Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/04/24

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DESTAQUES

Planos de saúde têm lucro líquido de R$ 2,98 bilhões em 2023

Custo de internação de paciente com dengue é de R$ 3.323

ISTOÉ ONLINE

Planos de saúde têm lucro líquido de R$ 2,98 bilhões em 2023


Dados indicam recuperação do setor no cenário pós-pandemia, com alta de quase 400% em relação ao ano anterior; números foram divulgados nesta 5ª feira pela ANS

O setor de saúde suplementar registrou lucro líquido de R$ 2,98 bilhões no ano de 2023. O dado foi divulgado nesta 5ª feira (18.abr.2024) pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O resultado mostra a recuperação do segmento, que havia fechado 2022 com lucro líquido de R$ 606 milhões -uma diferença de quase 400% .

A saúde suplementar compreende as operadoras de planos de saúde médico hospitalares, planos odontológicos e administradoras de benefícios. Para a ANS, o desempenho é o mais positivo do período pós-pandemia. Nos números agregados, os resultados líquidos por segmento foram:

médico-hospitalar, principal do setor, registrou lucro de R$1,93 bilhões.

administradoras de benefícios registro de lucro de R$ 406,4 milhões; e,

operadoras exclusivamente odontológicas, de R$ 652,8 milhões;

As operadoras médico-hospitalares fecharam o ano passado com o resultado operacional negativo de R$ 5,9 bilhões. O prejuízo, no entanto, foi compensado pelo resultado financeiro de $ 11,2 bilhões, um recorde.

Já o lucro líquido somado do segmento foi de R$ 1,9 bilhão. O número contrasta com o de 2022, quando foi registrado prejuízo de R$530 milhões.

“A recuperação está acontecendo, os resultados são melhores do que o que foi projetado para o setor. Inclusive, poderíamos até mesmo ter números melhores, mas houve ajustes contábeis significativos em operadoras maiores que tiveram impacto nos resultados gerais”, afirmou o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

Para o diretor, é preciso uma visão mais ampla do cenário e a revisão de modelos. “Temos acompanhado atentamente certas dificuldades na gestão das operadoras. Por isso, reforçamos que é necessária uma revisão do modelo de gerenciamento e de atendimento, para que elas possam entregar melhores serviços com melhor aproveitamento de todos os seus recursos. Não é uma fórmula fácil, mas as operadoras precisam buscar equacioná-la”, disse.

SINISTRALIDADE

A sinistralidade, principal indicador que explica o desempenho das operadoras médico-hospitalares, registrou o valor de 87,0% no ano de 2023. O número está 2,2 pontos percentuais abaixo do apurado no ano anterior. O percentual indica que em torno de 87% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais.

A redução da sinistralidade atual em relação aos mesmos períodos dos anos anteriores é resultado da recomposição das mensalidades dos planos – em especial das grandes operadoras – quando comparada à variação das despesas.

Segundo a ANS, é observada uma tendência de maior crescimento das mensalidades médias, ajustadas pela inflação do período observado, em relação à despesa assistencial por beneficiário, também ajustada pela inflação. Para a agência, o cenário sugere que o setor passa por um período de reorganização de seus contratos para recuperar os resultados na operação.

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MEDICINA S/A

Custo de internação de paciente com dengue é de R$ 3.323

O Brasil concentra 83% de todos os casos de dengue em países das Américas (América do Sul, Central e Norte), segundo dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). No total, as regiões registraram cerca de 4,6 milhões de casos de dengue neste ano, o que representa um crescimento de 237% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, o país já registrou mais de 3,1 milhões de casos prováveis da doença e 1.292 mortes confirmadas, com outros 1.875 óbitos em investigação.

Em levantamento realizado na plataforma DRG Brasil, em 25 hospitais brasileiros, no período de janeiro de 2023 a março de 2024, foi contabilizado 1.054 internações de pacientes com dengue, que consumiram 3.926 dias de leito, com média de permanência de 3,7 dias. Na base de dados de custos da Planisa (empresa com expertise em serviços de consultoria para otimização da gestão de custos), em igual período, cada diária custou, aproximadamente, R$ 898. “Portanto, cada paciente com dengue custou, em média, para o sistema de saúde hospitalar, R$ 3.323. Os desafios da saúde no Brasil são recorrentes e muitos têm origem na deficiente estrutura sanitária, o que ocasiona internações hospitalares que poderiam ser evitadas”, ressalta o especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo.

Carnielo lembra que hoje, os processos de transição demográfica e epidemiológica colocaram as doenças crônicas como as principais causas de internações e consumidoras de recursos no sistema de saúde brasileiro. Segundo Ministério da Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são a maior a causa de morte e adoecimento da população, constituindo-se uma epidemia no país. As DCNTs vitimam mais de 700.000 pessoas por ano no país e aproximadamente 50% da população possuía ao menos uma DCNT em 2019.

Com o envelhecimento da população, a tendência é que a incidência e prevalência destas patologias aumentem ainda mais. “Por outro lado, evidenciam-se as persistentes incidências de doenças transmissíveis, transmitidas por vetores, e as causas externas, como a Covid-19, a atual epidemia da dengue, os acidentes de trânsito e a violência, com destaque aos homicídios. As doenças infectocontagiosas causadas por vírus e bactérias são prevalentes em países pobres e com déficit em saneamento”, pontua Carnielo. “Especialmente a dengue, transmitida pelo vetor Aedes aegypti, também transmissor das febres zika e chikungunya, não é novidade por aqui, uma vez que se registrou entre 2015 e 2016, aumento de incidência de 95%. As causas são amplamente conhecidas e remontam a raiz da falta de abastecimento de água e saneamento”, salienta.

Para o diretor de Serviços da Planisa, o futuro da saúde reside na capacidade do sistema de saúde de diminuir o custo per capita. “Para tal, políticas sólidas de prevenção e promoção da saúde tornaram-se imperativas, como a ampliação com eficiência e efetividade da atenção primária ou continuaremos sendo hospitalocêntricos”, conclui.

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Assessoria de Comunicação