Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas

Inadimplência dos planos de saúde –

Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos

Hospdrogas cresce mais de 400%

Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta

PL dos planos de saúde e impactos no setor

Artigo – Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde

TV ANHANGUERA

Inovações tecnológicas ajudam médicos, otimizam tempo e salvam vidas

https://globoplay.globo.com/v/12037493/

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AGÊNCIA JORNAL DE NOTÍCIAS


Inadimplência dos planos de saúde –

No Brasil ainda persiste a ideia de que em todo negócio o risco é do consumidor. Explico: após a grave crise sanitária da COVID os planos de saúde experimentaram um prejuízo em relação aos elevados faturamentos dos anos anteriores. Todavia, com o fim da pandemia os planos de saúde continuam buscando alcançar os lucros do período anterior, e isto tem gerado um atraso nos pagamentos dos prestadores de serviços como clínicas e hospitais, que chega até 120 dias.

A informação foi dada pelo Presidente da Associação Nacional dos Hospitais, Antônio Brito. Segundo ainda a Associação o valor em atraso supera os 2 bilhões de reais e representa cerca de 16% do faturamento dos hospitais no período de janeiro a julho de 2023, relativa a atendimento de urgência, exames e internações.

No Brasil são aproximadamente 4 mil hospitais que passam pela mesma dificuldade.

Do outro lado da história, estão os consumidores e clientes dos planos de saúde que não podem atrasar um mês sob pena de lhe ser negado o atendimento médico-hospitalar, muitos vezes sendo necessário provocar o judiciário para a solução do problema. Entretanto, os planos de saúde vem reajustando anualmente as mensalidades com o beneplácito da Agência Nacional de Saúde Complementar – ANS.

Resumo da ópera: os planos conseguem anualmente efetuar reajustes, mas não reajustam a remuneração dos serviços que são prestados aos seus clientes e nem estão pagando de forma regular a rede de serviços que utilizam, de modo que as vítimas tem sido os consumidores pelo descredenciamento de clínicas e hospitais.

Os consumidores dos planos de saúde não podem ser prejudicados no atendimento porque a saúde é essencial e um direito fundamental a que todos estão obrigados pela Constituição, pela lei e pelo contrato firmado com o setor de saúde complementar, leia-se, os planos de saúde.

A ANS deve fiscalizar melhor a gestão desses planos, muitos deles falham pela incompetência na administração dos recursos que são auferidos pelo pagamento dos seus clientes. É preciso abrir a “caixa preta” dos planos de saúde mal geridos e responsabilizados os que agiram de má-fé e com dolo prejudicando milhões de clientes que estão experimentando uma grave ameaça à saúde.

As instituições e órgãos de defesa do consumidor devem se movimentar para que uma parcela generosa de cidadãs e cidadãos brasileiros não sofram um abalo tão grande no seu direito à saúde, que por tabela também representa o direito à vida.

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CORREIO BRAZILIENSE

Artigo: Sociedade Médica reitera malefício dos cigarros eletrônicos


MARGARETH DALCOLMO, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANS)

Nos últimos meses temos acompanhado a divulgação de matérias em prol da “regulamentação do cigarro eletrônico”, fomentadas pela retórica da indústria do tabaco, nos mais diversos veículos de comunicação. É o caso do recente artigo da senadora Soraya Thronicke, declaradamente a favor da liberação do comércio desses produtos. Os argumentos trazidos pela parlamentar são conhecidos pelas entidades de saúde e pelo movimento de controle do tabaco/nicotina, porquanto familiarizados com as falácias historicamente propagadas pela indústria. O fato é que o Brasil, com sua exemplar luta contra o tabagismo, reduziu de 35% para 9% a proporção de fumantes na população, por força do compromisso do Ministério da Saúde e sociedades médicas, nos últimos 30 anos, e não se pode por em risco essa conquista.

Cabe esclarecer que, diferentemente do que é relatado pela senadora, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são regulamentados no país: são proibidos pela Resolução n°46 de 2009 da Anvisa. E assim devem permanecer, a bem da proteção da saúde. Reconhecemos que a falta de fiscalização no país permite que, mesmo proibida a comercialização, se tenha fácil acesso a esses produtos, sendo crianças e adolescentes, as novas vítimas da dependência de nicotina e pacientes de graves quadros respiratórios, cada vez mais frequentes.

É consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja responsável por causar mais de 60 tipos de doenças e 12% dos óbitos no mundo, segundo estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.

A ideia de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial e seria um estágio para auxiliar dependentes do cigarro convencional a parar de fumar é equívoca. Isso porque a nicotina, que gera a dependência, é o atrativo, de par com as centenas de outras substâncias que compõem esses dispositivos, muitas das quais não divulgadas pelos fabricantes. Estamos assim a criar novas legiões de dependentes. Há evidências de que os cigarros eletrônicos contenham mais de 2.000 substâncias, a maioria delas desconhecidas pelos usuários, não usuários e até pelos cientistas.

É falsa a informação que a utilização de DEFs no país quase quadruplicou em quatro anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos, com pirotecnia de cores e sabores, não têm como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto principalmente por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revela que 2,4% dos indivíduos com menos de 25 anos no Brasil fazem uso de cigarros eletrônicos. Considerada a população total de 15 anos ou mais, a taxa de uso de DEFs é de 0,6%, o que representa cerca de 1 milhão de pessoas, sendo aproximadamente 70% jovens de 15 a 24 anos, totalizando cerca de 750 mil jovens.

A justificativa de liberar o comércio desses produtos, em prol da geração de empregos e maior arrecadação de impostos (meio bilhão de reais) não considera o déficit de R$ 125 bilhões aos cofres públicos, com gastos diretos e indiretos apenas para sanar problemas de saúde decorrentes do tabagismo, conforme o relatório do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (IECS 2020). A liberação também não minimizará a entrada ilegal desses produtos, uma vez que até mesmo os cigarros tradicionais são contrabandeados para o país. Só em 2022, foram apreendidos e destruídos pela Receita Federal mais de 5.300 toneladas de cigarros, o equivalente a 180 milhões de maços, ou ainda 24 mil m3 do produto. Em 2020, segundo o INCA, 49% dos cigarros consumidos no país, eram contrabandeados.

Recentemente a Academia Nacional de Medicina publicou contundente parecer contra qualquer liberação desses produtos. Como médicos e cidadãos, entendemos ser dever do Estado, consagrado na Constituição de 1988, proteger as pessoas da exposição a aditivos tóxicos e cancerígenos e informá-las sobre os riscos inerentes. Os únicos interessados na liberação do comércio de cigarros eletrônicos são a indústria e seus aliados. Por isso, reiteramos pela manutenção da Resolução n°46 de 2009 da Anvisa, que vem cumprindo seu mandato institucional de promover a proteção da saúde da população brasileira. A obrigação dos legisladores também deveria ser zelar pela saúde pública. Ainda há tempo para a Senadora optar por proteger a população a que jurou servir.

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VERSA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA

Hospdrogas cresce mais de 400%

Faturamento da distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares cresce com custos competitivos, agilidade nas entregas e capilaridade em todo o País. A meta é estar entre as cinco maiores empresas brasileiras do segmento em 5 anos

A Hospdrogas, empresa do H. Egidio Group, é a distribuidora de medicamentos e produtos hospitalares que mais cresce no Brasil. Depois de passar por processo de reestruturação e realizar investimentos na ampliação e modernização da sua estrutura física e nas áreas de vendas e compras, o faturamento da empresa cresceu 437% em 2022 em comparação ao ano anterior, quando já havia registrado um crescimento de mais de 200%.

O expressivo ganho de desempenho nos últimos dois anos e meio também foi favorecido pela sinergia com outras empresas do H. Egidio Group. Em especial, com a transportadora Transplex Operadora Logística e com a indústria farmacêutica Equiplex.  A parceria estratégica tem garantido aos clientes preços bem mais competitivos e agilidade na entrega, duas características essenciais para as empresas que atuam no mercado de produtos hospitalares.

A Hospdrogas tem, atualmente, cerca de 3,5 mil clientes em sua carteira. A empresa trabalha com cerca de 50 marcas e fornecedores diferentes, com cadastro base de 8 mil SKUs, a empresa atualmente tem em seu giro um total de 2.200 SKUs (sigla em inglês que equivale a produtos diferentes). Seu objetivo, a médio prazo, é dobrar o número de marcas e de fornecedores. Atualmente posicionada entre as 30 maiores empresas do segmento no País, a meta da Hospdrogas é estar entre as cinco maiores nos próximos cinco anos.

Investimentos

Para tornar possível esse objetivo, foi lançado um novo projeto de expansão nacional da Hospdrogas, com investimentos previstos na ordem de R$ 80 milhões. O plano de crescimento inclui a abertura de seis filiais no País, ampliando a sua cobertura nacional. A primeira será inaugurada até o final deste ano, no Espírito Santo. As outras cinco serão abertas no próximo ano nas regiões metropolitanas de Brasília (DF), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Fortaleza (CE). Uma outra filial será aberta no Sul do País, em cidade a ser definida. Com as seis filiais, a Hospdrogas ampliará a sua capilaridade nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e, especialmente, no Norte do Brasil.

Os investimentos da distribuidora vão também garantir mais agilidade às suas entregas. A Hospdrogas já conta com uma operação logística que realiza entregas para clientes em Goiás e no Distrito Federal em 24 horas; para os da Região Sudeste em 3 a 4 dias úteis; e no Nordeste de 4 a 6 dias úteis. Além disso, a empresa tem investido em novas tecnologias, como programas de CRM (gerenciamento com clientes), de ERP (gerenciamento administrativo), de captação de leads, de gerenciamento on-line da sua operação logística e de plataformas de comunicação mais seguras, rápidas e automatizadas.

Outro diferencial competitivo da Hospdrogas são seus centros de distribuição (CDs) próprios, que contam com áreas climatizadas e atendem toda a legislação e exigências sanitárias para o acondicionamento de medicamentos e insumos hospitalares. Os planos incluem ainda diversificar a atuação da empresa, reconhecida nacionalmente como distribuidora de medicamentos e de material hospitalar, para a linha de medicamentos e produtos veterinários (pet e pecuária). Este processo, que já teve início, será consolidado nos próximos meses com o lançamento da marca própria Hvet.

Aquisição da empresa

A pequena empresa, que funcionava em um espaço de apenas 600 metros quadrados em Goiânia, foi adquirida pelo H. Egidio Group em 2017. Na época, seu faturamento era de apenas R$ 5 milhões/ano. Em 2022, chegou a R$ 140 milhões. E somente no primeiro semestre deste ano, a receita bruta da empresa cresceu cerca de 60%. As antigas e acanhadas instalações, compostas por um galpão com duas portas e um mezanino, foram substituídas por um complexo de 12 mil metros quadrados no Distrito Industrial de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia (GO).

O grande impulso se deu em 2019, quando a nova Hospdrogras passou por uma vigorosa reestruturação gerencial. Naquele ano, o presidente do Conselho de Administração do H. Egidio Group, Heribaldo Egídio, traçou um plano para que a Hospdrogas, que tinha o seu mercado limitado a Goiás e ao Distrito Federal, atuasse em todo o Brasil. Em apenas dois anos a empresa expandiu o seu raio de atuação para todos os 26 estados brasileiros (capitais e interior), além do Distrito Federal (DF).

O setor de compras foi fortalecido e o time de vendas, que contava com apenas 3 profissionais saltou inicialmente para 20 e, nos anos seguintes, para mais de 60. A empresa também conta com equipes de colaboradores terceirizados e compartilhados com outras marcas do grupo, explica Hermilton Araujo, coodenador comercial da Hospdrogas.

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GLOBO ONLINE

Ainda sou contagioso? Saiba pelo tipo de sintoma de 6 infecções: gripe, Covid, conjuntivite, norovírus, RSV e de garganta


Se você está se sentindo mal de novo e não quer faltar ao trabalho ou ir ao médico (se não for necessário), mas também não quer ser aquela pessoa que infecta todos ao seu redor, é preciso estar atento a algumas questões. Você pode ter resistido antes da pandemia, mas a etiqueta é diferente agora. Então, como você pode ter certeza sobre o que tem ou se – e por quanto tempo – precisa ficar em casa?

Aqui está o que os especialistas em doenças infecciosas querem que você saiba sobre alguns dos vírus adultos e pediátricos mais comuns (a infecções bacterianas): seus sintomas, como eles se espalham, como tratá-los e quando você (ou seu filho) pode reingressar na sociedade.

Confira abaixo as recomendações para gripe, covid e conjuntivite:


Gripe A gripe sazonal é causada por dois tipos de vírus influenza: A e B. Ambos podem circular simultaneamente, mas normalmente um subtipo domina cada temporada de gripe.

Muitas vezes não é fácil saber se você está com gripe ou outro vírus respiratório, mas você pode fazer o teste em uma farmácia, no consultório médico ou testes rápidos caseiros, embora não seja recomendado por especialistas.


Os sintomas da gripe incluem dor de garganta, coriza, congestão e tosse, além de fadiga, febre, dor de cabeça e dores musculares. Algumas pessoas também apresentam vômitos ou diarreia.

O indicador mais claro de que você está com gripe pode ser o quanto você se sente mal e a rapidez com que esse sofrimento surge – uma analogia comum é que você se sente como se tivesse sido atropelado por um caminhão.

– Se você se sente muito mais doente do que com outros resfriados, então pense na gripe – disse alerta Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.

As pessoas normalmente se sentem pior durante os primeiros três dias de doença e então os sintomas começam a diminuir, desaparecendo após cerca de uma semana.



A gripe se espalha principalmente por meio de gotículas respiratórias – o muco e a saliva que são dispersados pela tosse, espirro ou fala. O vírus também está presente em partículas menores de aerossol que ficam suspensas no ar, embora os especialistas digam que é menos provável que você seja infectado apenas pelos aerossóis. A gripe também pode ser transmitida por gotículas que caem em objetos e superfícies, onde o vírus permanece infeccioso por muitas horas.

Embora todos os modos de infecção sejam possíveis, “provavelmente é causada pela transmissão de curta distância”, afirma Seema Lakdawala, professora associada de microbiologia e imunologia na Escola de Medicina da Universidade Emory. Se você estiver perto de uma pessoa infectada corre riscos:

– Você está inalando pequenos aerossóis, grandes aerossóis e potencialmente tocando coisas que estão contaminadas naquele espaço. Colocar uma máscara na pessoa doente reduz o risco de ela infectar outras pessoas – orienta Seema.

Depois de infectado, geralmente leva de dois a quatro dias até que os sintomas apareçam.



Sua melhor arma contra a gripe é tomar a vacina anual de prevenção da doença, o que reduz significativamente o risco de uma infecção grave.

Existem também tratamentos antivirais que podem ajudar a minimizar os sintomas. Esses medicamentos precisam ser tomados nos primeiros dias da doença, por isso é essencial fazer exames e tratar precocemente. Remédios caseiros e medicamentos de venda livre também podem ajudar no alívio dos sintomas, mas observe atentamente os rótulos – um comitê consultivo da Food and Drug Administration disse recentemente que “a fenilefrina, um ingrediente descongestionante comum, é ineficaz”.


Especialistas dizem que cinco dias é uma estimativa razoável de quanto tempo alguém fica contagioso com a gripe. A maioria das pessoas começa a espalhar o vírus um dia antes de começarem a se sentir mal e são mais contagiosas durante os primeiros três dias de sintomas. Os níveis de vírus caem à medida que os sintomas começam a diminuir.

– Se eu pegar gripe na segunda-feira, na sexta-feira provavelmente não estarei muito infeccioso para os outros – estima Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas do Rochester General Hospital.

Depois disso, segundo Seema, “se você estiver começando a se sentir melhor, provavelmente não terá tanto vírus no nariz”, e não há problema em sair de casa. No entanto, acrescentou ela, se você tiver sintomas persistentes ou se for consultar alguém com alto risco de infecção grave (por exemplo, se a pessoa tiver mais de 65 anos ou tiver uma doença pré-existente), você deve esperar mais alguns dias ou usar uma máscara.

Você ainda pode estar tossindo nesse ponto devido à inflamação persistente nas vias respiratórias. É improvável que essa tosse em estágio avançado seja contagiosa, mas você deve continuar a lavar as mãos com frequência e cobrir a boca ao tossir, apenas para garantir.



COVID-19 A esta altura, a maioria de nós já está familiarizado com a Covid, que é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Embora o vírus tenha evoluído desde os primeiros dias da pandemia, a forma como se espalha e os sintomas que causa permaneceram praticamente os mesmos.


Os sintomas mais comuns da Covid são dor de garganta, congestão, fadiga, febre e tosse, o que pode dificultar a distinção de outros vírus respiratórios.

Os testes rápidos ainda são a maneira mais fácil de determinar se o que você tem é Covid. Se o teste for negativo na primeira tentativa, faça um teste novamente 48 horas depois, porque você pode não ter vírus suficiente no nariz inicialmente para um teste rápido detectar a infecção. Os testes PCR são mais precisos, mas são mais caros e menos convenientes porque é necessário ir ao consultório médico ou à farmácia para recebê-los.

Os sintomas desaparecem em uma semana para a maioria das pessoas, mas algumas podem ter infecções prolongadas que duram semanas ou até mesmo evoluir para Covid prolongada.



Mais do que qualquer outro vírus respiratório desta lista, o Covid é transmitido por pequenas partículas transportadas pelo ar.

– Cada vez que você respira, seu vírus sai para a sala e fica pendurado ali, as pessoas podem passar, inalar e se infectar – afirma Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).

Também é transmitido por gotículas respiratórias maiores que são expelidas quando você tosse ou espirra. No entanto, o vírus não parece se espalhar muito bem pelas superfícies, portanto, ser infectado ao tocar em um objeto contaminado e depois tocar no rosto é menos preocupante.

Uma vez infectado, leva cerca de dois a quatro dias para que os sintomas se desenvolvam.

Tomar o medicamento antiviral nos primeiros cinco dias após uma infecção pode reduzir o risco de doença grave. As vacinas também são muito eficazes na prevenção de hospitalização e morte. Para alívio dos sintomas leves, medicamentos vendidos sem receita médica para resfriado e gripe podem ajudar.

A orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças diz que as pessoas podem sair em público após o quinto dia de sintomas, desde que não tenham febre. No entanto, as pessoas devem continuar mascaradas por mais cinco dias para minimizar o risco de propagação do vírus a outras pessoas.

Os especialistas dizem que este é geralmente um bom conselho. Para a maioria das pessoas, “a Covid não é mais infecciosa na segunda semana, mas a variabilidade ainda existe”, lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine.

Por exemplo, se você tiver um caso moderado ou grave de Covid, em que estiver com falta de ar ou precisar ir ao hospital, deverá se isolar por 10 dias:

– Quanto mais grave a infecção, mais prolongada é a infecciosidade – afirma o professor Ray.

Algumas pessoas continuam a apresentar resultados positivos em testes rápidos após o dia 5, mas a investigação sugere que a maioria já não é contagiosa nessa altura porque o vírus parou de se replicar. Para estar seguro, siga as orientações médicas e continue a usar máscara em público entre o sexto e décimo dia.


O risco de hospitalização e morte devido a um caso agudo de Covid diminuiu significativamente desde o início da pandemia porque quase todas as pessoas têm agora anticorpos contra o vírus, graças às vacinas, a uma infecção anterior ou a ambas. Mas para os adultos mais velhos, pessoas com doenças pré-existentes, como doenças cardíacas e diabetes, e pessoas imunocomprometidas, permanece algum risco. Há também a preocupação com as consequências para a saúde a longo prazo, incluindo Covid prolongada e complicações cardiovasculares, após a resolução imediata da infecção.


Conjuntivite Conjuntivite é um termo geral que significa inflamação da conjuntiva – a membrana mucosa que reveste a pele ao redor do globo ocular. Na maioria das vezes, é causada por vírus da família dos adenovírus. Também existem formas bacterianas de conjuntivite, mas são menos comuns.


Os sintomas da conjuntivite são olhos com coceira, vermelhidão e lacrimejamento; geralmente duram entre dois e sete dias (a conjuntivite bacteriana se resolve mais rapidamente que a viral). O adenovírus pode se espalhar de um olho para o outro, por isso é possível ficar infectado por duas semanas.

– A conjuntivite bacteriana, mais classicamente, é apenas um olho – diz Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia, acrescentando que – a conjuntivite viral, mais classicamente, ocorre em ambos os olhos porque é tão contagiosa que é difícil proteger um olho do outro.


A conjuntivite causada por adenovírus se espalha com extrema facilidade. É transmitido por partículas virais que chegam ao dedo, normalmente captadas em superfícies, e depois se espalham para os olhos quando você os esfrega.


Se você acha que você ou seu filho têm conjuntivite, consulte um médico para descobrir de que tipo é.

– Esta é uma infecção que eu realmente defendo para conversar com seu médico, porque o aconselhamento é muito diferente com base no tipo que você tem, assim como o tratamento – orienta a infectologista Lori.

Não existe tratamento para se livrar da conjuntivite viral e ela acabará se resolvendo sozinha. Enquanto isso, você pode usar compressas úmidas para ajudar com os sintomas. A conjuntivite bacteriana é tratável com pomadas ou gotas antibióticas.


Enquanto tiver sintomas de conjuntivite viral, você é contagioso; isso pode levar de alguns dias a algumas semanas, dependendo se você tiver isso em ambos os olhos.

A melhor maneira de evitar a transmissão para outras pessoas é não ir ao trabalho ou à escola em casa até que os sintomas desapareçam. Se a infecção persistir por semanas, converse com seu médico sobre se existem maneiras de sair em público com segurança. No mínimo, não toque nos olhos e seja cuidadoso ao lavar as mãos – isso significa ensaboar frequentemente com água e sabão (os adenovírus são tão fortes que o desinfetante para as mãos não resolve).

Os adenovírus também podem viver em superfícies por várias semanas, portanto, é essencial desinfetar objetos contaminados (como óculos) e superfícies de alto contato (como interruptores de luz).

– É muito, muito contagioso, você depende do isolamento até melhorar e também da lavagem das mãos – explica William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.

A conjuntivite bacteriana é menos comum, menos contagiosa e mais tratável. As pessoas geralmente não são mais infecciosas um ou dois dias após o início dos antibióticos.


Infecção na garganta A infecção estreptocócica é a única nesta lista de doenças porque é causada por uma bactéria: o estreptococo do grupo A. Existem cerca de 100 cepas de estreptococos do grupo A e podem resultar em diversas doenças, incluindo escarlatina, febre reumática e infecções de pele, mas a infecção de garganta é a mais comum.


O sintoma característico da infecção de garganta é, obviamente, uma dor de garganta muito forte. Você também pode ver uma película branca na parte posterior da garganta da pessoa infectada; algumas pessoas também desenvolvem febre.

Muitas infecções podem causar dor de garganta – o que distingue a faringite estreptocócica é que ela não é acompanhada por outros sintomas respiratórios comuns, como coriza ou tosse. A única maneira de saber com certeza se você tem é fazendo um teste com um médico usando um esfregaço de garganta.


A infecção estreptocócica é transmitida através do contato pessoal próximo com uma pessoa infectada, principalmente na forma de gotículas respiratórias. Isso significa que o que sai do nariz e da boca deles vai para o seu.

A infecção estreptocócica não parece se espalhar muito bem através de objetos. Um estudo realizado na década de 1950 entre recrutas militares descobriu que as pessoas que usavam cobertores contaminados com bactérias estreptococos não tinham maior probabilidade de desenvolver infecções na garganta do que aquelas que recebiam cobertores limpos.

– O ambiente inanimado desempenha um papel menor na transmissão do estreptococo do Grupo A. É tudo um contato pessoal próximo – afirma William Schaffner, professor de medicina preventiva na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.

Normalmente, leva cerca de 48 horas após a exposição até que os sintomas se desenvolvam.


Se você acha que está com infecção de garganta, faça o teste imediatamente porque a doença pode ser tratada rápida e facilmente com antibióticos, como penicilina ou amoxicilina.

– Quase todos os pacientes diagnosticados com infecção de garganta devem ser tratados com antibióticos – explica Stanford Shulman, professor emérito de pediatria da Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University.


Depois que os antibióticos são iniciados, as bactérias morrem rapidamente e, em aproximadamente 24 horas, a pessoa não é mais contagiosa. Como resultado, os especialistas afirmam que as crianças podem voltar à escola um dia depois de iniciarem a medicação. Eles ainda podem ter uma leve dor de garganta, mas não há risco para outras pessoas.

– A maioria das crianças pode retornar à escola nas próximas 12 a 24 horas, desde que estejam bem: sem febre, comendo e bebendo bem – recomenda Lori Handy, médica infectologista do Hospital Infantil da Filadélfia.


Além de reduzir o risco de transmissão, também é fundamental tratar a infecção de garganta porque a bactéria pode causar outras infecções mais graves. Isso inclui infecções de pele conhecidas como celulite e impetigo, bem como escarlatina e febre reumática, onde o sistema imunológico começa a atacar a válvula cardíaca. Nos casos mais graves – e raros -, a bactéria estreptococo pode causar infecção no sangue, infecção óssea, choque séptico ou fasceíte necrosante – uma infecção que come carne.

É importante saber sobre essas manifestações mais graves “não para assustar os pais”, alerta Lori, mas para garantir que seus filhos sejam tratados e, “se os sintomas piorarem, eles procurem atendimento médico rapidamente”.


Norovírus O norovírus é a causa mais comum de doenças gastrointestinais de curta duração. “Se você já teve uma doença estomacal, é provável que tenha sido norovírus”, afirma Ferric Fang professor de medicina laboratorial e microbiologia da Escola de Medicina da Universidade de Washington.


Os sintomas do norovírus surgem repentinamente e geralmente duram de um a dois (miseráveis) dias. Eles incluem diarréia e vômito, bem como náusea e dor de estômago.



O norovírus é incrivelmente contagioso – apenas algumas partículas virais podem infectar alguém. Depois que uma pessoa entra em contato com o vírus, geralmente leva um ou dois dias até que os sintomas apareçam.

O vírus é mais comumente transmitido por meio de partículas deixadas em superfícies e objetos por uma pessoa infectada que não lavou as mãos adequadamente após usar o banheiro (a chamada via fecal-oral).

William Schaffner, professor de medicina preventiva na Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt, conta que se lembrava de um clube de bridge em que todos os membros contraíram norovírus porque suas cartas de baralho estavam contaminadas:

– Você pega as cartas, pega o vírus no dedo, e então, se tocar no nariz ou na boca, bingo.

Partículas de norovírus também podem se espalhar pelos alimentos. Acredita-se que seja uma das principais causas de intoxicação alimentar – você fica doente não por causa de uma fonte de alimento, mas por causa de um manipulador de alimentos doente que contamina os alimentos.

Também pode ser transmitido por aerossóis de vômito ou diarreia, por isso é possível contraí-lo se você estiver na mesma sala que uma pessoa que está vomitando.

Como o norovírus se espalha tão facilmente, a higiene das mãos e a limpeza das superfícies são essenciais quando alguém ao seu redor está doente. E desinfetante para as mãos e produtos de limpeza suaves não vão resolver – você precisa usar água e sabão para as mãos e um limpador à base de alvejante para superfícies contaminadas.

– É extremamente infeccioso, por isso, se alguém da sua casa o contrair o vírus é muito difícil de evitar – pontua Fang, acrescentando a recomendação de que a pessoa doente use um banheiro exclusivo a ela, se possível.


Não existe tratamento real para o norovírus. Na verdade, os médicos normalmente desaconselham ir no hospital quando você tem uma doença estomacal ainda entre 24 a 48 horas, porque não há muito que eles possam fazer por você e você pode espalhar o vírus para outros pacientes, segundo o médico Fang.

Você só precisa aguentar e tentar evitar a desidratação – bebidas que contêm eletrólitos, como Gatorade ou Pedialyte, são frequentemente recomendadas.



As pessoas podem permanecer contagiosas com o norovírus durante semanas após a resolução dos sintomas, porque continuam a libertar partículas virais nas fezes, embora os níveis não sejam tão elevados como quando adoeceram.

Claro, não é realista ficar em casa, sem ir ao trabalho ou à escola por tanto tempo, então, quando você não estiver mais vomitando ou com diarréia, não há problema em retornar ao mundo real. No entanto, você deve continuar extremamente vigilante ao lavar as mãos depois de usar o banheiro.


RSV O vírus sincicial respiratório (RSV) já foi considerado apenas mais um vírus leve de resfriado, mas pode ser grave para bebês e adultos mais velhos. As graves consequências do RSV ficaram evidentes no inverno passado, quando contribuiu para a “tripledemia”, juntamente com a Covid e a gripe.

– Há muito tempo que os especialistas em doenças infecciosas apreciam o quão ruim é o RSV – lembra Stuart Ray, professor da divisão de doenças infecciosas da Johns Hopkins Medicine. Mas, acrescentou, antes do ano passado, a situação tinha “passado despercebida para todos”.


Em casos leves, pode ser difícil saber se você tem RSV, em vez de resfriado, gripe ou Covid; nariz escorrendo ou entupido, tosse, dor de cabeça e febre podem ocorrer com todas as quatro doenças. No entanto, os especialistas afirmam que o RSV tem maior probabilidade de afetar os pulmões e o trato respiratório inferior, causando tosse intensa, respiração ofegante e falta de ar.

– Isso tende a causar muita reatividade nas vias respiratórias, então você tosse e chia muito – explica Helen Chu, professora da divisão de alergias e doenças infecciosas da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

A maioria dos sintomas geralmente dura cerca de uma semana, embora a tosse possa persistir por muito tempo depois que outros sintomas desaparecem.


O RSV é mais comumente transmitido por meio de gotículas expelidas no espirro ou tosse de uma pessoa infectada, que depois entram no nariz ou na boca de outra pessoa. É possível que o RSV permaneça suspenso no ar como pequenas partículas de aerossol, mas é muito menos contagioso nessa forma, segundo Edward E. Walsh, professor de medicina da Universidade de Rochester e chefe de doenças infecciosas de Rochester (Hospital Geral).

Independentemente do modo de transmissão, é mais provável que a infecção ocorra quando você está a poucos metros da pessoa, explica Walsh. Apoiando isso, um pequeno estudo realizado no início da década de 1980 que expôs deliberadamente pessoas a bebês com RSV descobriu que os voluntários que pegavam e seguravam os bebês doentes tinham muito mais probabilidade de serem infectados do que aqueles que estavam no quarto, mas não o faziam interagir com eles.

O vírus pode sobreviver em superfícies durante várias horas, pelo que também existe o risco de se infetar ao tocar em objetos contaminados e depois tocar na boca, nariz ou olhos. No estudo mencionado acima, uma proporção menor de pessoas foi infectada dessa forma.

Normalmente, leva cerca de cinco dias após o contato com o vírus até que os sintomas se desenvolvam.


Não existem tratamentos antivirais para o RSV, mas os medicamentos de venda livre e os remédios caseiros que você usa para aliviar os sintomas respiratórios gerais podem ajudar.

A partir deste ano, existem duas vacinas para adultos com 60 anos ou mais que protegem contra o RSV grave. Uma das vacinas também foi aprovada para mulheres grávidas no terceiro trimestre, para que possam transmitir anticorpos através da placenta aos seus recém-nascidos. Outra nova terapia preventiva utiliza anticorpos monoclonais para proteger os bebês contra o RSV grave.


Tal como acontece com outros vírus respiratórios, você é mais infeccioso durante os primeiros dias, quando está mais sintomático; os níveis de vírus caem por volta do dia 5. Depois disso, os especialistas dizem que é seguro presumir que você não é mais muito contagioso e pode voltar ao trabalho ou à escola – desde que não tenha febre e não esteja produzindo muito muco. Se você estiver perto de adultos mais velhos ou crianças pequenas, é melhor não chegar muito perto deles por mais alguns dias, só para garantir.

Lembre-se de que você ainda pode tossir depois do dia 5 porque suas vias respiratórias podem permanecer inflamadas após o desaparecimento do vírus:

– Essas são tosses pós-infecciosas. Eles não estão mais espalhando vírus infecciosos. Se quiser ter cuidado extra, você sempre pode usar uma máscara – indicou Walsh.


O RSV pode ser mortal para crianças e idosos. É a principal causa de hospitalização infantil nos Estados Unidos e resulta em 6.000 a 10.000 mortes por ano em adultos com 65 anos ou mais. Procure atendimento médico se você ou seu filho estiverem com dificuldade para respirar.

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SAÚDE BUSINESS

PL dos planos de saúde e impactos no setor

Ainda aguardando votação na Câmara dos Deputados, Projeto de Lei continua gerando debates e temores

Depois de 17 anos de tramitação, o Projeto de Lei (PL) 7419/2006, também chamado de Lei dos Planos de Saúde, deve ser votado em breve. O PL propõe mudanças na regulamentação dos serviços de saúde suplementar no Brasil, prevista na lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Com origem no Senado Federal, a proposta tramita na Câmara do Deputados em regime de urgência, em razão da alteração do regime do PL 4477, de 2016, um dos anexos ao PL 7419.

Segundo a legislação atual, as operadoras privadas de saúde podem propor a rescisão, baseadas unicamente no aspecto financeiro, sem depender de consulta aos usuários atingidos. Uma das principais alterações propostas é a proibição da extinção unilateral do contrato em toda e qualquer situação, sejam planos individuais, coletivos, de autogestão, ou em qualquer outra modalidade.

O deputado federal Duarte Jr., do PSB do Maranhão, designado para ser o relator do projeto, apresentou em setembro o relatório final sobre o PL, que detalha uma reforma completa na legislação referente a operadoras de planos de saúde no país. Desta forma, o deputado acredita que os pacientes terão mais garantias de tratamento. 

Como o PL afeta os beneficiários?

Para o advogado especialista em direito à saúde, Rafael Robba, o PL 7419/2006 representa um passo importante, mas apenas um passo, na direção certa para lidar com os desafios que os consumidores de planos de saúde enfrentam. Ele afirma que os problemas são complexos e a proposta é a forma solucionar alguns deles.

Além da proibição da extinção unilateral do contrato, o PL traz ainda a possibilidade de punições administrativas para empresas que se recusem, de forma injustificada, a cobrir tratamentos médicos. No entanto, para especialistas do setor, o projeto não traz soluções efetivas para questões, como reajustes elevados, redução de rede credenciada, aumento de fraudes, entre outros.

“Ao impor penalidades às operadoras que adotem essa prática, a legislação buscará garantir que os consumidores tenham acesso a tratamentos necessários sem obstáculos, algo que acontece diariamente e tem levado muitos consumidores a buscar apoio na justiça”, destaca Robba. O advogado acredita que o fato de planos de saúde serem impedidos de recusar pessoas com doenças raras ou graves vai gerar uma redução nos processos de judicialização.

Por outro lado, Alberto Ogata, pesquisador associado do Centro de Pesquisa em Administração em Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), acredita que a limitação de reajustes de planos de saúde, por lei, pode inviabilizar algumas operadoras que já passam por sérias dificuldades financeiras. “Pode levar a uma maior concentração do mercado, reduzindo a competitividade do setor. O que está sendo proposto não pacifica as relações entre os stakeholders do setor, podendo até aumentar a judicialização do sistema.”

Alguns especialistas também consideram o Projeto de Lei um pacote de retrocessos, devido a preocupações sobre possíveis encarecimentos dos planos de saúde e restrição de acesso para determinados grupos de beneficiários. Apesar do PL  poder propriciar um potencial aumento na qualidade dos serviços e uma maior garantia de seus direitos como consumidores, existe o risco de haver uma variação nas mensalidades ou nas opções de planos disponíveis”, ressalta o presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde, deputado federal Zacharias Calil.

Impactos de PL no mercado de saúde

Ogata destaca que talvez o principal ponto negativo do PL seja a falta de discussão com os principais stakeholders do sistema suplementar, como as operadoras de saúde, diferentes modalidades, empresas contratantes e prestadores, como hospitais, clínicas, etc.

Como forma de minimizar os impactos das propostas, o deputado Duarte Jr. comenta que houve uma preocupação em criar medidas para equilíbrio do sistema de custeio de medicamentos de alto custo aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Por exmplo, a criação de um fundo nacional, composto por recursos públicos e privados, para o financiamento de terapias de alto custo para o tratamento de doenças raras. Pacientes com este tipo de condição compõem um dos grupos mais afetados pelo preço das terapias. Assim, o impacto dos altos valores não recairia sobre uma única operadora.

“Propomos também o agrupamento de contratos coletivos pequenos, com até 99 vidas, para facilitar a gestão. Passariam a ter um reajuste único, e não negociado caso a caso.” afirma o deputado. Atualmente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define que o reajuste único ocorra em contratos de até 29 vidas.

Para Robba, é importante que a ANS vá além de simplesmente considerar as perspectivas das operadoras de planos de saúde. Ele argumenta que a agência precisa desempenhar um papel mais eficaz na fiscalização e punição de práticas abusivas por parte de operadoras.

“A atual versão deste Projeto de Lei traz uma contribuição na busca de maior transparência nos reajustes dos planos corporativos empresariais. Resta saber se a ANS tem condições de acompanhar e regular milhares de contratos empresariais que são repactuados diariamente. A agência reguladora já se posicionou, considerando ser inviável a regulação e o controle de milhares de prestadores de serviços para os planos, como hospitais, clínicas e laboratórios”, ressalta.

Para o deputado Zacharias Calil, a avaliação dos impactos da nova lei dependerá da perspectiva de cada parte interessada. “Algumas podem ver como uma regulamentação necessária para garantir a qualidade dos serviços prestados, enquanto outras podem interpretar como um aumento de responsabilidades e custos.”

Em nota, diferentes agentes do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), a Unimed do Brasil e a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) emitiram um posicionamento quanto ao PL. 

“Entidades representativas da saúde suplementar veem com preocupação algumas medidas presentes no relatório que desconsideram peculiaridades do setor e comprometem alguns dos pilares fundamentais de seu funcionamento. No entanto, acreditamos na capacidade de diálogo com o relator e com todos os demais parlamentares a fim de evitar decisões que poderiam prejudicar o funcionamento da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje”, destacam.

O PL e o Sistema Único de Saúde (SUS)

O deputado Duarte Jr. vê com bons olhos a aprovação do projeto de lei também para a saúde pública. Ele acredita, que se aprovado, pode contribuir para desafogar o SUS, pois os pacientes, que fazem tratamento pelo plano de saúde e tiveram seu contrato rescindido unilateralmente, passaram a procurar auxílio na saúde pública, âmbito já sobrecarregado.

Para o deputado Zacharias Calil, o Projeto de Lei pode ter diversos impactos no SUS e na população idosa. “Podemos citar melhorias na assistência prestada aos idosos no SUS, estabelecendo padrões mais rigorosos para atendimento e garantindo maior qualidade nos serviços; acesso a tratamentos específicos e especializados para esse público, abordando questões de saúde que afetam mais comumente essa faixa etária. Além disso, pode levar a uma necessidade de ajustes na capacidade de atendimento do SUS, por conta do aumento das demandas nos serviços de saúde, com padrões mais elevados voltados aos idosos”, comenta.

Em relação a possíveis benefícios do PL ao SUS, o texto sugere a implementação de um prontuário digital por meio da alteração da Lei Orgânica da Saúde e da determinação de que o poder público seja obrigado a manter uma plataforma com as informações dos pacientes das redes pública e privada. Assim, seria possível um compartilhamento de dados entre os sistemas, o que se traduziria na redução de desperdícios e consequente economia para todo o sistema de saúde.

Em compasso de espera

Segundo o deputado Duarte Jr., atualmente estão ocorrendo reuniões com lideranças partidárias para discussão do PL. Também houve uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pretende se reunir com as operadoras de planos de saúde para ouvir suas reivindicações e contribuições.

Robba reforça, em última análise, que o documento evidencia a necessidade de futuras políticas considerarem pontos para garantir uma melhoria verdadeira e abrangente no setor de planos de saúde. “Estamos com um mercado de saúde suplementar batendo recordes de novos consumidores. É mais do que necessário haver uma atualização da lei para dar mais segurança aos mais de 50 milhões de beneficiários, que buscam nos planos de saúde a proteção para a própria saúde”, afirma.

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MEDICINA SA

Artigo – Profissionais de TI assumem funções cada vez mais estratégicas na saúde

O mercado de tecnologia segue aquecido, sendo um dos que mais registra crescimento no Brasil e no mundo. Para se ter ideia, estima-se que no período anterior à pandemia, o setor contabilizou uma alta de 60% na taxa de contratação. Ainda assim, uma pesquisa de mercado mostra que há uma previsão de déficit de 530 mil profissionais até 2025 e mais de 85 milhões de vagas de emprego no mundo não serão preenchidas por falta de profissionais qualificados.

Na área da saúde não é diferente. Com o boom das inovações, empresas e instituições têm investido continuamente na adoção de novas tecnologias e na contratação de profissionais de TI. Acompanhando o movimento de crescimento acelerado, o perfil dessa área e do profissional de TI evoluiu e alcançou novos patamares. A área de tecnologia deixa de exercer apenas o suporte e volta os olhos à atuação estratégica dentro do negócio.

As instituições de saúde já trabalham nesse modelo de governança que garante autonomia às pontas e maior protagonismo aos profissionais de TI. A perspectiva é que cada área da empresa contemple um especialista dedicado à função, absorvendo atividades de sustentação, infraestrutura, governança, além de toda a parte de TI e sistema, atuando especialmente no negócio. Em um hospital, por exemplo, há uma média de 50 projetos solicitados por mês. A grande maioria dessas demandas são relacionadas ao desenvolvimento de relatórios, implementação de novas funcionalidades nos sistemas. Se o profissional estiver locado na área em que atua haverá maior resolutividade, eficiência e agilidade nos processos.

A mudança vai de acordo com as características naturais desse profissional, que já atua em diversas frentes, estabelecendo interface com as mais variadas áreas, além de ser acostumado a lidar com pressão, prazos e relacionamento com fornecedores e clientes. Adicionalmente, o especialista traz em seu DNA, elementos cada vez mais importantes para a tomada de decisão, como o pensamento analítico e em forma de fluxos e a expertise em gestão de projetos.

Nessa concepção em que o profissional assume cada vez mais uma posição estratégica e de liderança, a formação é premissa fundamental. Atualmente, percebemos um avanço no interesse dos profissionais em assuntos como gestão de TI e de governança, além da segurança da informação. O especialista está se dedicando a estudar a parte teórica, mas especialmente o nicho em que atua. Quanto maior o aprofundamento no conhecimento do negócio e das questões estratégicas, melhor será sua performance para apresentar as soluções de tecnologia.

No dia 19 de outubro, celebramos o Dia do Profissional de Tecnologia da Informação e nunca foi tão importante refletir sobre a relevância desse especialista no setor de saúde. Investir em formação e carreira, garantir maior autonomia e apostar na liderança desses especialistas é urgente e necessário. Nas instituições de saúde, não existe discussão operacional que não impacte a área de TI, e o quanto antes todos entenderem isso, maior será o ganho em relação à eficiência, redução de custos e celeridade nos processos.


*Alex Vieira é Superintendente de Inteligência Digital e TI do HCor.

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Assessoria de Comunicação