Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20/02/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Médicos do HDT assinam carta aberta onde contestam denúncia de fraude em folha de ponto
Sete médicos são investigados por fraudes em folhas de ponto no HDT, em Goiânia
Após denúncias contra médicos, HDT deverá ter nova OS
Médica suspeita de fraudar a folha de ponto pediu pra sair da unidade
Médicos do HDT investigados por fraude em folhas de ponto rebatem denúncias
Denúncia sobre suspeita de fraude em folha de ponto por médicos do HDT vai virar inquérito civil público, diz MP
MP-GO e HDT investigam supostas fraudes em folhas de pontos de médicos
MP investiga registro de ponto no HDT
Dono do Ingoh devolve R$ 167,4 mil por consultas não feitas
Segue suspenso atendimento de pacientes do Ipasgo pelo Ingoh
Projeto pode obrigar o SUS a publicar a lista de espera por atendimento no país
Novos exames em brasileiros que vieram de Wuhan dão negativo para novo coronavírus
Plano de saúde: operadora exclui dependentes com idades acima de 25 anos


RÁDIO CBN

Médicos do HDT assinam carta aberta onde contestam denúncia de fraude em folha de ponto

Na carta divulgada nesta quarta feira os médicos dizem que a denuncia é uma retaliação dos diretores da unidade de saúde, já que no ano passado eles apresentaram reclamações ao Conselho Regional de Medicina do sucateamento do pronto socorro do HDT. Eles informam que não foram questionados sobre as falhas apontadas para apresentarem sua defesa e que as avaliações internas todos sempre foram bem avaliados pela administração.
https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/m%C3%A9dicos-do-hdt-assinam-carta-aberta-onde-contestam-den%C3%BAncia-de-fraude-em-folha-de-ponto-1.1997820

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Sete médicos são investigados por fraudes em folhas de ponto no HDT, em Goiânia

Sete médicos do Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia, o HDT, estão sendo investigados pelo Ministério Público de Goiás e também pela unidade por fraudes nos registros de horário de trabalho. Os profissionais são de especialidades de referência do hospital, entre dermatologistas e infectologistas. Imagens de câmeras de segurança registraram, durante três meses de investigação, médicos que anotaram nas folhas de ponto cargas horárias que não foram cumpridas. A direção do hospital calcula um prejuízo de mais de R$ 600 mil com as fraudes.
https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/sete-m%C3%A9dicos-s%C3%A3o-investigados-por-fraudes-em-folhas-de-ponto-no-hdt-em-goi%C3%A2nia-1.1997620
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Após denúncias contra médicos, HDT deverá ter nova OS

Após denúncias de fraudes na folha de ponto de sete médicos do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás vai se reunir com diretoria do hospital para emitir um Termo de Ajustamento de Conduta dos profissionais. Além disso, um novo certame deve ser aberto para uma nova OS assumir a gestão da unidade. No Tarde CBN desta quarta-feira (19), o presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, falou sobre o assunto.
https://www.cbngoiania.com.br/programas/tarde-cbn/tarde-cbn-1.888230/ap%C3%B3s-den%C3%BAncias-contra-m%C3%A9dicos-hdt-dever%C3%A1-ter-nova-os-1.1998103
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Médica suspeita de fraudar a folha de ponto pediu pra sair da unidade
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=71339570

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A REDAÇÃO

Médicos do HDT investigados por fraude em folhas de ponto rebatem denúncias

Alvos de investigação realizada pelo Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e pelo Ministério Público para apurar fraudes em folhas de ponto, sete médicos preceptores (que faze atendimento e ensinam estudantes de medicina) da unidade de saúde se manifestaram por meio de nota e rebateram as acusações. De acordo com o que foi apurado, as horas trabalhadas pelos profissionais no hospital não seriam condizentes com as  cargas horárias registradas.  Segundo a diretoria do hospital, os prejuízos da suposta fraude somam R$600 mil.

Entendemos tratar-se de uma tentativa de retaliação aos médicos que, em julho e outubro de 2019, denunciaram os diretores da unidade ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, ao Sindicato dos Médicos, à Comissão Nacional de Residência Médica, à Central de Regulação e à imprensa pelo desmantelamento do pronto-socorro, "bloqueio" de leitos a título de reformas fictícias sem data para término, e por falhas na regulação de pacientes , diz trecho da nota.  Veja o texto na íntegra:

Carta Aberta – Médicos Preceptores do HDT

Nós, médicos preceptores do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), manifestamos total repúdio às denúncias contra nós, que foram veiculadas ontem pelo diretor geral do hospital, Roger William Fernandes Moreira, e pela imprensa.
Entendemos tratar-se de uma tentativa de retaliação aos médicos que, em julho e outubro de 2019, denunciaram os diretores da unidade ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, ao Sindicato dos Médicos, à Comissão Nacional de Residência Médica, à Central de Regulação e à imprensa pelo desmantelamento do pronto-socorro, "bloqueio" de leitos a título de reformas fictícias sem data para término, e por falhas na regulação de pacientes, o que comprometia a qualidade e todo o trabalho dos médicos no HDT. A diretoria ainda responde processos por essas denúncias.
Ressaltamos que trabalhamos dentro dos princípios éticos de legalidade e moralidade que regem o serviço público e, em momento algum, o Hospital de Doenças Tropicais, em nome de sua diretoria, nos apresentou as queixas referidas para o devido contraditório. Ao contrário, o diretor geral assinava as avaliações (Siads) dos médicos dando nota 10.
Nosso regime de trabalho é regulado pela Portaria 779/2014 da Secretaria Estadual de Saúde, que prevê dentre as atividades não só as consultas ambulatoriais, mas também o ensino, pesquisa e orientação aos médicos residentes em Dermatologia e Infectologia. Da carga horária de 20 horas semanais, 8 horas são destinadas a atividades acadêmicas.
Nas horas acadêmicas, que não são necessariamente cumpridas presencialmente no HDT, participamos de aulas teóricas e práticas, orientamos trabalhos de conclusão de curso, artigos de pesquisas científicas para publicação, apresentações de trabalhos em Congressos Científicos e participamos de eventos externos de orientação à população. Além disso, permanecemos à disposição dos médicos residentes, sobretudo nos plantões aos fins de semana e feriados, o que justifica a flexibilidade de nossa jornada de trabalho.
Em nenhum momento, ao contrário do citado na reportagem, deixamos de atender a quantidade de pacientes que nos é determinada pela diretoria do Hospital. As citadas dificuldades no agendamento de consultas são de responsabilidade da gestão do HDT, que está a cargo de uma Organização Social – OS, não havendo ingerência dos médicos.
Quanto à folha de ponto, assinatura e designação dos horários de entrada e saída, sempre fomos orientados pela direção do Hospital a assim proceder, fazendo com que o registro fosse apenas formal. Ou seja, assinamos o ponto, computando como presenciais as horas acadêmicas, evitando-se com isso, inclusive, a anotação de horas de trabalho extras.
Entendemos que a reportagem foi induzida a outros erros sobre nossas atividades e jornada de trabalho. Um deles ao alegar que um dos médicos teria ficado apenas 12 minutos no HDT, quando, na verdade, ele saiu pela catraca para se dirigir ao Comitê de Hepatites, localizado fora do prédio principal, onde cumpria sua carga horária.
Outro erro refere-se aos vencimentos dos médicos preceptores. O valor do salário atual pago ao médico preceptor é quase metade dos 15 mil reais citados na reportagem, o que pode ser facilmente comprovado por nossos contracheques.
Enfim, nós, preceptores, como médicos assistentes nunca deixamos de atender os pacientes e de realizar cirurgias no HDT. Se há filas de espera no Hospital, repetimos, elas não podem ser atribuídas a falhas em nosso trabalho, mas, sim, à gestão do atendimento.
Esperamos que todas as denúncias apresentadas sejam esclarecidas e a verdade seja mostrada à sociedade goiana. Estamos tranquilos e cientes do cumprimento de nossos deveres como funcionários públicos e como médicos.
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PORTAL G1

Denúncia sobre suspeita de fraude em folha de ponto por médicos do HDT vai virar inquérito civil público, diz MP

Documento chegou às mãos de promotores por meio da Organização Social que administra o hospital. Reportagem exclusiva da TV Anhanguera acompanhou e filmou a rotina de sete médicos que assinavam a folha de ponto por todo o expediente diário, mas não ficavam na unidade hospitalar.
Uma das investigadas, médica pede transferência após suspeita de fraude no HDT em Goiás
A denúncia sobre as possíveis fraudes feitas por sete médicos em folhas manuais de ponto foi entregue pela Organização Social que administra o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) em mãos à promotores do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e ao secretário Estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, que preferiu não conceder entrevista.
A denúncia foi um dos assuntos discutidos durante uma reunião de portas fechadas nesta quarta-feira (19), entre o MP-GO e a Secretaria de Saúde. O documento elaborado pela direção do hospital tem centenas de páginas e vai virar um inquérito civil público.
Segundo a promotora de Justiça Villis Marra, a situação é "muito séria e preocupante". "Não podemos aceitar uma situação dessas e precisamos coibir porque pode estar acontecendo em outros hospitais", declarou Marra.
A direção do hospital estima que a manobra dos médicos na folha de ponto para receber no salário o expediente normal de um dia, sem ter trabalhado todas as horas diárias, pode chegar ao prejuízo de R$ 600 mil.
"Médico que é contrato para ficar 20 horas e vem 12, 13, ou 14 horas, está deixando de prestar atendimento à população. A gente fica muito sentido aqui", disse Moreira.
Os flagrantes acompanhados com exclusividade pela TV Anhanguera foram exibidos no Jornal Anhanguera 2ª edição de terça-feira (18). As imagens mostram sete médicos, entre infectologistas e dermatologistas, especialidades de referência do hospital, chegando e saindo da unidade antes dos horários assinalados na folha de ponto manual. Uma dermatologista saiu mais cedo do período de trabalho para atender pacientes em clínica particular.
Pedido de substituição
Após a divulgação das suspeitas de fraudes nas folhas de ponto por médicos do hospital, na terça-feira (18), uma das investigadas pediu para ser trocada de unidade porque está "sem condições psicológicas para continuar o atendimento no HDT".
No pedido, a médica infectologista Luciana de Souza Lima Oliveira Barreto pede para ser removida do HDT e ficar à disposição da Secretaria de Saúde. No campo "assunto", ela escreveu: "Sem condições psicológicas para continuar o atendimento no HDT após exposição pública da minha imagem por parte da diretoria".
A investigação apontou que ela trabalhou no dia 14 de janeiro deste ano das 8h24 até as 12h21, o que totaliza 1h03 minutos a menos do que ela declarou na folha de ponto. Luciana disse, em nota, que exerce todas as funções e horários e que tem 86 horas positivas no hospital.
Em carta aberta, os médicos dizem que a denúncia é uma retaliação após denúncias contra a direção do hospital (leia no final da matéria).
Investigação
Ao todo, sete médicos são investigados pelo Ministério Público e pelo hospital por cumprir uma carga horária inferior ao que registravam na folha de ponto manual. Com isso, receberiam salários por horas não trabalhadas. O prejuízo estimado é de R$ 600 mil.
Os médicos que trabalham no hospital são concursados e, além de fazer atendimentos, orientam estudantes de medicina.
O Conselho Regional de Medicina informou que também acompanha o caso. "Existe um procedimento administrativo disciplinar no âmbito do estado para esses casos e vamos investigar se houve alguma penalidade anterior a essa exposição, divulgação pejorativa que foi feita", disse o presidente da entidade, Leonardo Reis.
O infectologista Boaventura Braz também é outro investigado por divergências na folha de ponto. Ele é responsável pela fiscalização das folhas manuais de frequência dos médicos e coordena a Comissão de Ética do hospital. No caso dele, em três datas que disse ter trabalhado, ele não apareceu no hospital segundo registro das câmeras.
"Hoje cedo eu dei uma aula de coronavírus. Que horário que eu estava preparando essa aula? Eu estava preparando na minha casa, com toda a minha estrutura para poder elaborar o material para disponibilizar para o residente. Você quando trabalha com academia, assistência, e um programa a ser cumprido, você tem que perceber que nem tudo vai acontecer dentro do hospital", disse.
A diretoria do hospital esclareceu, no entanto, que as 20 horas semanais devem ser cumpridas dentro da unidade. A Procuradoria-Geral do Estado também confirma a necessidade de que a carga horária seja presencial.
Em um documento, o órgão define que "a modalidade de sobreaviso, que consta na resolução do Conselho Federal de Medicina não pode ser aplicada aos servidores públicos efetivos que fazem parte do quadro da Secretaria de Saúde".
Uma portaria do hospital também deixa claro que as horas extras excedentes às da jornada de trabalho podem ocorrer apenas mediante autorização prévia da unidade.
A Secretaria Estadual de Saúde também acompanha o caso. "O que ficar comprovado em cima de fato terá sua devida correção, podendo variar entre o próprio arquivamento, se julgar improcedente, a denúncia como também advertência, suspensão, e também a demissão do trabalhador. E, se houver indício de dano ao erário, ou de algum tipo de enriquecimento ilícito, a medida necessária para ressarcir o estado em relação a isso", disse o secretário Ismael Alexandrino.
Ao G1, o Ministério da Educação informa que a Comissão Nacional de Residência Médica informou que não recebeu denúncia sobre esse caso.
Flagrantes
Um dos investigados é o médico gastroenterologista Rodrigo Sebba, que aparece nas imagens passando pela catraca do hospital, no dia 28 de janeiro, às 15h12, e saindo às 15h24, ou seja, ficou apenas 12 minutos na unidade. No entanto, as anotações do médico na folha de ponto constam que ele trabalhou durante seis horas. Depois de ser notificado da investigação pelo Ministério Público, o médico pediu demissão do HDT.
Ao ser procurado pela TV Anhanguera, Rodrigo não quis falar sobre o assunto, mas disse, em nota, que sempre cumpriu seus horários e que, em mais de 20 anos, nunca recebeu reclamações em relação a isso. O médico disse ainda que sempre atendeu todos os pacientes agendados.
Outro flagrante, feito em 27 de janeiro deste ano, mostra a médica Mayra Ianhez estacionando o carro no hospital às 7h11. Ela chegou uma hora depois do que o registrado na folha de ponto manual, onde ela marcou a jornada de 6h às 15h, com intervalo de 1h, entre 11h30 e 12h30. Mas as câmeras filmaram a médica indo embora às 12h06.
A saída antecipada foi para atender pacientes particulares em uma clínica no Setor Sul, em Goiânia. A consulta com ela custa R$ 400.
Ao ser questionada pela reportagem, a médica diz que sempre fica na unidade. Ela justificou a saída antecipada dizendo que durante a semana repõe o período e que não sai enquanto todos os pacientes não foram atendidos.
Veja o que dizem os citados
Carta Aberta – Médicos Preceptores do HDT
"Nós, médicos preceptores do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), manifestamos total repúdio às denúncias contra nós, que foram veiculadas ontem pelo diretor geral do hospital, Roger William Fernandes Moreira, e pela imprensa.
Entendemos tratar-se de uma tentativa de retaliação aos médicos que, em julho e outubro de 2019, denunciaram os diretores da unidade ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, ao Sindicato dos Médicos, à Comissão Nacional de Residência Médica, à Central de Regulação e à imprensa pelo desmantelamento do pronto-socorro, "bloqueio" de leitos a título de reformas fictícias sem data para término, e por falhas na regulação de pacientes, o que comprometia a qualidade e todo o trabalho dos médicos no HDT. A diretoria ainda responde processos por essas denúncias.
Ressaltamos que trabalhamos dentro dos princípios éticos de legalidade e moralidade que regem o serviço público e, em momento algum, o Hospital de Doenças Tropicais, em nome de sua diretoria, nos apresentou as queixas referidas para o devido contraditório. Ao contrário, o diretor geral assinava as avaliações (Siads) dos médicos dando nota 10.
Nosso regime de trabalho é regulado pela Portaria 779/2014 da Secretaria Estadual de Saúde, que prevê dentre as atividades não só as consultas ambulatoriais, mas também o ensino, pesquisa e orientação aos médicos residentes em Dermatologia e Infectologia. Da carga horária de 20 horas semanais, 8 horas são destinadas a atividades acadêmicas.
Nas horas acadêmicas, que não são necessariamente cumpridas presencialmente no HDT, participamos de aulas teóricas e práticas, orientamos trabalhos de conclusão de curso, artigos de pesquisas científicas para publicação, apresentações de trabalhos em Congressos Científicos e participamos de eventos externos de orientação à população. Além disso, permanecemos à disposição dos médicos residentes, sobretudo nos plantões aos fins de semana e feriados, o que justifica a flexibilidade de nossa jornada de trabalho.
Em nenhum momento, ao contrário do citado na reportagem, deixamos de atender a quantidade de pacientes que nos é determinada pela diretoria do Hospital. As citadas dificuldades no agendamento de consultas são de responsabilidade da gestão do HDT, que está a cargo de uma Organização Social – OS, não havendo ingerência dos médicos.
Quanto à folha de ponto, assinatura e designação dos horários de entrada e saída, sempre fomos orientados pela direção do Hospital a assim proceder, fazendo com que o registro fosse apenas formal. Ou seja, assinamos o ponto, computando como presenciais as horas acadêmicas, evitando-se com isso, inclusive, a anotação de horas de trabalho extras.
Entendemos que a reportagem foi induzida a outros erros sobre nossas atividades e jornada de trabalho. Um deles ao alegar que um dos médicos teria ficado apenas 12 minutos no HDT, quando, na verdade, ele saiu pela catraca para se dirigir ao Comitê de Hepatites, localizado fora do prédio principal, onde cumpria sua carga horária.
Outro erro refere-se aos vencimentos dos médicos preceptores. O valor do salário atual pago ao médico preceptor é quase metade dos 15 mil reais citados na reportagem, o que pode ser facilmente comprovado por nossos contracheques.
Enfim, nós, preceptores, como médicos assistentes nunca deixamos de atender os pacientes e de realizar cirurgias no HDT. Se há filas de espera no Hospital, repetimos, elas não podem ser atribuídas a falhas em nosso trabalho, mas, sim, à gestão do atendimento.
Esperamos que todas as denúncias apresentadas sejam esclarecidas e a verdade seja mostrada à sociedade goiana. Estamos tranquilos e cientes do cumprimento de nossos deveres como funcionários públicos e como médicos".
Diretor-Geral do HDT, Roger Moreira
"O Diretor-Geral do HDT informa que recebeu denúncia, no mês de novembro/2019, no sentido de que alguns profissionais não estavam cumprindo sua carga horária de forma efetiva. Como agente público, fez as verificações necessárias e, constatadas as irregularidades, cumpriu seu dever de comunicar à SES/GO acerca disso.
Afirma, ainda, que a carga horária dos médicos é de 20 horas semanais, sendo o entendimento do hospital de que a mesma deve ser cumprida integralmente na Unidade Hospitalar. Não há qualquer orientação da SES/GO permitindo a realização da carga horária determinada aos colaboradores fora do âmbito hospitalar.
Em relação à folha de ponto manual, essa Direção nunca orientou aos preceptores que a preenchessem de maneira incorreta.
A Diretoria do HDT sempre esteve e está aberta para colaborar com toda e qualquer ação oriunda dos médicos, sejam eles servidores públicos ou celetistas, e demais colaboradores, para a contínua melhora do hospital".
Secretaria Estadual de Saúde
"A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que os fatos já estão sendo avaliados e, após ouvir os profissionais, caso apurada alguma irregularidade, serão tomadas as providências administrativas cabíveis.
Esclarece ainda que não fez e nem fará nenhum julgamento prévio sobre os profissionais em questão, e que reconhece o trabalho e a qualidade do corpo de saúde, como um todo, do hospital, pois se tratam de pessoas que lutam diariamente pela vida.
Qualquer denúncia apresentada será tratada com sensatez, respeito e seriedade, sem execração pública de nenhuma categoria profissional".
Nota da médica Luciana de Souza
"Sou funcionária desde 1997, entrei na residência, desde então exerço todas as minhas funções e horários e que inclusive tem 86 horas positivas no HDT, e a diretoria do hospital tem dificultado os médicos a folgar essas horas positivas".
Nota do médico Danilo Augusto Teixeira
"O trabalho como médico preceptor envolve além de atendimento ambulatorial e cirurgia eletivas, a assistência à residência médica de dermatologia no hospital. Para tal, temos que estudar, preparar aulas, orientar teses de conclusão de curso, elaborar artigos científicos e apresentações em congressos.
Neste fim de semana, revisei dois trabalhos para serem mandados para o Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica e, ontem à noite, mais um trabalho. Fomos premiados como melhor trabalho no Congresso de Cirurgia Dermatológica de 2019, e agraciado com prêmios em Congressos de Dermatologia internacionalmente.
Além disso, oriento residentes (médicos em especialização) nos fins de semanas e datas festivas (Natal, Réveillon e Carnaval), além de orientar acompanhamento de procedimentos cirúrgicos em outros horários. Tudo isso fora dos horários estabelecidos há mais de cinco anos.
Como médico assistente, não deixo de atender os pacientes e de realizar as cirurgias. Nunca deixei um paciente sem atendimento e já participei de tantas outras atividades (atendimento gratuito a população nos fins de semana, aulas de conscientização sobre fotoproteção, análise de currículos de candidatos a residência médica) e comissões (vice-coordenador da Coreme por dois anos e membro da Coreme por mais dois anos) neste hospital".
Nota da médica Camila de Barros Borges
"Eu tenho a dizer que estou tranquila, faço parte da equipe de preceptores do HDT, ou seja médicos que contribuem com a formação de novos médicos especialistas. O HDT não é um hospital só de assistência, ele é um hospital escola e eu faço parte desta equipe que forma novos profissionais. Para tanto fico no hospital até a hora que me é determinada, temos escalas de finais de semana e feriados, que cumpro regularmente, orientamos os residentes com trabalhos e pesquisas. Enfim, exerço a minha função de forma correta e cumpro tudo que meu cargo exige".
Nota do médico Rodrigo Sebba
"Que sempre exerceu seus horários e que, em mais de 20 anos, nunca teve reclamações da diretoria e dos pacientes, em relação aos horários de atendimentos. Sempre atendeu todos os pacientes agendados. E além disso sempre trabalhei no hospital como preceptor da residência médica, orientando residentes e fazendo pesquisas.
Poderiam fazer também uma pesquisa com os nossos pacientes atendidos para verificar a qualidade do atendimento e o grau de satisfação. Podem também verificar na recepção do hospital se algum dia deixei de atender qualquer paciente, inclusive vários que não estavam agendados, eram atendidos por mim como encaixe rotineiramente. Essa informação pode ser facilmente identificada no sistema de consultas e com os atendentes da recepção".
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MAIS GOIÁS

MP-GO e HDT investigam supostas fraudes em folhas de pontos de médicos
Imagens de câmeras de segurança mostram que médicos trabalhavam menos do que registravam nas folhas de pontos. Alguns profissionais pediram demissões ou transferência da unidade
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O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e a direção do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) investigam supostas fraudes de sete médicos, entre infectologistas e dermatologistas, nos registros de folhas de pontos. De acordo com reportagem veiculada pela TV Anhanguera, os profissionais tinham divergências dos horários nas folhas de pontas com os registrados nas câmeras de seguranças. As investigações ocorrem há três meses.
Um dos investigados, um médico gastroenterologista, por exemplo, no dia 28 de janeiro, ficou no local entre às 15h12 e saiu às 15h24. Ou seja, ficou apenas 20 minutos no hospital. Entretanto, na folha de ponto constava que ele tinha trabalho seis horas no local. Ao ser notificado pelo MP-GO sobre as investigações, o médico pediu demissão da unidade.
A direção do hospital estima um prejuízo de mais de R$ 600 mil com as fraudes. Os médicos que estão sob investigação recebem, em média, R$ 15 mil por mês para trabalhar 20 horas por semana. Conforme expõe a reportagem, o salário é calculado com base nas horas que eles alegam ter trabalhados, já que todos eles são dispensados de bater o ponto eletrônico.
Outro investigado é um infectologista. Ele é responsável pela fiscalização das folhas manuais de frequência dos médicos. Além disso, o profissional coordena a Comissão de Ética do HDT. Segundo as investigações, além de aprovar as folhas de pontos fraudadas, ele também não teria cumprido a carga horária na unidade.
No documento preenchido à mão, o médico afirmou que trabalhou nos dias 17, 24 e 27 de janeiro. Em contraponto, a direção da unidade nega que o profissional tenha aparecido em algum desses dias. As câmeras de seguranças presentes nas três recepções do hospital também foram verificadas e, em nenhuma delas, o infectologista aparece.
Um outra médica infectologista, de acordo com as investigações, trabalhou, no dia 14 de janeiro deste ano das 8h24 às 12h21. Uma hora a menos do que ela declarou na folha de ponto. Ela pediu transferência da unidade após a divulgação das imagens. De acordo com a justificativa, ela alegou estar “sem condições psicológicas para continuar o atendimento no HDT após exposição pública da minha imagem por parte da diretoria.”
SES
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) alegou que os fatos estão sendo avaliados e, se for comprovada alguma irregularidade, medidas administrativas cabíveis serão tomadas as providências administrativas cabíveis. O texto destaca ainda que não será feito “nenhum julgamento prévio sobre os profissionais em questão, e que reconhece o trabalho e a qualidade do corpo de saúde, como um todo, do hospital, pois se trata de pessoas que lutam diariamente pela vida.” Leia a nota completa na íntegra.
Cremego
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, em nota, que os médicos do HDT “seguem uma escala de trabalho com horários diferenciados e estabelecidos na Portaria número 779/2014 da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás e, também estão dispensados do ponto. ”
O texto ressalta que, de acordo com a portaria, a jornada de trabalho prevê “12 horas semanais na assistência (devendo comprovar ensino prático), 4 horas semanais para aulas teóricas e 4 horas semanais para a preparação de aulas para o Programa de Residência.”
Repúdio
Em uma carta aberta, os médicos preceptores do HDT repudiaram as denúncias que foram veiculadas pelo diretor na unidade. Em um trecho da nota, eles afirmam que isso se trata “de uma tentativa de retaliação aos médicos que, em julho e outubro de 2019, denunciaram os diretores da unidade ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, ao Sindicato dos Médicos, à Comissão Nacional de Residência Médica, à Central de Regulação e à imprensa pelo desmantelamento do pronto-socorro, “bloqueio” de leitos a título de reformas fictícias sem data para término, e por falhas na regulação de pacientes, o que comprometia a qualidade e todo o trabalho dos médicos no HDT. A diretoria ainda responde processos por essas denúncias.”
Além disso, os profissionais pontuam que “que trabalhamos dentro dos princípios éticos de legalidade e moralidade que regem o serviço público e, em momento algum, o Hospital de Doenças Tropicais, em nome de sua diretoria, nos apresentou as queixas referidas para o devido contraditório. Ao contrário, o diretor geral assinava as avaliações (Siads) dos médicos dando nota 10.”
Ainda no texto, eles alegam que não deixaram de realizar atendimentos. Segundo eles, as dificuldades enfrentadas durante atendimento das consultas “são de responsabilidade da gestão do HDT, que está a cargo de uma Organização Social – OS, não havendo ingerência dos médicos.”
Quanto em relação à folha de ponto, os médicos destaca que “assinatura e designação dos horários de entrada e saída, sempre fomos orientados pela direção do Hospital a assim proceder, fazendo com que o registro fosse apenas formal. Ou seja, assinamos o ponto, computando como presenciais as horas acadêmicas, evitando-se com isso, inclusive, a anotação de horas de trabalho extras.” Confira a nota completa na íntegra.
Confira as notas da SES, Cremego e carta aberta dos médicos
NOTA
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que os fatos já estão sendo avaliados e, após ouvir os profissionais, caso apurada alguma irregularidade, serão tomadas as providências administrativas cabíveis.
Esclarece ainda que não fez e nem fará nenhum julgamento prévio sobre os profissionais em questão, e que reconhece o trabalho e a qualidade do corpo de saúde, como um todo, do hospital, pois se trata de pessoas que lutam diariamente pela vida.
Qualquer denúncia apresentada será tratada com sensatez, respeito e seriedade, sem execração pública de nenhuma categoria profissional.
SES
Nota da Cremego
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclarece que os médicos preceptores de residências médicas no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) seguem uma escala de trabalho com horários diferenciados e estabelecidos na Portaria número 779/2014 da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás e, também estão dispensados do ponto. De acordo com a portaria, a jornada de trabalho prevê 12 horas semanais na assistência (devendo comprovar ensino prático), 4 horas semanais para aulas teóricas e 4 horas semanais para a preparação de aulas para o Programa de Residência.
Cremego

Carta Aberta – Médicos Preceptores do HDT
Nós, médicos preceptores do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), manifestamos total repúdio às denúncias contra nós, que foram veiculadas ontem pelo diretor geral do hospital, Roger William Fernandes Moreira, e pela imprensa.
Entendemos tratar-se de uma tentativa de retaliação aos médicos que, em julho e outubro de 2019, denunciaram os diretores da unidade ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, ao Sindicato dos Médicos, à Comissão Nacional de Residência Médica, à Central de Regulação e à imprensa pelo desmantelamento do pronto-socorro, “bloqueio” de leitos a título de reformas fictícias sem data para término, e por falhas na regulação de pacientes, o que comprometia a qualidade e todo o trabalho dos médicos no HDT. A diretoria ainda responde processos por essas denúncias.
Ressaltamos que trabalhamos dentro dos princípios éticos de legalidade e moralidade que regem o serviço público e, em momento algum, o Hospital de Doenças Tropicais, em nome de sua diretoria, nos apresentou as queixas referidas para o devido contraditório. Ao contrário, o diretor geral assinava as avaliações (Siads) dos médicos dando nota 10.
Nosso regime de trabalho é regulado pela Portaria 779/2014 da Secretaria Estadual de Saúde, que prevê dentre as atividades não só as consultas ambulatoriais, mas também o ensino, pesquisa e orientação aos médicos residentes em Dermatologia e Infectologia. Da carga horária de 20 horas semanais, 8 horas são destinadas a atividades acadêmicas.
Nas horas acadêmicas, que não são necessariamente cumpridas presencialmente no HDT, participamos de aulas teóricas e práticas, orientamos trabalhos de conclusão de curso, artigos de pesquisas científicas para publicação, apresentações de trabalhos em Congressos Científicos e participamos de eventos externos de orientação à população. Além disso, permanecemos à disposição dos médicos residentes, sobretudo nos plantões aos fins de semana e feriados, o que justifica a flexibilidade de nossa jornada de trabalho.
Em nenhum momento, ao contrário do citado na reportagem, deixamos de atender a quantidade de pacientes que nos é determinada pela diretoria do Hospital. As citadas dificuldades no agendamento de consultas são de responsabilidade da gestão do HDT, que está a cargo de uma Organização Social – OS, não havendo ingerência dos médicos.
Quanto à folha de ponto, assinatura e designação dos horários de entrada e saída, sempre fomos orientados pela direção do Hospital a assim proceder, fazendo com que o registro fosse apenas formal. Ou seja, assinamos o ponto, computando como presenciais as horas acadêmicas, evitando-se com isso, inclusive, a anotação de horas de trabalho extras.
Entendemos que a reportagem foi induzida a outros erros sobre nossas atividades e jornada de trabalho. Um deles ao alegar que um dos médicos teria ficado apenas 12 minutos no HDT, quando, na verdade, ele saiu pela catraca para se dirigir ao Comitê de Hepatites, localizado fora do prédio principal, onde cumpria sua carga horária.
Outro erro refere-se aos vencimentos dos médicos preceptores. O valor do salário atual pago ao médico preceptor é quase metade dos 15 mil reais citados na reportagem, o que pode ser facilmente comprovado por nossos contracheques.
Enfim, nós, preceptores, como médicos assistentes nunca deixamos de atender os pacientes e de realizar cirurgias no HDT. Se há filas de espera no Hospital, repetimos, elas não podem ser atribuídas a falhas em nosso trabalho, mas, sim, à gestão do atendimento.
Esperamos que todas as denúncias apresentadas sejam esclarecidas e a verdade seja mostrada à sociedade goiana. Estamos tranquilos e cientes do cumprimento de nossos deveres como funcionários públicos e como médicos.
MÉDICOS PRECEPTORES – HDT
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O POPULAR

MP investiga registro de ponto no HDT
http://unimed.empauta.com/e2/standard/noticia/mostra_facsimile.php?cod_pagina=1289460327&cod_noticia=2002201582171303004&autolog=eJwzMDCyMDQwMDc3tjAzMjAyMDAyMgAAKawD8w–3D–3D#
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Dono do Ingoh devolve R$ 167,4 mil por consultas não feitas
http://unimed.empauta.com/e2/standard/noticia/mostra_facsimile.php?cod_pagina=1289460321&cod_noticia=2002201582171298002&autolog=eJwzMDCyMDQwMDc3tjAzMjAyMDAyMgAAKawD8w–3D–3D
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JORNAL OPÇÃO

Segue suspenso atendimento de pacientes do Ipasgo pelo Ingoh

Por Eduardo Pinheiro

Justiça só determinou prazo para ampla defesa e produção de provas por parte na unidade de saúde
Através de nota publicada nesta quarta-feira, 19, o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) afirma que a decisão liminar da juíza substituta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, Lívia Vaz da Silva, emitida no dia 17 de fevereiro, não determina a retomada das autorizações de atendimentos de novos pacientes para tratamentos em oncologia no Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh).
Ao contrário do que foi divulgado, a decisão da Justiça confirmou o cumprimento de liminar do dia 7 de fevereiro, que determinou prazo para que a unidade produzisse as provas pretendidas para o Processo Administrativo Disciplinar, que responde perante ao instituto dos servidores.
Essa liminar foi pedida pelo Ingoh em face da suspensão do Ipasgo em autorizar guias de atendimento para novos pacientes do instituto. Já que a instituição é alvo de investigação da Operação Metástase, instaurada pela Polícia Civil.
O Ingoh questionou na justiça o direito de exercer o contraditório e a ampla defesa. Foi aí que a Justiça determinou o prazo para a produção de provas e depois confirmou a liminar com o pedido.
Suspensão
Ainda em nota, o Ipasgo informa que a medida de suspensão tem caráter cautelar é temporária, portanto pode seguir até que haja decisão final sobre a questão. O processo administrativo foi instaurado contra o prestador a partir de recomendação da Controladoria Geral do Estado.
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O HOJE

Projeto pode obrigar o SUS a publicar a lista de espera por atendimento no país

Um projeto apresentado nesta quarta-feira (19) tem o propósito de determinar que o Sistema Único de Saúde (SUS) publique e atualize na internet, a lista dos pacientes que aguardam consultas, exames, intervenções cirúrgicas ou outros procedimentos.
A proposta, do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), pede que esse relatório inclua todos os pacientes inscritos em unidades do SUS, abrangendo para os conveniados e outros prestadores que recebam recursos públicos.
Em entrevista à assessoria, Elias Vaz afirmou: "queremos oferecer uma ferramenta para o cidadão ter acesso ao sistema, garantindo transparência na rotina e processamento das demandas dirigidas ao SUS. O Sistema é financiado com os tributos pagos por toda a sociedade, que tem o direito de saber de que forma o atendimento vem sendo prestado .
Segundo o projeto, essa lista deveria conter os seguintes quesitos:
– A data de solicitação do procedimento (seja consulta, exame ou cirurgia);
– A unidade que solicitou o procedimento;
– A identificação do paciente pelo Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), respeitando o direito à privacidade, e a posição que ele ocupa na fila de espera;
– A relação dos pacientes já atendidos, por meio da divulgação do número do CNS ou CPF;
– Unidade de saúde pública ou privada que receberá o paciente;
– A estimativa de prazo para o atendimento solicitado;
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FOLHA ONLINE

Novos exames em brasileiros que vieram de Wuhan dão negativo para novo coronavírus

Grupo ainda deve passar por um terceiro exame ao 14º dia de quarentena
Resultados de um segundo exame em brasileiros que vieram de Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus na China, deram negativo para infecção pelo vírus Sars Sars-CoV-2.
Ao todo, foram coletadas amostras respiratórias de 34 pessoas que estavam na China e foram repatriadas e 24 médicos e tripulantes que participaram da operação para vinda do grupo.
As amostras foram submetidas a exames de RT-PCR, capazes de detectar uma possível infecção pelo vírus. Todos deram negativo. Desde o início da quarentena, nenhuma pessoa do grupo apresentou sintomas.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, apesar dos resultados, o grupo deverá continuar em quarentena em um espaço reservado dentro da base aérea de Anápolis (GO) até o resultado de um terceiro exame.
A coleta para esse último teste deve ocorrer no sábado (22), quando o grupo completa 14 dias de isolamento.
Inicialmente, o ministério chegou a informar que avaliava transferir médicos e tripulantes para quarentena domiciliar devido ao uso de equipamentos de proteção individual durante a viagem e resultado negativo dos primeiros exames.
De acordo com Gabbardo, porém, o governo decidiu manter a orientação de quarentena conjunta em Anápolis por 18 dias.
Os novos resultados, no entanto, apontam que a probabilidade de infecção do grupo pelo novo coronavírus é baixa, afirma o diretor do departamento de vigilância de doenças transmissíveis do ministério, Julio Croda.
Segundo ele, dados sobre o novo vírus mostram que o tempo entre a infecção e o desenvolvimento de sintomas tem sido de cinco dias.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que medidas de quarentena sejam adotadas por até 14 dias –o Brasil estendeu esse período para 18 dias.
"A coleta das amostras [para o segundo exame] foi realizada ao 10º dia [desde o embarque]. Com isso, ficamos mais tranquilos no sentido de que a probabilidade dessas pessoas desenvolverem uma infecção pelo novo coronavírus é baixa", disse Croda. Cai para dois o número de suspeitas em investigação
Até o momento, o país não tem casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus.
Monitoramento do Ministério da Saúde aponta dois casos de suspeita de covid-19, nome pelo qual a doença tem sido chamada, ainda em investigação. Os casos são de pacientes do Rio Grande do Sul e São Paulo, que agora passam por exames.
Outros 48 casos que chegaram a ser contabilizados como suspeitos já foram descartados.
Destes, 20 deram positivo para vírus da gripe, como o influenza B e A, e 13 para outros vírus respiratórios mais frequentes no país.
Outros 15 tiveram resultado negativo para o novo coronavírus em exames específicos, mas não tiveram outro vírus detectado. Segundo Croda, a situação é comum em exames de quadros gripais. "Em geral, em cerca de 50% das síndromes gripais não conseguimos identificar o vírus específico", afirma.
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EXTRA

Plano de saúde: operadora exclui dependentes com idades acima de 25 anos

Titulares de planos de saúde individuais da Amil têm recebido uma carta da operadora informando que os dependentes acima de 25 anos serão excluídos do convênio. A alegação do plano de saúde é que encerrou a idade limite para permanecer como dependente.
Os casos são referentes a contratos antigos e que não são mais comercializados pela operadora. Embora haja previsão em contrato para a exclusão dos dependentes acima de 25 anos, a Justiça tem entendido que os usuários que não foram comunicados da decisão e retirados do plano quando atingiram o limite etário devem permanecer como beneficiários.
Um titular de plano com três filhos incluídos como dependentes recebeu a notificação da operadora. Na carta, a Amil estipula o prazo de 60 dias até o cancelamento do plano de todos os dependentes acima dos 25 anos. A dependente mais antiga no plano tem 40 anos, ou seja, há 15 anos ultrapassou a idade limite e não foi excluída.
A família ajuizou ação contra a operadora e o juiz Carlos Eduardo Prataviera, da 10ª Vara Cível de São Paulo, concedeu uma liminar determinando a manutenção dos dependentes no plano e com as mesmas condições do titular. O magistrado alegou que a permanência no plano de saúde após a idade limite gerou nos dependentes acima de 25 anos uma expectativa que jamais seriam excluídos e que a cláusula relacionada à idade limite não seria aplicada.
Em outra decisão, também em caráter liminar, a juíza Clarissa Rodrigues Alves, da 14ª Vara Cível, também ressalta o tempo em que os beneficiários estiveram com contrato em vigor:
"Independentemente de existir cláusula contratual de que a permanência do dependente teria como idade limite 25 anos, não pode a ré, passados 13 anos do prazo estipulado, querer exigir direito sob o qual, em função da conduta por ela adotada, criou-se legítima expectativa de não mais existir", escreveu a juíza na decisão.
De acordo com a advogada Tatiana Kota, especializada em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, os consumidores começaram a receber o comunicado no final do mês de janeiro. No escritório, a cada semana, cerca de 10 clientes que receberam a notificação buscam orientações. Ela lembra que a Amil não comercializa mais os planos individuais e os dependentes excluídos precisam buscar no mercado modalidades coletivas por adesão ou empresariais.
Segundo a advogada, os consumidores ficam vulneráveis ao serem obrigados a contratar planos coletivos, que não têm reajuste anual controlado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e não são proibidos de rescindir unilateralmente o contrato de prestação de serviço com os consumidores.
– A exclusão do beneficiário mostra o movimento que a Amil está fazendo para que os dependentes dos planos individuais sejam obrigados a buscar convênios no mercado que não possuem regulamentação da ANS. A única forma de permanecer no plano de origem é por via judicial – explica Kota.
ANS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclareceu que o dependente somente pode ser excluído do contrato coletivo pelo alcance de determinado limite de faixa etária se houver expressa previsão contratual que autorize a sua exclusão, caso contrário, o dependente não pode ser excluído.
A ANS acrescentou ainda que, nos contratos de plano individual ou familiar, os beneficiários, sejam titulares ou dependentes, têm vínculo individual com a operadora. Assim, eventual perda de vínculo do titular com o contrato não o extingue, sendo assegurado aos dependentes (grupo familiar previsto no contrato, sem limite de idade) a manutenção nas mesmas condições contratuais.
Nos contratos coletivos, o ingresso do grupo familiar depende da participação do titular no contrato de plano privado de assistência à saúde, seja empresarial ou por adesão. Podem ser dependentes o grupo familiar até o terceiro grau de parentesco consanguíneo, até o segundo grau de parentesco por afinidade, cônjuge ou companheiro do titular. Ressaltamos que, as regras de quais dependentes podem fazer parte do contrato devem estar expressamente previstas.
Amil
Em nota, a Amil informou que os dependentes podem permanecer no plano até os 25 anos de idade, de acordo com os contratos. A operadora diz que "um beneficiário que passou dessa idade tem a opção de migrar para os planos coletivos da Amil ou de exercer a portabilidade". A opção, no entanto, não foi dada aos clientes no comunicado de exclusão dos dependentes do plano ou durante atendimento telefônico.
Questionada sobre como seria a migração para planos coletivos da própria empresa, a Amil admitiu que seria necessário possuir um CNPJ para que o processo fosse feito já que a operadora deixou de comercializar planos individuais. Em relação à portabilidade, o plano foi questionado sobre a falta de opções no mercado de planos individuais para que os beneficiários pudessem realizar a migração. A operadora então respondeu que o usuário deveria fazer a busca no mercado. Por fim, a Amil disponibilizou o telefone 3004-1000 para o atendimento dos usuários.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação