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DESTAQUES
Especialistas alertam para o risco da terceira onda de Covid em Goiás
Com vacinação lenta e baixo isolamento, pesquisadores preveem 3ª onda da Covid-19 no Brasil
Com quase 80% dos leitos de UTI ocupados, Goiás registra 3.397 novos casos da Covid-19 em 24 horas
Goiás recebe mais 21.060 doses da Pfizer nesta quarta-feira (19/5)
Goiânia ultrapassa 540 mil doses de vacinas contra covid-19 aplicadas
Covid-19: Goiás registra 3,3 mil novos casos e 56 mortes em um dia
Vacina contra Influenza é aplicada em 59 postos de Goiânia
Cientistas criam teste de covid-19 com resultado em um segundo
Fórum de Saúde Brasil: equilíbrio entre custo, acesso e qualidade é desafio do atendimento privado
Plano de saúde individual terá mensalidade menor
TV ANHANGUERA
Especialistas alertam para o risco da terceira onda de Covid em Goiás
globoplay.globo.com/v/9527175/
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JORNAL OPÇÃO
Com vacinação lenta e baixo isolamento, pesquisadores preveem 3ª onda da Covid-19 no Brasil
Por Gabriela Macedo
Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, nos EUA, projeta que Brasil pode alcançar os 751 mil mortos até agosto; pesquisadora da UFES e da Universidade de Hopkins afirma que somente o avanço da vacinação, e a continuidade das medidas protetivas, podem reverter esse cenário
Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, publicado na última semana, registra pequena redução as taxas de mortalidade e na ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – entre os dias 2 e 8 de maio – em decorrência de contaminação pelo coronavírus. No entanto, apesar da ligeira diminuição, pesquisadores do Instituto afirmam que os indicadores monitorados pelo grupo indicam intensa circulação do vírus em todo o Brasil. Com resultados, terceira onda do vírus não é descartada.
“A pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo das próximas semanas, além de dar oportunidade para o surgimento de novas variantes do vírus devido à intensidade da transmissão. Uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave “, alerta o boletim.
Projeções feitas por cientistas do Brasil e dos Estados Unidos, acerca da situação brasileira da pandemia, também confirmam a previsão. “Evitar a terceira onda vai depender muito da vacinação, que já se mostra efetiva na redução de mortes e internações. Temos que vacinar 1,5 milhão de pessoas ao dia, idealmente 2 milhões. E ter cautela na flexibilização das medidas de isolamento”, explica a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e doutora pela Universidade Johns Hopkins, nos EUA, Ethel Maciel.
O Brasil registrou uma “ligeira redução” nas taxas de mortalidade pela Covid-19 nas últimas duas semanas, mas a incidência de casos se mantém elevada, assim como os valores de positividade dos testes para diagnóstico da doença. As informações são do mais recente boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira.
3ª onda da Covid-19
Das entidades que expressaram preocupação à situação sanitária do Brasil, estão o Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, nos EUA, que desde o início de 2020 se destaca por suas projeções certeiras. Após levantamento, o instituto indica que o país poderá chegar ao marco de 751 mil mortos pela Covid-19 até o final do mês de agosto – até o dia 27. A previsão foi realizada considerando um cenário em que 95% da população do país utiliza máscaras e outras medidas de proteção.
Os dados do Instituto de Métricas são utilizados tanto em em avaliações da pandemia pela Casa Branca, quanto pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Rede Análise Covid-19, que contém uma equipe multidisciplinar de pesquisadores brasileiros, alerta que o país tende a apresentar picos de casos da doença, como os da primeira onda em julho de 2020 e da segunda onda no início de 2021. Como um tipo de padrão, os picos são seguidos de queda, estabilização e, em seguida, aumento de casos de contágio, internações e óbitos.
Quem também prevê um resultado trágico ao país quanto à crise sanitária são as Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Em seus portais, a projeção é que o total de casos no país ultrapasse os 15,4 milhões ainda e maio, cravando uma curva ascendente.
Ocupação de leitos de UTI
O boletim da Fiocruz ainda mostra que entre os dias 3 e 10 de maio, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentaram quedas significativas na região Norte, com o Acre e o Amazonas deixando a zona de alerta. Já no Centro Oeste, os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal também tiveram redução e saíram da área crítica.
A capital goiana, entretanto, permaneceu na faixa de 92% de ocupação, juntamente a Porto Velho (92%), Teresina (96%), Natal (92%), Aracajú (99%), Rio de Janeiro (93%) e Curitiba (92%).
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Com quase 80% dos leitos de UTI ocupados, Goiás registra 3.397 novos casos da Covid-19 em 24 horas
Por Luiza Lopes
Até o momento, 16.246 goianos já perderam a vida em decorrência da doença, o que significa uma taxa de letalidade de 2,78%
Segundo o painel da Covid-19, foram registrados 3.397 novos casos e 56 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. A última vez que os dados se aproximaram desse número foi há duas semanas. No 04 de maio, 3.122 casos foram protocolados.
Até o momento, 16.246 goianos já perderam a vida em decorrência da doença, o que significa uma taxa de letalidade de 2,78%. Há 294 óbitos suspeitos que estão em investigação. Em todo o território goiano, já há mais de 584 mil casos registrados de contaminação. Deste total, 557.539 estão recuperados. Outros 443.131 mil casos estão sob investigação.
Nos hospitais públicos e privados, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nesta terça-feira, 18, é de 73,04% e 42,35% das enfermarias. Apenas nos hospitais sob gestão do estado de Goiás a situação é a ainda mais crítica, 78,89% das UTIs estão ocupadas. Das 578 unidades existentes atualmente no estado, apenas 122 estão disponíveis. Já na rede pública municipal a ocupação dos leitos está em 77,34%. De acordo com a pasta, dos 295 leitos implantados, 58 disponíveis.
O mapa de calor da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), aponta que apenas a região Serra da Mesa – Alto Horizonte, Amaralina, Campinorte, Colinas do Sul, Hidrolina, Mara Rosa, Niquelândia, Nova Iguaçu de Goiás e Uruaçu – está classificada como alerta (amarelo). Todas as demais estão atualmente em situação crítica (laranja) ou de calamidade (vermelho).
Após flexibilização das atividades consideradas não essenciais e reabertura do comércio, além de denúncias de festas clandestinas e aglomerações, Goiás registrou aumento de 16% do número de óbitos por Covid-19 no Brasil. De acordo com o boletim divulgado pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, na noite desta segunda-feira, 17, o estado é o único “em alta”. O restante do país apresenta cenário de estabilidade e queda na média móvel de mortes.
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A REDAÇÃO
Goiás recebe mais 21.060 doses da Pfizer nesta quarta-feira (19/5)
Vacinas serão aplicadas em cinco cidades | 18.05.21 – 13:07
O governador Ronaldo Caiado anunciou, por meio de suas redes sociais, a chegada de mais 21.060 doses da Pfizer na madrugada desta quarta-feira (19/5). O pouso do carregamento está previsto para as 0h10, no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia. De lá, a remessa segue para conferência na Central Estadual de Rede de Frio, unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
De acordo com Caiado, todos os imunizantes serão destinados para a primeira dose na capital e nos municípios de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade e Rio Verde.
O lote vindouro, somado ao quantitativo desta terça-feira (18/5), do imunizante da AstraZeneca, fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), resultará num total de 217 mil doses recebidas pelo Governo de Goiás em 24 horas.
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Goiânia ultrapassa 540 mil doses de vacinas contra covid-19 aplicadas
Mais de 200 mil já tomaram a 2ª dose | 18.05.21 – 15:39
Dados divulgados pela Prefeitura de Goiânia mostram que a capital já ultrapassou meio milhão de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas na população. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até a manhã desta terça-feira (18/5), 546.225 mil doses foram utilizadas nos goianienses.
A primeira dose já foi aplicada em 345.392 pessoas, e a segunda em 200.833. Para o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), os números demonstram a dedicação e o compromisso da administração e da equipe de saúde. “É uma alegria muito grande chegar à marca dos mais de 546 mil vacinados. Temos uma equipe muito dedicada e que está imbuída a fazer o melhor dentro de nossas possibilidades. Assim seguiremos até vacinarmos cada cidadão e cada cidadã goianiense”, comemorou.
A Campanha de Vacinação contra a covid-19 segue programação com a aplicação da primeira dose em pessoas com comorbidades a partir de 18 anos, profissionais de saúde e idosos com 60 anos que ainda não foram vacinados. Já a segunda dose da vacina AstraZeneca está sendo aplicada em profissionais de saúde que, por algum motivo, tiveram atraso no reforço da vacina. Também segue o reforço da Coronavac para pessoas com 62 e 63 anos.
Agendamento
O atendimento pode ser agendado através do app Prefeitura 24 horas. Os endereços e a documentação necessária também constam no site da Prefeitura de Goiânia.
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Covid-19: Goiás registra 3,3 mil novos casos e 56 mortes em um dia
Estado soma 16.246 óbitos pela doença | 18.05.21 – 17:15
Goiás registrou 3.397 novos casos da covid-19 e 56 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (18/5). Com as atualizações, o Estado chega a 584.881 casos e 16.246 óbitos confirmados.
De acordo com a SES-GO, Goiás registra 557.539 pessoas recuperadas. No Estado, há 443.131 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 274.288 casos.
Além dos 16.246 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,78%, há 294 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Vacina contra Influenza é aplicada em 59 postos de Goiânia
Campanha não exige agendamento | 18.05.21 – 13:30
A vacinação contra a Influenza continua em 59 postos distribuídos em Goiânia. Atualmente, a etapa abrange pessoas a partir de 60 anos e professores da Educação Básica, além de ensinos Médio e Superior. A campanha não exige agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas e atende tanto pela modalidade pedestre quanto drive-thru.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, explica que a vacina é essencial para proteger o organismo de agentes bacterianos e infecciosos, especialmente no cenário pandêmico em que vivemos. “A campanha de prevenção contra a Influenza, além de reduzir a incidência dos casos, nos auxilia no diagnóstico preciso para o novo coronavírus”, destaca.
Pedroso argumenta que a gripe pode ter desdobramentos graves, demandando pronto-atendimento e internação. “Por isso, é de suma importância que a população se vacine contra o H1N1, evitando sobrecarga dos sistemas hospitalares e, claro, garantindo sua própria proteção”, alerta o secretário.
A influenza é causada pelo vírus H1N1, que caracteriza-se como uma infecção viral aguda e altamente contagiosa do sistema respiratório. A vacina, então, é o meio mais eficaz de evitar o surgimento de complicações decorrentes da doença. A campanha deste ano organiza 16 grupos em três etapas, de forma que é importante acompanhar quem está enquadrado em cada fase.
Na primeira etapa, encerrada em 10 de maio, foram vacinadas crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Na fase atual, iniciada em 11 de maio, o atendimento se volta aos idosos e professores, até 8 de junho. Na terceira e última etapa, com início em 9 de junho, é a vez de:
-Comorbidades;
-Pessoas com deficiência permanente;
-Caminhoneiros;
-Trabalhadores de Transporte Coletivo;
-Trabalhadores Portuários;
-Forças de Segurança e Salvamento;
-Forças Armadas;
-Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade;
-População privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
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AGÊNCIA BRASIL
Cientistas criam teste de covid-19 com resultado em um segundo
Estudo foi divulgado em jornal estadunidense | 18.05.21 – 16:06
Pesquisadores das universidades da Flórida, nos Estados Unidos, e Chiao Tung, em Taiwan, criaram dispositivos que permitem detectar a infecção pelo novo coronavírus em um segundo ou em menos de 30 minutos, conforme a técnica usada. Os estudos foram divulgados nesta terça-feira (18/5) na publicação Journal of Vacuum Science & Technology B, do Instituto Americano de Física.
Os cientistas desenvolveram um biossensor que permite detectar em um segundo biomarcadores para o vírus.
Uma equipe da Universidade de Illinois, também nos Estados Unidos, criou um dispositivo portátil, em que muitos dos seus componentes podem ser impressos em 3D e que permite obter resultados precisos a partir de uma amostra de saliva em menos de 30 minutos. O dispositivo é apresentado em artigo na revista Nature Communications.
O biossensor, semelhante ao usado para detectar glicose no sangue, permite identificar proteínas do novo coronavírus SARS-CoV-2 por meio de um detector de biomarcadores — semelhante na forma às tiras de papel utilizadas nos testes de níveis de glicose — com um pequeno canal onde são colocados os fluidos a serem analisados.
Dentro desse `microcanal`, os fluidos entram em contato com eletrodos, um dos quais é revestido a ouro, onde são quimicamente fixadas amostras de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2.
No processo de análise, um sinal elétrico é enviado de um painel de controle por meio do eletrodo com as amostras de anticorpos para um segundo elétrodo, sem anticorpos.
Esse sinal volta depois ao painel de controle, onde é amplificado por um transístor e convertido num determinado número – indicador do diferencial entre o eletrodo com anticorpos e o eletrodo sem anticorpos – que representa uma posição numa escala de concentração de proteínas virais presentes na amostra em análise.
Os biossensores são descartáveis, mas as outras partes do dispositivo são reutilizáveis, permitindo reduzir os custos do teste, adaptável a outras doenças.
A equipe de cientistas de Illinois criou ainda um dispositivo portátil para detectar marcadores genéticos do novo coronavírus a partir de amostras de saliva. Em 104 amostras de saliva, o equipamento confirmou 28 das 30 amostras positivas para o SARS-CoV-2 e 73 das 74 negativas.
O dispositivo foi igualmente testado em amostras com ou sem os vírus da gripe, o SARS-CoV-2 e três outros coronavírus humanos, tendo identificado com rigor as amostras contendo o SARS-CoV-2, independentemente da presença de outros vírus.
O processo é baseado na criação de enzimas codificadas com informação sobre o código genético dos vírus analisados, que lhes permite sinalizar genes virais específicos.
A ação da enzima consiste em “cortar” os genes-alvo. No processo de análise, as amostras são tratadas com químicos que produzem fluorescência quando os genes são “cortados”. Quando as enzimas atuam sobre os genes-alvo, a fluorescência resultante sinaliza o teste positivo.
O equipamento consegue detectar vários genes por amostra, o que o torna mais preciso do que os testes de um único gene, que podem conduzir a resultados incorretos ou inconclusivos. Outra vantagem é que utiliza saliva, que é mais fácil de colher.
Os cientistas admitem que a tecnologia utilizada pode ser útil para detectar marcadores genéticos de determinados cânceres na saliva.
O novo coronavírus foi detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e disseminou-se rapidamente pelo mundo.
A covid-19, que se tornou uma pandemia há mais de um ano, provocou, pelo menos, 3,391 milhões de mortes no mundo, resultantes de mais de 163,5 milhões de casos de infeção, segundo balanço da AFP.
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O GLOBO
Fórum de Saúde Brasil: equilíbrio entre custo, acesso e qualidade é desafio do atendimento privado
RIO – Equilibrar o tripé custos, acesso e qualidade é hoje o grande desafio da saúde suplementar na opinião de especialistas reunidos no encontro Os gargalos na legislação do setor de planos de saúde, realizado na última segunda-feira, dentro do Fórum de Saúde Brasil.
O evento, uma realização dos jornais O GLOBO e Valor Econômico e revista Época, com patrocínio da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), teve como principal tema os reajustes dos planos e de que forma essa correção de preços pode ser aprimorada, tanto em contratos individuais como coletivos.
Fórum de Saúde Brasil:
O índice de reajuste dos planos individuais deste ano foi validado ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e o percentual, ainda não divulgado, deve ser negativo.
O diretor-presidente da Bradesco Saúde, Manoel Peres, um dos participantes do debate, reconheceu que os reajustes têm sido fixados muito superiores à inflação, mas que a causa raiz dessa alta tem a ver com a mudança do perfil etário da população, mais envelhecida, e com a incorporação de novas tecnologias, que faz aumentar os custos.
Apesar da queda do número de atendimentos de outras doenças no início da pandemia, no ano passado, ele lembra que a busca por procedimentos eletivos voltou a aumentar já em junho, somando-se aos casos de Covid-19:
Como não vai ter impacto sobre o reajuste? Discutir reajuste pelo reajuste é muito pobre, tem que ver a causa raiz, o aumento do custo assistencial.
E mais:
Mudança nas práticas
A advogada Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), lembrou que ninguém poderia prever uma pandemia e que isso exige mudanças nas práticas, inclusive empresariais, adotadas até então.
Do setor imobiliário até a construção civil, todo mundo nesse momento está revisando contratos, recalculando despesa e receita. É um privilégio o setor de saúde suplementar não viver essa situação extrema. Privilégio causado pela pandemia, porque todo mundo quer entrar nesse mercado a qualquer custo. É uma situação excepcional disse ela, observando que a suspensão do reajuste em 2020 deu um fôlego para o consumidor, mas a cobrança retroativa este ano vem no momento em que as famílias ainda estão endividadas.
Em debate:
O diretor de Desenvolvimento Setorial substituto da ANS, César Brenha Rocha Serra, explicou que manter a política de reajuste vai permitir saber exatamente os efeitos da pandemia sobre os custos das operadoras e fixar o reajuste, seja negativo ou não, com mais precisão:
É preciso mais transparência nas negociações. Algumas operadoras têm dificuldade de demonstrar como chegaram ao índice de reajuste, se foi sinistralidade, faixa etária O consumidor fica em dúvida. Há de se identificar realidades distintas, algumas podem ser por livre negociação, em outras talvez a ANS tenha que olhar com mais cuidado.
Peres, da Bradesco, defendeu que regular o preço não é solução e que há outras medidas, como adoção de novos protocolos, controle da incorporação tecnológica e diminuição do número de consumidores que faz mau uso dos planos.
Em sua opinião, isso teria mais efeito do que o controle puramente:
Se houver controle, passa a ser uma concessão. Não sei se as operadoras se interessariam num regime de concessão.
Transparência no cálculo
O advogado Marcos Patullo, sócio de escritório Vilhena Silva Advogados, foi além e destacou que há dois parâmetros na judicialização dos reajustes de plano de saúde no país:
Na Justiça, sempre surgem as questões da transparência no cálculo dos reajustes e da vulnerabilidade nas negociações. Os beneficiários não entram em igualdade de condições na discussão com as operadoras sobre aumentos.
Em alta:
Outro ponto destacado pelos debatedores foi a necessidade de mais atenção a produtos alternativos aos planos de saúde que vêm surgindo no mercado, como cartões de descontos e clínicas populares. Esses serviços não são regulamentados pela ANS.
É preciso tomar cuidado para não criar uma falsa expectativa para o consumidor disse Patullo.
Confira a programação do Fórum de Saúde Brasil
Dia 24/5
O papel da indústria farmacêutica na garantia de vacinas seguras contra a Covid-19 (9h30m às 11h)
Mediação: Flávia Oliveira
Debatedores: Mauricio Zuma, Diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz; e Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
A falta de insumos e a dependência externa para a produção de vacinas (16h30m às 18h)
Mediação: Luciana Casemiro
Debatedores: Antonio Carlos de Costa Bezerra, presidente-executivo da Abifina; e Ricardo Gazzinelli, Pesquisador de Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Professor a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Plano de saúde individual terá mensalidade menor
Decisão da ANS que prevê reajuste anual negativo é inédita. Percentual, ainda não divulgado, será enviado hoje ao Ministério da Economia. Agência reguladora levou em conta redução no uso de procedimentos em 2020 por causa da pandemia
LUCIANA CASEMIRO
A diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se reuniu ontem para estabelecer o índice de reajuste dos planos individuais – e este será negativo, ou seja, com queda no valor pago mensalmente pelo usuário, de acordo com fontes a par do cálculo. O percentual será enviado hoje ao Ministério da Economia para análise e autorização.
Esta será a primeira vez que o setor registra um índice negativo de reajuste. Isso é resultado da queda no uso dos planos de saúde no ano passado. No início da pandemia, chegaram ser suspensos por quatro meses – de abril a agosto – os procedimentos considerados eletivos, de consultas a cirurgias.
Na prática, haverá redução na mensalidade dos nove milhões de usuários com contratos individuais. A medida vai aliviar o bolso desses beneficiários, que tiveram reajuste anual e de faixa etária suspensos em 2020 e agora têm de pagar, até o fim deste ano, a recomposição do valor das mensalidades. A cobrança retroativa começou em janeiro.
PRESSÃO SOBRE COLETIVOS
Na avaliação de especialistas, o índice negativo de reajuste dos planos individuais vai gerar uma pressão adicional sobre as operadoras, diante de um movimento crescente de entidades de defesa do consumidor, Ministérios Públicos, Defensoria Pública da União e da própria Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, para que a ANS crie mecanismos de controle do reajuste aplicado aos planos coletivos.
O reajuste estabelecido pela ANS, referente a 2020 (que está sendo cobrado agora), para os planos individuais foi limitado a 8,14%. Já no caso dos planos coletivos, a Senacon foi informada, pelas próprias operadoras, de aumentos de até 46%. Essa disparidade, de acordo com a secretaria, indicaria a existência de um subsídio cruzado perverso, que teria garantido aos planos empresariais com maior poder de barganha aumento zero, enquanto os coletivos menores tiveram reajustes na casa dos dois dígitos, em médiade 14% a 25%.
As empresas negam que esse subsídio cruzado aconteça e afirmam que, caso os reajustes dos planos coletivos passem a ser controlados pela ANS, muitas operadoras, principalmente as de pequeno porte, poderíam quebrar.
Atualmente, 80% dos contratos da saúde suplementar são coletivos.
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Assessoria de Comunicação