o câncer de endométrio. “Os métodos de prevenção e redução do risco são comuns para diversos tipos de doença e valem para a prevenção desses tipos de câncer, como ter uma dieta equilibrada, pobre em gorduras, prática de atividade física regular, controle de peso e de demais comorbidades. Sempre devemos avaliar de forma ponderada a terapia de reposição hormonal, pesando riscos e benefícios”, recomenda o médico.

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METRÓPOLES ONLINE

Golpista aterroriza pacientes com falso diagnóstico para pedir Pix

O golpista se passava por médico e informava que o paciente teria contraído bactéria e que a família precisaria fazer um Pix de R$ 4,9 mil
Jofre Eduardo Chaves Filho, 76 anos, precisou passar por uma cirurgia de descompressão do nervo ciático em um hospital privado no Distrito Federal. Após o procedimento, a esposa dele, Sandra Lima Pinheiro, recebeu, nessa segunda-feira (16/9) a ligação de um homem dizendo ser “Dr.Marcelo”. O suposto médico informava que o paciente teria contraído uma bactéria no sangue e que a família precisaria fazer um Pix de R$ 4,9 mil para um procedimento de extrema urgência. Tudo não passava de um grande golpe.

O golpista usou táticas para pressionar a família, afirmando que o exame era urgente e que o plano de saúde cobriria, mas ele precisava do pagamento imediato para não atrasar o procedimento. Fingindo ser chefe do laboratório do hospital, o homem ligou e enviou mensagens insistentemente cobrando o Pix. Os parentes acreditam que tiveram informações do prontuário vazadas.

“Eu entrei em pânico a partir do momento que ele falou que meu esposo estava com uma bactéria agressiva no sangue. Eu tinha acabado de acordar, você nem raciocina. Ele [golpista] falou assim: ‘O valor do exame é R$ 4,9 mil e eu preciso desse valor agora para poder realizar esse exame, eu posso marcar para às 18 horas’. Isso foi me botando pressão. [ ] Eu enlouqueci aqui, já liguei para um, para outro”, conta Sandra.

No momento do contato, ela estava na casa de um parente descansando e decidiu mandar mensagem para o médico que estava acompanhando o caso do esposo. O profissional explicou que não tinha conhecimento de nenhuma bactéria e também não indicava qualquer procedimento novo. Além disso, não reconhecia a foto e o nome do suposto “Dr.Marcelo”.

A esposa foi se encontrar com o marido no centro hospitalar para se certificar do quadro de saúde do homem. “O rapaz ligando, ligando, chegou a me mandar o Pix dele. Eu falei que não ia enviar qualquer tipo de pagamento para você, porque o meu esposo está aqui sem entender nada, eu estou sem entender nada ainda direito. Disse para ele: ´Então, já que está no hospital, você sobe no quarto e venha nos explicar essa situação. Só assim eu faço o pagamento´. Ele desapareceu, apagou todas as mensagens que tinha enviado”, relata.

Sandra relatou o ocorrido à administração do hospital e descobriu que este era o quarto caso semelhante. O hospital já estava ciente do golpe. No elevador do centro de saúde, havia um cartaz com a foto do suposto “Dr.Marcelo”, alertando sobre o golpe. Como existe uma grande chance da imagem e dos nomes completos serem falsos e pertencerem a outra pessoa, o Metrópoles preferiu não divulgar essas informações no momento.

“Quando você dá entrada no hospital, recebe todo esse tipo de informação, mas você está focado na cura do seu problema, não vai lembrar que o hospital avisou verbalmente para você fazer nenhum tipo de pagamento, que o hospital não estaria pedindo. Você nunca lembra disso porque ele pega exatamente a pessoa, sabendo todas essas informações, num momento frágil”, afirma a vítima da tentativa de golpe.

A família, que mora em Formosa (GO), informou que tentou realizar um boletim de ocorrência em uma delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). No entanto, indica que o registro somente poderia ser feito na cidade onde vivem. O Metrópoles não conseguiu entrar em contato com o hospital.

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Utilização de soluções de suporte à decisão clínica cresce 14% em comparação a 2023

A crescente complexidade do setor de saúde no Brasil exige que os hospitais estejam cada vez mais preparados para enfrentar os desafios do segmento. Com esse objetivo, a ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados) e a Wolters Kluwer Health, líder global provedora de soluções de suporte à decisão e informações baseadas em evidência, acabam de divulgar a segunda edição de sua pesquisa anual, que analisa o estágio atual de maturidade dessas instituições quanto à qualidade do cuidado e à segurança do paciente.

O estudo, que contou com a participação de 90 hospitais associados à ANAHP, examina como a adoção de soluções de suporte à decisão clínica e a implementação de bases de conhecimento baseadas em evidências estão impactando o setor.

De acordo com a Diretora de Estratégia de Mercado e Comercial de Global Growth Markets da Wolters Kluwer, Natália Cabrini, a pesquisa oferece uma visão detalhada das necessidades e desafios do setor, permitindo ao mercado a possibilidade de orientar melhor as ações futuras. “Compreender o nível de maturidade dos hospitais em relação à qualidade do cuidado e à segurança do paciente é fundamental para identificar áreas que necessitam de desenvolvimento e promover a adoção de práticas ainda mais efetivas”, explica.

A Medicina Baseada em Evidências como pilar da qualidade do cuidado

Os resultados indicam uma tendência sólida da adoção de soluções avançadas nos hospitais privados do Brasil. Atualmente, 92% das instituições utilizam algum tipo de recurso de suporte à decisão clínica, um aumento de 14% em comparação a 2023, refletindo a importância dessas ferramentas na prática clínica. Além disso, a integração dessas soluções ao fluxo de trabalho, presente em 85% dos hospitais, sugere um avanço em direção a uma medicina mais orientada por dados, com decisões apoiadas em evidências científicas.

Para as instituições participantes, as principais utilidades das ferramentas de suporte à decisão clínica, segundo ordem de importância, são aumentar a segurança do paciente, prevenir eventos adversos e reduzir a variabilidade clínica indesejada.

Outro destaque do estudo é a percepção dos participantes sobre a importância das informações baseadas em evidências. Para quase 50% deles, o acesso a bases de conhecimento clínico fundamentadas em evidências é considerado muito relevante para garantir a segurança do paciente, enquanto 47% avaliam essa questão como extremamente relevante.

No que diz respeito ao uso de soluções de suporte à decisão clínica para elevar a qualidade do cuidado, 53% dos participantes as consideram muito relevantes, enquanto 43% as classificam como extremamente relevantes. “Para todos os respondentes, essas ferramentas são vistas como fundamentais para ajudar as instituições a alcançar melhorias operacionais e reduzir os custos relacionados à assistência médica”, afirma Natália.

Desafios na aliança entre custo e qualidade

O estudo aborda ainda os principais desafios que os hospitais enfrentam na busca por equilibrar custos e manter elevados padrões de qualidade. Nesse sentido, a necessidade de contratar e reter profissionais qualificados é uma das principais preocupações apontadas, em um contexto onde a excelência clínica é cada vez mais exigida.

O levantamento também destaca que, embora 85% das instituições relatem uma receptividade alta ou moderada por parte das equipes clínicas em relação à adoção de novas tecnologias, 90% indicam que o maior desafio está no engajamento das equipes para implementar efetivamente essas inovações.

Outro aspecto relevante é a necessidade de otimizar os recursos disponíveis, visto que o desperdício continua sendo uma preocupação para os gestores hospitalares. “Nota-se que a busca por eficiência operacional é identificada como um fator chave para garantir a sustentabilidade financeira das instituições sem comprometer a qualidade do atendimento”, ressalta Natália.

A segurança do paciente permanece como uma prioridade central para os hospitais privados. No entanto, o estudo revela que ainda há um caminho a ser percorrido para garantir que as práticas mais avançadas sejam efetivamente incorporadas às rotinas clínicas. Os desafios mais mencionados incluem a promoção de uma comunicação clara e consistente entre as equipes, a adesão a protocolos clínicos e a prevenção de eventos adversos.

Chegada de novos profissionais ao mercado

Considerando o aumento significativo no número de escolas de medicina e novos profissionais ingressando no mercado, a pesquisa também explorou os desafios relacionados à inserção de médicos recém-formados no segmento de hospitais privados.

Para 86% dos entrevistados, o principal desafio é conciliar as expectativas dos jovens médicos com a realidade da prática clínica. Outras barreiras incluem o nível de qualidade dos profissionais recém-formados (78%), a necessidade de prover treinamento e suporte adequados para a rápida adaptação ao ambiente institucional (76%) e a dificuldade em encontrar especialistas para suprir a demanda (34%).

Diante disso, Natália realiza uma análise detalhada dos desfechos da pesquisa. “Os resultados são um reflexo claro das tendências e desafios enfrentados pelos hospitais privados no Brasil e demonstram como as ferramentas de suporte à decisão clínica e a medicina baseada em evidências estão sendo integradas ao atendimento, indicando áreas em que ainda há espaço para avanços significativos. E isso é essencial para guiar o planejamento estratégico do setor de saúde”, acrescenta.

O papel da telemedicina na evolução do setor de saúde

A telemedicina, que se destacou como uma solução importante durante a pandemia, continua a se consolidar como uma ferramenta estratégica no setor de saúde. Embora a utilização do modelo como opção de atendimento primário via teleconsultas tenha crescido 1% em comparação ao ano passado, chegando a 46%, o emprego da telemedicina para a divulgação de resultados de exames passou de 32% em 2023 para 70% em 2024. Por outro lado, a relevância da adoção dessa tecnologia ainda varia, com 50% das instituições considerando-a apenas moderadamente importante, enquanto 20% consideram extremamente importante e 18% muito importante.

Para Natália, o estudo é um indicativo de que os desafios futuros exigirão um esforço ainda maior para equilibrar custos e manter a excelência. “Adotar uma abordagem estratégica e utilizar as ferramentas certas permitirá que o setor continue a evoluir e a fornecer serviços de alta qualidade, ao mesmo tempo em que otimiza recursos, aumenta a eficiência operacional e eleva a segurança dos pacientes”, finaliza.

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Assessoria de Comunicação