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DESTAQUES DE HOJE
• Unimed do Brasil aposta em vídeo e aumenta integração nacional
• AMB repudia condenação do Cade
• Artigo – 26 anos de SUS
• Cartas dos leitores – Ipasgo
• Coluna Arthur Rezende – Dos médicos
• HPV – Menina internada após tomar vacina deixa UTI em São Paulo
• Artigo – Mais valor ao médico
• Entrevista | Halim Girade – “Nossos hospitais estão muito bem. O desafio foi superado”, diz titular da Secretaria estadual de Saúde
SAÚDE WEB 365
Unimed do Brasil aposta em vídeo e aumenta integração nacional
Projeto desenvolvido com a Polycom levou videoconferência para 188 localidades, gerando economia de R$ 18 milhões. Meta da empresa é integrar todas as cooperativas federadas no País
Algumas organizações possuem missões particularmente complexas de serem cumpridas. No caso da Unimed do Brasil, Confederação Nacional das Cooperativas Médicas, o desafio é integrar um sistema cujo número de filiadas ultrapassa os 350, com unidades espalhadas em mais de 4,6 mil municípios, ou 83% do território do País. Como, então, “integrar” tamanha estrutura?
Parte deste esforço passa, é claro, por uma comunicação eficiente entre os membros do conselho de administração da confederação e, claro, também entre as diretorias de cada cooperativa e da Unimed do Brasil. No entanto, deslocar estes conselheiros e diretores entre grandes distâncias a cada reunião começou a se tornar um desafio não só de logística, mas também financeiro.
“Nosso conselho é composto por algumas federações e tínhamos dificuldade de agendar reuniões de última hora”, explica Sérgio Guimarães Ribeiro, coordenador de TI e infraestrutura da Unimed do Brasil. “Foi tomada a decisão simples de fazer videoconferência entre os membros do conselho. Logo se pensou em fazer um projeto bem maior, e de imediato já houve uma grande procura das Unimeds singulares.”
Assim, segundo Ribeiro, foi um projeto que cresceu sozinho, com mais vontade “do sistema de fazer parte do que de irmos atrás e oferecer”. À Unimed do Brasil coube fazer um investimento em infraestrutura central, ou seja, servidores que permitem as comunicações entre as unidades. Atualmente, o pessoal de TI da federação presta consultoria sobre a utilização de auditórios ou salas de diferentes tamanhos para as videoconferências, o que muda os equipamentos adquiridos pelas unidades. A integração também é feita pelo time de tecnologia da central.
A Polycom foi a fornecedora de soluções de vídeo selecionada pela Unimed do Brasil para equipar suas confederadas. Apesar de soluções de outros fabricantes terem sido homologadas pelo departamento de TI, a aceitação não foi tão grande, e só equipamentos de uma fabricante estão sendo usados. As vantagens, segundo Ribeiro, incluem qualidade de imagem e custo dos equipamentos.
Atualmente, a plataforma da Polycom interliga 188 localidades, 12 mil usuários e 209 terminais, mas os números devem continuar crescendo. São duas novas unidades integradas a cada mês.
Mas, que uso vem sendo feito? “Reuniões comuns, reuniões de comitês… A maioria acaba sendo presencial só 2 vezes ao ano. Há também cursos realizados em universidades e palestras, por exemplo”, explica Ribeiro. Usos clínicos da tecnologia, no entanto, não são feitos.
Um cálculo da própria Unimed do Brasil aponta que, antes do projeto, um evento presencial com 900 pessoas consumia R$ 860 mil, enquanto, em 2013, um evento de mesma proporção via videocolaboração custou 10% disso. “Unimeds de grande porte podem contratar palestra e compartilhar com outras Unimeds, inclusive as pequenas que não teriam como bancar esses eventos”.
Outro ganho substancial foi financeiro: até 2012 (o projeto começou em 2010), foram economizados R$ 18 milhões com passagens aéreas. Com a economia, o projeto pagou-se nos primeiros 12 meses. A redução da emissão de CO2 com essa diminuição das viagens chegou a 9 mil de toneladas. Mas há, claro, outros retornos sobre o investimento (ROI) difíceis de calcular, mas fáceis de perceber: qualidade de vida dos executivos, por exemplo.
“[O projeto] começou com 20 localidades, e sempre foi muito bem documentado e medido”, explica Paulo Roberto Ferreira, diretor geral da Polycom no Brasil. “Tem uma medicação de ROI muito bem apurada, inclusive com eliminação de emissão de carbono. O projeto foi crescendo com velocidade muito grande.”
Infraestrutura e rede
Segundo o gestor de TI da Unimed do Brasil, foram investidos cerca de R$ 6 milhões para adequar a infraestrutura de redes central – no total, os investimentos já ultrapassam R$ 7,5 milhões. No entanto, quando o assunto é rede de dados, a solução escolhida foi não só das mais fáceis, como de certa forma surpreendente.
“Quando começamos o projeto as empresas queriam fazer redes privadas, que tem alto custo e são complicadas de criar. Apenas duas operadoras tinham condições de nos atender, e com custo elevado”, explica. Qual foi a solução? “Com os protocolos [usados pelos equipamentos adotados] entendemos que não precisaríamos de uma rede privada. Ninguém tinha coragem de fazer isso, achavam que não ia dar certo.”
Ferreira, da Polycom, explica que naquele momento existia “um mito” de que era necessária, para fazer videoconferência, uma rede separada da usual, mas que hoje é possível, através da internet, fazer todas as reuniões, algumas incluindo até 120 localidades ao mesmo tempo. “A Polycom usa um protocolo padrão que geralmente utiliza metade da qualidade de banda. [É possível fazer] alta definição [HD] em 512 kbps, vídeo padrão [SD] através de 256 kbps, com qualidade bastante aceitável”, assegura o executivo.
Atualmente, todo o vídeo transmitido pelas Unimeds utiliza uma rede de dados na internet, por meio de link dedicado, a única exigência do projeto. “Hoje várias empresas fazem neste modelo. É possível fazer vídeo até no celular”, explica o gestor, que garante que os protocolos de segurança garantem um nível “muito bom” de confiabilidade sobre as informações trafegados.
No entanto, há uma dificuldade: algumas Unimeds, localizadas em pontos mais remotos do País, ainda carecem de links dedicados de internet mais baratos. “No sul do Pará, por exemplo, ainda acontece de um link dedicado de 2 MB custar 14 mil reais. Isso é o que as vezes pesa um pouco”, pondera Ribeiro. (18/10/14)
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AMB repudia condenação do Cade
Entidade dos médicos informa que usará de todos os recursos previstos em Lei para responder às acusações de condutas anticompetitivas
A Associação Médica Brasileira (AMB) alega estar surpresa com multa aplicada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sob a justificativa de condutas anticompetitivas por meio da fixação de preços de serviços médico-hospitalares no mercado de saúde suplementar.
De acordo com a AMB, os preços são baseados na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), documento originado da antiga Lista de Procedimentos Médicos.
"A denúncia de formação de cartel é absurda e um ato de violência contra uma categoria que tem como objetivo principal o cuidado com a saúde da população", afirmou em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (16).
Segundo a Associação, o documento é importante para balizar as atividades desenvolvidas pelos médicos brasileiros, por listar os procedimentos ética e cientificamente reconhecidos no País, bem como conhecimento dos atos que devem ser cobertos pelas operadoras de saúde.
Além da AMB, outras entidades médicas também foram condenadas: o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas). Ao todo, elas deverão pagar multas que somam R$ 638.460,00.
Em comunicado, a entidade dos médicos afirma que "estranhamente a decisão foi tomada no dia que a AMB havia programado reunião, já pré-agendada, de seu Conselho de Defesa Profissional para discutir os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais e seu posicionamento em relação ao segundo turno. O Cade na sua função repressiva pune os médicos brasileiros", disse a AMB.
A entidade informou ainda que usará de todos os recursos previstos em Lei para responder às acusações do Cade. (18/10/14)
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O POPULAR
Artigo – 26 anos de SUS
Quando a Constituição de 1988 definiu a saúde como direito do cidadão, no seu artigo 196, sem citar quais seriam as fontes de financiamento, o Brasil estava, na prática, não apenas criando o maior plano do gênero no mundo, mas também se impondo um tipo de assistência médica e hospitalar gratuita sem participação do usuário.
Já prevalecia, quando a Constituição foi promulgada por Ulysses Guimarães, presidente da Câmara Federal (05/10/88) a mesma visão assistencialista em que hoje se fundamenta a Bolsa Família: sem contraprestação do beneficiário.
Carta de fato progressista levaria em conta a situação de cada um dos futuros cadastrados, que atualmente são cerca de 150 milhões, e prescreveria fórmulas de contrapartida, como ter educação de qualidade e, através dela, ascensão econômica, emprego e renda para poder contribuir com aquilo que é essencial à vida.
Aconteceu que, nestes 26 anos de Serviço Único de Saúde, apenas 50 milhões de pessoas ingressaram nos inúmeros planos privados de saúde, aliviando os gastos do governo com assistência médica e hospitalar.
Restam 150 milhões de usuários que só têm o SUS onde se socorrerem. E o dinheiro não dá. Como não deu, até hoje, para melhorar a qualidade dos serviços.
O custo do SUS para o Ministério da Saúde, estados e municípios, esta atualmente em torno de 3,5 % do PIB. Para alcançar eficiência, universalizar e aumentar a qualidade, o dispêndio deveria ser de 7% do Produto Interno Bruto, como é o caso de países altamente saudáveis e de baixa população, como a Suécia.
Os constituintes de 1988 pensaram em medicina curativa, para socorrer a massa que não tinha nenhuma assistência. O formato era o mesmo, por exemplo, do Fome Zero, do governo Lula. Era um problema de saúde. E também de urgência.
Talvez por isso não fora prevista contrapartida. Se, nas suas prescrições a Carta tivesse proposto como forma de assegurar a saúde universal, o crescimento econômico, geração de emprego e renda a situação hoje seria diferente, com mais pessoas contribuindo através de planos privados.
Se os seguros privados de saúde cobrissem mais famílias o SUS poderia ter melhorado a qualidade dos serviços prestados nesses 26 anos. As demandas não seriam tão alarmantes como são atualmente, com pressões por cirurgias, internações, UTIs. E filas que não vão acabar tão cedo.
O Brasil é 72º no ranking da OMS em investimento na saúde, levantamento feito com base na despesa estatal por habitante. Não terá como alcançar a Suécia, pois não se pode comparar uma população saudável de 4 milhões com uma população exposta às endemias, como a dengue.
Nosso povo é diferente, não liga muito para a sua saúde. Motoqueiros acidentados são milhares, todos os dias e obrigatoriamente socorridos pelo SUS, sem qualquer contrapartida para a sua imprudência ao trafegar em manga de camisa, queimando-se no asfalto a qualquer queda. São epidemias urbanas não vistas em outros países, onde até criança em carrinho de bebê usa capacete na cabeça, tal o cuidado que se tem com a prevenção.
O governo Lula quando fez o programa Fome Zero, logo substituído pela Bolsa Família, se baseou na carência alimentar de milhões de pessoas, outra doença: a desnutrição. Estamos cheios delas. Geram milhares de internações bancadas pelo SUS.
Nosso plano estatal criou estilo próprio de cultura assistencialista: filas. O cidadão que hoje vai à unidade médica para agendar a consulta, amanhã volta por outro motivo, seja para buscar o remédio que lhe faltou na véspera, ou para uma autorização de exame laboratorial. Há quem vá, sistematicamente, todos os dias em busca de alguma coisa negada na véspera.
O financiamento é assunto complexo e, sem dinheiro suficiente, o SUS não alcançará a qualidade apregoada pelos candidatos à Presidência.
Só com crescimento econômico elevado e não zero como o deste ano, o País terá condições, mediante emprego qualificado e renda, de aumentar o nicho daqueles que pagam seu próprio seguro de saúde, através de planos privados. Será preciso uma reforma da Constituição para viabilizar um modelo de contrapartida. Como é direito do cidadão, o SUS é explorado, em cirurgias e medicamentos de alto custo, até por quem tem plano VIP.
HENRIQUE DUARTE é jornalista (20/10/14)
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Cartas dos leitores – Ipasgo
Sou segurado do Ipasgo há quase 20 anos. Pago religiosamente em dia minhas mensalidades, que não são baratas. Eis que o dia que precisei de atendimento, pois sofri um pequeno acidente e rompeu o tendão do meu ombro, tive que pagar consulta particular. Cirurgia, só para o ano que vem, já que o Ipasgo só libera duas cirurgias por mês para este médico. Pergunto: Como vou viver até lá? Como vou trabalhar para sustentar minha família, com esse ombro imobilizado? O que está faltando é gestão a este órgão que não consegue administrar suas finanças e tem que deixar sem atendimento centenas de pessoas por causa de uma contenção de despesas inaceitável e vergonhosa. Quero registrar minha indignação, esperando que sinceramente melhore um pouco o atendimento a todos.
João Gumercino dos Santos – Setor Oeste – Goiânia (20/10/14)
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Coluna Arthur Rezende – Dos médicos
Outubro Rosa, das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida, da TV Anhanguera, de Goiânia, dos odontólogos e dos médicos. Desses, a Associação Médica homenageou com jantar dançante dia 11 alguns nomes renomados, dentre eles Alberto Las Casas e Sebastião Eurico de Melo Souza, com a Ordem do Mérito Dr. Luiz Rassi, na posse da nova diretoria. Já no dia 17, pelo Dia do Médico, o Cremego entregou a comenda Honra ao Mérito Médico 2014 a oito, todos com mais de 35 anos de profissão como exemplos de ética, inovação, respeito e dedicação. Dentre eles, Dezir Vêncio e Paulo César Veiga Jardim. (19/10/14)
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HPV
Menina internada após tomar vacina deixa UTI em São Paulo
São Paulo – A menina de 11 anos que havia sido internada em São Paulo com dificuldades para andar após tomar a vacina contra o HPV (papilomavírus humano) deixou a UTI nesta semana e já começa a recuperar os movimentos.
A previsão é que a menina, internada no Hospital Municipal Carminio Caricchio, no Tatuapé, receba alta na próxima semana. Segundo a secretaria municipal de Saúde, o estado dela é estável.
A menina apresentou sintomas de fraqueza nas pernas e dificuldades para respirar dias após tomar a segunda dose da vacina, em 16 de setembro. No dia 1º, após ter sido atendida em outro hospital, a menina foi transferida para a UTI. “Ela chegou com a respiração quase indo embora”, conta a tia Regina de Fátima Alves, 49.
Não há comprovação de que a vacina tenha provocado os sintomas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. A Coordenação de Vigilância em Saúde investiga as causas do ocorrido. Ainda de acordo com a pasta, este é o primeiro caso suspeito de reação à vacina na cidade. 18/10/14
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Artigo – Mais valor ao médico
Num ano em que vimos um programa que procurou transformar a figura do médico em catapulta política do governo federal, colocando-o como responsável por algumas mazelas da saúde pública, cumpre-nos neste 18 de Outubro, Dia do Médico, ressaltar que esse profissional é figura muito importante da assistência e promoção da saúde, além de central do exercício da medicina. Como tal deve ser respeitada sua profissão e valorizada tanto sua prática cotidiana – missão de salvar vidas – como sua remuneração, e as condições do exercício do seu digno trabalho.
Não se é médico sozinho, mas também não se deve fazer medicina sem médico valorizado e motivado. Sem recorrer a medidas polêmicas e improvisadas, o médico brasileiro pode e deve ser incentivado a se instalar em todas as regiões do País, se houver condições de trabalho e estrutura adequada. O brasileiro do interior distante precisa ser bem atendido.
Ao atuar em hospitais de referência com equipamentos de ponta, com condições de trabalho e constante incorporação de técnicas e tecnologias, o médico também é recompensado em seus esforços e na sua atuação. Um respaldo que temos conseguido ao propor mudanças na administração das unidades da rede estadual, que, aliás, tem recebido uma excelente avaliação, que é de 90,3% de aprovação dos usuários. Dois de nossos hospitais o Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG) e de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT) receberam este ano selo de qualidade ONA, atestando sua segurança de trabalho e atendimento ao paciente. Estamos trabalhando para que todos os hospitais públicos estaduais tenham esse título. Até o final deste ano teremos mais dois hospitais com esse selo.
Para regionalizar a saúde, precisamos de muitos profissionais da área, dentre eles o médico. Nossa proposta é a de ser transparentes e coerentes com todos os profissionais da saúde, além de apoiar o médico para que possa, como há centenas de anos, fazer do seu dom uma arte e ciência qualificada, para um serviço cada vez mais imprescindível à sociedade.
A saúde pública deve ser priorizada, com responsabilidade, qualidade e ética em ações de governo que respaldem o fazer médico e os profissionais da área. Todos os que são beneficiados por ela parabenizam o médico no seu dia, e com certeza dizem: “Muito obrigado!”
Halim Antonio Girade é secretário de Estado da Saúde de Goiás
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JORNAL OPÇÃO
Entrevista | Halim Girade
“Nossos hospitais estão muito bem. O desafio foi superado”, diz titular da Secretaria estadual de Saúde
Por Thiago Burigato
Nossos hospitais não estão apenas bem. Estão muito bem. Essa é a avaliação que o Secretário da Saúde do Estado de Goiás, Halim Girade, faz ao citar os investimentos que têm sido realizados pelo governo no setor. Segundo ele, os desafios agora se concentram em criar uma rede adequada para o interior, algo pelo qual a pasta já está se empenhando.
O secretário garante que Goiás está preparado para enfrentar o risco do ebola e afirma que todos os esforços necessários para minimizar os prejuízos provocados pela dengue já estão sendo realizados. O sucesso que o Estado vem obtendo na saúde, diz, está baseado na parceria com as Organizações Sociais, apesar das críticas que costumavam ser proferidas pela oposição a esse modelo.Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Que avaliação o sr. faz dos investimentos e das obras que a Secretaria de Saúde tem feito nas unidades hospitalares do Estado?
Importante saber que nos últimos três anos houve uma mudança de paradigma completa. E essa mudança foi na área hospitalar no Estado de Goiás. Isso significa dizer que houve a coragem de tentar resolver em definitivo essa questão. Era um desafio de décadas onde o governo nunca conseguiu prover adequadamente os hospitais do Estado de Goiás: Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Alberto Rassi (HGG), Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT), Hospital Materno-Infantil (HMI), Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). O governo percebeu que os dois hospitais que estavam sob a gerência de Organizações Sociais (OSs), o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana) e o Crer — o Crer é um hospital de grande ambulatório — estavam indo muito bem. E essa decisão de colocar OSs em todos os hospitais mudou o paradigma de uma vez. Foi uma revolução que aconteceu. Em poucos Estados você vai encontrar uma situação em que os hospitais do Estado estão bem. Os nossos hospitais não só estão bem. Estão muito bem.
O desafio foi superado. Nós saímos da mídia negativa. Três anos atrás eu tinha vergonha de levar jornalistas aos nossos hospitais. Hoje eu faço questão que conheçam e realmente é importante ver o que significa esse choque de gestão inteligente. Isso proporcionou ao Estado de Goiás ter dois hospitais com o selo de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA). É raríssimo um hospital público ter o selo de qualidade ONA. Nós já temos dois.
Provavelmente nós finalizaremos até dezembro com mais dois hospitais. Se um já é difícil, imagina finalizar o ano com quatro hospitais com o selo de qualidade ONA, que é o maior selo de qualidade em hospitais do país. Então posso te afirmar que no que diz respeito à assistência hospitalar, hoje é a melhor, não só do Estados. Estamos, com certeza absoluta, entre os melhores quanto hospitais privados e públicos no país. Eu conheço, trabalhei em 16 Estados. Então sei o que falo, tenho conhecimento de causa. Trabalhei com governadores principalmente no Norte e Nordeste. Conheço muito o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste. No que diz respeito à questão hospitalar, está resolvido.
E o que tem sido feito pelo interior?
Nós temos algumas propostas: primeiro é fortalecer a rede hospitalar. No interior temos um na região metropolitana, que é Aparecida, um em Santa Helena e um em Anápolis. Temos ainda, em construção, com mais de 50% de obras concluídas, uma unidade em Uruaçu, e dois hospitais que não eram do Estado, eram do Município, no Entorno de Brasília: um em Santo Antônio do Descoberto e outro em Águas Lindas. Nós solicitamos esses hospitais para o Estado, no ano passado e neste ano, recebemos já o de Santo Antônio e já retomamos a obra. É uma parceria entre a Secretaria de Estado e o Ministério da Saúde. O de Águas Lindas foi passado para nós neste ano. Retomaremos as obras quando o ministério colocar a parte dele na parceria, e aí colocaremos a nossa.
Então, veja, esses hospitais que eu disse sobre quebra de paradigmas na capital e no interior têm 90,7% de aprovação, segundo pesquisa Serpes. Esse levantamento foi feito com pessoas que conhecem os hospitais: ou pacientes, ou acompanhantes, ou profissionais de saúde.
Quando você desagrega e deixa só os profissionais de saúde, você chega a 97,9% de satisfação. Aonde se tem um porcentual tão alto? E a pergunta: antes, era questão de incompetência? O que estava acontecendo? Por que não conseguiram isso como a Secretaria de Saúde conseguiu? A razão é simples: as amarrar burocráticas não deixam.
Mesmo tendo dinheiro, não deixam a gente desenvolver nenhum processo competente e adequado em um hospital. Então nosso desafio é prover o interior com esses três hospitais, junto com a proposta agora para o Entorno Sul, que tem 750 mil habitantes. Ali precisa de um hospital estilo Hugo 2, com certeza. Essa é uma das propostas.
A outra proposta é retomar a gestão de hospitais que eram regionais. São 10. Eles foram construídos na época do governo Henrique Santillo. São bons hospitais e funcionavam muito bem, até o momento em que os dois governos seguintes municipalizaram, passaram esses hospitais regionais para o município. A Secretaria de Estado da Saúde se eximiu de financiar. É lógico que o município não tem condições de bancar esses hospitais regionais. Nossa proposta é retomar esses hospitais regionais, passar para OSs e fazer parcerias com os municípios.
Para o fortalecimento do interior temos quatro outras propostas: uma delas é prover de leitos de UTI. Em três anos nós conseguimos colocar 94 leitos de UTI no interior, em Nerópolis, Rio Verde, Jataí, Itumbiara e cidade de Goiás. Isso desafoga Brasília e desafoga Goiânia. No total, capital e interior, acrescentamos 270 leitos em três anos.
Nós também estamos fortalecendo o interior com Ambulatórios Médicos de Especialidades, que chamamos de AME. Esses centros, cada um deles terá 20 especialidades: cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, oftalmologia, nefrologia, endocrinologia e outros. Isso é, ao invés de as pessoas virem para cá fazer exames ou uma consulta com especialista, eles poderão fazer isso no interior.
Três AMEs já começaram a subir paredes: Goianésia, Quirinópolis e Formosa. Outros três estão na fase de terraplanagem: Goiás, São Luís e Posse. Nosso desejo é chegar a 21. Com isso, se evita que a população que precisa de atendimento de algum especialista pegue estrada, vá para Goiânia, vá para Brasília ou outros centros.
A outra é o fortalecimento dessas regiões onde estarão os AMEs por meio do consorciamento dos municípios. Nós estamos promovendo consórcios intermunicipais de saúde. Esses consórcios dão muito certo em Minas Gerais, no Ceará e no Paraná. Ou seja, temos dezenas de consórcios pelo país. Estamos começando a fomentar consórcios nesses seis municípios onde estamos trabalhando. Dois deles já foram instituídos. O de Quirinópolis e o de São Luis dos Montes Belos. Os outros quatro estão mais atrasados, mas nós estamos no caminho para sua formação.
Finalmente, temos a rede Credeq, que é o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química. A rede Credeq é um projeto inédito no país, vai ser uma referência nacional, com certeza. Faz parte de um planejamento estadual de enfrentamento às drogas. O Brasil não está tendo essa coragem, mas o governo Marconi está. Essa é uma demanda da sociedade goiana. Uma demanda das famílias. Elas estão exigindo isso e o governo federal está titubeando. A maioria dos Estados também está.
Há comunidades terapêuticas, algumas boas, outras muito ruins. De alguma forma elas tentam suprir o que o governo não faz. Mas o governo Marconi resolveu enfrentar isso. Então nós temos o Credeq de Aparecida, que já está sendo finalizado, com mais de 97% das obras concluídas, e nós temos outros quatro Credeqs no interior: Morrinhos, Caldas Novas, Quirinópolis e Goianésia. Nossa proposta não é para o próximo governo fortalecer o interior. É uma proposta que nós já iniciamos.
Em suma, te afirmo que nos que diz respeito à atenção hospitalar nos hospitais do Estado de Goiás, o que está faltando para melhorar será feito com a inauguração do Hugo 2, porque o número de vagas tem sido insuficiente. Isso é, ainda há uma ou outra queixa, por isso vamos inaugurar o Hugo 2, senão não haveria necessidade.
E com relação à atenção primária ela precisa ser fortalecida, é algo muito importante e pode chegar a resolver 80% dos casos. Em função disso estamos começando a prover 88 municípios que estão sem ambulatórios. Sem exames de urina, de fezes, de sangue. Queremos prover, Identificamos e iniciamos o repasse de recursos para que existam esses laboratórios.
É muito promissor o que vem na saúde no Estado de Goiás, porque os resultados de coragem e enfrentamento já podemos sentir agora. Houve uma melhora muito acentuada e a gente espera que no próximo governo deem continuidade para o fortalecimento do interior.
O Entorno do Distrito Federal é uma área considerada crítica no que tange à saúde. O que tem sido feito pelo Estado naquela região?
São esses dois hospitais que nós tomamos a iniciativa de finalizar. Eles vão atender a 450 mil pessoas no oeste do entorno. É muito estranho que o governo federal se exima de fortalecer o entorno. O entorno só existe porque existe o governo federal. Então, chega perto de 600 mil pessoas que saem por dia do entorno e vão servir ao Distrito Federal. O DF tem obrigação de cuidar dessas pessoas também, não pode deixar só para Goiás. Elas trabalham no DF, e se elas deixarem de trabalhar, acabam os serviços básicos do DF. O governo federal tem que aplicar muito mais do que propuseram recentemente. Fizeram uma proposta de aproximadamente R$ 7 milhões, algo que nem dá para começar para fazer um projeto de hospital.
Tem que levar o Entorno com mais seriedade, senão o Entorno vai invadir Brasília. As pessoas do Entorno já fazem atendimento em Brasília. Agora há que se dar toda atenção necessária, financiar as estruturas de saúde, e quem pode financiar é o governo federal, que fica com 72% dos impostos brasileiros. Essa parceria entre o governo federal e Goiás é essencial. Mesmo assim, o fortalecimento do programa Saúde da Família — que para nós foi muito forte no Entorno –, treinamento de qualificações, capacitações, o desenvolvimento de estruturas para fortalecer a saúde da mulher e da criança, que é o que nós fizemos. Falta agora criar estruturas. Nós assumimos dois hospitais, o de Santo Antônio e Águas Lindas, mas a gente espera sinceramente que o governo federal se corresponsabilize pelo Entorno do DF. É Goiás, mas só existe por causa de Brasília.
A gestão por meio das Organizações Sociais são motivo de muitas críticas por parte da oposição. Qual é a visão do próprio governo estadual quanto a esse modelo administrativo? Ele tem dado resultados positivos?
Não há mais quem tenha coragem de acabar com as OSs. Os candidatos, de uma forma geral, nenhum falou explicitamente que acabaria com as OSs. Se o resultado é positivo ou não eu deixo para as pessoas que conhecem os hospitais geridos nesse sistema responderem. 90,7% estão satisfeitos. Portanto, a resposta eles devem dar, não eu.
Procure algum hospital privado que tenha 90,7% de satisfação, seja qual for. Procure algum outro público também para ver se chega a isso. Então, não só afirmo que está muito bom, e a população que conhece é que deu essa nota, como convido quem queira conhecer os hospitais. Faço isso com o maior prazer.
Apesar disso, em setembro, a Serpes divulgou uma pesquisa em que a Saúde aparece como a área mais preocupante no Estado de Goiás, na opinião da população. A nota média atribuída ao setor foi de 3,3. Qual a razão dessa avaliação tão negativa, apesar de todos os esforços que o sr. mencionou?
O 3,3 foi nota para as OSs. Agora, foi dada por pessoas que não conhecem as OSs. Depois dessa pesquisa eles fizeram outra com quem conhece as OSs. Você pode opinar sobre algo que você não conhece. Mas tem grandes chances de errar. Por isso foi feita a pesquisa com quem conhece os hospitais, que são os usuários, os acompanhantes e os profissionais de saúde. A resposta está aí.
Desde o início do ano tem havido uma grande preocupação, no mundo todo, com a epidemia de ebola, que tem assolado alguns países com o risco de se espalhar para outros. Goiás está preparado para lidar com essa situação?
Nós já estamos preparados. Por que te afirmo isso? Dia 8 de agosto houve o lançamento do alerta mundial, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), informando que existia uma epidemia, sim, de ebola. Era algo muito grave e poderia se espalhar pelo mundo. No dia 11 de agosto nós começamos a desencadear um processo de qualificação do Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT). O hospital está com seus recursos humanos qualificados, nós temos uma enfermaria — e a orientação é que seja apenas isso — toda bloqueada, prontinha para receber um possível portador do ebola, e temos comprados os equipamentos de proteção, que são chamados de EPI (Equipamentos de Proteção Individual).
No que diz respeito ao HDT, nós estamos completamente preparados. Mesmo por quê a orientação é que se for identificado uma pessoa em Goiás com ebola, ela vai para o HDT e não fica ali mais do que duas horas. Imediatamente vem um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e leva para o Rio de Janeiro, para o Instituto Evandro Chagas. Então, de atenção hospitalar estamos preparados.
Em relação aos municípios, já treinamos 86 deles, o que equivale a aproximadamente 380 pessoas. Mais que isso, nesta sexta-feira (17) treinaremos todo o restante. Todos os 246 municípios estarão treinados. Compramos também 700 EPIs. Cada um custa aproximadamente R$ 300, são descartáveis e mesmo quem usa corre o risco de ser contaminado, como aconteceu na Espanha e na Libéria, mesmo com o equipamento completo.
Devo dizer que estamos preparados. Se chegar um caso de ebola aqui, há poucas chances de disseminação, a não ser que a pessoa demore a procurar uma unidade. Estamos preocupados que os médicos saibam associar aquela dor de cabeça forte, a febre, o vômito, a dor na musculatura, a fraqueza, que são sintomas gerais, de várias doenças, ao histórico do paciente. Ele veio de um dos países que têm ebola? É um paciente que nos últimos 21 dias teve contato com alguma pessoa que tem ebola? Depois do contato, tem até 21 dias para que a pessoa possa desenvolver a doença. Então, veja, afirmo que estamos muito bem preparados em Goiás.
Goiás sofre periodicamente com os surtos de dengue. Como estão os trabalhos da Secretaria de Saúde para amenizar esse problema?
A dengue é realmente um problema nacional e goiano. Eu gostaria muito que não fosse mais um problema para nós. É um problema que tem nos desafiado por anos a fio. Lembro que em 1990, há 24 anos, eu era secretário de Estado aqui e fiz uma campanha contra a dengue. Agora, estou de novo fazendo campanha contra a dengue. É uma doença que veio para ficar por muito tempo, mas não são aceitáveis esses números de casos que temos em Goiás. Fazem-se necessárias as parcerias com as prefeituras. Há a necessidade urgente de tirar o lixo das cidades.
O lixo é um dos maiores problemas para nós, porque o mosquito se desenvolve ali. Então, veja, se as prefeituras fizessem um bom trabalho de limpeza urbana e se as famílias tomassem os cuidados necessários os números poderia ser menores. O estado tem fornecido os inseticidas individuais, que a gente chama de bomba costal, e também os fumacês. Nós vamos entrar em outro período chuvoso, e nesse período o número de casos aumenta, e com isso nossa maior preocupação é preparar o pessoal da área de assistência médica para fazer um diagnóstico precoce e fazer o tratamento adequado.
Portanto, o tratamento é uma corresponsabilidade. Tem parcerias também. O governo estadual tem que prover, que é algo que nós estamos fazendo, não nos falta nada; a prefeitura tem que cuidar dos lixos; e tem a responsabilidade das famílias e dos profissionais da área da saúde. É um desafio que se vence em parceria com a sociedade goiana.
Tem havido uma confusão por parte da população, inclusive incentivada em parte pela oposição, entre as unidades de saúde municipais e as estaduais. De que forma isso tem prejudicado a avaliação que as pessoas têm a respeito da Secretaria de Estado da Saúde e de que maneira pode-se deixar claro o que é de responsabilidade de um e de outro?
As nossas unidades estão com 90% de aprovação por quem usa as nossas unidades. Eu gostaria que os Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) estivessem também muito bem, que não fossem um problema para ninguém. Infelizmente o que a gente tem visto pela imprensa é que na realidade os Cais ainda não conseguem fazer uma atenção adequada. Onde que eu sinto que os Cais não fazem uma atenção adequada? Eu sinto no Hospital Materno-Infantil, por exemplo. No HMI, quando eu passo lá no sábado e no domingo. Você vê 40, 50 pais com crianças. Essas crianças não eram para estar ali. O HMI é um hospital de referência de alto risco. Não era para tratar de uma dor de cabeça ou uma diarreia. Atende, porque não pode negar. Mas atender a essa quantidade imensa prejudica as urgências das crianças e das gestantes. Via de regra pergunto para essas famílias: “De onde a sra. veio? De onde o sr. veio?”. Geralmente a resposta é que não havia médicos nos Cais, ou o Cais estava fechado, ou não havia medicamentos.
A população precisa dessa atenção. Eu gostaria muito que os Cais tivessem atendendo adequadamente, porque a população de Goiânia e de Goiás precisa desse atendimento. Nós fazemos a nossa parte. Eu gostaria que também fosse feita a mesma coisa em relação aos Cais.
Iris Rezende, assim como Marconi, tem uma proposta de regionalização do sistema de saúde. O sr. tem acompanhado as promessas que ele tem feito para o setor? Que avaliação o senhor faz?
Ele fala em Centros de Especialidades, o que nós já estamos fazendo. Enquanto ele está falando, nós já estamos fazendo. Eu disse que tínhamos seis: três levantando paredes e três fazendo terraplanagem. Nós chegaremos a 21.
Ele fala também da construção de 10 hospitais regionais. Mas foi o PMDB quem acabou com os hospitais regionais. Eles transformaram os hospitais regionais, construídos por Henrique Santillo, em hospitais municipais. Mas os municípios têm dificuldade de absorver. Como ele faz uma proposta de realmente fortalecer o interior se quando teve oportunidade o partido dele acabou com os dez hospitais regionais? Como ele faz propostas de Centro de Especialidades… parece que ele não está acompanhando aqueles que estão sendo construídos. Como ele faz uma proposta de fortalecer o interior se ele foi o governador que acabou com os agentes comunitários de saúde aqui de Goiás? O programa teve que sair do Estado e ir para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Então não me parece que é uma coisa muito séria. Gostaria que as propostas dele fossem mais consequentes.
Como está a situação do Hugo 2 atualmente e qual é a expectativa quanto ao desafogamento das unidades de saúde que a inauguração pode ajudar a propiciar?
O Hugo 2 vem na esteira de desafogar mesmo, e de fazer um atendimento de urgência e emergência clínica. O Hugo antigo, que hoje está moderníssimo, é um hospital para grandes traumas. E nós precisamos de um hospital com essa especialidade.
A emergência clínica é uma apendicite, uma pneumonia, uma gastrite. Isso tem sido encaminhado para a rede conveniada, que são os hospitais privados e os filantrópicos. Mas também não estão dando conta. Então o Hugo 2 deverá ser inaugurado daqui a algumas semanas. Ele vai atender traumas e também a emergência clínica.
Qual estágio nós estamos no Hugo 2? Os equipamentos já chegaram – equipamentos de ponta no mundo. Na realidade o último deles está na alfândega, já aqui em Goiânia. Ele está ali e logo será encaminhado ao nosso hospital. Todos os outros já estão no Hugo, estamos em processo de instalação e em processo de testagem dos equipamentos. O Hugo 2 já é uma realidade. Está sendo finalizada a parte de construção e precisamos adaptar alguns ambientes. Estamos na fase final. Espero que tenha um atendimento de excelência, e pelo fato de ter sido escolhido o Agir, que é a mesma OS, que gere o Crer, eu tenho certeza absoluta que vai receber rapidamente o selo de qualidade ONA, como já temos em dois hospitais. (18/10/14)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação