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DESTAQUES
Lucro dos planos de saúde quintuplica em 2024, para R$ 10,2 bilhões
Pacientes do Imas e do SUS enfrentam dificuldade para fazer cirurgia em Goiânia
Pacientes denunciam falta de equipamentos em Cais de Goiânia
Idoso pode ter perna amputada por falta de vaga em unidade de saúde em Goiânia
Médicos suspeito de abuso tem CRM suspenso
Condenado por matar a ex, médico denunciado por crime sexual contra adolescente durante consulta está proibido de atender
Justiça goiana determina suspensão do registro médico de suspeito de abusar de adolescente
Anestesiologistas apontam dívida e avaliam suspender atendimentos em Goiânia
Unimed Nacional é convocada para reunião hoje na ANS, após registrar maior prejuízo do setor
Governo prioriza prevenção do câncer, mas entidades apontam falhas no atendimento às mulheres
São Paulo lidera crescimento de beneficiários de planos e atinge taxa de cobertura de 39,8%
O TEMPO
Lucro dos planos de saúde quintuplica em 2024, para R$ 10,2 bilhões
Este é o melhor resultado dos planos de saúde desde 2020, quando teve início a pandemia de coronavírus
As operadoras médico-hospitalares do Brasil tiveram um lucro líquido de R$ 10,192 bilhões em 2024, um salto de 429% em relação ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 1,926 bilhão. O balanço foi divulgado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nesta terça-feira (18).
Este é o melhor resultado dos planos de saúde desde 2020, quando teve início a pandemia de coronavírus. Naquele ano, o lucro foi de R$ 17,6 bilhões. Entre os fatores que contribuíram para a melhora estão a queda na sinistralidade (quanto de fato é gasto com ocorrências médicas) e o reequilíbrio das contas pós-pandemia.
O número de beneficiários de planos médico-hospitalares também cresceu, de 50 milhões para 50,2 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2018.
O índice de sinistralidade caiu 1,5 ponto percentual no quarto trimestre de 2024, para 82,2%, o que indica que em torno de 82,2% das receitas advindas das mensalidades dos planos foram utilizadas com as despesas assistenciais. Esta é a menor sinistralidade registrada neste período desde 2018. No acumulado do ano passado, a sinistralidade ficou em 83,8%, o menor desde 2020 (77,7%).
Já o saldo de atividades diretas dos planos (diferença entre as receitas e despesas) ficou positivo em R$ 4 bilhões, patamar próximo ao dos anos pré-pandemia de Covid-19.
Outra fonte de renda do setor é a remuneração das aplicações financeiras, que totalizaram R$ 120 bilhões ao final de 2024, período marcado por juros altos.
“A ANS segue monitorando de perto os indicadores econômico-financeiros para garantir que essa trajetória de recuperação se traduza em maior previsibilidade e solidez para o setor, sem comprometer o equilíbrio entre receitas e despesas assistenciais e o atendimento dos beneficiários”, diz Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS.
O resultado positivo para o setor também é fruto de reorganizações financeiras das operadoras, com fusões e aquisições e cortes de custos.
Entre as medidas, estão o maior combate às fraudes e cancelamentos unilaterais de planos coletivos, conhecido como higienização de carteira, que exclui usuários custosos.
O percentual de reembolsos pagos pelos planos caiu para 4,61% em 2024, somando R$ 10,3 bilhões, de 5,65% (R$ 11,9 bilhões) de todos os pagamentos no ano anterior. Este é o menor percentual desde 2021.
Após a divulgação dos dados, a Hapvida disse que as informações do balanço “não necessariamente” correspondem aos dados contábeis da companhia.
“As demonstrações financeiras anuais completas e as demonstrações financeiras padronizadas… relativas ao exercício social de 2024 estão atualmente em fase de elaboração e serão divulgadas pela companhia no próximo dia 19 de março”, afirmou em fato relevante ao mercado.
Os números da ANS trazem dados individuais por companhia e, segundo os dados publicados nesta nesta terça, a Hapvida teve um resultado líquido de R$ 785,49 milhões no ano passado.
A Hapvida explicou que os dados contábeis da ANS são elaborados em conformidade com os princípios contábeis adotados pela agência, com normas que não correspondem, em todos os aspectos, àquelas constantes da legislação societária e da regulação expedida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Na Bolsa, as ações da Hapvida chegaram a disparar quase 8% na máxima nos primeiros negócios, a R$ 2,47. Por volta de 11h15, eram negociadas com valorização de 2,18%, a R $2,34, ainda entre os destaques positivos do Ibovespa, que mostrava variação positiva de 0,04%.
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TV ANHANGUERA
Pacientes do Imas e do SUS enfrentam dificuldade para fazer cirurgia em Goiânia
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Pacientes denunciam falta de equipamentos em Cais de Goiânia
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Idoso pode ter perna amputada por falta de vaga em unidade de saúde em Goiânia
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Médicos suspeito de abuso tem CRM suspenso
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PORTAL G1
Condenado por matar a ex, médico denunciado por crime sexual contra adolescente durante consulta está proibido de atender
Conselho de Medicina disse que registro foi suspenso por ordem judicial. Alfredo Carlos Dias Mattos Junior foi condenado por homicídio em 2011.
O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior está proibido de atender. Ele foi condenado por matar a ex-mulher e denunciado por crime sexual contra uma adolescente durante uma consulta. Conforme nota divulgada pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), ele teve o registro suspenso a partir de uma ordem judicial.
Em nota, a defesa do médico disse que discorda da suspensão do registro. O advogado Roberto Serra da Silva Maia disse ainda que irá entrar com recurso para reverter a suspensão (leia texto completo abaixo).
Alfredo foi condenado pelo homicídio da ex-esposa em 2011 (saiba mais sobre o crime abaixo). Ele cumpria pena em regime aberto, em Morrinhos, no sul de Goiás. No dia 14 de março, ele voltou a ser preso por conta da denúncia da adolescente.
Crime sexual
Em fevereiro de 2025, a jovem 17 anos afirmou ter sofrido abuso durante consulta em hospital de Goiânia. A adolescente foi buscar tratamento para uma dor no estômago, diz denúncia do MP-GO. O documento narra que o médico solicitou exames, entre eles uma endoscopia e uma ultrassom endovaginal à jovem.
Com os resultados, levados pela jovem e pela mãe a Alfredo no mês seguinte, o médico afirmou que ela tinha “anteversão do útero”, conhecida popularmente como “útero invertido”, e que essa era a causa das dores de estômago.
Conforme a denúncia, o médico disse que faria um procedimento no consultório para colocar o útero da adolescente no lugar. O documento relatou que o médico pediu que a adolescente retirasse a blusa, abaixasse a calça e se deitasse na maca para corrigir a posição do útero ali mesmo no consultório. Inclusive, o médico teria manifestado o interesse de fazer o “procedimento” também na mãe da adolescente.
Na gravação, segundo o delegado, o médico está sendo acusado por abusar de uma adolescente em uma consulta e disse que tem mais vítimas. De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás, outras mulheres registraram denúncia contra o médico, “por condutas semelhantes, em que ele se valia da posição de médico para praticados atos libidinosos, o que demonstra a habitualidade e a gravidade de sua conduta,” segundo o texto.
Crime anterior
Alfredo Carlos Dias Mattos Junior foi condenado pela morte da ex-mulher Magda Maria Braga de Mattos. O crime aconteceu em Nova Lima (MG), em 1999. Alfredo dopou a ex-sogra que estava no quarto e aplicou álcool no soro da ex-mulher. Ao reagir com os medicamentos que Magda tomava, a substância provocou a morte dela.
O médico foi condenado pelo crime em 2011 e recebeu o direito de recorrer da decisão em liberdade. No dia 6 de março, a Justiça havia determinado que o médico usasse tornozeleira eletrônica.
Anteriormente, o MP havia pedido pela prisão do médico, mas foi negado sob a justificativa de que os argumentos usados pelos promotores foram genéricos e se basearam nos relatos feitos pela suposta vítima e pela mãe dela.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás e do MP-GO, o caso do crime sexual está sob segredo de justiça.
Nota da defesa de Alfredo Carlos Dias Mattos Junior
“A defesa de Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior manifesta sua inconformidade com a imposição da proibição do exercício da medicina como medida cautelar decretada em um processo judicial, decisão que, apesar de respeitada, já está sendo devidamente combatida por meio dos recursos cabíveis.
A imposição dessa restrição, antes do devido trânsito em julgado, atenta contra a presunção de inocência, princípio fundamental assegurado pela Constituição Federal. O profissional afastado tem uma carreira médica de mais de três décadas, sem registros de condutas irregulares, e sempre exerceu sua profissão com ética e responsabilidade.
A defesa reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência no curso do processo e reitera que todas as providências judiciais estão sendo adotadas para restabelecer o direito de Alfredo ao exercício da medicina. Confiamos que a Justiça prevalecerá e que seu nome será devidamente reabilitado perante a sociedade e sua categoria profissional.
Por fim, esperamos que a imprensa e a sociedade evitem julgamentos precipitados e aguardem o desfecho do devido processo legal no Poder Judiciário, onde os fatos deverão ser apurados de maneira justa e imparcial.
Roberto Serra da Silva Maia – Advogado”
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MAIS GOIÁS
CREMEGO
Justiça goiana determina suspensão do registro médico de suspeito de abusar de adolescente
“Suspensão, por tempo indeterminado, atende a uma ordem judicial e impede o médico de exercer a medicina”, diz conselho
A Justiça determinou a suspensão por tempo indeterminado do registro junto ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) do médico Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior. Ele é suspeito de acariciar uma adolescente durante um atendimento e foi preso na sexta-feira (14), em Goiânia.
Em nota ao Mais Goiás, Cremego dissse que a “suspensão, por tempo indeterminado, atende a uma ordem judicial e impede o médico de exercer a medicina”. No site, onde é possível fazer a busca pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), consta na situação de Alfredo: “Suspenso por ordem judicial – total.”
É preciso citar, no início deste mês, a Justiça também havia determinado que o médico fosse monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, no dia da prisão ele não estava com o equipamento. Segundo a Direção do Sistema Penitenciário, ele não compareceu à unidade para colocar a item.
O portal procurou a defesa do suspeito para comentar a suspensão. Segundo o advogado Roberto Serra da Silva Maia, “a defesa de Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior manifesta sua inconformidade com a imposição da proibição do exercício da medicina como medida cautelar decretada em um processo judicial, decisão que, apesar de respeitada, já está sendo devidamente combatida por meio dos recursos cabíveis”.
Segundo ele, a imposição dessa restrição, antes do devido trânsito em julgado, atenta contra a presunção de inocência, princípio fundamental assegurado pela Constituição Federal. “O profissional afastado tem uma carreira médica de mais de três décadas, sem registros de condutas irregulares, e sempre exerceu sua profissão com ética e responsabilidade.”
Sobre a prisão, o advogado afirmou que “a regressão cautelar de Alfredo Carlos Dias Mattos Junior ao regime fechado configura uma grave afronta aos princípios fundamentais do Direito Penal e da Execução Penal”. Para ele, a medida adotada “de forma precipitada e desproporcional” ignora a presunção de inocência e impõe uma “punição antecipada, sem que haja condenação definitiva pelo novo fato que lhe foi imputado”.
Roberto afirma que a defesa adotará todas as providências cabíveis para reverter essa decisão e seguirá atuando para garantir que Alfredo tenha seus direitos respeitados “e que essa injustiça seja revertida com a máxima urgência”.
Prisão de Alfredo
A Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil (PCGO) agiram após a Justiça de Morrinhos decretar a prisão do médico. A informação foi divulgada pela TV Anhanguera e confirmada pelo Mais Goiás. “Em uma ação integrada entre PM e Central e Flagrantes, prendemos o médico que estava com mandado de prisão”, informou o delegado Humberto Teófilo. Conforme o policial, é possível existirem mais vítimas.
Em fevereiro, o médico, que já foi condenado pelo feminicídio da ex-mulher, foi denunciado por abuso sexual de uma adolescente em Goiás. O homem de 55 anos teria violentado uma paciente de 17 anos durante atendimento em 2023. À época, o Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a prisão do indivíduo, mas a Justiça determinou medidas cautelares contra o profissional.
Segundo a denúncia do MPGO, o médico teria se aproveitado de sua posição profissional para cometer o abuso durante um atendimento. A vítima, que procurou o profissional devido a dores no estômago, foi submetida a exames e, posteriormente, o médico alegou que ela possuía uma condição chamada “anteversão do útero”.
Sob o pretexto de realizar um procedimento para corrigir essa suposta condição, o médico teria instruído a paciente a retirar a roupa e a teria tocado em seus seios e na região íntima, alegando que estava reposicionando o útero. A mãe da adolescente, que acompanhava a consulta, percebeu o desconforto da filha e pediu que o cirurgião gástrico interrompesse o procedimento.
Após o ocorrido, a adolescente e sua mãe procuraram outro médico, que informou que o procedimento realizado pelo profissional anterior não tinha embasamento técnico. Diante disso, elas decidiram denunciar o caso ao MPGO.
Médico já possui condenação por feminicídio
O cirurgião gástrico já possui uma condenação por feminicídio, ocorrida no final dos anos 1990, quando ele matou sua ex-mulher, Magda Maria Braga de Mattos, em Nova Lima (MG). Na época, ele dopou a mãe da vítima com um suco e injetou álcool no soro da ex, que estava internada para tratar de dores abdominais. Segundo o processo, Alfredo não aceitava que Magda estivesse em outro relacionamento.
Posição do MP
Ao Mais Goiás, o MPGO explicou que o acusado em questão foi preso nesta sexta-feira em decorrência de uma decisão do Juízo de Execução Penal de Morrinhos, que acolheu pedido feito pelo órgão para regressão cautelar do regime de cumprimento da pena a ele aplicada como condenação pelo feminicídio de sua ex-mulher, ocorrido em Minas Gerais. Ele estava, atualmente, cumprindo a pena em regime aberto em Morrinhos.
“No pedido, o MP apontou o novo processo penal aberto contra ele por estupro de vulnerável de uma adolescente em Goiânia como justificativa para regressão do regime para o fechado. O pedido cautelar foi feito pela promotora de Justiça Camila Fernandes Mendonça, responsável pela denúncia no caso do estupro, tendo tido manifestação favorável do promotor Nelson Vilela Costa, de Morrinhos. A decisão de regressão foi da juíza Anelize Beber Rinaldin, de Morrinhos.”
Em relação à negativa de prisão do juízo em Goiânia, em fevereiro, o MPGO recorreu, sim, dessa decisão, mas esse recurso ainda não foi julgado.
Sobre a divulgação da imagem do suspeito, ela “foi realizada conforme a Lei nº 13.869/2019 e a Portaria nº 547/2021 da PCGO, mediante despacho da autoridade policial responsável, com o objetivo de identificar possíveis novas vítimas”.
Nota da defesa:
“A defesa de Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior manifesta sua inconformidade com a imposição da proibição do exercício da medicina como medida cautelar decretada em um processo judicial, decisão que, apesar de respeitada, já está sendo devidamente combatida por meio dos recursos cabíveis.
A imposição dessa restrição, antes do devido trânsito em julgado, atenta contra a presunção de inocência, princípio fundamental assegurado pela Constituição Federal. O profissional afastado tem uma carreira médica de mais de três décadas, sem registros de condutas irregulares, e sempre exerceu sua profissão com ética e responsabilidade.
A defesa reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência no curso do processo e reitera que todas as providências judiciais estão sendo adotadas para restabelecer o direito de Alfredo ao exercício da medicina. Confiamos que a Justiça prevalecerá e que seu nome será devidamente reabilitado perante a sociedade e sua categoria profissional.
Por fim, esperamos que a imprensa e a sociedade evitem julgamentos precipitados e aguardem o desfecho do devido processo legal no Poder Judiciário, onde os fatos deverão ser apurados de maneira justa e imparcial.”
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A REDAÇÃO
Anestesiologistas apontam dívida e avaliam suspender atendimentos em Goiânia
Categoria alega que não recebe desde novembro
A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO) emitiu, na última sexta-feira (14/3), um comunicado apontando que existem débitos da Prefeitura de Goiânia junto à categoria e que a falta de pagamento deve impactar tanto os atendimentos realizados nas unidades municipais de saúde quanto aqueles prestados, em hospitais particulares, aos beneficiários do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).
No final desta terça-feira (18/3), já existiam registros de reclamações de usuários sobre dificuldade no agendamento de cirurgias eletivas – procedimentos agendados e que não configuram casos de urgência. O que, segundo a COOPANEST-GO, seria relexo da dívida da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), que figura desde novembro passado e já soma aproximadamente R$ 7 milhões.
Em nota, o Imas afirmou que já realizou os pagamentos e que os atendimentos devem ser normalizados até o final desta semana.
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O GLOBO
Unimed Nacional é convocada para reunião hoje na ANS, após registrar maior prejuízo do setor
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) convocou aNacional para uma reunião nesta quarta-feira, às 10h, diante do fato de a cooperativa ter registrado o maior prejuízo do setor em 2024, R$ 503 milhões. Apesar de admitir que a cooperativa teve seu resultado prejudicado por ter sido obrigada judicialmente a assumir a carteira de clientes de Unimeds país afora, Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da agência reguladora, avalia que há um problema de governança no sistema.
– De forma geral, as Unimeds precisam de um aprimoramento da sua governança. O primeiro problema das Unimeds é que não tem rateio das perdas assim que elas acontecem e isso vira uma bola de neve. Como é distribuído lucro, quando ele existe, aos médicos cooperados, que afinal são os sócios da operadora, era preciso ratear os prejuízos assim que ele acontece. Sei que a Nacional foi instada judicialmente a assumir carteiras ruins e merece um socorro do sistema nacional, mas a nossa preocupação é garantir que quando o consumidor precise ele tenha o atendimento necessário. Por isso, chamamos a cooperativa para conversar e entender o que está sendo feito.
Em janeiro, a Nacional fechou um acordo para receber um aporte de R$ 1 bilhão de 300 cooperativas médicas regionais. O objetivo era reequilibrar as contas da operadora e evitar uma intervenção da ANS, conforme noticiado pelo jornal Valor.
Aquino abre um parênteses para explicar que o prejuízo de R$ 1,5 bilhão da Cabesp, autogestão do extinto Banco do Estado de São Paulo, que aparece no painel econômico-financeiro da agência, deve ser desconsiderado, pois se trata de uma questão contábil, com a atualização no balanço de papéis da empresa pelo seu valor seu valor real.
– A Cabesp vai bem obrigada, tem um patrimônio de RS 12 bilhões, por isso, dizemos que o maior prejuízo é da Nacional, apesar de no painel ela aparecer no topo.
O pior desempenho individual, de fato foi da Nacional, mas olhando de forma segmentada o pior resultado foi registrado entre os planos de saúde de autogestão, aqueles que não têm fins lucrativos, normalmente direcionados a servidores públicos, uma empresa específica ou classe profissional. Entre as mais conhecidas estão a Cassi, dos funcionários do Banco do Brasil, que registrou um resultado negativo de R$ 469, 71 milhões e Geap, que tem entre seus usuários a servidores públicos, aposentados, pensionistas, e familiares, ficou negativa em R$ 27 milhões. O segmento foi o único a registrar prejuízo como um todo, de R$ 2,1 bilhões.
-Seria preciso aumentar os recursos nas autogestão, mas acho que os usuários não terão capacidade de aportar mais dinheiro. Acho que será preciso mudar alguma coisa no regramento da autogestão. Um dos pedidos do segmento era que avaliássemos a possibilidade de poderem ofertar planos para o mercado em geral, mas os estudos indicam que o volume de contratos e o preço que precisariam para viabilizar o negócio não resolvem o problema das autogestão. Será preciso avaliar outras alternativas – diz o diretor.
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PORTAL CÂMARA DOS DEPUTADOS
Governo prioriza prevenção do câncer, mas entidades apontam falhas no atendimento às mulheres
Em debate na Câmara dos Deputados, especialistas pediram rapidez na implantação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e correção de falhas no atendimento às mulheres na rede pública. Ainda há, por exemplo, baixo diagnóstico precoce da doença, dificuldade de acesso a medicamentos e problemas de financiamento no SUS.
A audiência ocorreu na Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil. A representante do Ministério da Saúde, Aline Lopes, citou “situação alarmante” para justificar a relevância do tema no governo federal.
“É uma pauta prioritária do governo e do Ministério da Saúde, porque a gente espera, de acordo com as estimativas de câncer do INCA [Instituto Nacional do Câncer], para o triênio de 2023 a 2025, mais de 70 mil casos de câncer de mama, mais de 23 mil casos de câncer de cólon e reto, e 17 mil casos de câncer de colo de útero. São esses os cânceres mais prevalentes na nossa população brasileira”, disse.
Acompanhamento e busca ativa
A política nacional foi aprovada pelo Congresso em 2023 com os objetivos de reduzir a incidência dos diversos tipos de câncer e garantir acesso ao cuidado integral e à qualidade de vida do paciente, além de reduzir a mortalidade. No início deste ano, surgiram as primeiras portarias para regulamentar a estrutura da rede de acompanhamento e de busca ativa de pacientes oncológicos, prevista na lei. Com foco nas mulheres, Aline Lopes anunciou ações para ampliar o diagnóstico precoce por meio do Programa Mais Acesso a Especialistas e de novas diretrizes para mulheres com alto risco de câncer de mama, inclusive com a realização de testes genéticos.
No entanto, especialistas exemplificaram o que chamam de “abismo” de atendimento. Herika Rodrigues, do Instituto Lado a Lado pela Vida, mostrou diferentes realidades enfrentadas pelas pacientes.
“Primeira: mulheres jovens que precisam de prevenção contra o câncer de colo de útero, no caso a vacina do HPV. Segunda realidade: mulheres jovens que descobrem o câncer muito cedo e não estão no protocolo do rastreamento. Terceira realidade: mulheres que descobrem a doença e não conseguem obter o diagnóstico no prazo de 30 dias. (Também há) Mulheres em tratamento que recebem acesso a tecnologias diferentes dentro do mesmo centro de referência. Ou seja: falta padrão no tratamento do câncer”, afirmou.
Políticas consolidadas
A Associação Recomeçar, de mulheres mastectomizadas de Brasília, mostrou auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontando média de 100 a 180 dias para a definição de diagnóstico definitivo de câncer no SUS. O atraso no início do tratamento reduz drasticamente as chances de cura. A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Angélica Rodrigues, se queixou da subutilização até mesmo de políticas que já estão mais consolidadas no país.
“A gente sempre fala em incorporações de novas tecnologias que são, sim, necessárias, mas a gente não está fazendo o mínimo. A taxa de cobertura de mamografia no Brasil, a partir de 50 anos de idade a cada dois anos, atinge cerca de um terço das mulheres apenas. No Brasil, existe mamógrafo e exame gratuito para as mulheres, mas a gente não atinge essa cobertura. Então, é preciso rever as estratégias de educação e de alerta para a mulher”.
Aliás, as sociedades médicas já pressionam o SUS a recomendar o exame de mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade. A expectativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que os casos de câncer em geral subam dos atuais 20 milhões para cerca de 30 milhões por ano até 2040. No caso da mulheres, as maiores incidências são de mama (30% dos casos), cólon e reto (9,7%), colo do útero (7%), traqueia, brônquio e pulmão (6%), glândula tireoide (5,8%), estômago (3,3%), corpo do útero (3,2%), ovário (3%), pâncreas (2,3%) e linfoma não Hodgkin (2,3%), segundo o INCA.
Financiamento
Para superar as dificuldades de financiamento da política nacional, o presidente da comissão especial, deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), defendeu a aprovação das suas propostas de Fundo Nacional de Enfrentamento ao Câncer (PL 4434/21) e de percentuais mínimos de investimento de União, estados e municípios no combate à doença (PLP 65/24).
“O rastreamento e a prevenção precisam avançar. Precisamos, inclusive, de mais unidades móveis percorrendo as cidades e realizando os exames preventivos de forma permanente na zona rural, que é um grande gargalo também”.
A audiência também contou com representantes do Instituto Oncoguia e do Hospital de Amor, que tem experiências de testes diagnósticos de câncer por meio de carretas itinerantes.
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MEDICINA S/A
São Paulo lidera crescimento de beneficiários de planos e atinge taxa de cobertura de 39,8%
O crescimento do mercado brasileiro de saúde suplementar está sendo impulsionado, em números absolutos, pelo desempenho do Estado de São Paulo. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) 103, produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o Estado registrou, em janeiro de 2025, 18,3 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares, correspondendo a 35,8% do total nacional.
A marca de 18,3 milhões de beneficiários corresponde a um crescimento de 1,8% ante janeiro de 2024 e corresponde ao saldo de 317,3 mil novos beneficiários. No País, janeiro registrou 52,2 milhões de beneficiários, alta de 2% ante o mesmo mês do ano passado, equivalendo a um saldo de 1 milhão de novos beneficiários no período. Ou seja, isoladamente, São Paulo respondeu por 31,7% dos novos usuários de planos de saúde do Brasil. O Estado detém uma taxa de cobertura (percentual do total da população que conta com o benefício do plano de saúde,) de 39,8%, enquanto a média nacional é de 24,6%.
Na visão do IESS, o crescimento paulista reflete a recuperação econômica e a valorização da assistência à saúde pelos trabalhadores. “A saúde suplementar no Brasil segue em expansão, mas é notável como São Paulo se destaca. A taxa de cobertura do estado supera a média nacional em mais de 15 pontos percentuais”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Crescimento impulsionado pelos planos coletivos empresariais
O aumento do número de beneficiários no estado foi impulsionado pelos planos coletivos empresariais, que cresceram 3,3% em 12 meses, somando 440,7 mil novos vínculos. Em contrapartida, os planos individuais ou familiares registraram queda de 1,3%, e os planos coletivos por adesão recuaram 5,8%.
A correlação entre o crescimento do emprego formal e a expansão dos planos coletivos empresariais é evidente. Dados do Novo Caged (Ministério do Trabalho e Emprego) apontam que São Paulo criou 457,3 mil postos de trabalho formais entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. “O desempenho positivo do mercado de trabalho tem impacto direto no aumento dos beneficiários de planos de saúde. O crescimento do emprego formal reforça a tendência de ampliação dos planos coletivos empresariais, que são oferecidos como benefício aos trabalhadores”, explica Cechin.
Destaque nacional e comparações regionais
O crescimento de São Paulo contrasta com o desempenho de outros estados. Enquanto o estado teve 317,4 mil novos beneficiários, o Rio de Janeiro perdeu 87,3 mil vínculos no mesmo período. No Norte e Nordeste, as taxas de cobertura permanecem abaixo da média nacional, com 11,2% e 12,9%, respectivamente. “A disparidade regional na cobertura de planos de saúde ainda é um desafio. Enquanto São Paulo se aproxima dos 40% de cobertura, outras regiões do país possuem taxas mais baixas, o que reforça a importância do debate sobre acesso à saúde suplementar e políticas de incentivo à ampliação do setor”, avalia Cechin.
Expansão dos planos odontológicos
O segmento de planos exclusivamente odontológicos também apresentou crescimento. Em janeiro de 2025, o Brasil registrou 34,4 milhões de beneficiários nesses planos, um aumento de 6% em 12 meses, equivalente a 1,9 milhão de novos vínculos. Em São Paulo, o crescimento foi de 5,2%, com um acréscimo de 581 mil beneficiário, ou quase um terço do crescimento nacional.
Os planos coletivos empresariais foram os principais responsáveis por essa expansão, representando 88,5% dos planos odontológicos coletivos. Já os planos individuais ou familiares cresceram 9,8%, um ritmo mais acelerado em relação aos planos médico-hospitalares.
Para Cechin, esse crescimento reforça a conscientização sobre a importância da saúde bucal. “A ampliação do acesso a planos odontológicos reflete não apenas a demanda crescente da população, mas também o reconhecimento das empresas de que a saúde bucal impacta diretamente a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores”, destaca Cechin.
Perspectivas para o setor
O cenário de expansão da saúde suplementar em São Paulo reflete uma tendência de valorização da saúde privada no Brasil. A continuidade do crescimento do setor depende da expansão do mercado de trabalho e da atividade econômica.
“A tendência é que o crescimento continue acompanhando o avanço do emprego formal e a atividade econômica. Se a geração de empregos se mantiver em alta, o número de beneficiários dos planos de saúde deve seguir essa curva ascendente nos próximos meses”, conclui Cechin.
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Assessoria de Comunicação