Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19 E 20/03/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Casos confirmados de coronavírus sobem para 15 em Goiás
Profissionais de saúde denunciam a falta de materiais e equipamentos de proteção
Dono de loja é detido suspeito de vender máscara descartável por R$ 50, em Goiânia
Covid-19: ministério muda protocolo de atendimento em posto de saúde
Conselho de Medicina libera telemedicina provisoriamente
Falha em protocolo do ministério abre brecha para subnotificação de casos de coronavírus
Planos de saúde terão R$ 10 bi da União
OMS retira restrição ao ibuprofeno; Ministério da Saúde a mantém
Com estoques baixos, bancos de sangue vão ampliar horário de funcionamento
Cremego recomenda suspensão de atendimentos e cirurgias eletivas e cuidados com maiores de 60 anos

MAIS GOIÁS
Casos confirmados de coronavírus sobem para 15 em Goiás
Outros 303 casos estão em investigação no Estado. Não há confirmação de óbitos em Goiás, segundo a SES-GO
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Subiu para 15 o número de casos confirmados de coronavírus em Goiás. Agora são sete em Goiânia, dois em Anápolis, três em Rio Verde, um em Aparecida de Goiânia e um em Jataí. Um dos pacientes que testou positivo para o novo vírus ainda não teve a localidade que mora revelada. As informações foram divulgadas em novo boletim da Secretaria da Saúde (SES-GO) nesta quinta-feira (19).
Conforme relata a pasta, as três novas confirmações foram testadas na rede privada. Até o momento, há 303 casos suspeitos em investigação no Estado. Não há confirmação de óbitos em Goiás.
Os dados são os que estão registrados no banco de dados do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Goiás. Ressalta-se que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação.
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Profissionais de saúde denunciam a falta de materiais e equipamentos de proteção
Sindicato dos Médicos afirma que vai oficiar todas as autoridades responsáveis. SES comunica que monitora estoques em todo o estado
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Profissionais de saúde destacados para acompanhar casos suspeitos do coronavírus estão lidando com falta de materiais e de equipamentos de proteção individual. A denúncia é do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), que afirma ter recebido diversas denúncias desde esta quarta-feira (18).
A presidente da entidade, Franscine Leão, afirmou que os relatos vem de várias regiões do estado, em especial do entorno do Distrito Federal (DF) e dos Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma (Siate), responsáveis pelo transporte do paciente.
“A maior dificuldade é a máscara. Mas temos recebido denúncias também de álcool em gel, gorro, capote e papel para secar as mãos. Eu mesma sou plantonista de pronto-socorro. Se eu não tivesse levado uma máscara de casa, teria ficado sem”, disse a presidente.
Os profissionais identificaram que casos de virose respiratória tem aumentado no estado. De acordo o sindicato, alguns pacientes graves tem sido atendidos. “Algum tipo de influenza deve estar circulando. E no caso do coronavírus, sabemos que uma pessoa contaminada pode infectar entre duas e quatro pessoas”, ressaltou Franscine.
A presidente alerta ainda para o fato de que, se os profissionais de saúde adoecerem, o sistema como um todo será sobrecarregado. “Os profissionais são os mais expostos. Na Europa a maior mortalidade tem sido de trabalhadores da saúde, e nós nossa paramentação está muito aquém da utilizada nos países desenvolvidos”, alertou.
Os sindicatos dos profissionais de saúde irão se reunir para produzir uma nota com o objetivo de oficiar todas as autoridades responsáveis. “As autoridades tem que se posicionar em defesa dos profissionais. Estamos orientando que ninguém se exponha ao risco. Isso é um verdadeiro. Fico muito triste de estar vivendo isso”, concluiu a presidente.
Resposta
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) comunicou que monitora o estoque de EPIs de todas as unidades e serviços da rede estadual de Saúde. A pasta ressaltou ainda que está tomando providências para que não falte nenhum tipo de proteção.
A SES informou também que enviou ofício ao Procon-GO e para a Secretaria de Estado da Economia para que “o comércio não utilize da atual situação de pandemia da Covid-19 para obter vantagens de forma inapropriada para extorquir o consumidor”.
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PORTAL G1

Dono de loja é detido suspeito de vender máscara descartável por R$ 50, em Goiânia
Segundo delegado, em meio à pandemia do coronavírus, ele confessou que adquiria produtos na concorrência e revendia em seu comércio. Valor de mercado do item é de R$ 7,50.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
Um empresário foi detido suspeito de vender, em Goiânia, máscaras descartáveis – usadas no combate ao coronavírus – por um preço abusivo em relação ao que é praticado no mercado. Segundo a Polícia Civil, o item, em geral, é comercializado a R$ 7,50, mas no estabelecimento estava sendo anunciado a R$ 50.
O caso aconteceu na quarta-feira (18), em uma loja de produtos médicos e sanitários do Setor Aeroporto. De acordo com o delegado Gylson Ferreira, após ser levado à delegacia, o homem assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por usura e foi liberado, conforme determina a lei. Segundo a polícia, o empresário não apresentou um advogado até a publicação desta reportagem.
A corporação foi ao local acompanhada de fiscais do Procon Goiás, que recebeu uma denúncia anônima. Além de 98 máscaras, no estoque havia ainda 31 caixas de álcool 70%. Todo o material foi apreendido.
"Ao ser interrogado, o responsável pela loja informou que comprava as máscaras e o álcool 70% em estabelecimentos concorrentes. Depois, ele revendia a valores que chegavam a cinco, seis ou sete vezes o valor normal", disse o delegado.
Ferreira disse que o comerciante foi autuado pela revenda das máscaras, que estavam expostas e tinham o preço afixado. "O álcool não estava anunciado. Ele disse que venderia cada frasco a R$ 20, o que não seria um preço tão exorbitante assim", explica.
No entanto, como ele não tinha nota fiscal de nenhum dos produtos, todos foram apreendidos. "Se você não tem uma justificativa para elevar esse preço dessa maneira exorbitante, você não pode elevar. Isso é uma prática abusiva que pode, inclusive, configurar crime", afirma Ferreira.
Além da ação penal, o dono do comércio foi autuado na esfera administrativa. "Por causa disso, ele será autuado, além da possibilidade de um outro auto de infração por prática abusiva na majoração de preço", disse Allen Viana, superintendente do Procon Goiás.
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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: ministério muda protocolo de atendimento em posto de saúde
Regras dizem respeito ao atendimento de pacientes sintomáticos

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira(19) mudanças nos protocolos adotados nos postos de saúde em razão da epidemia do novo coronavírus. As novas regras dizem respeito ao atendimento dos pacientes com sintomas da doença e ao encaminhamento de casos mais graves.
De acordo com o protocolo, pessoas com sintomas respiratórios devem comunicar a situação assim que chegarem aos postos. Quem estiver nessa condição terá um tratamento específico, com prioridade para idosos acima de 60 anos, pessoas com doenças crônicas, gestante e mulheres dentro do prazo de até 45 dias após o parto.
Parte do protocolo envolve um sistema de triagem mais rápido (fast track, no termo em inglês), no qual o paciente com sintomas é levado para um local específico e profissionais levantam as informações, mantendo distanciamento adequado. A orientação do ministério é que esses espaços sejam ventilados, de modo a evitar os riscos de contágio.
Os casos com sintomas leves de gripe, sem dificuldades respiratórias ou doenças preexistentes, serão atendidos no próprio posto de saúde. Em cidades com transmissão comunitária, a síndrome gripal será tratada como infecção pelo novo coronavírus e o paciente será encaminhado ao isolamento domiciliar do paciente e dos familiares por 14 dias.
Nas demais regiões, também vale o isolamento, com monitoramento pelos profissionais de saúde a cada 48h. Caso familiares também apresentem sintomas, o que pode ser indicação de infecção, devem utilizar máscaras, inclusive quando forem procurar atendimento na unidade de saúde.
Já os casos mais graves serão encaminhados para hospitais. Isso envolve pessoas com dificuldade de respirar e com doenças cardíacas, respiratórias crônicas, renais ou cromossômicas.
Postos de saúde
Em entrevista coletiva para atualizar a situação da epidemia no país concedida hoje (19), a equipe do Ministério da Saúde voltou a enfatizar que pessoas com sintomas sem complicações não devem sobrecarregar o sistema de saúde.
"Pessoas não devem procurar portas de urgência ou hospitais. O local para ser procurado são os postos de saúde de todo o Brasil", explicou o secretário de atenção primária à saúde do Ministério da Saúde, Erno Herzheim.
Testes
Na entrevista coletiva, os representantes do Ministério da Saúde também argumentaram que, diante da impossibilidade de testar todas as pessoas, os exames serão realizados prioritariamente em situação grave, como em internação. Em diversas cidades vêm havendo reclamações de dificuldade para efetuar o teste.
"Nossa prioridade é poder ter garantia do teste para casos graves. Ninguém vai ser prejudicado por não fazer o teste. Ele serve para saber quem tem coronavírus e entrar em isolamento. Já estamos recomendando que pessoas com sintomas entrem em isolamento. Os assintomáticos não fariam teste. Não tem como fazer teste agora", pontuou o secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis.
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O ESTADO DE S.PAULO

Conselho de Medicina libera telemedicina provisoriamente

Aval foi informado ao Ministério da Saúde e a autorização vale 'enquanto durar a batalha de combate' ao coronavírus
Diante da escalada de casos de coronavírus no País e do risco de superlotação dos serviços de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu liberar a telemedicina no País.
O aval ao atendimento médico à distância foi informado pelo órgão em ofício enviado ontem ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
No documento, assinado pelo presidente do conselho, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, o órgão detalha que passam a ser permitidas as seguintes modalidades de telemedicina: 1) teleorientação, situação em que médicos possam à distância orientar e encaminhar pacientes em isolamento; 2) telemonitoramento, quando o médico monitora a distância parâmetros de saúde e de doença do paciente, e 3) teleinterconsulta, modalidade feita entre profissionais de saúde, para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Até agora, a prática da telemedicina era vetada no País e os médicos que a praticassem poderiam sofrer punições por parte do conselho profissional.
Mesmo assim, hospitais como o Albert Einstein e operadoras como a Amil já realizavam esse tipo de procedimento.
O Conselho de Medicina ressalta no documento que a autorização é excepcional e válida apenas "enquanto durar a batalha de combate ao contágio da covid-19".
Em 2018, o conselho chegou a publicar uma norma que regulamentava a prática. A resolução, no entanto, foi revogada após polêmica com as entidades médicas no ano passado, com a promessa de aprofundar os debates sobre o assunto.
Nesta semana, Mandetta, já havia defendido essa modalidade e havia afirmado que o formato será regulamentado no País, para além da relação entre os profissionais de saúde. "(Dará) suporte ao médico, atendimento à rede e diretamente ao cidadão.
Vamos usar todo o potencial da telemedicina." Hospitais privados ofereceram a estrutura a distância para ajudar a rede pública. / F.C.
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Falha em protocolo do ministério abre brecha para subnotificação de casos de coronavírus
Formulário usado por hospitais para reportar casos suspeitos não teve critérios atualizados para situações de transmissão comunitária; governo promete revisão de protocolos
SÃO PAULO – Uma falha no formulário do Ministério da Saúde para notificar casos suspeitos de coronavírus abriu uma brecha para que os registros prováveis da doença no País até agora ficassem subnotificados. O documento, que é o meio oficial indicado pelo governo federal para que os hospitais reportem as possíveis infecções, não foi atualizado para situações de transmissão comunitária, o que pode levar à defasagem nos números e falha no monitoramento de contatos próximos de pacientes com suspeita da doença. O ministério reconhece a defasagem e diz que fará revisão de protocolos.
A falha foi notada, por exemplo, no caso do primeiro brasileiro morto pela doença. Ele não constava sequer da lista de casos suspeitos e sua família não foi orientada a manter isolamento. Segundo a operadora de saúde que atendeu o paciente, a Prevent Senior, a notificação não foi feita porque o homem não tinha histórico de viagem nem relato de contato com caso suspeito ou confirmado e, por isso, a plataforma federal não permitia a notificação.
O Estado consultou o formulário e confirmou a falha. No documento, o profissional de saúde precisa indicar se o doente tem histórico de viagem ou relato de contato com caso suspeito ou confirmado. Caso responda 'não’ para as duas perguntas, o formulário classifica o caso automaticamente como excluído.
Quando uma região entra no estágio de transmissão comunitária, porém, nem sempre o infectado cumpre uma dessas exigências. Dessa forma, possíveis casos de covid-19 deixaram de ser reportados para as autoridades por causa do atraso na atualização desses critérios para áreas com transmissão comunitária. O documento deveria ter sido atualizado há pelo menos uma semana, quando o Estado de São Paulo confirmou que já estava nesse estágio. Também não foram atualizadas as definições de casos descritas no último boletim epidemiológico editado pelo ministério, datado de 14 de março.
Funcionários de hospitais e especialistas ouvidos pelo Estado confirmam o problema e indicam que o monitoramento da epidemia pode ter sido prejudicado por causa da falha. De acordo com a médica Karla de Andrade Possendoro, diretora clínica do Hospital São Miguel, na zona leste, o problema fez com que vários pacientes com sintomas fossem descartados ou que a notificação demorasse mais.
"De fato, só podíamos notificar no formulário se cumprisse um desses critérios de viagem ou de contato com outro caso. A gente estava tendo uma dificuldade porque o formulário é engessado. Quando a gente achava que era um caso muito sugestivo de covid-19, mesmo sem cumprir os critérios, ligávamos para a vigilância epidemiológica da região para discutir a situação e fazíamos a notificação por telefone. Só hoje (ontem) recebemos um e-mail mudando o critério", afirma ela, referindo-se a um aviso da vigilância municipal de passar a considerar para notificação somente casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, independentemente de histórico de viagem.
A sanitarista Ana Freitas Ribeiro, do Instituto Emílio Ribas, afirma que a mudança veio com atraso. Ela diz que a decisão de notificar os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave deveria ter sido tomada desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez essa recomendação, em 27 de fevereiro.
"Isso poderia ter refletido em uma maior detecção de casos já há mais tempo. Seria uma forma de detectar mais precocemente uma transmissão comunitária. A forma como estava antes, que considerava só os viajantes ou pessoas que tiveram contato com caso confirmado, não permitia saber se o vírus estava circulando na comunidade", explica.
Segundo Ana, isso é importante para conhecer a real situação epidemiológica de cada local e ter medidas de intervenção mais adequadas. "Preciso saber quantos casos realmente tenho. Sabemos, com base em China e Itália, que se medidas de afastamento social são tomadas rápido, teremos menos casos. Mas se ocorrem quando o cenário já é de pico, vai demorar muito mais para terem impacto."
Para Edimilson Migowski, infectologista da Universidade Federal do Rio (UFRJ), a falha causou prejuízo no controle da pandemia. "Ou você tem dados e fatos confiáveis para reunir esforços necessários para barrar o vírus ou não adianta."
Questionado sobre a desatualização do formulário, o Ministério da Saúde anunciou ontem que mudará a regra para os casos suspeitos. "Como já estamos enfrentando um número grande de pessoas que têm o resultado positivo mas que sequer foram colocados como suspeitos porque não preenchiam essas regras, estamos mudando a forma de apresentação dos dados", disse João Gabbardo, secretário executivo do ministério. Ele afirmou que agora só os casos confirmados e óbitos serão divulgados.
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Planos de saúde terão R$ 10 bi da União

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o governo vai facilitar a liberação de R$ 10 bilhões aos planos de saúde. O valor faz parte de um fundo garantidor, vinculado à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), composto por recursos das operadoras.
De acordo com Mandetta, a ANS deve formalizar a ação amanhã.
Com a medida, o governo quer garantir que os planos de saúde consigam usar 20% do fundo garantidor, cujo valor total é de R$ 53 bilhões. A expectativa, de acordo com o ministro, é que as operadoras usem os recursos para comprar equipamentos e reforçar leitos. O objetivo é não sobrecarregar ainda mais o sistema público de saúde em meio ao avanço do novo coronavírus nos próximos meses
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O GLOBO

OMS retira restrição ao ibuprofeno; Ministério da Saúde a mantém

A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou atrás e retirou a restrição ao uso de medicamentos à base de ibuprofeno no tratamento contra a Covid-19. Na terça-feira, a OMS havia informado que o mais recomendado no tratamento aos sintomas era o paracetamol. A indicação seguia uma pesquisa científica que sugeriu que pacientes com diabetes e hipertensão tratados com ibuprofeno tinham mais riscos de desenvolver quadros severos da doença.
Segundo a OMS, a nova decisão foi tomada após ouvir médicos que tratam pacientes acometidos pela Covid-19 e consultar novas pesquisas científicas.
Segundo a nota, a OMS "está ciente das preocupações sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroidais para o tratamento da febre em pessoas com Covid-19". No entanto, a entidade afirma que "após uma rápida revisão da literatura, a OMS não está ciente dos dados clínicos ou de base populacional publicados sobre esse tópico", afirmou.
Apesar da mudança de posicionamento da OMS, o Ministério da Saúde segue recomendando que outros medicamentos sejam usados. Em publicação em uma rede social, pela manhã ou seja, depois da revisão da OMS – , a pasta afirmou que, "por precaução", recomenda "a substituição do ibuprofeno por outros analgésicos". O ministério salientou que "é fundamental que a substituição de medicamentos seja feita com recomendação de um profissional de saúde".
– Nossa recomendação foi que já que nesse caso existem outras opções terapêuticas, poderia haver uma substituição com recomendação médica. Isso está mantido – , afirmou Denizar Vianna, secretário de Ciência e Tecnologia da pasta.
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JORNAL OPÇÃO
Com estoques baixos, bancos de sangue vão ampliar horário de funcionamento
Por Lívia Barbosa

Com as recomendações para que as pessoas evitem circular em locais de grande movimento, número de doações de sangue em Goiânia caiu quase pela metade

A partir desta sexta-feira, 20, o Instituto de Hemoterapia de Goiânia (IHG) e o Hemolabor, bancos de sangue associados da Associação dos Hospitais Privados do Estado de Goiás (Ahpaceg), passam a funcionar em dois turnos para receber os doadores. Assim, os serviços de coleta, normalmente feitos apenas pela manhã, passam a ser realizados também no período da tarde, até às 18h. O Honcord, banco que presta serviços a hospitais associados da Ahpaceg, também vai aderir à medida.
Neste momento no qual muitas instituições estão fechando e outras reduzindo seu horário de funcionamento, o aumento do expediente nos bancos de sangue visa oferecer mais segurança e opções de atendimento aos doadores. Com isso, os bancos de sangue esperam que aqueles doadores habituais voltem às unidades.
Desde o início desta semana, quando foram intensificadas as recomendações para que as pessoas evitem circular em locais de grande movimento, o número de doações de sangue em Goiânia caiu quase pela metade.
Estoques estão baixos
Antônio César Teixeira, do Instituto de Hemoterapia de Goiânia (IHG) e vice-presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs), explica que o apelo neste momento é voltado para doadores habituais, pessoas saudáveis e que já conhecem a rotina de segurança dos bancos de sangue.
“Estamos ampliando o funcionamento para reduzir a concentração de doadores nas salas e esperamos que essas pessoas se organizem para ir até os bancos de sangue, pois os estoques estão baixos e temos que nos preparar para atender não só possíveis casos do novo coronavírus, mas as demandas normais, como grandes cirurgias”, diz.
Segundo ele, mesmo que as cirurgias eletivas sejam suspensas, a demanda por sangue continua alta nos hospitais. “Normalmente, as cirurgias eletivas exigem poucas transfusões, mas a demanda continua para atender pacientes politraumatizados e internados em Unidade de Terapia Intensiva, por exemplo”, afirma, ressaltando que se houver um aumento também de casos de Covid-19 a situação pode ficar caótica.
A médica hematologista Reginara Dias Fernandes, do Hemolabor, banco que já funcionava nos dois períodos, afirma que os bancos de sangue seguem todas as medidas para prevenir contaminações e que, também adotando os cuidados pessoais preventivos, os doadores estarão seguros e fazendo um bem a que precisa.
Ter um estoque de segurança neste momento também é necessário para prevenir atrasos nas liberações do sangue doado, que dependem de exames pré-transfusionais (para diagnóstico de Chagas, HIV e sífilis, por exemplo) feitos em laboratórios do Rio de Janeiro e São Paulo. Antônio César Teixeira explica que as amostras são enviadas por avião e com a redução de voos pode haver atraso nas liberações. “Se tivermos um estoque suficiente, podemos enfrentar essa demora com mais tranquilidade”, afirma.
Agendamento
No período da manhã, os bancos de sangue funcionarão normalmente. Quem quiser fazer a doação na parte da tarde deve ligar a agendar seu atendimento. Onde doar:
Hemolabor – Rua 5-A, n° 90, Setor Aeroporto – 3605 6600
Honcord – Rua T-35, 1941, quadra 97, Setor Bueno – 3239 6600
IHG – Rua 7, 158, Setor Aeroporto – 3219 7100

Quem pode doar:
Neste momento, pessoas já habituadas à doação de sangue, que são:
Homens e mulheres entre 18 e 69 anos;
Adolescentes a partir de 16 anos, com autorização dos pais;
Pessoas com peso mínimo de 50kg;
Pessoas em boas condições de saúde;
Pessoas que se alimentaram e dormiram bem nas últimas 24 horas;

Intervalos para a doação:
• Homens: intervalo de 60 dias e máximo de 4 doações nos últimos 12 meses;
• Mulheres: intervalo de 90 dias e máximo de 3 doações nos últimos 12 meses.
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CREMEGO
Cremego recomenda suspensão de atendimentos e cirurgias eletivas e cuidados com maiores de 60 anos

Atento ao cenário da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e visando a proteção da sociedade e dos médicos, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) faz novas recomendações sobre o atendimento nos serviços de saúde. O Cremego orienta os médicos e a população a ficarem atentos ao site e redes sociais do Conselho para o acompanhamento das informações sobre a pandemia, que são atualizadas periodicamente. Confira as orientações de hoje, 19 de março:

Cirurgias eletivas – Devem ser suspensas temporariamente. O Cremego orienta o agendamento apenas das cirurgias eletivas cujo risco e necessidade justifiquem a realização.

Outros procedimentos eletivos – Também devem ser suspensos.

Consultórios – Atendimento pode ser mantido obedecendo às regras de proteção e segurança do médico e do paciente estabelecidas pelo Ministério da Saúde/Secretaria Estadual de Saúde. Se o médico optar por suspender esse atendimento, o paciente deve ser informado para a remarcação.

Maiores de 60 anos – Reiterando recomendação do Conselho Federal de Medicina, publicada ontem, o Cremego orienta que médicos e demais profissionais de saúde com idade acima de 60 anos ou com doenças crônicas, mesmo que saudáveis, devem ser afastados da linha de frente e alocados em outras funções que demandem sua atuação.

Uso de equipamentos de proteção individual – O Cremego reitera a importância do uso dos EPIs nos atendimentos. Para atendimento médico é suficiente a utilização de máscara cirúrgica padrão, além do avental e luvas descartáveis. Para procedimentos que coloquem o profissional em contato direto com secreção ou aerossóis do paciente é obrigatório o uso de máscaras padrão N95 e óculos de proteção. Em unidades intensivas e semi-intensivas é recomendável o uso de máscara padrão N95.

Higienização das mãos – Entre cada consulta e/ou procedimento, independentemente do uso de luva, o médico deve, preferencialmente à vista do paciente, lavar as mãos com água e sabão e/ou álcool a 70%.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação