Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20/09/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Polícia indicia técnica em enfermagem por queimaduras sofridas por bebê em incubadora
Técnica em enfermagem é presa suspeita de falsificar e vender atestados médicos para presos em Inhumas
Prima de mulher que esperava ter gêmeos conta que foi chamada na hora do parto e viu só um bebê, diz polícia
Funcionários do Hugo temem demissão em massa com troca de Organização Social
Prefeito de Anápolis anuncia reabertura da UTI pediátrica da Santa Casa
Clínicas médicas populares crescem e se diversificam
Ar-condicionado de UTI neonatal de hospital federal oferece risco de contaminação aos bebês


TV ANHANGUERA

Polícia indicia técnica em enfermagem por queimaduras sofridas por bebê em incubadora
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/policia-indicia-tecnica-em-enfermagem-por-queimaduras-sofridas-por-bebe-em-incubadora/7937106/
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PORTAL G1

Técnica em enfermagem é presa suspeita de falsificar e vender atestados médicos para presos em Inhumas

Segundo a Polícia Civil, ela furtava blocos e falsificava a assinatura de médicos. Ao menos dez presos usaram os documentos falsos.
Por Danielle Oliveira, TV Anhanguera
A técnica de enfermagem Kênia Cristina dos Reis foi presa suspeita de falsificar e vender atestados médicos para pelo menos dez presos do regime semiaberto em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo o delegado Miguel Mota, responsável pela investigação, por ser servidora pública, ela tinha livre acesso a hospitais e isso facilitava a realização os crimes.
“Do consultório dos médicos, ela subtraia os blocos de atestado em branco e, se aproveitando da distração dos médicos, carimbava os atestados, preenchia e falsificava a assinatura, tentando imitar a assinatura dos médicos”, explica o delegado.
O G1 não conseguiu localizar a defesa da técnica em enfermagem. A reportagem também pediu, por e-mail e ligação, um posicionamento para a Prefeitura de Inhumas para saber se alguma medida será tomada em relação a ela e aguarda retorno.
De acordo com o delegado, a polícia começou a investigar o caso após a denúncia de promotores de Justiça. Eles perceberam, durante a atuação dos processos de execução penal, que vários presos estavam apresentando atestados médicos com a mesma assinatura.
“Diante dessa suspeita de que os atestados poderiam ser falsificados, os promotores requisitaram investigação, e nós obtivemos várias provas que, de fato, esses atestados não foram emitidos pelos médicos, cujos nomes constavam nesses atestados”, conta o delegado.
Segundo o delegado, a técnica de enfermagem vendia os atestados para os presos do semiaberto.
“Os presos usavam esse atestado para que eles pudessem faltar no cumprimento da pena, mas sem que fossem regredidos, já que apresentariam esses atestados para abonar as faltas”, explica.
Atestados por R$ 100
Miguel explica que o esquema começou depois de um dos presos, que é conhecido de infância da suspeita, pediu que ela falsificasse um atestado. “O preso que era amigo dela começou a indicar para outros presos. Ela vendia por R$ 50 a R$ 100, dependendo da quantidade de atestados”, disse.
Diante da confissão e das provas, o delegado pediu a prisão preventiva dela para evitar que ela continuasse com essa conduta de fornecer atestados médicos para os presos, já que era uma prática constante. A servidora deve responder por falsificação de documento público.
O delegado explicou que os presos que compraram os diplomas falsificados devem responder por uso de documento falso.
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Prima de mulher que esperava ter gêmeos conta que foi chamada na hora do parto e viu só um bebê, diz polícia

Parente trabalha como técnica em enfermagem no hospital de Quirinópolis em que a cesariana foi realizada. Exames de ultrassom feitos durante a gravidez mostraram gestação de gêmeos.
Por Rodrigo Gonçalves, G1 GO
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A Polícia Civil ouviu, na quinta-feira (19), uma técnica em enfermagem que é prima da mulher que esperava dar à luz gêmeos, mas recebeu apenas um bebê após o parto em Quirinópolis, região sul de Goiás. Como a parente trabalha no hospital em que Aline Parreira de Jesus fez a cesariana, ela foi chamada durante a operação e constatou que só tinha um bebê no útero.
“A prima contou que a chamaram e conversaram que só tinha uma criança. Ela disse que viu o bebê que tinha nascido, que a cesariana ainda estava acontecendo e viu que no útero não tinha mais nada”, contou a delegada Simone Casemiro Campi, responsável pelas investigações.
O parto aconteceu no Hospital Municipal Antônio Martins da Costa, no último dia 13. De acordo com a delegada, uma informação passada pela prima contradiz o que foi contado por Aline Parreira ao ser ouvida na delegacia, na quarta-feira (18).
“A mãe prestou depoimento e disse que, na verdade não viu nada, porque dormiu, mas os depoimentos, inclusive da prima dela, dizem que ela ficou acordada. Inclusive, a prima falou com ela sobre o que estava acontecendo”, contou a delegada.
A advogada de Aline, Sandra Garcia de Oliveira, falou que a cliente relatou que estava muito cansada e dormiu durante a cesariana. “Estamos aguardando as investigações e a perícia nos exames de ultrassonografia. Não vamos ficar comentando depoimentos, porque é a policia que vai dizer quem está certo”, falou a advogada.
Resumo do caso:
Aline Parreira de Jesus fez quatro exames de ultrassom que apontam gravidez de gêmeos;
Ela deu à luz em 13 de setembro, no Hospital Municipal Antônio Martins da Costa, em Quirinópolis, onde mora;
Dois dias depois, ela recebeu alta, saiu do hospital com duas declarações de nascimento, mas só com um filho
Marido de Aline, Erivaldo Correia da Silva, deu queixa na delegacia;
Polícia Civil começou a investigar o caso e colheu depoimentos;
Secretaria de Saúde confirmou que os exames mostravam a presença de gêmeos, mas que só nasceu um bebê;
Hospital alega que expediu duas declarações por engano;
Médica que fez o parto diz que houve um erro no exame.
Ultrassonografias apontavam gêmeos
Segundo a delegada, as quatro ultrassonografias feitas por Aline, entre os meses de junho e setembro, serão encaminhas para a perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, na próxima semana. Todas apontaram a presença de duas crianças
“Foram feitas duas em uma clínica particular pelo mesmo médico e equipamento. E as outras duas na rede pública com médicos diferentes, que usaram um mesmo equipamento da unidade. As imagens vão para um especialista”, comentou Simone Casemiro.
Uma das hipóteses levantadas até agora pela investigação é o erro de diagnóstico. A obstetra que fez o parto prestou depoimento e alegou que a segunda criança era, na verdade, apenas o "reflexo" no líquido amniótico do único filho que a grávida esperava.
"Os laudos ultrassonográficos estavam equivocados por causa de uma imagem reflexo do feto no líquido amniótico", consta no depoimento, segundo a delegada.
Câmeras de segurança
A delegada informou ainda que a direção do Hospital Municipal Antônio Martins da Costa, em Quirinópolis, tem contribuído com as investigações, assim como a equipe envolvida na cesariana de Aline, que aconteceu no ultimo dia 13. Imagens gravadas pelas câmeras de segurança do local já estão com a polícia.
“Já recebemos as imagens das câmeras de segurança do dia, mas elas ainda serão analisadas. Devemos concluir isso nos próximos dias”, afirmou Simone Casemiro.
As imagens serão usadas, segundo ela, para confrontar com os depoimentos dados por médicos e demais profissionais que participaram do parto.
“Ouvimos quatro médicos do parto, mais pessoas da equipe, além dos médicos das ultrassonografias. Só falta ouvir um obstetra auxiliar, que está viajando”, relatou a delegada.
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A REDAÇÃO

Funcionários do Hugo temem demissão em massa com troca de Organização Social

Goiânia – Funcionários do Hospital de Urgências  de Goiânia (Hugo) estão preocupados com a troca de gestão do Hospital de Urgências de Goiânia. A previsão é que o Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa e Tecnologia Inovação na Gestão Pública (INTS), da Bahia, assuma no próximo dia 1º de outubro a administração da unidade de saúde no lugar do Instituto Haver.

Entre os principais questionamentos do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde) diz respeito a uma possível demissão em massa quando a nova OS assumir. Outro medo dos servidores está ligado à carga horária de trabalho. O INTS confirmou que tem a intenção de mudar a escala dos trabalhadores de 30 para 36 horas semanais para contratos em regime de CLT e que deve haver cortes.

Entre as reivindicações dos funcionários do Hugo estão a manutenção da jornada de 30 horas semanais e que não ocorram as demissões, a garantia da segurança dos pacientes e mais transparência nas negociações envolvendo a troca da OS.

Ainda de acordo com os servidores, o INTS estaria estudando maneiras para que seja feita a transferência de todos os funcionários efetivos para outras unidade de saúde do estado. A informação que circula na unidade de saúde é que a nova OS pretende contratar trabalhadores em contratos como PJ e com salários mais baixos do que os aplicados atualmente.

Chamamento
O processo de chamamento da OS começou no dia 10 de abril e foi finalizado em 13 de agosto deste ano.  administração do HUGO deve ficar sob responsabilidade do Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa e Tecnologia Inovação na Gestão Pública (INTS), da Bahia, que obteve 73,35 pontos, enquanto o Instituto Haver, atual gestora do hospital, marcou 71,5 pontos.

Uma série de questões envolvendo o chamamento das OSs levanta dúvidas sobre o processo resultou na vitória do INTS. O primeiro agravo foi durante a seleção, quando a própria banca da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) desclassificou a instituição por não cumprir uma das exigências do edital com relação aos conselhos administrativos. Logo depois o processo chegou a ser paralisado.

Neste meio tempo, a SES-GO e a Casa Civil encaminharam para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto de lei que alterava a Lei nº 15.505/05. Com a aprovação, o INTS se tornou habilitado para concorrer à gestão do Hugo. Após a divulgação do resultado, uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), assinada no dia 23 de agosto, suspendeu o chamamento público que selecionou o INTS. A alegação foi que a vencedora só permaneceu no processo depois que a legislação estadual foi alterada com o chamamento em andamento, atitude considerada ilegal pelo juiz.

Poucos dias depois, o desembargador Amaral Wilson suspendeu a decisão do TJ-GO e permitiu que o INTS assumisse o Hospital de Urgências. Segundo a documento, a decisão tem o objetivo de garantir a continuidade do serviço prestado pelo Hugo. Segundo a assessoria do hospital, o funcionamento tem continuado normalmente, mesmo diante de todos os impasses envolvendo a transição.

Resposta
O INTS confirmou à reportagem, por meio da assessoria, que pode haver demissões de funcionários quando houver a troca de gestão. No entanto, negou que será uma "demissão em massa", como circula nos corredores do hospital. Ainda segundo o Instituto que assumirá a administração do Hugo no próximo mês, a carga horária, que hoje é de 12 horas por 60, passará a ser de 12 horas por 36.

Também por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclareceu que trabalha para que a sucessão na gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), entre o Instituto Haver (atual gestora) e Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde – INTS (Organização Social vencedora do certame), seja realizada de forma "responsável, tranquila e respeitosa com os trabalhadores e com a população".

"Sobre a situação dos trabalhadores celetistas da unidade, a SES-GO informa que os critérios adotados para contratação e desligamento competem à Organização Social vencedora do certame, que deve atuar para manter a qualidade dos serviços e cumprir o contrato de gestão com as metas estabelecidas, assegurando a assistência aos cidadãos. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás tem se reunido com o Ministério Público e com o Ministério Público do Trabalho, com as duas OSs envolvidas no processo e com representantes dos trabalhadores da unidade, a fim de assegurar que os direitos trabalhistas sejam preservados durante a transição", diz o texto.

"Por fim, a SES-GO reitera que zela pela qualidade e segurança do serviço público prestado aos cidadãos no HUGO e que todas as ações relativas ao chamamento público estão publicizadas no site institucional da Secretaria, com total transparência do processo", completa a nota da secretaria.

Atual gestão
Atual responsável pelo Hugo, o Instituto Haver se manifestou contra a possível demissão de funcionários e reforçou que fará "o necessário para que a transição da gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) seja tranquila, transparente e responsável, com o menor impacto possível para os colaboradores, pacientes e familiares".
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JORNAL OPÇÃO

Prefeito de Anápolis anuncia reabertura da UTI pediátrica da Santa Casa
Por Luiz Phillipe Araújo

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Roberto Naves destaca união de esforços
Em vídeo publicado em suas redes sociais na noite desta quinta-feira, 19, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, comemorou a reabertura da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia, fechada na quarta-feira, 18.
O motivo do fechamento ainda não foi detalhado, mas estaria relacionado a atraso no pagamento de médicos responsáveis pela unidade.
No vídeo, o prefeito comemora: “Com ajuda de todos, Ministério Público, com a competência da Santa Casa e da Secretaria Municipal de Saúde gostaria de anunciar que a UTI pediátrica da Santa Casa já está aberta novamente e está funcionando ”.
Mais cedo o senador Vanderlan Cardoso (PP) esteve em Anápolis, e, em visita ao gabinete do prefeito Roberto Naves, anunciou que vai destinar R$ 1 milhão para a Santa Casa. A verba deve ser repassada ainda neste ano para custeios do hospital.
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CORREIO BRAZILIENSE

Clínicas médicas populares crescem e se diversificam
Empresas independentes absorvem migração de ex-usuários de planos de saúde e atraem novos investimentos, oferecendo serviços médico e odontológico a preços mais baixos

» Nelson Cilo

São Paulo — Nos últimos dois anos, o empresário Emilio Püschmann tem enfrentado um grande desafio à frente de sua companhia: como administrar a velocidade do crescimento. A rede de clínicas médicas populares Amparo prevê operar 10 unidades até o fim deste ano só na Grande São Paulo e em Brasília, que se somarão aos centros médicos já em operação em Alphaville, Lapa, Largo da Batata e Paraíso, tradicionais regiões do mercado paulistano.
"Vamos crescer em poucos meses mais do que crescemos desde a inauguração, em 2017", diz Püschmann. Ele não está sozinho nessa aposta. No mês passado, a Amparo recebeu um aporte do Grupo Sabin, que passou a responder por 30% de participação no capital da companhia. "O Sabin quer entregar uma nova proposta de valor para empresas e operadoras nos cuidados aos seus colaboradores e beneficiários, bem como contribuir para a sustentabilidade do setor de saúde e o fortalecimento da cultura do cuidado coordenado e personalizado da saúde", afirmou, na ocasião da assinatura do negócio, a presidente executiva do Sabin, Lídia Abdalla.
A Amparo cresce na contramão do setor de planos de saúde, que registra uma sequência de recordes de aumento de custos e de redução de clientes — causado especialmente por fatores como crise econômica e alto desemprego. O segmento, popularmente conhecido como o de clínicas populares, comemora bons negócios, aproveitando a lacuna deixada no mercado pelos valores altos dos planos de saúde e a dificuldade dos trabalhadores de encontrar atendimento decente em unidades públicas de saúde, geralmente superlotadas.
A Amparo, considerada a primeira rede de atenção primária e gestão de saúde, tem a missão, segundo Püschmann, de disseminar o modelo de clínica independente e desmistificar os preconceitos implícitos nesse segmento de atendimento primário. "O objetivo daqui para frente é efetuar uma mudança comportamental e cultural para criar adesão ao modelo de atenção primária, proporcionando um atendimento acolhedor, humano, completo e de qualidade para o paciente, além de reduzir significativamente os custos com saúde. O modelo da Amparo tem impacto direto na redução de utilização dos prontos-socorros, internações, desperdício com exames e outros procedimentos".
Migração
Ainda faltam estatísticas para medir a velocidade do crescimento do setor. Mas o avanço dessas empresas expõe a migração de pessoas do setor privado para as clínicas independentes. Estimativas e projeções de entidades como Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) e da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) apontam que, desde o início da crise, no fim de 2014, mais de 3,2 milhões de pessoas perderam seus convênios médicos, seja porque foram demitidas, seja porque não conseguiram mais arcar com os custos das mensalidades, que subiram bem acima da inflação.
Nos últimos três anos, os reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos familiares e individuais foi mais de três vezes superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período. O aumento foi ainda maior nos planos de saúde empresariais, cujo reajuste médio superou 15% ao ano. Uma pesquisa do Ibope em oito regiões metropolitanas revela que 77% dos entrevistados encaram os preços como principal entrave para quem pretende contratar um plano de saúde. O índice de quem já tinha o benefício, mas não pôde mantê-lo, é de alarmantes 54%.
No entanto, um termômetro do avanço do setor é o crescimento do emprego formal da área da saúde, que aumentou 3,4% entre julho deste ano e o mesmo mês de 2018. Esse percentual equivale a quase 120 mil pessoas contratadas. Segundo o superintendente executivo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, esse fenômeno se explica, em parte, pela diversificação do segmento de saúde. "Enquanto na economia como um todo continuamos com altíssimo desemprego e um nível de demissões elevado, na área da saúde houve crescimento expressivo em um ano", disse ele. "As pessoas fazem mais procedimentos, demandam mais consultas médicas, mais exames, mais internações hospitalares. Tudo isso é que está movendo o emprego".
É neste ambiente de mudança de perfil do usuário — que está, digamos, mais independente — que empresas como o Grupo Diagnósticos do Brasil (DB) estão surfando. O laboratório exclusivo de apoio no país, ou seja, especializado em prestar serviços de terceirização de exames de análises clínicas para outros laboratórios, tem motivos de sobra para comemorar.
Em maio, a empresa superou a marca de sete milhões de exames processados, assumindo a liderança do mercado nacional. Atualmente, o DB conta com três grandes unidades técnicas no país, localizadas nos estados do Paraná, São Paulo e Pernambuco, duas unidades especializadas, localizadas no estado de São Paulo, o DB Molecular e o DB Patologia, além de mais de 40 unidades regionais de atendimento distribuídas em diferentes estados.
"Nos últimos anos, conseguimos inovar muito dentro de um segmento tão complexo e desafiador. Com investimentos contínuos, desenvolvemos e aplicamos ações de melhorias em nossos serviços, dedicando uma atenção especial para a excelência dos processos e de atendimento, tudo para proporcionar as melhores soluções para os nossos clientes", diz o diretor Tobias Thabet Martins.
Convênio próprio
Outro exemplo da boa fase das clínicas populares é o MedicMais, que lançou até seu próprio "convênio médico", chamado de Mais Saúde, que cobre despesas de saúde e odontológicas com mensalidades de R$ 24,90 a R$39. A empresa fechou o ano passado com faturamento de R$ 30 milhões. "Fazemos qualquer negócio para garantir serviços aos clientes. Negociamos, damos descontos, aceitamos cartões de crédito, analisamos propostas e facilitamos ao máximo para conquistar e agradar", afirma o cofundador da MedicMais, Tiago Alves.
A ideia surgiu há 10 anos, depois de cursar Odontologia no ano anterior, em Minas Gerais. A primeira unidade foi aberta na cidade de Paracatu. Entre 2009 e 2012, inaugurou outras seis unidades no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e noroeste mineiro. Na época, o grupo acumulou oito clínicas próprias.
O nome MedicMais veio só em 2015. O negócio teve um impulso do empresário David Pinto, idealizador da holding Grupo 10X, que fez da rede uma grife do mercado de franquias. Desde 2018, foram comercializadas 105 unidades, sendo 60 delas em 22 estados. Outras 40 serão abertas até o fim deste ano, e outras 200 serão previstas para 2020.
Um levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF) revela que o segmento de Saúde, Beleza e Bem Estar — que engloba franquias de clínicas — evoluiu 8,9% no faturamento do segundo trimestre deste ano na comparação a igual período medido no exercício anterior. Entre abril e junho, o faturamento alcançou R$ 7,6 bilhões, o sexto setor de melhor rendimento do franchising brasileiro.
"As clínicas acessíveis já existiam, mas passaram a ocupar espaços maiores. Elas dão acesso a quem não pode bancar os custos exorbitantes. As desigualdades aí estão para comprovar o quadro real do país", diz Tiago Alves, da MedicMais.
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EXTRA ONLINE

Ar-condicionado de UTI neonatal de hospital federal oferece risco de contaminação aos bebês

O sistema de ar-condicionado da UTI neonatal do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) "oferece risco de contaminação no ambiente", por ser "totalmente inadequado, sem atendimento das normas pertinentes" e não possuir filtragem mínima do ar, alerta um relatório elaborado por um grupo de engenheiros do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), ligado ao Ministério da Saúde.
O documento, que também apontou falhas gravíssimas no sistema de prevenção e combate a incêndio e "alto risco de explosão" e de inoperância total do sistema elétrico, como o EXTRA revelou nesta quinta-feira, ainda traz outros alertas a respeito da refrigeração no centro cirúrgico e das condições do filtro de água do prédio da maternidade.
Após uma vistoria realizada em abril deste ano, os engenheiros relataram que o sistema de ar-condicionado do centro cirúrgico é "inadequado e sem filtragem adequada para evitar contaminação do ambiente".
Os problemas de infraestrutura comprometem ainda a qualidade da água que chega à maternidade. Os engenheiros verificaram que o filtro de entrada de água do prédio está em "estado de conservação insatisfatório".
– Eventualmente acontecem episódios de diarreia na maternidade – afirmou um médico do hospital que prefere não ser identificado.
Risco de explosão do sistema elétrico
O relatório do Proadi-SUS apontou que há "alto risco de explosão" e de inoperância total do sistema elétrico, ameaçando a vida dos operadores. Na vistoria, a equipe técnica identificou superaquecimento em dois transformadores da subestação principal do hospital. Um deles chega a atingir 148,6 graus, e o outro, 128,6 graus. O normal seria 70 graus.
Além de ameaçar a vida de quem estiver ao alcance de uma possível explosão – cuja dimensão seria desconhecida – o colapso do sistema elétrico colocaria também em risco a vida de pacientes ligados a aparelhos ou que estejam em procedimentos cirúrgicos. Isso porque os técnicos também verificaram que os geradores estão instalados de forma irregular, com "risco de incêndio e inoperância do sistema elétrico".
A direção do HFB afirmou que possui brigada de incêndio 24 horas. O Ministério da Saúde informou que está em trâmite o projeto de reforma e atualização da subestação elétrica do hospital, previsto para começar em 40 dias, e prometeu solucionar o problema definitivamente antes do fim deste ano. Sobre o ar-condicionado e o filtro de água da maternidade, não houve resposta.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação