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DESTAQUES
Brasil registra 293 mortes por covid-19 em 24 horas
Anvisa questiona Saúde sobre reforço e Janssen
Butantan cancela reunião com Anvisa sobre Coronavac para criança e adolescente
Covid: por que Brasil é único país que dará 3ª dose de vacina da Janssen
Cuidado com o ‘chip da beleza’
‘A estomia salvou minha vida’, diz Luciano Szafir
Pessoas entre 40 e 49 anos já podem tomar 3ª dose em Goiânia; veja condições
Pandemia: pela primeira vez, em um ano e meio, Covid-19 deixa de ser a maior causa de mortes no Brasil
AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra 293 mortes por covid-19 em 24 horas
As secretarias municipais e estaduais de Saúde registraram, em 24 horas, 12.301 casos de covid-19 e 293 mortes resultantes de complicações associadas à doença. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta-feira (18).
Com isso, o número de vidas perdidas para a pandemia chegou a 612.144. Até ontem (17), o painel de informações sobre a covid-19 mantido pelo Ministério da Saúde marcava 611.851 mortes em decorrência da doença.
Ainda há 2.867 mortes em investigação, situação ocorre pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa demanda exames e procedimentos posteriores.
Com os novos casos registrados, o número de pessoas que contraíram covid-19 até hoje chegou a 21.989.962. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde totalizava 21.977.861 casos acumulados.
Estão em acompanhamento 170.821 casos de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Até esta quinta-feira, 21.206.997 pessoas já se recuperaram da covid-19.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados por causa da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pela atualização do acúmulo de dados..
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19, até o momento, é São Paulo (153.299), seguido por Rio de Janeiro (68.793), Minas Gerais (55.997), Paraná (40.741) e Rio Grande do Sul (35.898).
Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.845), Amapá (1.995), Roraima (2.038), Tocantins (3.903) e Sergipe (6.038).
Não se registraram mortes por covid-19 ontem e hoje nos estados do Acre, do Amapá e de Roraima.
Vacinação
Até o início da noite de hoje, o sistema do Ministério da Saúde marcava a aplicação de 297,9 milhões de doses no Brasil, sendo 157,3 milhões da primeira dose e 128,4 milhões da segunda e da dose única.
Foram aplicados 11,5 milhões de doses de reforço.
No total, foram distribuídas 360,6 milhões de doses a estados e municípios, tendo sido entregues 349,9 milhões.
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FOLHA DE S.PAULO
Anvisa questiona Saúde sobre reforço e Janssen
Agência, que não participou das decisões, pede dados sobre segurança da nova estratégia de vacinação contra Covid
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou uma lista de questionamentos ao Ministério da Saúde sobre a decisão de libe -rar a dose de reforço da vacinação contra Covid-19 a todos adultos.
A agência também pede dados sobre a decisão de aplicar a vacina da Janssen, antes de dose única, em duas doses.
Como mostrou a Folha, essas mudanças na estratégia de vacinação, anunciadas pelo Ministério da Saúde na terça-feira (16), pegaram de surpresa a Anvisa e os fabricantes das vacinas.
‘Os esclarecimentos solicitados são necessários sob o ponto de vista sanitário, especialmente no que se refere ao monitoramento do uso dos novos esquemas vacinais no Brasil’, disse a agência, em nota divulgada à imprensa nesta quinta-feira (18).
Os questionamentos da Anvisa foram enviados na noite de quarta-feira (17) ao Ministério da Saúde. A agência afirma que é preciso demonstrar ‘minimamente’ que seguem mantidas a segurança e a eficácia das vacinas após as mudanças feitas pelo ministério.
No mesmo documento, a Anvisa afirma que só conhece discussões sobre a Janssen ue envolvem a ‘possibilida-e de aplicação de dose de reforço e não de segunda dose como parte do esquema primário de vacinação’.
Em seis questionamentos sobre a mudança no esquema vacinai da Janssen, a agência pede à Saúde dados de estudos utilizados para o anúncio, como a eficácia demonstrada após a segunda dose e a aplicação de reforçoe resultados de segurança.
‘A agência solicita, também, que sejam informados quais foram os estudos, pareceres e nota técnicas, contendo evidências científicas e dados clínicos, que subsidiaram a decisão do Ministério da Saúde para ampliar a aplicação de dose de reforço para toda a população adulta’, afirma a Anvisa no documento.
Na leitura de integrantes da Anvisa, a decisão do ministério atropela discussões da agência sobre o tema. O órgão já abriu análise para inserir na bula das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer as regras sobre a dose de reforço.
Em discussão prévia, técnicos da Anvisa aconselharam o ministério a aguardar uma posição da agência sobre a aplicação da dose de reforço, o que não ocorreu.
A Janssen também deve enviar nas próximas semanas dados sobre a aplicação da dose de reforço, mas não há previsão de que a empresa peça mudança no ciclo vacinai básico. Hoje esta vacina é aplicada em dose única.
Com os pedidos das farma -eêuticas em mãos, a Anvisa ainda pode tomar decisões diferentes daquelas anunciadas pelo ministério. Por exemplo, aprovando a dose de reforço da Janssen, mas sem inserir em bula a previsão de uma segunda aplicação no delo básico.
Apesar do mal-estar e dos questionamentos, a Anvisa quer evitar uma disputa com o ministério. A ideia é não alimentar o discurso antivadna.
A Saúde elaborou nota técnica na noite de quarta-feira (16) sobre a dose de reforço. A equipe do ministro Marcelo Queiroga afirma que “preferencialmente’ deve ser utilizado imunizante da plataforma de RNA mensageiro, como da Pfizer. Também orienta que a vacina de vetor vi-ral, como da Janssen ou AstraZeneca, pode ser aplicada de forma ‘alternativa’.
Desde o fim de setembro o ministério já recomenda a dose de reforço para pessoas com 60 anos ou mais, além de grupos de risco. N este caso, a Anvisa participou da decisão.
A legislação deixa margem para o Ministério da Saúde decidir sobre temas que cabem à Anvisa, como a forma de aplicação de vacinas. Mas o ministro só pode tomar este tipo de iniciativa em casos ‘que impliquem risco à saúde da população’ ou em cenários de inação da Anvisa, conforme as regras vigentes.
Na leitura de técnicos da agência, o Ministério da Saúde deveria formalizar que agiu no lugar do órgão regulador, em publicação no Diário Oficial da União, por exemplo, além de explicar as razões para essa iniciativa.
Um ponto que preocupa a Anvisa é sobre como organizar o monitoramento das reações adversas das vacinas. Na leitura da agência, este é um dos temas que deveríam ter sido previamente debatidos com o ministério.
Os anúncios de terça-feira também pegaram de surpresa parte da equipe de Queiroga. As decisões sobre a Covid-19 têm sido tomadas em grupos restritos e o PNI (Programa Nacional de Imunizações) está sem comando desde o fim de junho.
O argumento de auxiliares de Queiroga é de que tanto a mudança sobre a aplicação da dose da Janssen e a ampliação do público da vacina de reforço seguem experiências internacionais.
Em nota divulgada na terça-feira, porém, a Anvisa disse que iniciativas deste tipo foram previamente discutidas com as agências reguladoras em diversos países.
‘Antes de incorporar a dose de reforço das vacinas, países como Estados Unidos, Canadá, Indonésia, Grã-Bretanha, Israel, membros da Comunidade Européia e outros submeteram a estratégia à avaliação prévia das suas autoridades reguladoras. Primariamente, a terceira ou dose de reforço foi indicada para pessoas com sistema imuno-lógico enfraquecido, idosos e profissionais de saúde’, disse a agência brasileira.
Os esclarecimentos solicitados são necessários sob o ponto de vista sanitário, especialmente no que se refere ao monitoramento do uso dos novos esquemas vacinais no Brasil
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Butantan cancela reunião com Anvisa sobre Coronavac para criança e adolescente
Instituto defende que a aprovação está sendo desnecessariamente postergada pela agência, que diz ainda não ter recebido dados suficientes
O Instituto Butantan cancelou a reunião com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratar da liberação da Coronavac para crianças e adolescentes. O encontro entre técnicos dos dois órgãos estava agendado para esta sexta-feira (19), às 11h.
A versão que o instituto sustenta, extraoficialmente, é a de que a Anvisa está postergando a aprovação, sempre solicitando novas informações, e que, por isso, têm sido improdutivos os encontros com a agência a fim de se chegar a um acordo sobre a documentação necessária para a autorização da vacina no público de 3 a 17 anos.
Diante disso, o instituto pretende abandonar a estratégia de discussões prévias até que uma nova solicitação formal seja apresentada, o que ainda não tem data para ocorrer. Oficialmente, o Butantan afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a reunião desta sexta foi cancelada “por problemas de agenda dos participantes”.
A Anvisa segue afirmando não ter recebido informações suficientes para que sejam atestadas a segurança e a eficiência da Coronavac nessa faixa etária.
O único pedido oficial para autorização do uso da Coronavac em crianças e adolescentes no Brasil foi feito pelo Butantan em 30 de julho e negado pela Anvisa em 18 de agosto. A agência, à época, disse que a mostra do estudo apresentado, com 586 participantes, era insuficiente e que não havia informações de resultados em cada um dos subgrupos de faixas etárias (de 3 a 5 anos, de 6 a 11, e de 12 a 17).
