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DESTAQUES
Planos de saúde investem em médicos de família
Com Semas sem titular há mais de um mês, Iris nomeia Robson Paixão como secretário
Do que morrem os goianos
Inflação da educação é o triplo do índice geral de preços; saúde é o dobro
CAS fará audiência pública sobre reajustes de planos de saúde
ÉPOCA ONLINE
Planos de saúde investem em médicos de família
Objetivo é evitar que os clientes recorram a hospitais sem necessidade. Isso funciona?
Quando um cliente de plano de saúde acha que precisa de atendimento imediato, ele corre para o pronto-socorro. A carteirinha na mão é, ao mesmo tempo, solução e problema. Garante acesso a um médico (qualquer que seja ele), mas expõe o beneficiário ao que existe de pior no ambiente hospitalar. Nas salas de espera lotadas, vírus e bactérias saltam dos doentes para os que não deveriam estar ali. O chá de cadeira costuma resultar em uma conversa apressada entre um paciente e um médico que nunca se viram. Nesse meio de cultura brotam as prescrições inadequadas e os pedidos de exame desnecessários. Não importa onde dói. Está cada vez mais difícil sair de um pronto-socorro sem fazer, ao menos, uma escala na sala de raios X. Isso é bom para quem?
Pode ser bom para os hospitais, que vivem de vender procedimentos, mas é péssimo para todos os outros envolvidos: os planos de saúde (ameaçados pelas altas taxas de sinistralidade), os empregadores (atormentados pelo aumento dos custos dos convênios) e, principalmente, os pacientes (que perdem dinheiro e saúde). O pronto-socorro só deveria ser procurado em caso de urgência (acidentes, fraturas etc.) ou de emergência (hemorragias, parada cardíaca, entre outras situações graves). Por mais que as pessoas saibam disso, muitas recorrem ao hospital porque a maioria dos planos de saúde não oferece outra forma de atendimento imediato. O que faz uma mãe quando chega tarde do trabalho e encontra o filho com febre e reclamando de uma dor esquisita? Se não conseguir contato com o pediatra ou não se sentir segura com a resposta dele, ela correrá para o pronto-socorro mais próximo. Poderia ser diferente se as operadoras investissem em formas inteligentes de manter a saúde dos beneficiários por mais tempo, em vez de apenas reclamar do aumento dos custos provocado pelo uso irracional dos convênios.
Para mudar a cultura predominante na saúde suplementar, não é preciso reinventar a roda. Depois de estudar exemplos de sucesso no exterior, alguns planos de saúde começam a oferecer serviços baseados na boa e velha estratégia dos médicos de família. O cliente é convidado a se inscrever em uma unidade de coordenação de cuidado e passa a ser acompanhado sempre pela mesma equipe (médico, enfermeiro e agente de enfermagem). Depois da inscrição, o acesso é livre. O paciente recebe a garantia de atendimento no mesmo dia ou até no dia seguinte, sempre que precisar. Além de consultas, as unidades realizam acompanhamento nutricional, exames laboratoriais, curativos e pequenos procedimentos.
Se algum problema surgir tarde da noite ou aos finais de semana, o cliente liga para um celular com atendimento 24 horas por dia e fala com um dos agentes de enfermagem de plantão. Ele acessa o prontuário do paciente, ouve as queixas e o orienta sobre o que fazer. E, se for caso de pronto-socorro, o encaminha. Segundo a dona de casa Vanderlisse dos Santos Moreira da Silva, de 62 anos, esse roteiro não é apenas um protocolo de boas intenções. "Funciona de verdade", diz. Ela aceitou o convite da operadora Amil para se inscrever em um dos chamados Clube Vida de Saúde, em São Paulo. A participação não é obrigatória. Caso não tivesse interesse, ela poderia continuar usando a rede credenciada (médicos, hospitais etc.) como sempre fez. Graças à mudança na forma de acompanhamento, a paciente notou claros benefícios: a artrose nos joelhos melhorou, assim como o controle do diabetes e da hipertensão. No início do tratamento, tomava 15 medicamentos por dia. Hoje, são nove. "Como a consulta é mais demorada, eu me sinto à vontade para falar a respeito de tudo. A equipe pergunta sobre meus parentes e me trata como se eu fosse de casa."
Não é apenas por gentileza que os profissionais procuram se inteirar sobre as relações pessoais e sobre o ambiente que cerca o paciente. Conhecer essa matéria-prima é fundamental para a criação de estratégias com chance de sucesso. A enfermeira Danielle Machado Lopes conhece até a escolha dos personagens da festa de aniversário da neta e da bisneta de Vanderlisse. "Sei onde ela mora, sei dos filhos que vivem na Irlanda, sei do que ela gosta, o que ela faz e das dificuldades que enfrenta", diz. Por saber que a paciente passa vários meses por ano no exterior, a equipe procura adaptar a dieta e a atividade física para que Vanderlisse não abandone o desafio de perder peso. "Ela havia feito várias dietas, mas só conseguiu emagrecer quando sentiu que estávamos sempre por perto. Construir esses vínculos é o que me atrai nesta profissão", diz a médica de família Amanda do Val Anderi.
Cerca de 80% dos casos atendidos por médicos de família são resolvidos sem a necessidade de outros especialistas
O investimento da operadora nos centros de atenção primária foi inspirado nos modelos do Reino Unido e de outras nações reconhecidas pela qualidade na assistência à saúde. "Estamos fazendo o que dá certo nesses países", diz Gustavo Gusso, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. "Lá, as unidades de atendimento são privadas, mas o financiamento é público. Adotamos a mesma estratégia, mas quem paga é a operadora." Professor de medicina de família que trabalhou no Sistema Único de Saúde (SUS) até 2011, Gusso torrou um apartamento em viagens ao exterior para estudar prontuários e conhecer as entranhas dos melhores sistemas de saúde. Foi contratado pela Amil com a encomenda de montar um bom projeto de atenção primária. "Nosso objetivo não é dificultar o acesso a outros recursos, e sim fazer o que precisa ser feito. Queremos garantir sustentabilidade para que os empregadores não precisem mudar de plano a cada dois anos", diz. Os médicos não recebem por consulta. Eles são remunerados para cuidar de um grupo fechado de pacientes e são cobrados pelos resultados.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos casos atendidos em consultório por médicos de família são resolvidos sem a necessidade de encaminhamento para outros especialistas. Com 18 milhões de clientes em todo o Brasil, a Unimed identificou melhorias no acompanhamento da saúde dos 200 mil pacientes que aderiram aos programas de atenção primária desde 2011. Em Belo Horizonte, a operadora lançou um tipo de plano que não permite o acesso direto dos pacientes aos especialistas. O cliente fica vinculado a um médico de referência que avalia a necessidade de encaminhamento. Em uma amostra de 935 indivíduos seguidos durante seis meses, a operadora observou que a proporção de consultas de urgência em pronto-socorro caiu de 34% para 20%. "No início, enfrentamos resistência dos clientes e dos profissionais", diz Orestes Pullin, presidente da Unimed do Brasil. O receio dos pacientes é que o discurso da melhoria no acompanhamento se torne, na prática, uma barreira de acesso aos recursos mais caros. É uma preocupação justificável diante do histórico de negativas de cobertura que marca a relação entre as operadoras e seus clientes. O corretor de seguros Paulo Roberto Martins Soares, de 65 anos, não é de se impressionar facilmente com a qualidade de serviços prestados pelas empresas. "Sou chato, mas estou maravilhado com o atendimento do meu médico de referência", diz. Em março, ele sofreu um infarto e foi rapidamente atendido por Marcos Almeida Quintão, da Unimed de Belo Horizonte. O médico de família acompanhou a internação e foi visitá-lo várias vezes. "Agora tenho acompanhamento de verdade", diz Soares. A clínica funciona das 7 horas da manhã às 9 da noite. Fora desse horário, os pacientes falam com os profissionais por telefone e mensagens. "Isso não substitui uma consulta, mas a pessoa precisa sentir que pode contar com uma opinião de confiança a qualquer momento", afirma Quintão.
Valorizar a atenção primária é uma urgência, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). "A lógica atual é centrada em procedimentos, e não no paciente. Precisamos de um modelo mais cuidador", afirma Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS. A agência identificou cinco operadoras com experiência de atenção primária no Brasil: Amil, Unimed, Clinipan, Medplan e Silvestre. É pouco. Para estimular a expansão dos projetos, a agência, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vai premiar as melhores iniciativas até o final do ano e fazer oficinas para que outras operadoras se inspirem. "Quando o cliente experimenta esse tipo de atendimento, ele não quer mais voltar para o que tinha antes", diz Karla. A cultura de mau uso dos recursos médicos precisa mudar. Não só porque é insustentável, mas, principalmente, porque ela faz mal à saúde.
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JORNAL OPÇÃO
Com Semas sem titular há mais de um mês, Iris nomeia Robson Paixão como secretário
Por Matheus Monteiro
Alessandro Melo também será nomeado para Sefin após saída de Oséias Pacheco do cargo
Após mais de um mês sem titular, a Secretaria de Assistência Social (Semas) terá o superintendente de Vigilância em Saúde, Robson Paixão de Azevedo (PMDB), como novo secretário.
Além disso, Alessandro Melo da Silva será nomeado para a Secretaria de Finanças (Sefin) após Oséias Pacheco deixar o cargo.
Em 31 de julho, Marcia Pereira Carvalho pediu exoneração da Semas.
A nomeação dos novos secretários será feita nesta terça-feira (19/9), em solenidade no Paço Municipal.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Do que morrem os goianos
Secretaria de Saúde atualiza plano contra doenças crônicas não transmissíveis em Goiás, caso de diabetes, câncer e problemas cardiovasculares; 70% das causas das mortes dos goianos se originam neste grupo de doenças
Setenta por cento das mortes entre os goianos são causadas por doenças crônicas não transmissíveis, tais como cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes e câncer. Esses males tem como fatores de risco Individuais o tabagismo, consumo nocivo de álcool, Inatividade física e alimentação não saudável. Para combater esse grave desafio da saúde pública, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e parceiros atualizarão o Plano Estadual Intersetorial de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs), de hoje até quarta-feira, das 8h às 17h, na Escola de Saúde Pública do Estado de Goiás.
A coordenadora de Vigilância e Promoção da Saúde da SES, Vânia Marra Passos, explica que o atual plano estadual foi construído em 2012, e precisa ser atualizado. "Esse documento envolve três eixos: Vigilância, Informação e Monitoramento, Promoção da Saúde c o Cuidado Integral. O mesmo requer uma revisão para ser de fato Implementado" afirma.
O Plano tem por objetivo o desenvolvimento e implementação de políticas públicas integradas, efetivas e sustentáveis a fim de promover saúde, prevenir e controlar essas doenças, bom como seus fatores de risco, fortalecendo os serviços de saúde.
Para Isso, a proposta apresenta quatro principais metas: reduzir em 2% ao ano, a mortalidade prematura por doenças crônicas (30 a 69 anos); deter o crescimento da obesidade em todos os ciclos de vida; aumentara prática de atividades físicas e práticas corporal, lazer e cultura; reduzir a prevalência do tabagismo e o consumo de álcool e drogas e diminuir o consumo de sal, açúcar e gordura nos alimentos industrializados.
Também participam do evento, representantes do Ministério da Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
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O ESTADO DE S.PAULO
Inflação da educação é o triplo do índice geral de preços; saúde é o dobro
Economia real. Embora o IPCA acumulado em 12 meses tenha ficado em 2,5%, serviços de saúde e educação subiram 5,2% e 7,5% no mesmo período; segundo economistas, consumidor não abre mão de qualidade, o que faz os preços serem mais resistentes
Márcia De Chiara
O brasileiro tem acompanhado mês a mês, no último ano, a queda da inflação. O preço dos alimentos já sobe menos, o estacionamento não aumenta como antes, mas dois itens insistem em não dar trégua: os serviços de educação e saúde continuam sendo reajustados acima do índice geral de preços. Entre as explicações para essa resistência está no fato de que o consumidor, nesses casos, não abre mão da qualidade e da confiança dos serviços privados. Os preços, desse jeito, não cedem.
Em agosto, a inflação oficial acumulada em 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 2,5%. Foi a menor marca em mais de 18 anos. Enquanto isso, os gastos com serviços de educação subiram o triplo (7,5%). No mesmo período, os de saúde subiram o dobro (5,2%).
Os cálculos da LCA Consultores não consideram os planos de saúde, cujos preços são monitorados pelo governo. Neste ano, a Agência Nacional de Saúde (ANS) autorizou um aumento máximo de 13,55% para os planos, praticamente o mesmo reajuste do ano passado.
A fisioterapeuta Cleci Rojanski conhece esses porcentuais na ponta do lápis. Dona de um estúdio de pilates, ela é uma prestadora de serviços que não consegue aumentar as mensalidades desde o ano passado. "Perdi clientela do ano passado para cá. Se eu tivesse reajustado, seria bem pior", diz.
Na outra ponta, no entanto, os preços subiram. O plano de saúde da família teve alta de quase 15%. A mensalidade da escola do filho de 12 anos foi reajustada em 10%, para R$ 1.315. "Pensamos em mudar para um plano de saúde mais barato, mas temos toda uma preocupação com isso", diz. Ficar sem plano está fora de cogitação. Para equilibrar o orçamento da família, Cleci reduziu viagens e jantares em restaurantes. "No dia a dia, a gente não percebe a queda da inflação."
Quando se trata de educação e saúde os preços têm subido, sistematicamente, acima da inflação geral ao longo dos anos. Na última década, enquanto o IPCA acumulado subiu 80,5%, os preços dos serviços de saúde cresceram 113,8% e os de educação, 110,7%.
O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, diz que as relações de confiança construídas ao longo do tempo entre clientes e prestadores de serviços de saúde, como médicos e dentistas, acabam dificultando a troca por opções mais baratas. "A relação de confiança acaba fazendo com que possíveis abusos possam acontecer."
O economista da LCA Consultores, Fabio Romão, diz que existe alguma resistência nos preços dos serviços de educação e saúde, mas pondera que a trajetória é de desaceleração. "Resistência existe, mas não é absoluta." Segundo ele, no caso da educação, as famílias pensam duas vezes antes de mudar as crianças de escola. "Há todo um ciclo social que a criança desenvolveu na escola, a proximidade de casa." Esses fatores, segundo ele, chancelam os reajustes e dão resistência à queda de preços.
O presidente do sindicato das escolas particulares de São Paulo, Benjamim Ribeiro, é mais direto: "nosso concorrente, a escola pública, é muito ruim, por isso as famílias preferem manter os filhos na escola particular".
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JORNAL DO SENADO
CAS fará audiência pública sobre reajustes de planos de saúde
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai promover uma audiência pública na próxima terça-feira (19), às 14h, para debater os reajustes praticados pelos planos de saúde. A audiência atende a requerimento dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE) e Regina Sousa (PT-PI), que consideram os reajustes abusivos.
Segundo Randolfe Rodrigues, em alguns casos houve reajuste de mais de 46% nos contratos de plano de saúde, mais de 20 vezes a inflação registrada no mesmo período. O senador acusa as operadoras de planos de saúde de querem lucrar com reajustes abusivos em um período de crise econômica, aumento do desemprego e redução do poder de compra das famílias. Randolfe lamenta que esses reajustes estejam sendo "acobertados pelo governo" e chega a classificá-los como "um assalto contra milhões de famílias".
Para a audiência, foram convidados representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da Secretaria Nacional do Consumidor, da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e da Federação Nacional de Saúde Suplementar.
A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, a SulAmérica Companhia de Seguro Saúde, a Amil Assistência Médica Internacional, a Geap Autogestão em Saúde e a Unimed do Brasil também devem enviar representantes para a audiência.
Instrução
A audiência também servirá para a instrução dos projetos que vedam a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato do plano de saúde, salvo por fraude ou não-pagamento da mensalidade por período superior a 60 dias consecutivos (PLS 433/2011, em conjunto com o PLS 463/2013 e PLS 507/2013).
Outro projeto em debate é o que determina que os reajustes dos planos de saúde coletivos, individuais ou familiares também dependam de prévia autorização da ANS, dentro do índice máximo de reajuste estabelecido pela própria agência (PLS 100/2015).
A audiência será realizada na sala 9 da Ala Senador Alexandre Costa e terá caráter interativo. Perguntas, críticas e sugestões poderão ser enviadas pelo portal e-Cidadania ou pelo sistema Alô Senado (0800 61 2211).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação