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DESTAQUES
Dossiê revela: dentistas estão realizando cirurgias estéticas ilegalmente, e erros se multiplicam
OMS pretende vacinar contra covid 40% da população mundial até o fim do ano
Cepa indiana: Nova variante do coronavírus é encontrada em Goiânia
Cresce procura por cirurgias e intervenções estéticas
Mais 235 mil vacinas contra a covid-19 chegam a Goiás
Goiás ultrapassa 655 mil casos de Covid-19
Maioria de mortes por Covid ocorre pela primeira vez entre menores de 60 anos
Nise Yamaguchi processa senadores de CPI da Covid por danos morais
Queiroga: Programa de Imunização é esperança de por fim à pandemia
TV GLOBO
Dossiê revela: dentistas estão realizando cirurgias estéticas ilegalmente, e erros se multiplicam
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AGÊNCIA ESTADO
OMS pretende vacinar contra covid 40% da população mundial até o fim do ano
Segundo ele, a “falha” no compartilhamento dos imunizantes tem criado uma “pandemia de duas vias”, com diversas regiões com casos e mortes ainda em alta, como a América Latina e África.
O objetivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) é vacinar 40% da população mundial contra a covid-19 até o fim de 2021, com 10% imunizada até o fim de setembro e 70% até o meio do ano que vem, segundo afirmou nesta sexta-feira o diretor geral do órgão multilateral, Tedros Adhanom, durante entrevista coletiva
Para isso, contudo, é necessário que mais doses sejam compartilhadas por países e fabricadas pelas farmacêuticas, alertou o diretor geral. Segundo ele, a “falha” no compartilhamento dos imunizantes tem criado uma “pandemia de duas vias”, com diversas regiões com casos e mortes ainda em alta, como a América Latina e África.
De acordo com o consultor sênior da OMS, Bruce Aylward, cerca de 30 a 40 países tiveram de pausar a distribuição da segunda dose das vacinas aos grupos prioritários por baixo suprimento. A interrupção de exportações pela Índia, após a última onda local de infecções, está entre as principais causas da falta de imunizantes, afirmou.
Brasil
A OMS vê “com muita tristeza” a situação da pandemia no Brasil, à medida que o País chega perto de atingir oficialmente 500 mil mortes por covid-19, disse a vice-diretora geral da entidade, Mariângela Simão. A médica brasileira ressaltou que as infecções nas Américas ainda estão em patamares “muito altos”, incluindo no Brasil, apesar da desaceleração recente.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Cepa indiana: Nova variante do coronavírus é encontrada em Goiânia
A nova variante foi confirmada em uma paciente de 18 anos, moradora de Goiânia, que faz parte do grupo de 62 pessoas que tiveram amostras coletadas para a pesquisa
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou a presença da variante Delta na capital, conhecida também como cepa indiana. Para a pasta, após ser registrado o caso, a variante já circula na capital. ” O fato reforça a necessidade de manter as medidas de segurança e atendimento às campanhas de vacinação”, disse a SMS de Goiânia por meio de nota.
A descoberta foi feita através do sequenciamento genético feito em parceria com a equipe de pesquisadores de um projeto que tem como objetivo mapear as variantes em todo estado.
A nova variante foi confirmada em uma paciente de 18 anos, moradora de Goiânia, que faz parte do grupo de 62 pessoas que tiveram amostras coletadas para a pesquisa.
A paciente apresentou sintomas leves de Covid-19, não precisou ser internada e contraiu a variante por meio de transmissão comunitária, quando ocorre dentro da própria cidade. Segundo informações da secretaria municipal de saúde, a paciente disse que não viajou e nem teve contato com pessoas de outros estados ou país.
Primeiro caso no Brasil
O Brasil registrou o primeiro caso da variante indiana do coronavírus no dia 20 de maio, quando na ocasião, o secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula, confirmou que a nova cepa foi identificada em um tripulante indiano a bordo de um navio atracado no litoral maranhense.
”A variante já estava presente em 51 países e aqui na América do Sul só estava presente na Argentina. O Brasil acaba sendo o segundo país da América do Sul com confirmação da cepa”, disse Carlos Lula, na época.
A variante indiana, chamada de B.1.617, foi considerada caso de ”preocupação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e possui três sub-linhagens: B.1.617.1; B.1.617.2 e B.1.617.3.
A segunda delas, que foi detectada no Maranhão, é a que tem se mostrado mais transmissível para as autoridades de saúde.
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O POPULAR
Cresce procura por cirurgias e intervenções estéticas
Vaidade – Home office e corte de gastos com viagens e festas favorecem acesso a cirurgias plásticas, avaliam profissionais; agendas estão lotadas
Ao contrário do que muita gente pensava, a pandemia não conseguiu desacelerar a indústria da beleza, que é movida pela vaidade e busca pelo bem-estar. Pelo contrário. No segundo semestre do ano passado, após a flexibilização dos decretos de isolamento, houve um verdadeiro boom na procura por procedimentos estéticos. Alguns cirurgiões plásticos estão com agendas lotadas até o segundo semestre de 2022. Cada vez mais goianos, de todas as classes sociais, gastam milhares de reais em procedimentos cirúrgicos e não-cirúrgicos em busca de um corpo perfeito e da sonhada fonte da juventude.
O levantamento recente da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética estima que houve um aumento de quase 50% na procura por procedimentos estéticos no início deste ano, no país, em comparação ao mesmo período de 2020. Todo ano, são realizadas cerca de 1,5 milhão de cirurgias plásticas no Brasil. Os procedimentos vão desde um simples lifting de pele até múltiplas cirurgias plásticas que realizam várias intervenções, como colocação de próteses mamárias, abdominoplastia e lipoaspiração.
O cirurgião plástico Sérgio Willian Segundo, que realiza pelo menos 20 procedimentos por mês, está com agenda lotada para novas consultas até setembro de 2022. Ele conta que houve um boom na procura com a diminuição das medidas restritivas devido a pandemia. “Antes, a pessoa precisava esperar as férias e as operações aconteciam mas nos meses de dezembro janeiro e julho. Agora com home office, o paciente pode se recuperar em casa e manter o trabalho remoto”.
O médico lembra que o fato de as pessoas estarem gastando menos com viagens também provocou uma migração de recursos para a cirurgia plástica, além do isolamento social ter feito as pessoas ganharem mais peso. A chegada da chamada Lipo 3D, que ajuda a definir mais o abdomen, deixando-o com aspecto “sarado”, ajudou a impulsionar o mercado. E os pacientes não economizam quando o assunto é beleza: geralmente, cirurgias custam entre R$ 15 e R$ 30 mil, dependendo da quantidade procedimentos, pois inclui a equipe médica, internação e anestesia.
Esse valor pode ser parcelado em até 10 ou 12 vezes, no boleto, cheque ou cartão de crédito. Mas vale lembrar que existem gastos extras, que podem incluir próteses, sessões de drenagem linfática, malhas pós-operatórias, meias contra trombose e medicação, gastos que podem facilmente passar dos R$ 5 mil.
Sérgio Segundo alerta que existem casos de distorção de imagem, como pacientes magras que acham que precisam de lipoaspiração. “Neste caso, o melhorar é desencorajar”.
O otorrinolaringologista Ricardo Ferri, que realiza cerca de 25 cirurgias estéticas mensais para correção de nariz, também tem uma agenda bem restrita, com pelo menos seis meses de espera para consultas. Ele lembra que eu já tinha uma agenda disputada antes da pandemia, que resultou em uma demanda reprimida. “No segundo semestre de 2020, houve uma procura enlouquecedora, bem maior que no mesmo período de 2019, pois passamos meses sem operar e as pessoas reduziram gastos com viagens, festas e restaurantes por causa do isolamento”, lembra.
Agora, a procura se mantém maior que antes da pandemia. Para Ricardo, o vírus também trouxe mais incertezas em relação ao futuro e a vida, fazendo com que as pessoas passassem a querer investir mais nelas mesmas. Os valores das cirurgias dependem da complexidade do procedimento e das expectativas de cada paciente.
A esteticista Thaís Gonçalves já realizou três procedimentos cirúrgicos: colocação de prótese mamária, miniabdominoplastia e lipoaspiração. Ela disse que ficou muito satisfeita com os resultados e que faria sempre que pudesse. Para manter os resultados, Thaís conta que faz exercícios físicos regularmente e cuida da alimentação. “Mas, se precisar, faço uma nova cirurgia sem pensar duas vezes”, garante.
Na clínica de estética Royal Face, que oferece mais de 40 procedimentos estéticos, a procura pelos serviços cresce todo ano. Atualmente, são realizados cerca de 1000 atendimentos mensais e os serviços mais procurados são botox, preenchimento facial e labial e os fios de sustentação. Um preencherdor, por exemplo, pode chegar a R$ 4 mil, dependendo do volume necessário. A sócia proprietária da clínica, Pabline Rodrigues, informa que o resultado almejado é o rejuvenescimento, que considera muito importante para autoestima.
Hoje, existe a opção de envelhecer bonita, garante Pabline. Ela dá o exemplo dos benefícios do preenchimento, que realiza um minilifting e estimula a produção do colágeno. Uma das duas unidades da clínica, na Avenida Rio Verde, hoje gera 20 empregos e começou com menos de metade disso. O quadro aumentou junto com o crescimento da demanda.
Pagamento parcelado em até 24 vezes
A empresária Pabline Rodrigues, da Royal Face, garante que os procedimentos estão bem mais acessíveis que antes e podem ser pagos em até 12 vezes no cartão de crédito e até com o “cartão da beleza”, que oferece financiamento próprio em até 24 parcelas. Uma das clientes é a professora Regina Célia de Souza, de 54 anos, que há oito anos é adepta de procedimentos estéticos. Ela conta que faz botox a cada seis meses e preenchimento com ácido hialurônico todo ano, além de preenchimento labial e colocação de fio de sustentação, que proporciona uma melhor elasticidade à pele. “Associando tudo isso, tem um aspecto bem mais jovem, aparentando ter bem menos idade. Autoestima fica lá em cima”, afirma Regina, que calcula gastar até R$ 5 mil por ano na clínica de estética. Ela ressalta a importância de começar a se cuidar mais cedo, além da boa alimentação e exercícios físicos.
Hoje, até profissionais da odontologia já se especializam em procedimentos estético. A odontológa Gabriela Ferreira Borges, que fez especialização em Dentística e trabalha com harmonização facial, um preenchimento não cirúrgico que promove o alinhamento e correção da face, disse que a procura cresce 50% ao ano. Hoje, ela realiza até 20 deles por semana, a um custo inicial de R$ 980. “Já tive pacientes que gastaram até R$ 50 mil com procedimentos”. Segundo Gabriela, é crescente o número de pessoas com mais de 35 anos preocupadas em gerenciar o envelhecimento. “Alguns pacientes chegam com objetivo de mudar o rosto, mas é possível manter a face jovem com naturalidade”, garante.
Mercado da beleza cresce 567% em cinco anos
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene pessoal, Perfumaria e Cosméticos informa que o crescimento desse mercado foi de 567% nos últimos cinco anos, o que fez aumentar em quase oito vezes o número de profissionais que atuam nesta área: de 72 mil para 480 mil. O IBGE prevê que, até 2060, a população maior de 65 anos será de 25,5% do total e a perspectiva é de aumento no consumo de produtos e procedimentos estéticos para atender o envelhecimento da população.
Há sete anos no mercado, a clínica VP Saúde Estética, que oferece desde depilação até harmonização facial, um dos procedimentos com maior crescimento e procura no mercado, acaba de investir R$ 150 mil para triplicar seu espaço. “Há um aumento muito grande da demanda por nossos serviços por que as pessoas buscam cada vez mais envelhecer melhor, com beleza e qualidade de vida!, diz especialista em estética Vânia de Paula. Ela conta que já atendeu pessoas que fazem acompanhamento psicológico e até tratamento de tumores e que foram orientadas por seus médicos a fazer procedimentos estéticos para elevar autoestima. A enfermeira esteticista Nathany Stival inaugurou seu primeiro negócio na área da beleza no início deste ano: a Clínica Stival Estética, que oferece tratamentos corporais e faciais, como botox, lipo de papada, aplicação de varizes, remoção de tatuagem, micropigmentação de sobrancelhas e massagens corporais. “É uma área que está em ascensão no mercado. Mesmo com a Covid-19 e pouco tempo de funcionamento, estamos com o retorno bem positivo, acima do esperado”, avalia.
Entidades médicas alertam sobre cuidados
Segundo os especialistas, o uso cada vez mais frequente das redes sociais também tem ajudado a impulsionar a busca por procedimentos estéticos. Afinal, todo mundo quer sair bem na gravação daquele Story, por exemplo. Hoje, já é possível melhorar até o que parece bom com a chamada Lipo 3D, técnica moderna que oferece o tão sonhado abdômen tanquinho para quem já tem boa massa muscular e pouca gordura corporal.
O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional GO (SBD-GO), Eduardo Álvares, ressalta significativo incremento da procura pela toxina botulínica (botox), que é o preferido dos pacientes que buscam retardar o envelhecimento, incluindo homens e mulheres. Mas os preenchedores, bioestimuladores, fios de sustentação também ganham cada vez mais espaço por estimularem a produção de colágeno, ajudando a melhorar a flacidez facial e corporal.
O mix de produtos e serviços é enorme e também inclui laser para tratar Melasma ou rejuvenescer rugas finas e aparelhos corporais para a queima de gordura e de ondas eletromagnéticas para fortalecer músculos. Porém, Eduardo Álvares, conta que o Conselho Regional de Medicina e a SBD são contrários a atuação de profissionais sem formação médica em vários destes procedimentos e têm recorrido a justiça. Mas, segundo ele, esses profissionais sempre encontram brechas na lei para continuarem atuando.
“Temos denúncias de intervenções estéticas feitas até em salões de beleza, sem os mínimos cuidados necessários”, alerta ao médico. Ele reconhece que muita gente considera muito elevado o custo de uma cirurgia para retirada de um câncer, mas não economiza para realizar procedimento estético por vaidade. “Por conta desta grande demanda é que existem cada vez mais pessoas não habilitadas atuando nessa área de estética”, ressalta.
O problema é que, muitas vezes um procedimento mal realizado acaba produzindo “um novo ser humano”, ao provocar mudanças significativas no rosto, que não são para melhor. “Essas intervenções devem apenas deixar a pessoa bem para idade que ela tem, ou seja, realçar a beleza natural”, ressalta. Por isso, presidente da SBD0GO alerta para a necessidade de buscar médicos. “Até um procedimento simples pode gerar complicações e o profissional precisa ter estudado muito e ter uma boa prática para conseguir reverter a complicação”, justifica.
Sequelas
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO), Orlando de Oliveira Neto, o aumento no número de procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos no mercado acabou atraindo profissionais de outras áreas, como dentistas e fisioterapeutas. O maior problema, segundo ele, é quando alguns resolvem fazer um procedimento cirúrgico, que é invasivo, sem a devida habilitação. “Alguns já estão dando cursos, o que tem atraído muitos interessados e proporcionado bom retorno financeiro”, adverte.
Segundo Orlando, muitos destes profissionais de estética chegam a realizar cirurgia de orelha, nariz, pálpebras e varizes, o que tem gerado grandes quantidades de sequelas, como necrose de nariz e orelha. “Isso resulta em grandes problemas que acabam nas mãos dos médicos de verdade para resolver e devolver autoestima dessas pessoas”, alerta o cirurgião.
Goiás tem hoje 252 cirurgiões plásticos especialistas com registro na SBCP-GO. Recentemente, a entidade foi procurada por representantes do setor público que buscam uma parceria para atender vítimas de procedimentos estéticos realizados por não médicos em Goiânia. “Isso onera o sistema público de saúde. Por isso, é preciso procurar profissionais habilitados em medicina”, adverte Orlando de Oliveira.
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A REDAÇÃO
Mais 235 mil vacinas contra a covid-19 chegam a Goiás
Goiânia – Mais 235 mil vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chegaram a Goiás na tarde deste domingo (20/6). A nova remessa deverá ser usada como segunda dose em todos os 246 municípios goianos. Após o desembarque no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia, os imunizantes foram encaminhados para a Central Estadual de Rede de Frio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
Assim que passarem pelo processo de conferência, realizado na Central, as vacinas serão encaminhadas, conforme intervalo recomendado entre a primeira e segunda aplicação, para que os municípios goianos prossigam com as ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) contra a Covid-19 e imunize os grupos contemplados na campanha.
Às pessoas que já tomaram a primeira dose, o governador fez um alerta. “Tenham a responsabilidade de tomar a segunda dose. A primeira não é suficiente para imunizar. Não tomar a segunda dose é desperdiçar a vacina”, afirmou.
“Com essa remessa destinada para aplicação da segunda dose vamos avançar para completar o esquema vacinal de muitos goianos. Por isso a população deve ficar atenta e voltar aos postos para receber o reforço dentro da data preconizada e informada no cartão de vacinação”, pontuou o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino.
A idade de vacinação varia conforme cada município e o número da população. Neste momento, as cidades imunizam moradores entre 28 e 50 anos.
Avanços na imunização
Nesta semana, o governador Ronaldo Caiado declarou que até setembro de 2021 a vacinação poderá atingir todos os cidadãos que possuem mais de 18 anos. “Acreditamos que vamos conseguir rapidamente avançar na faixa etária e podermos chegar ao mês de setembro com toda a faixa etária até 18 anos 100% vacinada”, afirmou.
Além disso, o Estado de Goiás está em fase de aquisição de 142 mil doses da Sputnik V, produzidas pela Rússia. “Goiás deu um passo à frente. É uma vitória que divido com toda minha equipe da Secretaria da Saúde, após articulações que vinham de longa data”, disse Caiado.
Balanço
Com esse novo carregamento, Goiás atinge a marca de 3.638.830 doses já recebidas desde o início da campanha, em janeiro deste ano. Até às 15h de sábado (19/06), foi registrada a aplicação de 1.965.638 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 685.713 pessoas. Esses dados são preliminares e coletados no site Localiza SUS do Ministério da Saúde (MS). Essa atualização dos dados nos sistemas oficiais é realizada pelos municípios, que são os responsáveis pela aplicação das vacinas em seus territórios.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás ultrapassa 655 mil casos de Covid-19
Por Gabriela Macedo
Dentre os 655.050 casos confirmados, mais de 18 mil pessoas foram a óbito em todo o Estado; como forma de combate, 1.977.860 doses de imunizantes já foram aplicadas em todo o território estadual
Boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), na tarde deste domingo, 20, mostra que Goiás já ultrapassou a marca dos 655 mil casos de Covid-19, com 655.050 no Estado. Desses, 18.470 foram a óbito, criando uma taxa de letalidade de 2,85%. Como forma de combater a doença, mais de 1.977.860 doses de imunizantes já foram aplicadas em todo o território estadual.
Ao todo, mais de 685 mil pessoas já foram completamente imunizadas. Entre as mais de 3,4 milhões de vacinas recebidas em Goiás pelo Ministério da Saúde, 1.408.580 são da CoronaVac, 1.721.470 da AstraZeneca e 273.780 da Pfizer.
No momento, em decorrência do agravamento dos casos de contaminação pelo coronavírus, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e enfermarias estaduais se mantém com 86,79% e 62,13% de ocupação.
Em Goiânia
Na capital, até este sábado, 19, o número de casos confirmados da doença ultrapassava os 167,6 mil, com 5.221 óbitos confirmados. Cerca de 14,1% da população goianiense já foi completamente imunizada com primeira e segunda dose da vacina da contra a Covid-19. Ao todo, cerca de 723.857 imunizantes foram aplicados na cidade. Já as taxas de ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria, no município, se encontram em 86,05% e 73,21%, respectivamente.
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Maioria de mortes por Covid ocorre pela primeira vez entre menores de 60 anos
Por Luiza Lopes
A proporção de vítimas sem fatores de risco – menores de 60 anos e sem nenhuma doença crônica – mais do que dobrou desde os primeiros meses da pandemia
Dados do Ministério da Saúde que registra internações e óbitos por Covid-19 mostram que 54,4% das vítimas mortas em junho tinham menos de 60 anos. Em maio, esse índice era de 44,6%. Em todos os meses do ano passado, esse percentual ficou sempre abaixo de 30%.
O início da vacinação dos idosos em janeiro ajuda a explicar o fenômeno, mas não é a única razão para a alta na proporção de óbitos de adultos mais jovens. Segundo especialistas, o desrespeito a medidas de proteção com distanciamento social e o uso de máscara e a disseminação das novas cepas – potencialmente mais agressivas – podem estar causando mais óbitos em pessoas jovens.
O alerta vale inclusive para adultos que não possuem comorbidades. A proporção de vítimas sem fatores de risco – menores de 60 anos e sem nenhuma doença crônica – mais do que dobrou desde os primeiros meses da pandemia. De acordo com um levantamento feito pelo jornal Estadão, 20,7% de todos as mortes por Covid em junho tinham esse perfil. No mesmo mês do ano passado, esse índice foi de 7,75%.
Em números absolutos, há nova tendência de crescimento do número de óbitos entre pessoas de 0 a 59 anos a partir da semana epidemiológica 20, que começou em 16 de maio. Ao mesmo tempo, a curva de vítimas idosos vem mantendo queda sustentada.
A média de idade das vítimas também vem caindo mês a mês e, pela primeira vez, ficou abaixo dos 60 anos. Enquanto em 2020 a maioria das vítimas tinha mais de 70 anos, em junho de 2021, a mediana de idade das mortes é de 58 anos. Os dados deste mês consideram os registros até o dia 14 e ainda podem sofrer atualizações devido a atrasos no preenchimento do sistema Sivep-Gripe.
Somados todos os brasileiros vítimas de doença desde a chegada do coronavírus ao país, os idosos seguem com a maioria entre os mortos, correspondendo a 70,1% dos óbitos. Os homens são maioria entre os que perderam a vida (56,1%). E cerca de 10% dos 500 mil mortos pela doença não eram idosos nem doentes crônicos – quase 50 mil brasileiros, portanto, perderam a vida mesmo sem serem considerados de nenhum grupo de risco.
O saldo trágico de meio milhão de vidas interrompidas e o crescimento de óbitos entre os mais jovens são, para especialistas, resultados das armadilhas de um vírus traiçoeiro somadas à negligência e aos negacionismo do governo federal.
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FOLHA DE S.PAULO
Nise Yamaguchi processa senadores de CPI da Covid por danos morais
Médica pede pelo menos R$ 320 mil em indenização a Omar Aziz e Otto Alencar, pelo que a defesa classifica como “um verdadeiro massacre moral”
A médica oncologista Nise Yamaguchi decidiu processar o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador Otto Alencar (PSD-BA), também membro da comissão, por danos morais. Ela pede ao menos R$ 320 mil em indenização.
Ela considera que os senadores a humilharam e foram misóginos (preconceito contra a mulher) durante seu depoimento na CPI no Senado, em 1º de junho.
Na oitiva, a médica passou por uma “prova” de conhecimentos científicos ao ser interrogada por Otto, que também é médico. Insatisfeito com as respostas, o senador interrompeu Nise diversas vezes e chegou a classificá-la como “médica audiovisual”, em uma tentativa de expor o desconhecimento dela sobre temas ligados à pandemia.
“Eu tenho que colocar meu repúdio à situação que estou colocada ali, em um gabinete de exceção. Estou me sentindo aqui bastante agredida neste sentido, porque eu estou como colaboradora eventual de várias ações de uma relação direta com a situação clínica dos nossos pacientes e eu gostaria de ter, portanto, senador, a necessária avaliação dessa posição”, declarou Nise, na ocasião.
Para Nise, Omar, como presidente da CPI, foi cúmplice por não ter impedido ou minimizado “a agressiva sanha de seu colega”. Na ação, seus advogados dizem que “a humilhação reverberou em milhões de visualizações no YouTube por todo o Brasil”.
“Como se depreende dos documentos ora juntados e será demonstrado na instrução processual, os requeridos [os senadores] agiram intencionalmente com morbo e com deliberada crueldade no escopo de destruir a imagem da requerente [Nise] perante toda a sociedade brasileira, que atônita, viu um ser humano ter destroçada a sua dignidade enquanto médica, cientista e mulher”, diz trecho da ação.
Segundo a defesa de Nise, Omar e Otto abusaram de seus direitos à imunidade parlamentar e promoveram “um verdadeiro massacre moral” contra a médica. Os advogados alegam que a conduta dos senadores foi “reconhecida” pela imprensa e gerou nota de repúdio do CFM (Conselho Federal de Medicina).
Nise pede indenização de não menos que R$ 160 mil de cada um dos dois senadores, o que dá um total de, no mínimo, R$ 320 mil. No entanto, no documento, os advogados dela citam pedir R$ 360 mil considerando juros e correção monetária a partir da sentença condenatória, além do pagamento de custos com despesas processuais e honorários advocatícios.
Em nota, Nise informou que os valores ganhos com o processo serão revertidos a hospitais que tratem de crianças com câncer.
Seus advogados afirmam que Omar e Otto podem pagar o valor por serem senadores da República e já terem sido governadores, além de serem engenheiro civil e médico, respectivamente. E dizem que o montante pedido é “até módico de acordo com a extensão dos danos suportados” por Nise, chamada por eles de “renomadíssima profissional da Medicina e que sofreu intenso dano moral”.
Os advogados informam ainda que a médica tem interesse na realização de uma audiência de conciliação ou mediação.
A defesa de Nise ainda pede que os autos sejam enviados à Procuradoria-Geral da República para que se apure se os senadores incorreram em crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade.
“Por diversas vezes, tive minhas falas e raciocínios interrompidos. Ignoraram meus argumentos e atribuíram a mim palavras que não pronunciei. Não foi por falta de conhecimento que deixei de reagir, mas, sim, por educação. Não iria alterar a minha essência para atender a nítidos interesses políticos”, disse Nise, em nota divulgada.
“A partir daquele momento, passei a ser extremamente vilipendiada nas redes sociais com agressões em tons ameaçadores, o que é muito preocupante para um estado democrático”, acrescentou.
“Não faço parte de nenhum partido político. Atuei nos últimos cinco governos como colaboradora eventual, pelo bem da saúde do Brasil e do mundo, sendo que entre 2007 e 2011, participei oficialmente do gabinete do Ministério da Saúde. Meus principais trabalhos foram em ações de controle do tabaco, tratamento personalizado e de precisão do câncer, dentre outros afazeres de compliance e governança”, defendeu.
RESPOSTA DOS SENADORES
A assessoria do senador Omar Aziz informou que ele não foi notificado oficialmente e que vai aguardar para se manifestar.
O senador Otto Alencar enviou nota em que também afirma não ter sido notificado e que, assim que o for, seus advogados “responderão de acordo com a lei”. No entanto, disse que a Constituição “garante a senadores e deputados o direito a manifestações, opiniões e votos no exercício de suas funções”.
“O senador Otto Alencar reforça que durante os seus questionamentos se referiu a médica Nise Yamaguchi, com respeito, sempre a tratando como doutora, senhora e Vossa Senhoria”, afirma a nota.
“Quanto à pergunta sobre vírus e protozoário, a médica não soube responder a indagação. O questionamento foi feito com o objetivo de indicar, como atestam cientistas e especialistas na área de saúde, que nenhuma medicação evita a contaminação pelo coronavírus e que o tratamento precoce, defendido por Nise Yamaguchi, não funciona e não é recomendado”, completou.
Nise Yamaguchi passou para a condição formal de investigada pela CPI da Covid, segundo o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), nesta sexta (18). A lista inclui outros 13 nomes, como o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
Ela é apontada por parte dos membros da CPI como integrante do chamado “gabinete paralelo”, que teria assessorado informalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia da covid-19 e apoiado o uso da cloroquina contra a doença, para a qual não tem eficácia científica comprovada.
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AGÊNCIA BRASIL
Queiroga: Programa de Imunização é esperança de por fim à pandemia
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse hoje (20) que o Programa Nacional de Imunização (PNI) é a esperança de por fim à pandemia de covid-19 no país. Em participação da vacinação em massa da ilha de Paquetá, bairro da capital Rio de Janeiro, o ministro disse que o PNI tem capacidade de vacinar até 2,4 milhões de brasileiros por dia.
O ministro disse que o Ministério da Saúde adquiriu mais de 630 milhões de doses de vacinas e que, desse total, mais de 110 milhões de doses foram distribuídas. Segundo Queiroga, o Brasil se encontra entre os cinco países que mais distribuíram doses de vacinas para a sua população.
Queiroga e outras autoridades da área de saúde foram a Paquetá para o dia de imunização em massa dos moradores da ilha. A ação é uma parceria entre a Secretaria e Saúde do Município do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para estudo de Fase 4 da vacina AstraZeneca, quando o que está em análise é a efetividade das vacinas “no mundo real”, conceito que é diferente de eficácia, que é o percentual de proteção medido pelos testes clínicos, em um grupo controlado e em comparação a um placebo antes da aprovação da vacina pelas autoridades sanitárias. Todos os moradores da ilha devem ser vacinados, pelo menos com a primeira dose, ainda hoje.
Na quinta-feira (17), o trabalho começou a ser realizado com a coleta de amostras de sangue para testes sorológicos em moradores de Paquetá que se apresentaram como voluntários. Entre os objetivos, o estudo quer monitorar a “soroconversão”, isto é, quem era soronegativo (não tinha anticorpos) e passou a ser soropositivo (com anticorpos). A pesquisa será capaz de diferenciar quem passou a ter anticorpos por causa da vacina e quem os adquiriu devido a uma infecção, e isso ajudará a verificar, entre outros pontos, o nível de proteção coletiva que será alcançado. Segundo o secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro Daniel Soranz, 70% da população da Ilha participou do teste.
Fiocruz
A presidente da Fiocruz Nísia Trindade agradeceu a disponibilidade dos moradores da ilha em participar da pesquisa. Ela disse que ‘vacinar é sempre uma emoção, quando pensamos na importância das pesquisas que avaliam a vacina e o impacto na transmissão, como está sendo feito aqui em Paquetá’.
Pesquisa
No evento, Queiroga lamentou profundamente todas as 500 mil vidas perdidas para a covid-19. ‘Não só os que morreram, mas os que ainda padecem dessa doença. É uma emergência de saúde pública internacional. Não é um problema exclusivo do Brasil e para enfrentá-lo a principal ferramenta é o Sistema Único de Saúde’.
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Assessoria de Comunicação