Posteriormente, em uma reunião realizada no último dia 5, o Butantan fez a apresentação de alguns resultados de estudos do laboratório chinês Sinovac, que desenvolveu a Coronavac, mas a Anvisa considerou as informações pouco sólidas para a liberação e solicitou que fossem mostrados dados da fase 3 dos estudos (esse estágio é o último das pesquisas antes que se obtenha o registro oficial na agência de vigilância).
Desde então, o Butantan, ainda que evite falar oficialmente sobre o tema, tem defendido a tese de que as informações já são suficientes, mas que a Anvisa prefere adiar a aprovação. Na semana passada, à Folha, Dimas Tadeu Covas, presidente do instituto, afirmou que os resultados de estudos já entregues e a aplicação em crianças e adolescentes em países como Chile, Equador e China evidenciam a segurança e a eficácia da vacina. “Não há mais razão para prorrogar essa decisão no Brasil”, disse.
A Anvisa nega a intenção de postergar e diz que o Butantan não apresentou formalmente novo pedido de aprovação desde o que foi rejeitado por falta de dados, e que, na reunião do dia 5, houve apenas uma “pré-submissão, com uma breve descrição de dados”, considerados ainda insuficientes para a liberação.
À Folha, em resposta à declaração de Covas, a agência afirmou, por meio de nota: “Ressaltamos a importância de o Instituto Butantan tratar o processo dentro das diretrizes regulatórias do Brasil, as quais são semelhantes aos preceitos da Organização Mundial de Saúde”.
No relatório de 18 de agosto no qual negou a autorização da Coronavac para crianças e adolescentes, a Anvisa defendeu-a como importante no combate à Covid-19. A diretora da agência, Meiruze Freitas, afirmou que a vacina “tem contribuído para a diminuição dos danos da pandemia, favorecendo a redução significativa da hospitalização e dos óbitos da população imunizada”.
Na semana passada, o laboratório Sinovac anunciou que dados preliminares de ensaios clínicos da fase 3 em crianças e adolescentes, feitos na África do Sul, no Chile, na Malásia e nas Filipinas, comprovaram a segurança para essa faixa etária.
No Brasil, a Pfizer é a única vacina contra o coronavírus autorizada pela Anvisa para menores de 18 anos, e apenas para aqueles que têm entre 12 e 17. Na última sexta-feira (12), a agência recebeu o pedido de uso desse imunizante em crianças de 5 a 11 anos. A solicitação deverá ser analisada em um prazo de até 30 dias. ?
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CORREIO BRAZILIENSE
Covid: por que Brasil é único país que dará 3ª dose de vacina da Janssen
Em alguns lugares do mundo onde essa vacina está aprovada, já existem diretrizes sobre a necessidade de reforço, mas num esquema diferente do que foi definido no Brasil
Dose de reforço já estava indicada no Brasil para idosos e profissionais de saúde. Agora, estará disponível para todos os adultos
Em meio ao anúncio de uma megacampanha de imunização, o Ministério da Saúde confirmou na terça-feira (16/11) que todos os brasileiros que tomaram a vacina da Janssen precisarão receber uma segunda dose desse mesmo produto e aguardar cinco meses para a aplicação da terceira dose, que deverá ser preferencialmente do imunizante da Pfizer.
O esquema tem levantado muitas dúvidas entre a população e algumas críticas entre os especialistas, que chamam a atenção para o fato de outras partes interessadas no assunto, como a Anvisa e a Janssen, não terem sido consultadas.
Como vai funcionar 3ª dose da vacina contra covid para maiores de 18 anos
Vacina da Janssen: como vai funcionar reforço para quem tomou ‘dose única’ contra covid
Em alguns lugares do mundo onde essa vacina está aprovada, já existem diretrizes sobre a necessidade de reforço, mas num esquema diferente do que foi definido no Brasil.
Nos Estados Unidos, por exemplo, desde 20 de outubro todos os indivíduos com mais de 18 anos que receberam o imunizante da Janssen têm indicação para tomar, dois meses depois, uma segunda dose de vacina, que pode ser da própria Janssen, da Pfizer ou da Moderna.
Ao contrário do que foi definido no Brasil, as autoridades americanas não preveem ou indicam até agora uma terceira dose dentro desse contexto específico (para todos os adultos que tomaram a vacina da Janssen).
“A necessidade de uma segunda dose da Janssen já era certa, mas não conheço nenhum outro país do mundo que orienta essa segunda dose e já agenda uma terceira para cinco meses depois”, observa a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Entenda a seguir como as autoridades brasileiras chegaram a essa decisão e as evidências científicas disponíveis até o momento sobre a necessidade de doses de reforço para quem tomou Janssen.
O que diz a ciência?
O fato de conferir proteção com uma única dose deu à vacina da Janssen uma vantagem produtiva e logística. Afinal, é muito mais fácil avançar na campanha e resguardar o maior número de pessoas com apenas uma aplicação.
Nos testes clínicos de fase 3, que serviram de base para a aprovação emergencial em vários países, esse imunizante obteve uma eficácia de 75% contra casos mais graves de covid-19.
Perda de efetividade da vacina com o passar do tempo (e diante de novas variantes do coronavírus) é uma das justificativas para as doses de reforço
Porém, a chegada de novas variantes do coronavírus e a progressão dos meses após a vacinação levantaram dúvidas se essa imunidade pós-vacinação poderia se enfraquecer.
Foi justamente para avaliar isso que a Janssen fez uma análise de efetividade de vida real, que comparou, entre março e julho de 2021, 390 mil pessoas que haviam recebido a vacina da farmacêutica e 1,5 milhão de indivíduos que não foram imunizados.
A pesquisa mostrou que o imunizante de dose única até mantinha um boa efetividade contra a hospitalização e morte por covid, mas era possível aumentar ainda mais essa proteção com a aplicação de um reforço.
Segundo os dados da Janssen, dar uma segunda dose dois meses após a primeira aumenta em quatro a seis vezes o nível de anticorpos.
Agora, se essa segunda dose era dada seis meses depois, o nível de anticorpos contra o coronavírus se eleva em 12 vezes.
Essas informações foram compartilhadas com agências regulatórias, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e com instituições internacionais, caso da Organização Mundial da Saúde.
Vale destacar ainda que a queda de imunidade e a necessidade de novas doses também foi apontada por outras investigações científicas independentes.
O médico José Cassio de Moraes, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, ressalta que essas adaptações e mudanças no esquema vacinal são esperadas.
“Essas modificações são naturais, uma vez que falamos de uma doença relativamente nova e precisamos entender a epidemiologia, o surgimento de novas variantes do vírus e os estudos de efetividade das vacinas”, diz.
“O acúmulo desse conhecimento gera aperfeiçoamentos nas campanhas de imunização, com o objetivo de aumentar a proteção de todos”, complementa o especialista, que ajuda no planejamento dos esforços de imunização no Brasil desde a epidemia de meningite, nos anos 1970.
O que os países fizeram?
De acordo com o sistema de monitoramento do Centro de Inovação em Saúde Global da Universidade Duke, nos Estados Unidos, a Janssen negociou aproximadamente 894 milhões de doses de sua vacina com 20 nações e blocos econômicos diferentes.
Os principais compradores foram a União Europeia (240 milhões de doses), a União Africana (220 milhões) e a Covax Facility (200 milhões). A Covax é um mecanismo internacional que compra e distribui vacinas para os países mais pobres do planeta.
Na sequência, aparecem Estados Unidos (100 milhões), Brasil (38 milhões), Reino Unido (30 milhões), Bolívia (15 milhões) e África do Sul (11 milhões).
Ainda fazem parte da lista Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Filipinas, Chile, Tunísia, Nova Zelândia, Botsuana, Suíça, Tailândia, Peru e México.
Na África do Sul, voluntários que participaram dos testes clínicos com a vacina da Janssen estão aptos a receber uma segunda dose
Algumas dessas nações alteraram recentemente o regime de doses ou as orientações de vacinação com o produto da Janssen.
Foi o caso dos Estados Unidos, como já citado no início da reportagem: desde 20 de outubro, as autoridades americanas indicam um booster (reforço) para todos os indivíduos com mais de 18 anos que receberam a vacina da Janssen. Essa dose extra pode ser feita com a própria Janssen, com Pfizer ou com Moderna.
Na União Europeia, ainda não há uma definição para todo o bloco: a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) continua a considerar como “vacinado” quem recebeu a dose única de Janssen.
Mas há a expectativa que isso mude nas próximas semanas, pois a EMA anunciou em 21 de outubro que vai analisar dados sobre a necessidade de reforço nesse contexto.
Alguns países do continente, como Áustria, República Tcheca, Alemanha, Hungria e Itália, também já oferecem uma dose de reforço a todo mundo que tomou essa vacina, informa a Reuters.
Já o Reino Unido, que até assegurou uma boa quantia de doses com a farmacêutica, decidiu doar boa parte de sua compra para o Covax Facility.
Em outras partes do mundo, essa questão ainda está sendo discutida. De acordo com o jornal The Korea Times, os responsáveis pela campanha de vacinação contra a covid-19 na Coreia do Sul pretendem antecipar a dose extra do imunizante para quem tomou Janssen, antes prevista para dezembro.
Já na África do Sul, cerca de 490 mil voluntários dos testes clínicos da vacina da Janssen estão sendo recrutados novamente para receber uma segunda dose, como parte de uma nova etapa dos estudos científicos.
O que o Brasil fez?
Na mesma tendência dos países com as campanhas mais adiantadas, o Ministério da Saúde também passou a ofertar o reforço vacinal a toda a população com mais de 18 anos. O anúncio foi feito no dia 16 de novembro.
No caso do imunizante da Janssen, porém, há uma diferença importante no esquema vacinal adotado por aqui: de acordo com a orientação mais atualizada, quem tomou a primeira dose de Janssen deve aguardar dois meses para receber uma segunda dose desse mesmo fabricante.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assegurou que país tem doses suficientes para aplicar a terceira dose em todos os brasileiros com mais de 18 anos
“Quem tomou a Janssen completará o esquema vacinal. Embora seja de dose única, compete a nós [Ministério da Saúde] as definições. A pessoa tomará duas doses, em um intervalo de dois meses”, explicou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.
Até aí, essa é a mesma diretriz seguida nos Estados Unidos. Mas o Ministério da Saúde se antecipou e já garante para esse grupo uma terceira dose, de preferência da Pfizer, cinco meses após a segunda aplicação.
Essa é a grande diferença em relação ao que é feito em outras partes do mundo.
Faz sentido?
A decisão pegou algumas instituições e a comunidade acadêmica de surpresa.
A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre, explica que não há evidências científicas que justifiquem a terceira dose nesses indivíduos – o reforço, para quem recebeu a vacina da Janssen, já está na segunda dose aplicada dois meses depois.
“O que o Ministério da Saúde fez foi criar uma fórmula deles. Nenhum estudo fez exatamente isso [2 doses de Janssen com intervalo de dois meses + 1 dose de Pfizer cinco meses depois]”, analisa.
“Pode ser que [a estratégia] funcione, mas por ora ela é baseada no achômetro”, completa.
Que fique claro: os especialistas não lançam dúvidas sobre a efetividade das vacinas ou a necessidade de doses de reforço no geral, mas questionam a situação específica que envolve o imunizante da Janssen e a necessidade de indicar uma terceira dose nesse caso, uma vez que a segunda dose já é considerada como reforço em outros países.
Seguindo essa linha de raciocínio, a terceira dose está indicada justamente para os imunizantes que necessitam de duas doses no esquema inicial de proteção. No Brasil, esse é o caso de CoronaVac e dos produtos feitos por Pfizer e por AstraZeneca.
Outro ponto que chamou a atenção desde o anúncio foi a falta de alinhamento com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Até o momento, a vacina da Janssen está aprovada no Brasil de forma emergencial no esquema de dose única.
Aplicar duas doses, portanto, exigiria uma mudança de bula que precisa ser aprovada pela agência.
Procurada pela BBC News Brasil, a assessoria de imprensa da Anvisa encaminhou uma nota de esclarecimento sobre a questão, dizendo que aguarda um pedido de alteração no registro para contemplar a dose de reforço.
“Segundo a Janssen, a previsão é de que até a próxima semana a empresa entregue os estudos sobre eficácia e a segurança da dose de reforço da sua vacina à Anvisa”, destacou o órgão.
A informação foi confirmada pela própria farmacêutica, em nota enviada à BBC.
“A Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, informa que sua vacina contra a covid-19 possui autorização de uso emergencial pela Anvisa para utilização em regime de imunização de dose única, apoiada pelos dados de eficácia e segurança do ensaio clínico de fase 3 realizado com 43.783 participantes em oito países, incluindo o Brasil.”
“O fluxo ideal seria a Janssen fazer o pedido de alteração de bula e a Anvisa responder o mais rápido possível”, concorda Moraes.
“O Ministério da Saúde fez uma indicação off label, ou fora da bula. Isso pode ser feito, mas é preciso extremo cuidado e apenas para atender situações emergenciais. A Anvisa deve sempre ter prioridade na aprovação de uso de qualquer produto”, pondera o médico.
A BBC News Brasil procurou o Ministério da Saúde para esclarecer os pontos levantados e entender melhor as evidências que levaram à decisão de oferecer uma segunda dose de Janssen e uma terceira aplicação após cinco meses. Até o fechamento desta reportagem, não recebemos nenhuma resposta.
Vai ter vacina para todo mundo?
Apesar de toda a discussão, a necessidade de doses de reforço (a segunda, no caso da Janssen, e a terceira, quando pensamos em CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca) contra a covid se mostra cada vez mais real.
“Mesmo antes desses anúncios recentes, era certo para nós que esse tipo de recomendação ia se tornar realidade em algum momento”, admite Ballalai.
“O que precisávamos pensar eram as prioridades para esse reforço. Talvez pudéssemos focar num primeiro momento em gestantes ou em alguns outros grupos”, complementa a médica.
Ao falar do reforço para todos os adultos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assegurou que o Brasil terá vacinas suficientes para contemplar toda a população na campanha.
De acordo com as projeções oficiais, disponíveis no próprio site do Ministério da Saúde, o país deve receber 7,7 milhões de doses da Janssen ao longo de novembro. Para dezembro, são esperadas outras 28,3 milhões.
Até o momento, a farmacêutica tinha enviado ao Brasil 1,8 milhão de doses em junho e outras 3 milhões de unidades desse imunizante foram doados pelos Estados Unidos na virada do primeiro para o segundo semestre de 2021.
Ou seja: os 4,8 milhões de brasileiros que foram vacinados com o produto da Janssen entre julho e agosto precisam receber, ao longo das próximas semanas, a segunda dose preconizada pelo Ministério da Saúde – até porque aquele intervalo de dois meses já foi ultrapassado.
Especialistas orientam que as pessoas busquem os postos de saúde para tomar a segunda ou a terceira dose nas datas estipuladas. Medida aumenta imunidade contra as formas mais graves de covid
Se a chegada dos novos lotes da Janssen realmente acontecer em novembro, conforme o planejamento, essas doses seriam utilizadas em parte como reforço para esses quase 5 milhões de indivíduos.
Questionada pela BBC News Brasil, a farmacêutica informou que já entregou 1,1 milhão de doses no dia 12 de novembro e pretende fazer uma nova remessa de 1,04 milhão de unidades ao longo desta semana.
Na sequência, seguindo as diretrizes atuais, esse grupo terá que esperar mais cinco meses para receber a terceira dose, que será preferencialmente feita com o imunizante da Pfizer.
Do ponto de vista individual, Ballalai entende que quem faz parte do público-alvo deve participar da campanha e ir ao posto de saúde nas datas estipuladas.
“Não perca a oportunidade de tomar a segunda ou a terceira dose da vacina para manter um bom nível de imunidade contra a covid-19”, apela a médica.
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Cuidado com o ‘chip da beleza’
Impulsionados pelas redes sociais e por perfis de famosos que sobrevalorizam a exposição do corpo perfeito, muita gente busca uma solução fácil para ter uma pele mais bonita, firme, emagrecer e melhorar o desempenho físico. Isso explica a mais recente febre do ‘chip da beleza’, implante hormonal que vem sendo utilizado indevidamente e que pode causar danos irreversíveis à saúde.
O alerta partiu da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem Nacional), que afirmou recentemente, em nota, que não recomenda o uso de implantes de gestrinona para tratamento terapêutico de endometriose e é contra a aplicação para fins estéticos e de desempenho físico. O posicionamento oficial da entidade sobre uso e abuso de implantes de gestrinona no Brasil foi feito em conjunto com o Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade.
De acordo com o documento, o uso de implantes hormonais, utilizando esteroides sexuais e seus derivados, vem aumentando de forma avassaladora no Brasil. Por serem apresentações customizáveis, existe um real risco de superdosagem e de subdosagem.
Também a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) já tinha criticado o uso como opção terapêutica no tratamento de sintomas da menstruação, menopausa, doenças dependentes do estrogênio (os hormônios femininos) ou contracepção. Em nota, a Febrasgo divulgou que não existem dados suficientes que validem a segurança do uso do dispositivo, especialmente delongo prazo.
A gestrinona começou a ser estudada no final dos anos 1970 para tratamento da endometriose por via oral e, no Brasil, obteve registro na Anvisa em 1996. Mas, conforme a Sbem, não existem estudos de segurança e eficácia da gestrinona para tratamento de endometriose por uso parenteral, particularmente, por meio de implantes.
Como não há produção de gestrinona oral no Brasil, os implantes hormonais são comercializados de forma manipulada, isolada ou associada a outros hormônios. Diante disso, a grande questão é: qual a dosagem e o que está sendo colocado dentro dos implantes? Ninguém sabe ao certo.
A gestrinona também é um hormônio com ações anabolizantes e consta na lista de substâncias proibidas no esporte da World Anti-DopingAgency (WADA). O uso do implante hormonal ganhou espaço no mercado e virou o ‘queridinho das mulheres’ que buscam, de forma fácil e equivocada, o aumento da massa muscular, da libido e melhora da performance física e estética.
Mas há efeitos colaterais sérios do implante de gestrinona relatados em consultórios médicos, entre eles inchaço, alteração do clitóris, mudança da voz, aumento de acne e de oleosidade na pele, entre outros. A Sbem alerta para o aumento de relatos de efeitos adversos associados ao uso de implantes de gestrinona e outros hormônios androgênicos em mulheres, com risco até de complicações cardiovasculares e morte.
Vale destacar que os implantes hormonais trazem benefícios quando bem administrados em pacientes que necessitam e acompanhados por médicos endocrinologistas ou ginecologistas durante o tratamento. Mas, de novo, a utilização de qualquer hormônio com finalidade estética não é reconhecid, e a indicação de hormônios para pessoas que não apresentam deficiências hormonais é contraindicada e pode trazer sérios danos à saúde.
Diante desses riscos, é preciso que haja maior fiscalização da comercialização da gestrinona pela Anvisa, para coibir o uso abusivo que vem sendo observado no Brasil, bem como uma campanha de conscientização sobre os riscos do uso desse tipo de implante.
É importante que as mulheres conversem com seus médicos, se municiem de informações sobre outros tipos de tratamentos com hormônio para fins terapêuticos e não se rendam ao canto da sereia de famosas e influenciadoras em redes sociais sobre a facilidade de ganhos estéticos com a gestrinona. Os riscos para a saúde são grandes, e o alerta já foi dado.
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O ESTADO DE S.PAULO
‘A estomia salvou minha vida’, diz Luciano Szafir
Ator enfrenta sequelas da covid-19 e mostrou em desfile na SPFW a bolsa coletora que usa após uma operação no intestino. “Um estomizado não precisa sofrer privações”, diz Szafir em entrevista exclusiva ao blog Vencer Limites.
Luiz Alexandre Souza Ventura
O ator, modelo e empresário Luciano Szafir mostrou nesta quinta-feira, 18, durante desfile na São Paulo Fashion Week (SPFW), a bolsa de estomia que usa há quatro meses, desde que passou por uma cirurgia no intestino após contrair duas vezes a covid-19.
Em entrevista exclusiva ao blog Vencer Limites, Szafir conta por que expôs o instrumento coletor e revela detalhes de sua rotina depois de enfrentar uma grave infecção pelo coronavírus. No Brasil, aproximadamente 120 mil pessoas usam bolsas de estomia.
‘Pode acontecer com qualquer pessoa. A cirurgia salvou a minha vida e não há motivo para ter vergonha de usar uma bolsa de estomia. Minha volta às passarelas era a oportunidade para normalizar e fazer entender que um estomizado não precisa sofrer privações’, diz.
Estoma é o resultado da operação para remover uma doença e aliviar sintomas. É uma abertura artificial para expelir fezes ou urina, criada a partir de uma extremidade do intestino trazida para a superfície do abdômen.
Estomia é uma deficiência física que exige cuidados específicos, conforme estabelecido no Decreto n° 5 296, de 2 de dezembro de 2004.
Szafir decidiu abraçar a responsabilidade de derrubar preconceitos sobre o tema. ‘Quem não conhece, julga. Mesmo sem querer, tem atitudes preconceituosas. Seja na hora de contratar um funcionário ou se relacionar afetivamente’, afirma o empresário.
‘Banheiro público para quem usa a bolsa é urgente. Por que é tão difícil isso virar lei em todo o Brasil?’, questiona Szafir. O blog Vencer Limites mostrou em reportagem que ir ao banheiro é uma tarefa complexa para ostomizados. Para esvaziar a bolsa de forma higiênica, a cuba sanitária precisa ser elevada, na altura da cintura. Não há regulamentação nacional que garanta essa construção em locais públicos, mas legislações específicas começam a surgir nos estados.
‘Ainda não precisei trocar de bolsa na rua, mas se um dia precisar, certamente vou me sentir muito desconfortável. Eu não posso correr o risco de entrar numa cabine fechada, sem ter onde apoiar as coisas ou segurar o espelho na mão, correndo o risco de colocar na posição errada por não estar com o corpo ereto. Então, ter acesso a banheiros públicos exclusivos para quem tem um estoma é essencial’, defende.
Fragilidade – Luciano Szafir afirma que, no começo, teve medo e dificuldade, mas entendeu que o uso da bolsa de estomia não era uma uma sentença, uma definição pessoal.
‘Foram quase 30 pontos e isso me chocou na hora. A pele ainda estava sensível, semelhante a ralar o joelho. Senti dor até tudo cicatrizar. Na hora de trocar a bolsa, eu tremia, me dava uma agonia. Hoje não me incomoda. Se você acabou de fazer a cirurgia, afirmo que a sensação ruim vai passar. Não deixe afetar sua autoestima. Lembre-se, essa cirurgia salvou a sua vida’, diz.
Vida que segue – Luciano Szafir conta que seu dia a dia com a bolsa de estomia é repleto de atividades. ‘Continuo namorando minha mulher e fazendo tudo que eu sempre quis. Dá pra jogar bola, vôlei, tomando pequenos cuidados, claro, andar de bicicleta, fazer musculação com peso, correr, caminhar, nadar’, relata. ‘Deixei de fazer apenas alguns esportes de atrito, como o Jiu-Jitsu’, comenta.
Personalizado – Na SPFW, o modelo desfilou para o estilista Walério Araújo e usou uma roupa feita especialmente para o evento, com corte exclusivo para deixar a bolsa à mostra. Luciano Szafir se tornou embaixador da Coloplast, empresa especializada em produtos e serviços para pessoas com necessidades íntimas de saúde. A meta da parceria é gerar empatia, acolhimento, conscientização e conhecimento.
Saúde pública – Nesta semana, em 16 de novembro, foi celebrado o Dia Nacional das Pessoas com Estomia. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem aproximadamente 400 mil pessoas ostomizadas e surgem 10 mil novos casos por ano.
Para marcar a data, a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) lançou o 1º Consenso Brasileiro de Cuidado da Pessoa com Estomia. A proposta é melhorar o padrão de cuidado e trazer evidências científicas que ajudem a criar processos de reabilitação, autocuidado e acompanhamento, garantindo qualidade de vida, socialização, segurança e minimizando riscos e complicações (clique aqui para participar).
A Portaria 400, de 16 de novembro de 2009, estabelece as Diretrizes Nacionais para a Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Em reportagem do blog Vencer Limites, a coordenadora nacional do Movimento Ostomizado BR (MOBR), Ana Paula Batista, afirmou que a Portaria precisa de reforma.
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A REDAÇÃO
Pessoas entre 40 e 49 anos já podem tomar 3ª dose em Goiânia; veja condições
Mônica Parreira
Goiânia – Goiânia começa, nesta sexta-feira (19/11), a aplicar a terceira dose da vacina contra a covid-19 em moradores entre 40 e 49 anos. O pré-requisito é que a pessoa já tenha tomado a segunda dose há cinco meses, ou seja, até o dia 19 de junho.
A nova etapa de imunização ocorre após o Ministério da Saúde anunciar, nesta semana, a necessidade do reforço para todas as pessoas acima de 18 anos. Na capital, esse novo calendário vacinal é dividido por faixa etária para “evitar aglomeração nos locais de vacinação”, informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O cronograma segue da seguinte forma: 22 a 24 de novembro (30 a 39 anos) e entre 25 e 26 de novembro (18 a 29 anos). Os imunizantes estão disponíveis em todas as 61 salas de vacinas, além do Clube da Caixa e do drive-thru do Shopping Passeio das Águas.
A estimativa da Saúde é que 163.230 moradores de Goiânia estejam aptos a tomar a terceira dose. Quem ainda não completou os cinco meses dentro do cronograma apresentado só deve comparecer aos postos assim que o prazo for atingido.
A campanha contra a covid-19 também segue aplicando a primeira dose em pessoas a partir de 12 anos e que ainda não iniciaram o processo de imunização. E ainda, segunda dose.
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JORNAL OPÇÃO
Pandemia: pela primeira vez, em um ano e meio, Covid-19 deixa de ser a maior causa de mortes no Brasil
Por Gabriella Oliveira
As doenças cardiovasculares voltaram a ocupar o topo na lista das causas de óbitos dos brasileiros
Segundo dados dos cartórios de registro civil constados no portal da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), desde a segunda quinzena de outubro deste ano, a doença causada pelo Covid-19 deixou de ser a principal razão de mortes no Brasil. Mudança é em decorrência ao avanço da vacinação.
Desde o fim de abril de 2020, doenças como AVC (acidente vascular cerebral), infarto e outras doenças cardiovasculares não configuravam o ranking das principais causas de óbitos entre os brasileiros. Contudo, em outubro elas voltaram a ficar na frente do coronavírus.
A própria Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgou um boletim comentando a estabilidade nos casos de mortes por Covid. “[Os números] mostram a estabilidade dos indicadores usados pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz nas últimas cinco semanas, isto é, desde 10 de outubro”, afirmaram.
No Brasil, já são 127.422.765 de pessoas totalmente imunizadas, o que corresponde a 59,73% da população. Esse avanço é o que tem freado a disseminação do vírus da Covid-19, diminuindo o número de óbitos.
Confira a lista das doenças que tem causado mais mortes no Brasil, segundo os cartórios:
AVC – 4.220 óbitos
Infarto – 4.176
Causas cardíacas inespecíficas – 4.107
Covid-19 – 3.605
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Assessoria de Comunicação