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DESTAQUES
Médico é preso pela PF em operação contra desvio de recursos da saúde
Situação do HUGO
Médico suspeito de importunação sexual já foi denunciado por outra paciente em 2015
A Medicina homenageada em Goiás
As mães do zika
Mais Médicos e SUS opõem Bolsonaro e Haddad
PORTAL G1
Médico é preso pela PF em operação contra desvio de recursos da saúde
Operação é coordenada pela Polícia Federal do Maranhão e cumpre mandados em quatro estados e no Distrito Federal. Homem foi detido em Palmas durante a manhã.
O médico Plinio Medeiros Filho foi detido em Palmas na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal. A prisão foi feita em cumprimento a um mandado de prisão temporária da operação Sermão aos Peixes, da PF do Maranhão. Mandados também estão sendo cumpridos em São Luís (MA), Imperatriz (MA), Parauapebas (PA), Palmas (TO), Brasília (DF) e Goiânia (GO).
O médico Plinio Medeiros está na sede da PF em Palmas prestando depoimento. O G1 entrou em contato com a defesa dele e aguarda um posicionamento.
A operação Sermão aos Peixes corresponde à 6ª fase da Operação Peixe de Tobias. Segundo a PF, as investigações são para apurar um desvio de aproximadamente R$ 2 milhões em recursos da saúde no maranhão entre os anos de 2011 e 2013.
Estão sendo cumpridos nesta quinta-feira (18) oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens da conta dos envolvidos em um valor que supera a cifra de R$ 15 milhões. A investigação contou com a participação do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.
Vazamento de informação
Também está sendo realizada simultaneamente pela Polícia Federal a operação Abscondito II. Neste caso, a Polícia Federal investiga vazamento na primeira fase da operação Sermão aos Peixes.
Os investigadores reuniram provas de que os membros da organização criminosa conseguiram cooptar servidores públicos para a obtenção de informações privilegiadas da investigação. De posse de tais informações, houve a destruição e ocultação de provas.
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TV GOIÂNIA
Situação do HUGO
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=53734346
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TV ANHANGUERA/GOIÁS
Médico suspeito de importunação sexual já foi denunciado por outra paciente em 2015
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/medico-suspeito-de-importunacao-sexual-ja-foi-denunciado-por-outra-paciente-em-2015/7094976/
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DIÁRIO DA MANHÃ
A Medicina homenageada em Goiás
O deputado estadual Helio de Sousa, autor da Resolução n° 1.627, que criou a Comenda Nabyh Salum, faz a entrega na próxima segunda-feira, às 20h, no Plenário Getulino Artiaga, da Assembleia Legislativa. A referida comenda homenageia médicos que se destacaram na promoção, proteção e defesa da Medicina em Goiás. Serão homenageados: Amaury Oliveira Tavares (Simego); Salomão Rodrigues Filho (Associação dos Hospitais); Henrique Maurício Fanstone (da AHPACEG); Hélio Moreira (Academia Goiana) e Carlos Alberto Ximenes (Associação Médica de Goiás).
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As mães do zika
Genitoras de bebês afetados por zika ainda lutam contra dificuldades financeiras e desamparo
Quase três anos depois que um surto de Zika no Brasil provocou milhares de casos de microcefalia e outras deficiências congênitas em recém-nascidos, a Reuters reencontrou mães e filhos afetados pelo vírus.
Desde então, o primeiro vírus transmitido por mosquito de que se tem conhecimento que afeta fetos em desenvolvimento, desapareceu das manchetes, mas autoridades de saúde global temem que o vírus possa atingir novas populações.
Em Angola, dezenas de casos de bebês nascidos com microcefalia desde 2017 parecem estar ligados ao mesmo tipo de Zika que atingiu a América Latina.
No Nordeste, conversamos com cerca de 30 mães que contraíram o vírus da Zika durante a gravidez. A maioria foi abandonada pelos maridos e hoje precisa cuidar das crianças sozinha.
Muitas se adaptaram em grande parte ao choque inicial de descobrir a deficiência dos filhos, trocando sonhos de suas próprias carreiras pela realidade de cuidar 24 horas por dia de uma criança que pode nunca andar ou falar.
Muitas lutam para sobreviver com um auxílio mensal de apenas 954 reais, que deve cobrir gastos com moradia, alimentação, medicamentos e transporte para as frequentes consultas médicas.
Algumas encontram apoio entre mães cujos filhos passam as mesmas dificuldades. Outras expressaram gratidão por familiares ou amigos que ajudam na luta diária. Muitas confessaram passar por momentos de desespero e depressão, e algumas chegaram a considerar suicídio. Mas, todas compartilham um forte amor por seus filhos e a esperança de uma vida melhor.
Quatro delas nos revelaram um pouco de sua rotina em casas simples nas redondezas de Recife e Olinda.
APOIO MORAL
Gabriela Alves de Azevedo, de 22 anos, vive nas redondezas de Olinda com sua filha, Ana Sophia, agora com 3 anos de idade.
Ana Sophia tem microcefalia, uma rara deficiência congênita marcada pelo tamanho reduzido da cabeça devido a uma má-formação do cérebro durante a gestação. Antes da Zika, deficiências congênitas do tipo nunca haviam sido ligadas a doenças transmitidas por mosquito. Além dos problemas de desenvolvimento, Ana Sophia tem dificuldades para ver, ouvir e engolir.
Gabriela planejava terminar o ensino médio e estudar fisioterapia. Agora, passa os dias cuidando da filha. Seu marido a deixou pouco depois do nascimento de Ana Sophia. Ele não conseguiu aceitar a condição da criança, disse Gabriela, e não paga a pensão alimentícia.
"Graças a Deus minha família me consolou, porque eu já estava entrando em depressão", disse. "Se não fosse minha família eu já estaria louca."
Hoje, alguns parentes ajudam com apoio moral, e a avó paterna de Ana Sophia ajuda com seu cuidado diário.
Gabriela faz exercícios de fisioterapia com a filha em casa e acredita que a saúde dela melhorou.
"Hoje em dia eu a trato como uma criança normal. Eu vejo que ela tem a deficiência dela… mas finjo que ela não tem nada na verdade", disse.
"NUNCA DESISTAM"
Gleyse Kelly da Silva, de 28 anos, conta com a ajuda de seu marido e mãe para cuidar de Maria Giovanna, a "Gigi", de 3 anos. Mas, o peso ainda é grande, e ela foi obrigada a deixar seu emprego para se dedicar à filha.
Depois que Gigi nasceu, houve muitas consultas com equipes médicas para tentar entender as implicações da Zika. Hoje, essas consultas são menos frequentes, mas os desafios médicos de Gigi ainda são significativos.
"Ela não senta sozinha, não rola, não faz nada só", disse Gleyse.
Gigi precisa de um ortopedista, mas não há médicos suficientes e ela está há muito tempo em listas de espera.
Gleyse sofre levando a cadeira de rodas de sua filha no transporte público. Poucos ônibus têm elevadores que funcionam, e mesmo assim alguns motoristas já se recusaram a ajudá-la.
"As pessoas não respeitam os direitos da minha filha", disse. Outras mães já compartilharam com Gleyse histórias semelhantes, incluindo quando um passageiro se recusou entrar no ônibus com "aquele demônio", em referência a um bebê com microcefalia.
Dificuldades como essa fizeram com que Gleyse criasse a União de Mães de Anjos (UMA), que fornece ajuda e apoio logístico a mães de crianças com microcefalia. O grupo agora ajuda mais de 250 famílias em Pernambuco.
Gleyse disse que algumas mães abandonaram seus filhos devido às muitas dificuldades, enviando-os para morar com avós ou outros parentes. Ela está determinada a criar um espaço no mundo para crianças como Gigi. Seu conselho para outras mães é: "Não desistam dos seus filhos nunca."
MILAGRE
Alguns anos atrás, Jackeline Vieira de Souza, de 28 anos, lutou para superar uma rara complicação de uma gravidez anterior e sobreviveu a um câncer.
"O meu sonho era ser mãe de novo", disse.
Em 2015, seu sonho virou realidade. Mas, durante a gravidez, Jackeline descobriu que o filho, Daniel Vieira de Oliveira, tinha microcefalia.
"Quando eu vi rosto, o jeitinho dele, eu me apaixonei de cara. Eu sabia que esse menino iria ser algo muito bom na minha vida. Eu sabia que as dificuldades iriam vir, mas também a alegria."
O pai de Daniel se separou de Jackeline pouco depois de descobrir que o filho tinha microcefalia. Ele paga uma pequena pensão alimentícia todos os meses, que é somada ao auxílio mensal que Jackeline ganha do governo.
A viagem de ônibus entre a casa de Jackeline, em Olinda, e onde Daniel faz tratamentos, em Recife, demora horas. Ultimamente, essas viagens têm sido menos frequentes, e Jackeline acredita que a saúde de Daniel é mais estável.
Ela sabe que seu filho nunca irá andar, comer sozinho ou ter uma vida normal. Mesmo assim, Jackeline é grata por seu "milagre", que diz a fazer se sentir "feliz e mais realizada".
ESPERANÇA E DESESPERO
Rosana Vieira Alves, de 28 anos, tem três filhas, mas quase toda sua atenção é dedicada à mais nova, Luana Vieira da Silva, de 3 anos.
"A relação entre elas é de ciúmes uma com a outra. Eu gosto de todas, é que Luana precisa de mais cuidados… Com o tempo elas vão entender isso", disse.
Rosana não tem nenhuma ajuda da família e sofre para pagar gastos com moradia e os remédios de Luana. Ela afirma ter sido uma vitória conseguir uma cadeira de rodas para a filha, e se preocupa com as quatro cirurgias que Luana precisa para corrigir problemas com seus olhos, estômago e a posição de seu quadril e pés.
As exigências já levaram Rosana a momentos difíceis, e ela confessa ter considerado cometer suicídio. Mas ela ainda sonha com um futuro melhor e espera estudar contabilidade ou engenharia civil.
"Tenho certeza que um dia ainda vou chegar lá", disse.
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O POPULAR
Mais Médicos e SUS opõem Bolsonaro e Haddad
Candidato do PSL afirma que o SUS não precisa de mais recursos; petista quer mais financiamento público
As diferenças entre os candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ficam explícitas em Saúde. Em seu programa de governo, Bolsonaro afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) não precisa de mais recursos, propõe mudanças no Mais Médicos e sugere a retomada de um modelo de contratação usado no período do Inamps. Haddad, por sua vez, defende mais financiamento público para o SUS, reforço do Mais Médicos e criação da Rede de Especialidades Multiprofissional.
Socorrido por um hospital credenciado ao SUS depois de ser ferido com uma faca em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro em seu programa critica a qualidade do sistema. Afirma que a área deveria ser muito melhor, considerando o valor que o Brasil já gasta – equivalente, segundo ele, ao de países mais ricos. Ao mesmo tempo em que descarta mais investimentos, o capitão reformado prevê um sistema de contratação de médicos que, na avaliação de especialistas, provocaria uma profunda desordem no sistema.
A ideia é de que médicos interessados possam atender o SUS. "Isso é inviável. Já foi usado no passado e se mostrou ineficaz e caro", afirma o presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Waldir Cardoso. Professor da Universidade de São Paulo, Mário Scheffer faz o mesmo diagnóstico. "Seria um retrocesso. A retomada de um modelo propício para fraude, onde não há planejamento e, sobretudo, com gastos incontroláveis." Professor da Unicamp, Gastão Wagner considera "impossível de ser colocado em prática".
Haddad propõe que gastos públicos cheguem a 6% do Produto Interno Bruto e, para isso, sugere novas regras fiscais e a retomada do Fundo Social do Pré-Sal para o financiamento público da saúde. Scheffer afirma que a disposição em ampliar os investimentos para o setor é bem-vinda. "Mas o programa não deixa claro como isso será realizado."
Consultor de saúde, Eugenio Vilaça se mostra descrente. "Há 20 anos se fala em aumento de recursos para a Saúde, mas o discurso não se concretiza", completa. Para ele, as promessas na área geralmente desconsideram problemas complexos. "Não se pode anunciar soluções simplistas."
Carreira
Bolsonaro encampou pontos que são defendidos com entusiasmo pela classe médica. Entre eles, a criação de uma carreira de Estado para a profissão. O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes Ferreira, afirma que a estratégia seria útil para garantir assistência de qualidade em todo o País. Profissionais seriam pagos pelo governo federal e teriam uma progressão na carreira, com mudanças periódicas nos locais de trabalho. A ideia não é nova. Embora defendida por profissionais em contraponto ao Mais Médicos, nunca prosperou.
A resistência se explica. Com a carreira médica, o financiamento de profissionais ficaria totalmente sob responsabilidade do governo federal, o que aumentaria gastos. Hoje, há profissionais pagos tanto pela esfera federal quanto por Estados e por municípios. "As propostas são contraditórias. Ao mesmo tempo em que ele afirma não ser necessário um aporte de recursos, o programa prevê medidas que vão aumentar de forma expressiva os gastos", observa Scheffer.
Além da carreira, o capitão reformado acena com a desidratação do Mais Médicos. A proposta é que somente participem do programa profissionais que validaram seu diploma no País. Além disso, o pagamento seria feito diretamente pelo governo federal, dispensando o convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). "Esse programa (Mais Médicos) é uma aberração. Foram investidos recursos em treinamento de pessoas que não vão ficar no País", diz Lopes Ferreira. O programa, no entanto, tem o apoio da população e de prefeitos. "Certamente a mudança provocaria uma reação nos municípios", observa Scheffer.
Para o presidente da FMB, os planos apresentados por Bolsonaro para o Mais Médicos indicam a pouca intimidade do candidato com o assunto. Sobretudo quando ele acena para a possibilidade de se chamar familiares dos profissionais para morar no Brasil. "Não haveria condição de fazer o pagamento diretamente para profissionais. Há um acordo com outro país e com a Opas", constata. "Além disso, a vinda de familiares somente seria possível com a anuência do governo cubano."
A AMB não declarou apoio. Mas o presidente da entidade não esconde sua preferência por Bolsonaro. Mesmo assim, Lopes Ferreira admite que a proposta do candidato do PSL sobre o credenciamento de médicos, a exemplo do que ocorria no extinto Inamps, não se sustenta. "Faz parte de uma iniciativa bem intencionada, mas carece de fundamento."
O candidato do PSL também sugere mudanças na assistência suplementar. Médicos que atendem planos de saúde não precisariam ser credenciados. Todos os interessados poderiam atuar. A medida já foi defendida por entidades de classe, mas depois acabou abandonada. "Não consigo vislumbrar vantagens nesse mecanismo", diz Cardoso.
Especialidades
Além do reforço do financiamento, o programa de Haddad segue princípios apresentados por integrantes do seu partido. A ideia da Rede de Especialidades, por exemplo, já havia sido apresentada por Arthur Chioro, professor da Universidade Federal de São Paulo e ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff. A proposta é uma espécie de desdobramento do Mais Médicos, programa criado para fazer frente à carência na atenção básica. Na Rede de Especialidades, a ideia é prover especialistas, sobretudo para áreas carentes.
"O problema é que as falhas na atenção básica ainda são evidentes. Se a atenção fosse adequada, mais de 70% dos problemas poderiam ser resolvidos ali. É preciso prioridade", avalia Vilaça.
Prontuário eletrônico
O único ponto em comum na plataforma dos dois candidatos é a adoção do prontuário eletrônico, um sistema que permita reunir o histórico do paciente, resultados de exames, as consultas que fez, medicamentos que tomou. "Essa é uma promessa que vem sendo renovada por candidatos, ministros. O problema é que o SUS tem três esferas, há também secretários estaduais e municipais. E é preciso um entendimento comum", diz o professor Mário Scheffer, da Universidade de São Paulo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação