ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Uso de armadilhas caseiras para pegar Aedes aegypti pode ser perigoso
• Manifestantes pedem a liberação da pílula contra o câncer, em Goiânia
• População teme novas mortes por falta de leitos de UTI, em Itumbiara, em Goiás
• Clínicas populares realizam consulta médica a R$ 80
• Pílula do Câncer: em protesto, familiares e doentes relatam dramas
• Manifestantes fazem novo protesto pela fosfo
• Instituto Neurológico amplia serviços e quer virar referência em emergência
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Uso de armadilhas caseiras para pegar Aedes aegypti pode ser perigoso
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/uso-de-armadilhas-caseiras-para-pegar-aedes-aegypti-pode-ser-perigoso/4898344/
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Manifestantes pedem a liberação da pílula contra o câncer, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/manifestantes-pedem-a-liberacao-da-pilula-contra-o-cancer-em-goiania/4898282/
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População teme novas mortes por falta de leitos de UTI, em Itumbiara, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/populacao-teme-novas-mortes-por-falta-de-leitos-de-uti-em-itumbiara-em-goias/4898275/
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O POPULAR
Clínicas populares realizam consulta médica a R$ 80
Clínicas com preços populares surgem em Goiânia. Conselho afirma que é uma tendência devido aumento de médicos no mercado, mas orienta população
Karina Ribeiro
Embalado por um sistema público de saúde capenga e uma forte crise econômica, clínicas com preços populares absorvem pacientes que sofrem pela falta de atendimento ou buscam valores mais acessíveis. O preço da consulta a R$ 80 é uma alternativa considerando que profissionais de outras clínicas particulares podem cobrar preços quatro vezes mais elevados, dependendo da especialidade. O Conselho Regional de Medicina (CRM) afirma é que essa é uma tendência em função do aumento do volume de médicos no mercado, mas faz um alerta e orienta a população (veja matéria abaixo).
Somente este ano, pelo menos duas clínicas populares foram instaladas em Goiânia. Em comum, o preço de consultas médicas especializadas como cardiologia, oftalmologia, pediatria e urologia com preços mais acessíveis, além de um ponto de fácil acesso e alto fluxo de pessoas. Uma vantagem apontada pelos clientes é que os médicos prestam serviço com hora marcada.
Na Clínica Vittá, são ofertadas 19 especialidades da área da saúde. Em sistema de rotatividade, cerca de oito especialistas atendem, diariamente, um volume médio de 50 pacientes. “Nós começamos a funcionar dia 22 de janeiro e tivemos um aumento de 50% somente nesse período de março, se comparado ao mês passado”, diz uma das sócias da clínica, Lara Ramos Caiado de Carvalho.
Lara conta que maior parte do público vem da classe C e D, muitos reclamando da demora de atendimento do sistema público de saúde. Porém, diz, já observa um movimento da classe B, em busca de consultas médicas com preços mais acessíveis.
É nesse ponto que se enquadra o casal, Dione Oliveira e Vanessa Baêta. Até setembro do ano passado, a família gozava de plano de saúde disponibilizado pela empresa na qual trabalhava o consultor. “Foi quando sai de lá e, agora, precisamos da consulta”, diz Dione.
Vanessa, que é cirurgiã dentista, relata que, em função de uma união de fatores imbatíveis – aumento do custo de vida e redução da renda – fez pesquisa de preços de consultas oftalmológicas para ela e a família. “Achei até de R$180, mas o nosso dinheiro já não é mais o mesmo, revela.
Ao lado do casal, estava a dona de casa, Lourdes Santos. Também pesquisou preços antes de escolher a clínica com valores populares, a diferença é que já tinha tentado uma vez pela rede pública de saúde. “Lá eles não tinham nem uma data para me dizer quando eu seria atendida”, conta.
Pontos são instalados próximos aos Cais
A reportagem de O POPULAR constatou a abertura de várias clínicas ao redor de Cais da capital. O ponto estratégico busca atrair pacientes fragilizados com a ineficiência do serviço de saúde pública. Numa das clínicas localizada na proximidade do Cais do Jardim América, por exemplo, uma placa em frente a um consultório apontava:“ Consultas dengue/zica. Não sofra na fila, R$ 50”.
Foi onde deslocou Sandra Ribeiro, que acompanhava a sobrinha, Luma Martines Gabriel, que sentia sintomas característicos: fortes dores no corpo, febre e cansaço. “A fila estava enorme e o atendimento muito burocrático”, diz. Diante da agrura, afirma, preferiu pagar .
A Superintendência de Regulação e Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não informou o número de pessoas que aguardam hoje na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento, resumindo que depende de cada especialidade. A superintendência repassou ainda que, em alguns casos, a marcação ocorre em intervalo mínimo de uma semana, mas não informou quanto tempo pode se alongar nos casos de maior demanda.
Atendimentos precisam satisfazer os clientes
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Aldair Novato Silva, diz que o preço é definido pelo profissional, mas alerta para o valor não pautar o tipo de consulta. “O atendimento tem de ser bom, tem de satisfazer o cliente independente de ser particular ou convênio”, explica.
Ele explica que a entidade já recebeu denúncia de médicos que estão prestando atendimento especializado sem possuir credenciamento para tal. “Já fomos surpreendidos com casos assim, já realizamos reunião e se repetir, abriremos sindicância e a clínica pode ser interditada”, afirma. Ele ressalta que não pode revelar quais são as empresas envolvidas nas denúncias.
A orientação é para que o paciente busque informações sobre o profissional, além de não frequentar clínicas que vinculem a consulta a exames feitos por laboratórios próprios. (20/03/16)
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Pílula do Câncer: em protesto, familiares e doentes relatam dramas
Evento organizado por grupo que pede liberação de medicamento foi realizado na manhã de ontem na Praça Tamandaré, em Goiânia
Sarah Teófilo
“Ele tinha câncer no corpo, mas a gente carrega na alma.” Sandra Gonçalves tem dificuldade para controlar o choro e falar o próprio nome e do marido, Edson Cláudio, 69 anos, que faleceu ontem após um ano e três meses de luta contra um câncer no pâncreas. O sofrimento maior vem porque teve morta a esperança de cura, ou mesmo o prolongamento da vida do marido no último dia 1º, quando lhe foi negado na Justiça goiana o pedido para conseguir a fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. “A Justiça matou a nossa esperança”, afirma.
No protesto feito ontem de manhã, na Praça Tamandaré, pelo grupo em Goiás que luta para liberar a pílula, todos comentavam sobre o velório no Parque Memorial do Cerrado. “A gente vai vendo as pessoas indo e ficamos perguntando a Deus se seremos os próximos”, diz Benedita Lúcia, 54 anos. Na página do Facebook do grupo, 5,3 mil curtidas de pessoas que buscam a liberação da pílula e apoiam a causa. Parte do protesto foi uma pedalada que saiu da praça, foi ao hospital Araújo Jorge, e retornou ao local de origem.
Por todos os lados, sorrisos e palavras de apoio do grupo que se formou em novembro do ano passado. Benedita, que luta contra o câncer mesmo após retirar útero, ovário e trompas, afirma que não existe sensação pior que receber um diagnóstico de câncer. “É como uma sentença de morte”, afirma. De acordo com ela, no momento a intenção maior da luta é conseguir o medicamento para os pacientes compassivos – aqueles que fizeram o tratamento convencional, mas não obtiveram resultado algum. “Esses não podem esperar. Cada segundo é precioso.”
É o caso de Marilda Lopes, 62 anos, que veio do Rio de Janeiro para participar do movimento. Diagnosticada com linfoma, ela fez quimioterapia há um ano e meio, mas a doença evoluiu. Desde então, começou a buscar informações e descobriu a Pílula do Câncer. “Ela é a minha esperança”, afirmou. Marilda chegou a conseguir pílulas após autorização judicial, mas deu a uma amiga cuja filha de 8 anos estava em estado avançado, que viveu mais cinco meses.
Disposição
Também no protesto, a arquiteta Márcia Franco, 46 anos, contava que a mãe de 71 anos está tomando a fosfoetanolamina desde o dia 25 de dezembro, 20 dias depois de descobrir o câncer de pâncreas. Ainda assim, a mulher continua fazendo quimioterapia.
De acordo com Márcia, a diferença na disposição da mãe foi visível assim que o medicamento começou a fazer efeito. “Antes ela tomava oito comprimidos para dor por dia, hoje ela não toma nada”, afirmou. Márcia ainda disse que o médico dava dois meses de vida para a idosa, e ela já está no quarto mês. “Isso não é garrafada, não é João de Deus. É ciência”, disse, pontuando que tem certeza que o resultado se deve a “fosfo”.
Já a história de Sandra Gonçalves, que enterrou o marido ontem, é diferente. Ela carrega na voz e no peito a revolta por não ter tido o medicamento que acredita que teria salvado o marido. “Pode ter certeza que eu vou continuar lutando para ajudar outras pessoas”, disse.
A polêmica
O que é: É a combinação de uma substância comum chamada monoetanolamina e o ácido fosfórico. Ela imita uma substância presente no organismo e sinaliza células cancerosas para a remoção pelo sistema imunológico.
Quem desenvolveu: Foi isolada pela primeira vez em 1936, por Edgar Laurence, na Universidade de Toronto, Canadá.
Nos anos 90 começou a ser estudada pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP), que coordenou estudos por 20 anos.
*Informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, e Informação
Polêmica: O medicamento não possui liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e era distribuído gratuitamente pela USP. Fala-se que não se sabe dos efeitos em humanos. Gilberto Chierice, entretanto, disse que em 2015 a “fosfo” foi testada em humanos pelo hospital Amaral Carvalho, em São Paulo. Informação foi combatida pelo hospital e Ministério.
O que aconteceu: Desde setembro de 2015, a distribuição foi suspensa por decisão da Justiça de São Paulo. Com a liberação do componente a um paciente pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado, outras pessoas começaram a entrar com processos para ter acesso à pílula. Desde 2014 a USP só fornece via decisão judicial.
Como está: A Câmara dos Deputados aprovou no início deste mês um projeto que permite a produção e uso pílula. O projeto já passou por duas comissões no Senado e agora será apreciado em plenário em regime de urgência. (21/03/16)
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O HOJE
Manifestantes fazem novo protesto pela fosfo
Mobilização acontece dias antes da votação de projeto de lei que pode liberar substância tida como cura do câncer
Deivid Souza
No momento que pode ser a reta final da luta pela liberação do uso da fosfoetanolamina – substância à qual é atribuída a cura do câncer – ativistas realizam mais uma manifestação. A mobilização está prevista, hoje, em várias capitais brasileiras. Em Goiânia, o protesto acontecerá na Praça Tamandaré. A luta, que começou no ano passado pode estar perto do fim com a votação de um projeto de lei no Senado e permite o uso da fórmula antes da concessão de registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A mobilização acontece em dois momentos na Capital. Às 7h30, um grupo de ciclistas participará do "Pedal da Fosfo". Eles vão percorrer 7 quilômetros pela Região Central de Goiânia até retornarem à Praça Tamandaré. Lá, eles se juntarão a outro grupo de pessoas que se concentrarão para um ato no local previsto para às 9 horas. A exemplo das outras edições dos protestos do grupo que defende a liberação do uso da substância, o movimento se repetirá em outras capitais brasileiras no mesmo dia e horário. A organização do evento em Goiânia afirma que 500 ciclistas já confirmaram presença.
Nas redes sociais circula um vídeo do senador Ivo Cassol (PP-RO) fazendo um convite para que mais pessoas integrem o movimento. "Se o projeto de lei der tudo certo na semana que vem, a (manifestação) será um fechamento com chave de ouro, para a gente encerrar as manifestações que foram feitas em prol da liberação da fosfoetanolamina. Muitas pessoas de outros estados irão participar da manifestação", explica o líder da mobilização em Goiânia, Reginaldo Barbosa.
O senador é relator do projeto que passou pelas comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT), e de Assuntos Sociais (CAS) na última semana. A proposta (PLC 3/2016) deve ser apreciada pelos parlamentares na próxima terça-feira (22). Se o texto for aprovado, a Anvisa terá de autorizar os laboratórios a fazerem a produção e distribuição da fosfoetanolamina sintética.
Passado
A fosfoetanolamina era distribuída no IQSC até a Universidade de São Paulo (USP) vetá-la, isso porque a substância não possui registro na Anvisa. Diante da barreira, familiares de pessoas com câncer começaram a entrar na Justiça para conseguir o direito de receber a substância, por meio de liminares. Depois disso, aconteceram várias idas e vindas à Justiça, que atualmente bloqueia a distribuição.
A cura de vários casos de câncer é atribuída à substância, que é uma mistura de monoetanolamina e o ácido fosfórico- um conservante de alimentos. Ela atua facilitando o trabalho do sistema imunológico na destruição das células cancerígenas. Especialistas se dividem e alguns argumentam que ainda não há estudos que comprovem a eficácia da substância. (20/03/16)
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A REDAÇÃO
Instituto Neurológico amplia serviços e quer virar referência em emergência
Mônica Parreira
Goiânia – Embora popularmente conhecido como Hospital Neurológico, o Instituto de Neurologia de Goiânia (ING) está expandindo o leque de especialidades. Já é capaz de receber pacientes dos mais diversos perfis, devido ao ambicioso projeto de ampliação da estrutura física e clínica, e a próxima meta é tornar-se referência em emergência 24 horas.
Até o final do ano, o número de leitos deve saltar de 81 para 113. Para o diretor administrativo, doutor Francisco Arruda, a reforma é uma resposta ao anseio da própria sociedade, já que a unidade atende a mais de 20 planos de saúde e também alguns pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). "Faltam leitos na cidade, a demanda é muito grande", disse.
Atendimento humanizado
Prioridades, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) começam a funcionar plenamente esta semana, agora com o dobro da capacidade (20 quartos). A ala passa a contar com quatro quartos humanizados.
"Oferecemos a possibilidade de acompanhamento do familiar durante a internação, o que é raro. Quando o paciente tem nível de consciência, a presença do familiar certamente contribui para sua recuperação", explicou o diretor.
(Foto: Renato Conde/A Redação)
A UTI humanizada tem WiFi, TV e total privacidade. "Pensamos em tudo para que o acompanhante também tenha conforto", frisou. As dez UTIs que já tinham no hospital passaram por reforma, recebendo camas americanas e equipamentos de primeira linha. "Nossa estrutura é preparada para receber qualquer tipo de paciente adulto".
Mais especialidades
Inaugurado em 1975, o ING é referência nacional em neurologia e neurocirurgia. É por esse motivo que a direção preza por manter o nome, acrescentando à marca uma espécie de subtítulo: Hospital de Especialidades. Atualmente é comum receber pacientes para cirurgias cardíaca, vascular, bariátrica, geral e de coluna.
"É uma coisa meio estranha, às vezes a pessoa fala que fez cirurgia bariátrica em um instituto de neurologia. Óbvio que o nome carrega esse viés, porque o hospital nasceu com uma especialidade, mas à medida que a história foi acontecendo, ao longo de 40 anos, fomos englobando outras".
Dr. Francisco Arruda explica ampliação do ING (Vídeo: Renato Conde/A Redação)
No campo da neurologia, o ING abrange o maior programa nacional de tratamento para epilepsia, chegando a operar 2,4 mil pacientes por ano. Entre outras iniciativas vanguardistas, também adota a tecnologia chamada neuromodulação, usada em patologias como Doença de Parkinson, Distúrbio Cognitivo, AVC e dores crônicas.
O dr. Francisco Arruda explica que a neuromodulação (foto ao lado) tem sido bastante procurada desde 2014, quando os planos de saúdepassaram a cobrir o tratamento.
"Estamos criando um nicho no hospital para essa especialidade. É um aparelho que modifica as conexões do sistema nervoso através de estímulos elétricos. Dá mais qualidade de vida aos pacientes, que precisam somente trocar a bateria do aparelho, que dura de 5 a 7 anos".
Investimento
De acordo com o dr. Francisco Arruda, a ideia de ampliar a estrutura física surgiu há cerca de dois anos, durante planejamento estratégico.
De lá para cá, a direção até buscou financiamento, mas tem esbarrado na burocracia. As obras são tocadas com recursos próprios, sendo investidos cerca de R$ 2 milhões. Além de aumentar a capacidade de atendimento, o hospital deve gerar pelo menos mais 40 empregos até o fim do ano.
(Foto: Renato Conde)
O ING também está buscando o selo de qualidade da Organização Nacional de Acreditação Hospitalar. Para isso, precisou fazer algumas adaptações que, na visão do diretor da unidade, trouxe eficiência.
"Implantamos um protocolo de classificação de risco, chamado protocolo de Manchester, o que melhorou muito o primeiro atendimento do paciente. Além disso, temos plantonistas especializados em clínica geral", finalizou. (20/03/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação