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DESTAQUES
Saúde anuncia rede de hospitais e serviços inteligentes no SUS
Contrato de hospital em Anápolis gerou prejuízo de R$ 42 milhões na gestão de Roberto Naves, aponta TCM
Aplicativo Mais Saúde Goiânia é aprovado e deve ser lançado nos próximos dias
Quando os medicamentos param de funcionar: uma crise que mata
Quando o problema não é a medicina, mas a administração
Entidades pedem por mais servidores na Gerência de Produtos para Saúde
Gestão eficiente: o segredo para o crescimento de clínicas médicas
AGÊNCIA BRASIL
Saúde anuncia rede de hospitais e serviços inteligentes no SUS
Meta é reunir tecnologia avançada com alta especialização
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (18), em Brasília, uma rede nacional de hospitais e serviços de saúde inteligentes e de medicina de alta precisão dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é reunir tecnologia avançada, alta especialização e cooperação internacional para modernizar o atendimento.
A iniciativa prevê a implantação de 14 unidades de terapia intensiva (UTIs) automatizadas que funcionarão de forma interligada nas cinco regiões, além da construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), o primeiro hospital inteligente do país.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que outras oito unidades hospitalares serão modernizadas “com envolvimento de universidades e secretarias de saúde”. “Não tenho dúvida de que, hoje, nós estamos entrando em uma nova era de inovação para o SUS e para a saúde do país”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
“Não estamos falando só de construção de hospitais, de modernização de UTIs e de hospitais que já existem. Estamos falando de um movimento de incorporação tecnológica, de parcerias de transferência tecnológica”, completou, durante entrevista.
Entenda
A rede integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado para a expansão do atendimento especializado na rede pública. Dados oficiais indicam que o uso de tecnologias como inteligência artificial e big data pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência, além de tornar o diagnóstico e a assistência especializada mais rápidos e precisos.
As 14 UTIs inteligentes vão funcionar de forma interligada em hospitais selecionados pelo Ministério da Saúde junto a gestores de 13 estados nas cidades de Manaus, Dourados (MS), Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.
“Serão serviços totalmente digitais, com monitoramento contínuo, integração entre equipamentos e sistemas de informação. A tecnologia auxiliará na previsão de agravos, apoiará decisões clínicas, otimizará avaliações e permitirá a troca de conhecimento entre especialistas em diferentes regiões. Também estarão conectadas a uma central de pesquisa e inovação”, finalizou o ministério.
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JORNAL OPÇÃO
Contrato de hospital em Anápolis gerou prejuízo de R$ 42 milhões na gestão de Roberto Naves, aponta TCM
O contrato teve origem em uma contratação emergencial por dispensa de licitação, mas as irregularidades mais graves ocorreram na execução
O Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) converteu um processo de representação em Tomada de Contas Especial (TCE) para apurar ilegalidades verificadas na execução de contrato firmado pela gestão do então prefeito Roberto Naves para transferir a administração do Hospital Municipal Alfredo Abrahão à Associação Beneficente João Paulo II.
Ao Jornal Opção, Roberto Naves negou irregularidades e afirmou que a Tomada de Contas Especial teria sido uma iniciativa sua. O ex-prefeito destacou, ainda, não ser alvo de qualquer condenação ou reprovação na prestação de contas.
A decisão do TCM foi motivada pela presença de indícios de dano ao erário, inicialmente “não passível de quantificação completa”, mas posteriormente estimado em R$ 42,9 milhões, conforme Relatório Conclusivo emitido pela Comissão de TCE instaurada pelo próprio município de Anápolis.
O contrato teve origem em uma contratação emergencial por dispensa de licitação, mas as irregularidades mais graves ocorreram na execução. O acórdão nº 06731/2025 responsabiliza diretamente o ex-prefeito Roberto Naves pelas falhas registradas entre 2021 e 2023, incluindo inexecução parcial e contínua dos serviços, descumprimento de metas quantitativas e qualitativas, subcontratações ilegais, ausência de transparência, falhas na fiscalização e pagamento integral à organização social apesar da falta de comprovação da entrega dos serviços contratados.
Em um dos períodos analisados, por exemplo, o atendimento ambulatorial alcançou apenas 11,26% da meta prevista, enquanto os repasses municipais permaneceram integrais.
Entre os pontos considerados mais graves pelo Tribunal está o conflito de interesses nas contratações de terceiros realizadas pela Associação. A entidade firmou contratos com empresas diretamente ligadas à sua diretoria e à direção do hospital, como a B-Health Consultoria de Gestão e Administração de Saúde Ltda., que recebeu 38% dos recursos transferidos entre novembro de 2021 e abril de 2023 e tinha como sócio administrador o próprio presidente da organização social, Pedro Alberto Paraíso de Almeida.
A prática violaria a Lei Municipal nº 4.173/21, que proíbe acordos com empresas das quais participem dirigentes da OS.
O TCM-GO também identificou falhas estruturais na fiscalização municipal. Os relatórios de execução contratual foram apresentados tardiamente – apenas após medida cautelar emitida pelo Tribunal – e o julgamento das contas ocorreu somente em abril de 2024, após o encerramento da vigência do contrato, em desacordo com a legislação aplicável. Somam-se ainda problemas na publicidade dos dados pela ABJPII e despesas sem relação com o objeto contratual, como o pagamento de R$ 17,5 mil por passagens aéreas.
O Tribunal destacou, ainda, que todas as irregularidades tiveram origem e continuidade durante a gestão de Roberto Naves, cabendo à administração atual apenas adotar medidas para recuperação do prejuízo. Assim, ao converter o processo em TCE, o TCM-GO determinou a notificação da Associação Beneficente João Paulo II e de diversos responsáveis para apresentação de defesa.
O julgamento final sobre responsabilizações e ressarcimento ocorrerá apenas após a conclusão do rito da Tomada de Contas Especial.
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Aplicativo Mais Saúde Goiânia é aprovado e deve ser lançado nos próximos dias
A ferramenta deve ser oficialmente apresentada nos próximos dias pelo prefeito Sandro Mabel (UB)
A Prefeitura de Goiânia recebeu aprovação para incluir o aplicativo Mais Saúde Goiânia na Play Store e na Apple Store. A ferramenta deve ser oficialmente apresentada nos próximos dias pelo prefeito Sandro Mabel (UB). O aplicativo, no entanto, ainda não está disponível para download.
Com o app, os usuários poderão agendar consultas da rede de atenção básica do SUS, em modalidade de demanda espontânea, sem necessidade de encaminhamento prévio. Estão disponíveis agendamentos para clínico geral, pediatria, ginecologia e médico de saúde da família.
Segundo a gestão municipal, o aplicativo é exclusivo para a atenção básica. As consultas com especialistas continuam dependendo de avaliação inicial, feita por um médico geral. Após a primeira consulta, o profissional poderá emitir o encaminhamento, que será regulado conforme a prioridade clínica do caso.
A expectativa do município é que a ferramenta reduza filas e facilite o acesso dos moradores aos serviços essenciais de saúde.
O novo aplicativo deve substituir a ferramenta Saúde Fácil Goiânia, lançado em dezembro de 2019 pelo então prefeito Iris Rezende (MDB) e descontinuado pela nova gestão do Paço. A ferramenta proporcionava que moradores da Capital agendassem consultas médicas ambulatoriais nas unidades de saúde do município, como nas Unidades Básica de Saúde (UBS).
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MEDICINA S/A
Quando os medicamentos param de funcionar: uma crise que mata
Estamos diante de um dos maiores riscos à saúde global e também à nossa realidade local: a resistência aos antimicrobianos (RAM). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 as bactérias resistentes foram responsáveis diretas por cerca de 1,27 milhão de mortes e contribuíram para quase 5 milhões de óbitos em todo o mundo.
Apesar desses números alarmantes, o enfrentamento do problema ainda apresenta graves lacunas. Prescrições padronizadas, escassez de laboratórios de microbiologia, produção de carne com uso indiscriminado de antimicrobianos e o saneamento precário compõem um cenário em que os medicamentos que salvam vidas hoje podem não funcionar amanhã.
Nos hospitais e unidades de saúde, a cultura do uso rápido e generalista de antibióticos permanece enraizada. Diagnósticos imprecisos ou tardios resultam em tratamentos ineficazes quando o micro-organismo já apresenta resistência. Fora do ambiente hospitalar, o uso de antimicrobianos na criação de animais e a falta de medidas básicas de prevenção — como higiene, vacinação e controle de infecções — agravam ainda mais a crise.
As consequências não são apenas sanitárias. O Banco Mundial estima que, sem ações efetivas, a RAM poderá consumir até 3,8% do PIB mundial e empurrar milhões de pessoas para a pobreza.
O que se exige agora é ação coordenada
Primeiro: responsabilidade sistemática no uso de antimicrobianos — profissionais de saúde, gestores públicos e privados, produtores e a comunidade devem prescrever, dispensar e usar esses medicamentos com critério e monitoramento contínuo.
Segundo: transparência e vigilância. Unidades de saúde precisam divulgar indicadores de consumo e resistência (antibiogramas locais), além de taxas de infecção associadas a dispositivos e o tempo até a terapia efetiva quando a resistência é identificada.
Terceiro: prevenção. Higiene das mãos, vacinação, saneamento, diagnóstico rápido e programas de stewardship com auditoria e feedback reduzem infecções — e, consequentemente, a necessidade de antibióticos.
A resistência aos antimicrobianos está corroendo silenciosamente uma das maiores conquistas da medicina moderna. Se nada mudar, o que hoje é rotina — uma cirurgia, um parto, um tratamento oncológico — voltará a ser arriscado. Os antibióticos, que já salvaram milhões, podem se tornar inúteis diante de infecções banais.
*Mara Machado é CEO do IQG (Instituto Qualisa de Gestão).
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Quando o problema não é a medicina, mas a administração
Nos últimos anos, a medicina passou por uma transformação silenciosa. Se antes a autonomia profissional era vista como sinônimo de liberdade, hoje ela vem acompanhada de responsabilidades que pouco têm a ver com a prática clínica. A digitalização dos serviços, o aumento da concorrência e a complexidade tributária tornaram o médico não apenas um especialista em saúde, mas também, queira ou não, um gestor de negócios. Esse novo papel exige uma combinação de habilidades que raramente são ensinadas nas faculdades de medicina.
Realizei uma pesquisa com mais de 160 médicos de diferentes regiões do país para entender o que realmente tem tirado o sono dos profissionais da saúde. A maioria das respostas não surpreendeu, mas o conjunto delas revela um quadro preocupante. Noventa e sete por cento dos médicos afirmaram enfrentar problemas financeiros, e seis em cada dez não sabem exatamente quais impostos estão pagando.
Esses números mostram algo que venho observando há bastante tempo: a medicina forma grandes especialistas, no entanto ainda não possui preparo o suficiente para o lado empresarial da profissão. E é justamente nessa lacuna que muitos profissionais se perdem. Um consultório ou uma clínica são, em essência, empresas com fluxo de caixa, impostos, custos fixos, equipe e estratégias de crescimento. Sem uma base mínima de gestão, o risco de frustração é alto.
É sintomático que tantos médicos cheguem ao mercado sem saber distinguir regimes tributários ou planejar o fluxo de caixa de uma clínica. Isso não é culpa individual, mas reflexo de uma formação que ainda separa o conhecimento técnico do conhecimento administrativo. Enquanto outras áreas profissionais vêm incorporando noções de gestão, marketing e empreendedorismo ao currículo, a medicina permanece voltada quase exclusivamente ao atendimento. O resultado é um contingente de profissionais altamente qualificados, mas vulneráveis à desorganização financeira e à sobrecarga.
O mais curioso é que as dificuldades vão muito além das finanças. Entre as queixas mais frequentes, surgiram problemas na contratação de equipe qualificada, falta de treinamento e padronização de processos, e dúvidas sobre como montar uma sociedade médica. São desafios que atravessam o dia a dia da categoria e que, se não forem enfrentados de forma estruturada, acabam comprometendo a qualidade de vida e até o desempenho clínico.
Ao conversar com médicos que decidiram empreender, percebo que o erro raramente está na falta de conhecimento técnico e sim na ausência de suporte na gestão. Muitos subestimam os custos fixos, escolhem o regime tributário errado ou simplesmente ignoram a importância de estratégias básicas de marketing e comunicação. Pequenas decisões mal calculadas acabam minando o retorno do investimento e gerando um ciclo de sobrecarga e insatisfação.
Falar em gestão para médicos ainda desperta resistência em parte da categoria. Existe um certo desconforto em associar o exercício da medicina a termos como lucro, eficiência e produtividade. Mas essa mentalidade precisa evoluir. A gestão não é antagônica à ética médica; é o que garante que o cuidado possa ser oferecido de forma contínua, sustentável e de qualidade.
Essa realidade exige uma mudança de mentalidade. Assim como o cuidado com o paciente depende de diagnóstico e acompanhamento constantes, o cuidado com o próprio negócio também precisa de atenção e método. Entender números, revisar processos, delegar funções e buscar orientação especializada não são sinais de fraqueza, na verdade são atitudes de quem quer exercer a medicina de forma sustentável.
À medida que o sistema de saúde brasileiro se torna mais competitivo, a gestão tende a se tornar uma competência central para que possamos oferecer o melhor aos pacientes. Médicos que dominarem aspectos básicos de planejamento financeiro, relacionamento com pacientes e uso de tecnologia terão uma vantagem real e poderão transmitir melhor qualidade para os atendimentos. A medicina do futuro será híbrida: técnica, humana e estratégica.
No fim das contas, acredito que a saúde financeira e administrativa dos médicos é parte essencial da saúde do sistema como um todo. Profissionais mais conscientes de sua gestão têm mais tempo, recursos e tranquilidade para fazer o que realmente importa: cuidar de pessoas.
*Matheus Reis é CEO da Back4you.
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SAÚDE BUSINESS
Entidades pedem por mais servidores na Gerência de Produtos para Saúde
Enquanto o Brasil tem 1 servidor para cada 1,9 milhão de habitantes, o Canadá possui 1 para cada 254 mil, os Estados Unidos 1 para cada 150 mil e a Argentina 1 para cada 476 mil
De acordo com levantamento da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), a Anvisa conta hoje com apenas 113 servidores dedicados ao setor de dispositivos médicos (para todo ciclo de vida do produto), número bastante inferior ao de outras agências regulatórias das Américas. Por esse motivo, associações de saúde criaram um documento para pedir mais servidores para a agência reguladora alegando falhas na qualidade.
Veja a comparação com outros países:
• ANMAT (Argentina) – 100 servidores
• Health Canada (Canadá) – 165 servidores
• INVIMA (Colômbia) – 65 servidores
• FDA (Estados Unidos) – 2.260 servidores
• COFEPRIS (México) – 42 servidores
O que fazem
Os servidores da Gerência de Produtos para Saúde (GPROS) da Anvisa desempenham funções essenciais na regulamentação e fiscalização de produtos médicos e para saúde no Brasil. Suas principais atividades incluem:
Analisar e aprovar registros de equipamentos médicos e produtos para saúde
Elaborar regulamentos e normas técnicas do setor
Fiscalizar empresas fabricantes e importadoras
Monitorar a segurança dos produtos após a comercialização
Investigar eventos adversos e problemas de qualidade
Controlar a entrada de produtos irregulares no mercado
Aplicar medidas sanitárias quando necessário
Esses profissionais são fundamentais para garantir que os produtos para saúde comercializados no Brasil atendam aos padrões de segurança, eficácia e qualidade exigidos pela legislação sanitária.
Capacidade técnica
As entidades médicas – Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), a Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED), a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) e a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) – fizeram um apelo à Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela reposição adequada de servidores na Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS).
O pedido destaca que a área – responsável pela regulação e vigilância de dispositivos médicos no país – opera atualmente muito acima de sua capacidade técnica, o que ameaça o ritmo e a qualidade das análises realizadas.
De acordo com a pesquisa, enquanto o Brasil tem 1 servidor para cada 1,9 milhão de habitantes, o Canadá possui 1 para cada 254 mil; os Estados Unidos, 1 para cada 150 mil; a Argentina, 1 para cada 476 mil; a Colômbia tem 1 para cada 814 mil; e o México possui 1 para cada 3,1 milhões.
O documento traz dados apresentados pela própria GGTPS, em maio de 2025, que evidenciam que o número de servidores atualmente disponíveis é expressivamente inferior ao necessário para atender, de maneira adequada, ao elevado volume de processos iniciais de regularização. Destaca-se, ainda, que até setembro de 2025, a GGTPS contabilizava um total de 95.277 registros ativos, evidenciando o desafio enfrentado para garantir a eficiência e a celeridade das atividades regulatórias diante da demanda crescente.
Demanda x qualidade
“Essa situação é extremamente preocupante, pois compromete a capacidade da GGTPS de cumprir sua missão primordial e de acompanhar as crescentes demandas do país. Sem recursos humanos e materiais adequados, a GGTPS perde sua capacidade vital de análise e resposta às demandas do setor regulado, mesmo com o enorme empenho de seus dirigentes e servidores, que, visivelmente, envidam todos os esforços na busca de soluções para os ‘gargalos’ da gerência-geral”, afirma o ofício conjunto.
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As associações solicitam que a Anvisa priorize a alocação de parte dos 103 aprovados no concurso público de 2024 — que estão no cadastro de reserva — à gerência responsável por produtos para saúde.
“Acreditamos que só é possível ter inovação no país se houver uma agência regulatória robusta e tecnicamente preparada para cumprir sua missão primordial: proteger a saúde pública”, afirma o presidente executivo da Aliança, José Márcio Cerqueira Gomes.
As entidades ressaltam que a Anvisa exerce influência significativa nas Américas e em fóruns internacionais, como o IMDRF e o MDSAP, dos quais é membro fundador, fomentando um ambiente de negócios transparente e confiável. A Agência, inclusive, está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e ao Plano Plurianual Brasileiro, com metas voltadas à inovação, ao acesso equitativo e à excelência regulatória.
“Fortalecer a GGTPS é uma medida urgente, a fim de garantir que o País esteja em conformidade com os mais altos padrões internacionais de segurança e qualidade, evitando que o paciente, centro absoluto dessa discussão, seja afetado”, reforça o documento.
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Gestão eficiente: o segredo para o crescimento de clínicas médicas
Quando comecei a atuar no setor de clínicas médicas e odontológicas, percebi algo que muitos não enxergam: não é a ciência nem a qualidade do atendimento que limitam o crescimento, mas a forma como a clínica é gerida. Equipes desalinhadas, processos inconsistentes, marketing improvisado e finanças fragmentadas travam negócios que poderiam alcançar resultados muito maiores. Identificar essas lacunas me motivou a implementar gestão clínica eficiente, com foco em processos, performance de equipe e padronização de protocolos.
Estratégia, disciplina e execução impecável são pilares que permitem transformar ideias em resultados concretos. Com processos bem estruturados, é possível criar previsibilidade, escalabilidade e eficiência operacional, permitindo que a equipe se desenvolva, inove e concentre esforços no que gera valor real para pacientes e para o negócio.
A tecnologia, especialmente a inteligência artificial (IA), tem se mostrado uma aliada poderosa para otimizar processos clínicos e administrativos. Segundo a pesquisa TIC Saúde 2024, 17% dos médicos no Brasil já utilizam IA em suas rotinas profissionais, com maior adoção em estabelecimentos privados (20%) e hospitais maiores (20%). As principais aplicações incluem suporte a pesquisas e auxílio na elaboração de relatórios médicos, aumentando velocidade, precisão e assertividade.
Apesar do avanço, a adoção da IA ainda enfrenta desafios como percepção de falta de necessidade, baixa priorização e custos elevados. Além disso, ainda segundo a pesquisa, apenas 23% dos profissionais de saúde realizaram capacitação recente em informática, destacando a importância de investimentos em treinamento para garantir segurança, ética e qualidade dos dados.
Mais do que resolver problemas, transformar desafios em oportunidades é fundamental. A cooperação verdadeira, que envolve assumir responsabilidades em áreas como comercial, financeiro, marketing e treinamento, é o que transforma intenção em execução e resultados concretos. A execução consistente é o motor do crescimento sustentável em clínicas.
Acima de tudo, crescimento sustentável não se resume a números, mas à combinação de consistência, visão estratégica e coragem para tomar decisões difíceis. Receita, performance e escala são consequência de processos claros, equipe engajada e execução disciplinada. O gestor que estrutura sua clínica, aplica tecnologia de forma inteligente e lidera com propósito cria um negócio resiliente, preparado para o futuro e capaz de se reinventar continuamente.
No final, a verdadeira virada de chave é perceber: o extraordinário não vem por acaso; ele é construído, dia após dia, escolha após escolha.
*Stefanno Polidoro é cofundador da QuantumLife e um dos idealizadores do CSC Quantum.
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Assessoria de Comunicação