CLIPPING SINDHOESG 19/05/17

19 de maio de 2017

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Bebê que precisa ser operado para não ter a perna amputada consegue cirurgia
Palestra orienta administradores sobre o uso das mídias sociais no ambiente hospitalar
Brasil fica em 89º lugar em pesquisa sobre qualidade e acesso à saúde
Transparência e Ética na saúde

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Bebê que precisa ser operado para não ter a perna amputada consegue cirurgia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/bebe-que-precisa-ser-oeprado-para-nao-ter-a-perna-amputada-consegue-cirurgia/5879932/

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AHPACEG

Palestra orienta administradores sobre o uso das mídias sociais no ambiente hospitalar

A popularização do uso das redes sociais mudou consideravelmente a comunicação entre as pessoas, por exemplo, agilizando e facilitando a disseminação de informações. O ambiente de trabalho, claro, não ficou fora destas mudanças.

Hoje, com um simples clique no celular é possível convocar os diretores para uma reunião ou fazer um comunicado aos colaboradores sem a necessidade dos memorandos antes impressos. Mas, se por um lado essa comunicação virtual tem sido benéfica para as empresas, por outro tem também gerado muitas dores de cabeça.

Na área da saúde, que tem regras próprias para preservar o sigilo das informações e a privacidade dos pacientes, o uso do facebook, instagram, whatsapp e outros canais de comunicação virtuais no ambiente de trabalho é ainda mais preocupante. Para orientar os associados sobre a melhor maneira de lidar com a situação, a Ahpaceg promoveu a palestra “Mídias Sociais” para os administradores dos hospitais.

Quem abordou o tema foi a advogada Ingrid Wernick, que ressaltou a importância de os hospitais estarem atentos ao uso das mídias sociais. A permissão ou veto da utilização de telefones celulares e de redes sociais no ambiente de trabalho, de acordo com a advogada, fica a critério de cada diretoria. Mas, segundo ela, é fundamental que os hospitais tenham um código de conduta para orientar esse uso por colaboradores e clientes.
Ingrid Wernick exemplificou que não devem ser postadas fotos com a identificação de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Essa divulgação, vale ressaltar, fere normas do Conselho Federal de Medicina e o diretor técnico da unidade pode ser responsabilizado pela infração. Já fotos em berçários de maternidades são normalmente divulgadas pelas próprias famílias dos bebês.
“Mas, não podemos contar apenas com o bom senso dos colaboradores ou pacientes, por isso é importante que o hospital tenha um código de conduta sobre o assunto”, alertou. A palestra sobre mídias sociais foi a primeira de uma série sobre temas de interesse dos associados que a Ahpaceg vai promover durante as reuniões ordinárias dos administradores.
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O GLOBO

Brasil fica em 89º lugar em pesquisa sobre qualidade e acesso à saúde

Levantamento foi realizado em 195 países

RIO – Doenças como sarampo, epilepsia e apendicite já têm métodos de prevenção e tratamento amplamente conhecidos mas, ainda assim, levam a milhares de mortes a cada ano no mundo. Em um levantamento publicado ontem no periódico médico internacional "The Lancet", pesquisadores fizeram pela primeira vez um diagnóstico desta mortalidade "evitável" em todo o mundo. Em um índice que vai de 0 a 100 – em que 100 representa os melhores resultados – e se baseia no tratamento de 32 causas de morte evitáveis, o Brasil teve, em 2015, pontuação 64,9. É um avanço em relação à métrica de 1990, de 50,1 pontos, mas o país fica atrás de vizinhos da América Latina como Chile, Uruguai e Argentina e apenas uma colocação à frente da Venezuela. No mundo, Andorra lidera com o melhor índice (94,6), e na lanterna, figura a República Centro-Africana (28,6).
O Brasil tem bons índices em doenças que podem ser prevenidas com vacinação, como a difteria (na qual o país tem o melhor índice, de 100) e o sarampo (99). Os pontos mais frágeis, porém, são os distúrbios neonatais (41), infecções respiratórias no trato inferior (43) e doenças biliares e da vesícula (44).
– O que constatamos com relação à qualidade e ao acesso a serviços de saúde é perturbador – afirma Christopher Murray, autor principal do estudo e diretor do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington. – Uma economia robusta e a abundância de tecnologia médica não garantem bons serviços de saúde. Sabemos disso porque as pessoas não estão recebendo os cuidados que seriam esperados para doenças com tratamentos estabelecidos.
PAÍS PODERIA TER 9,8 PONTOS A MAIS
O estudo estima também, em relação a esta métrica principal – denominada índice de Qualidade e Acesso a Serviços de Saúde (QASS) -, o potencial de melhoria em um país com base em seus recursos e desenvolvimento próprios. De acordo com os pesquisadores, o Brasil poderia ter mais 9,8 pontos que os 64,9 em 2015 caso o país otimizasse seus recursos na área de saúde.
Apesar de reconhecer uma melhora do acesso à saúde no Brasil e no mundo entre 1990 e 2015, a diretora médica da Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês), Carolina Batista, destaca que há ainda desigualdades e mortes evitáveis que o país precisa combater.
– Apesar de, por um lado, haver uma parte do estudo a ser celebrada, outro mostra que, se não houver melhoras, as pessoas vão continuar morrendo. Temos que fazer um melhor uso de estruturas de atenção primária, de medicina da família – destaca Carolina.
Para a médica, as causas de morte com índices mais preocupantes no Brasil – os distúrbios neonatais e as infecções respiratórias no trato inferior – expõem a dificuldade de acesso, sobretudo entre comunidades periféricas e remotas, a estruturas, profissionais e tratamentos de saúde eficazes.
– Distúrbios neonatais são complicações que surgem no primeiro mês de vida do bebê e podem se agravar, por exemplo, quando não há acompanhamento médico neste período. Já as infecções respiratórias são um espelho de um acesso ruim à saúde: uma criança com gripe acaba não se tratando e desenvolve uma pneumonia.
Também nos países desenvolvidos, os números resumem realidades intrigantes. Noruega e Austrália, por exemplo, ficaram na faixa dos 90 pontos, mas no que diz respeito ao tratamento do câncer testicular, o país nórdico pontuou 65 e a Austrália obteve apenas 52 pontos no trato ao câncer de pele não melanoma.
– Na maioria dos casos, ambos os tipos de câncer podem ser tratados com eficiência – destaca Murray. – Não é então seriamente preocupante que pessoas estejam morrendo desses tumores em países que têm recursos para tratá-los?
DADOS COLETADOS DESDE 2000
Os pesquisadores que assinam a publicação no "Lancet" afirmam que esta é a primeira iniciativa a avaliar a qualidade e o acesso a serviços de saúde em 195 países. Para isso, os professores Martin McKee e Ellen Noltre vêm levantando dados na área desde 2000. As pontuações para o índice QASS se baseiam em estimativas do Estudo Global Anual do Peso de Doenças, Lesões e Fatores de Risco (GBD), uma iniciativa que reúne informações sobre doenças e fatores de risco com a colaboração de 2.300 pessoas em 133 países.
Nos 25 anos cobertos pela pesquisa, a média global do índice apresentou melhora: passou de 40,7 pontos em 1990 para 53,7 em 2015. Mesmo assim, países de parte da África Subsaariana, da Ásia e do Pacífico continuam apresentando os quadros mais drásticos. Agora, os autores do estudo pretendem fazer do índice uma métrica a ser atualizada anualmente.
Para Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), a pesquisa pode ser um importante guia para políticas públicas de saúde no direcionamento de esforços – algo que precisa ser feito no Brasil, por exemplo, em relação à tuberculose, que tem pontuação 65.
– Podemos erradicar a tuberculose se tivermos planejamento e a incorporação de medicamentos eficientes contra formas resistentes da doença.
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PORTAL NACIONAL DE SEGUROS

Transparência e Ética na saúde

Representantes da cadeia de saúde discutem o relacionamento entre indústria médica e profissionais de saúde

Um debate – em torno dos caminhos para a transparência no relacionamento entre representantes da indústria de materiais e profissionais de saúde – reuniu médicos e executivos de hospitais, planos de saúde, empresas e Governo durante a Feira Hospitalar 2017, na última terça-feira (18), no Expo Center Norte, em São Paulo.
O painel 'Indústria e profissionais de saúde: caminhos para a transparência – A legislação americana, o Sunshine Act, é uma opção para o Brasil?', promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED), contou com a participação de Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde); Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM); Fabrício Campolina, presidente do Conselho de Administração da ABIMED; Paulo Chapchap, presidente do Hospital Sírio-Libanês; e Renato Capanema, diretor de Promoção da Integridade da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério da Transparência.
A advogada Katie Pawlitz, consultora de empresas para questões ligadas ao Sunshine Act nos Estados Unidos, relatou a experiência americana. Em vigor desde 2013, essa legislação obriga todo fabricante dos Estados Unidos a reportar ao governo federal qualquer transação financeira realizada a profissionais de saúde e entidades médicas. Além disso, essas informações ficam disponíveis para consulta pública em um site. De acordo com a advogada, em 2014, os dados publicados remetem a mais de US$ 11 milhões de transferências para médicos e hospitais. "Em uma Lei de Transparência é importante definir finalidade e clareza, para que as informações sejam entendidas também pelo paciente", explicou Katie.
Em seguida, houve debate para avaliar se uma legislação nos moldes do Sunshine Act também seria um bom caminho para o Brasil. A discussão evidenciou, para todos os presentes, que a transparência é de fundamental importância, mas, em paralelo, devem se observar também questões como a sustentabilidade do setor de saúde, a burocracia brasileira e a crise ética que o país atravessa.
Para a presidente da FenaSaúde, a discussão deve ser mais ampla e passa pelo trato da informação. Segundo a executiva, 50% dos custos médicos hospitalares estão na internação e 10% dessas despesas são relacionadas com OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais). Solange Beatriz também enumerou casos de disparidades de preços em função de margens agregadas na cadeia. Um exemplo citado foi de uma prótese de joelho, no qual o valor final do produto é 8,7 vezes maior que o custo inicial. Segundo levantamento da FenaSaúde, o produto sai da fábrica com um custo de, aproximadamente, R$ 2 mil e o preço pago pela operadora é de mais de R$ 18 mil, nesse percurso a comissão médica é de R$ 3.500 e a margem do hospital é de R$ 3.900. No decorrer da cadeia da saúde, ainda são somados os custos operacionais relativos a tributos, seguros e fretes, entre outros. "Precisamos tornar as informações ainda mais transparentes. Operadoras de planos de saúde e o próprio SUSdevem saber o que e quanto estão pagando", declarou.
A presidente da FenaSaúde também citou a Máfia das Próteses, denunciada em 2015, que resultou em duas CPIs: uma na Câmara dos Deputados, em Brasília, e outra na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Além disso, foi criado ainda um Grupo de Trabalho Externo de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (GTE OPME), coordenado pela ANS e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O grupo de trabalho fez um diagnóstico do setor, apontou assimetria de informações e propôs ações que passam por alterações no Código Penal e no Código de Defesa do Consumidor. Sugeriu ações que já estão em andamento, como a padronização da nomenclatura, atualmente 69 mil termos já estão ajustados pela ANS, por meio da TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar); e a criação de Registro Nacional de Implantes (RNI), em fase de teste piloto no SUS. Outras não saíram do papel, como as regras de garantia, validade e rastreabilidade dos DMI (Dispositivos Médicos Implantáveis) e ampliação das informações ao paciente portador de DMI. Ou seja, muito pouco se avançou. Além disso, vários projetos de lei estão parados no Congresso", explicou.
Para a implantação de uma lei inspirada no Sunshine Act, de fato, acontecer no Brasil, é necessário avanços significativos. "É preciso que haja incentivo a disseminação de informação clara e precisa, além da promoção e valorização de atitudes éticas", finalizou Solange Beatriz Mendes.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação