Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/07/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Adolescente goiana luta para encontrar doador de medula compatível
• Erramos
• Cientistas identificam droga que pode bloquear passagem de zika para o feto
• UTI: dois médicos e dois atendentes são denunciados por homicídio culposo

 

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Adolescente goiana luta para encontrar doador de medula compatível
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/adolescente-goiana-luta-para-encontrar-doador-de-medula-compativel/5174284/
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O POPULAR
Erramos
Diferentemente do que foi publicado na reportagem "Advogado se diz surpreso", o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) respondeu sobre o processo aberto para apurar a conduta do médico Rafael Haddad. Em nota, informou que enquanto estiver em tramitação o órgão não poderia se pronunciar.
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MAIS GOIÁS
 

Cientistas identificam droga que pode bloquear passagem de zika para o feto
 

De acordo com os autores, há duas vias para que o vírus chegue ao feto: pelas células da placenta, durante o primeiro trimestre de gravidez, e pelo saco amniótico, durante o segundo trimestre.
Um novo estudo feito por cientistas americanos mostra como o vírus zika passa da mulher grávida para feto. Os pesquisadores também identificaram uma droga que pode bloquear a entrada do vírus no organismo do feto em desenvolvimento.
De acordo com os autores, há duas vias para que o vírus chegue ao feto: pelas células da placenta, durante o primeiro trimestre de gravidez, e pelo saco amniótico – a membrana que envolve o bebê e o líquido amniótico -, durante o segundo trimestre.
Em um estudo feito em laboratório com tecidos humanos, os pesquisadores mostraram que um antigo antibiótico veterinário, chamado Duramycin, consegue bloquear a replicação do vírus em células que o transmitem nas duas vias de infecção.
O vírus zika é recente e foi inicialmente identificado em Uganda em 1947, em macacos. Posteriormente, foi identificado em seres humanos, em 1952, em Uganda e na República Unida da Tanzânia. Surtos da doença são registrados na África, Américas, Ásia e no Pacífico.
A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) e da Universidade de Califórnia em Berkeley (UCB) – ambas nos Estados Unidos – e publicada nesta segunda-feira, 18, na revista científica Cell Host & Microbe.
"Muito poucos vírus atingem o feto durante a gravidez e causam defeitos congênitos. Compreender como alguns vírus são capazes de fazer isso é uma questão muito relevante e pode ser a mais importante para pensarmos em maneiras de proteger o feto quando a mãe é infectada", disse uma das autoras da pesquisa, a virologista Lenore Pereira, da UCSF.
O Duramycin é um antibiótico produzido por bactérias para destruir outras bactérias. Seu uso é comum em animais e em testes clínicos para pessoas com fibrose cística. Estudos recentes têm mostrado, em experimentos de culturas de células, que ele também é eficaz contra flavivírus, como os vírus da zika da dengue e da febre Oeste do Nilo, e contra filovírus, como o vírus Ebola.
"Nosso artigo mostra que o Duramycin bloqueia com eficiência a infecção de inúmeros tipos de células da placenta por linhagens do vírus zika isolados recentemente da epidemia que ocorre na América Latina, onde a infecção durante a gravidez tem sido associada à microcefalia e outros defeitos congênitos", disse outra das autoras, a infectologista Eva Harris, da Escola de Saúde Pública da UCB.
"Isso indica que o Duramycin ou drogas semelhantes podem reduzir com eficiência a transmissão do vírus da zika da mãe para o feto por meio das duas rotas potenciais, impedindo os defeitos congênitos associados", disse Eva.
Segundo os autores do estudo, o vírus infecta diferentes tipos de células de dentro e de fora da placenta, incluindo as membranas fetais. Eles descobriram que as células epiteliais da membrana amniótica que envolve o feto são particularmente suscetíveis à infecção por zika.
"Isso sugere que essas células têm um papel considerável na mediação da transmissão para o feto e reforça a hipótese de que a transmissão poderia ocorrer por meio dessas membranas, independentemente da placenta, mesmo no meio e no fim da gestação", disse Lenore.
Segundo ela, os defeitos congênitos mais severos associados à infecção por zika – como a microcefalia – parecem ocorrer quando uma mulher é infectada no primeiro e no segundo trimestres. "Mas pode haver uma gama de outros defeitos congênitos menos graves, mas ainda assim sérios, quando uma mulher é infectada no fim da gravidez", disse.
O virus da zika também utiliza receptores que foram encontrados em várias células da placenta. No entanto, os cientistas encontraram só um, chamado TIM1, que é fortemente expresso em tipos de células da placenta durante a gestação.
O receptor TIM1 se liga à fosfatidiletanolamina (PE), uma membrana de lipídios presente na parte externa do vírus da zika e também nos vírus da dengue, da febre o oeste do Nilo e do Ebola. A molécula de Duramycin se liga ao PE no envelope do vírus e, ao fazer isso, impede que o vírus se conecte ao receptor TIM1 para entrar nas células.
Os cientistas descobriram que o Duramycin bloqueia a infecção de todos os tipos de células da placenta e da membrana fetal que foram testados. Além disso, a infecção foi substancialmente bloqueada com concentrações relativamente baixas da droga.
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MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

 

UTI: dois médicos e dois atendentes são denunciados por homicídio culposo

Criança morreu sem o atendimento devido

O promotor de Justiça Saulo de Castro Bezerra ofereceu denúncia contra os médicos Juliana Alves Braga de Sá e Rafael Haddad e os atendentes Keile Cristina Batista Nunes e Juliano Gervásio de Souza pelo crime de homicídio culposo contra Eduarda Lia Barbosa Martins, de 5 anos. Foi pedido ainda o aumento da pena em terço, pelo crime ter sido resultado de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
Segundo apurado, no dia 5 de julho de 2008, Eduarda morreu na UTI do Hospital e Maternidade São Lucas, no Centro de Goiânia, em virtude de insuficiência respiratória e edema agudo pulmonar, após uma sequência de erros de encaminhamento, diagnósticos e terapia médica adotados pelos denunciados. Para o promotor, eles agiram com negligência e não observaram o dever de cuidado com a vítima e deixaram de adotar os procedimentos recomendados ao caso.
Saulo de Castro esclarece que Juliano e Keile trabalhavam no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e exerciam funções em locais estratégicos como a recepção, triagem e encaminhamento de pacientes emergenciais. O promotor destaca que, juntos, os denunciados também participavam de um esquema de burla à concorrência entre as várias UTIs privadas para recebimento de pacientes particulares ou assistidos por planos de saúde.
No dia dos fatos, Eduarda teve um mal súbito no Parque Vaca Brava e foi atendida inicialmente pelo SAMU e, em seguida, encaminhada ao Hugo, quando Keile e Juliano constataram a necessidade do atendimento em UTI, em razão da gravidade do caso. Keile, então, verificou que a menina era segurada do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) e, por telefone, “ofereceu” a paciente a Haddad, medida reforçada por Juliano, que também participou da negociação.
Embora cientes da gravidade do quadro clínico e sabendo que a UTI, de propriedade de Haddad, em funcionamento no Hospital e Maternidade São Lucas, não contava com pediatra no momento, nem aparelhos próprios e adequados, fizeram a transferência da criança, de forma negligente e sem observar o dever de cuidado com a vítima. Ao chegar no hospital, a paciente foi recebida pela médica geriatra Juliana Alves, chefe da unidade naquela ocasião, que não fez qualquer menção sobre a capacidade de prestar assistência médica a Eduarda, que chegou entubada e com o quadro agravado.
A menina foi atendida de forma improvisada por profissionais de outras áreas, tendo Juliana deixado o local no decorrer da emergência, ignorando a gravidade do caso. Assim, quase duas horas depois do atendimento inicial na UTI de Haddad, a paciente continuou sem assistência de pediatra até a morrer por insuficiência respiratória e edema agudo pulmonar.
Representação
Saulo de Castro adianta que vai representar os denunciados no Conselho Regional de Medicina e no Conselho Regional de Enfermagem, relatando os graves fatos da denúncia criminal, para as providências cabíveis.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação