Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados

Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento

Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada

Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade

TERRA

Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe



Uma fisioterapeuta é acusada de fraude milionária em solicitações de reembolso da SulAmérica, operadora de plano de saúde. A empresa afirma que a mulher fornecia documentação fraudulenta aos seus pacientes para a abertura de solicitações indevidas de reembolso.

A profissional, que atende na Bahia, fraudava pedidos médicos, liberando beneficiários para fazer procedimentos de saúde. Embora não tenha detalhado como ela agia, a SulAmérica afirma que os supostos procedimentos feitos a diversos beneficiários somaram mais de R$ 2 milhões em pedidos de reembolso.

Um dos fatores que chamaram a atenção da seguradora foi o volume impraticável de atendimentos em uma mesma data. Em um único dia, a fisioterapeuta teria realizado 97 atendimentos. Entre dezembro de 2019 e abril de 2023, foram apresentadas 894 solicitações de reembolso.

A SulAmérica obteve liminar judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para impedir que a fisioterapeuta realize atendimentos aos beneficiários do plano de saúde. A operadora também foi autorizada a deixar de pagar as solicitações de reembolso. O Terra teve acesso à decisão do juiz do TJ-BA Fabio de Oliveira Cordeiro.

Na decisão, o juiz escreve: “DEFIRO O PEDIDO LIMINAR PARA EFEITO de determinar à requerida que se abstenha de realizar atendimentos tendo como beneficiários os segurados do plano requerido, autorizando ainda que o réu deixe de quitar até ulterior determinação os pedidos eventualmente apresentados a contar da data da presente data.”

Conselho Regional de Fisioterapia

O Conselho Regional de Fisioterapia da Bahia abriu processos éticos para apurar o caso. “Informamos a abertura de processos éticos para a apuração das denúncias apresentadas”, diz trecho do comunicado.

“Adotaremos as medidas necessárias para garantir uma investigação justa e imparcial. Os processos éticos instaurados seguirão rigorosamente as normas regulamentares vigentes”, acrescenta.

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MEDICINA S/A

Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou a segunda edição da publicação “ESG nos hospitais Anahp: resultados e boas práticas”, documento que reúne dados da atuação dos associados nos três âmbitos ESG, com iniciativas relacionadas à humanização da assistência, gestão de resíduos, eficiência energética, inovação e tecnologia, entre outras temáticas emergenciais.

Com dados coletados entre 81 hospitais, os projetos em destaque visam dar visibilidade às práticas de governança, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social do setor, mensurando o impacto positivo das ações das instituições privadas de saúde nos entornos de suas comunidades e para a sociedade como um todo.

Além dos 133 cases detalhados, a publicação traz números gerais de trabalhos colocados em prática no período entre junho de 2022 e junho de 2023: em 12 meses, 691 projetos foram desenvolvidos embaixo do guarda-chuva de ESG (Environmental, Social and Governance), 12,7 milhões de pessoas impactadas diretamente e mais de R$ 507 milhões investidos. Confira o conteúdo completo aqui.

“A pandemia de Covid-19 ampliou a importância dos critérios ESG ao destacar a interconexão global e a vulnerabilidade frente a desafios ambientais e sociais. Essa percepção reverberou na sociedade e se tornou um ponto de partida para o setor da saúde pública e suplementar, dada a urgência de se promover uma abordagem mais integrada e sustentável para enfrentar desafios atuais e futuros”, destaca Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

Conforme salienta Britto, a saúde é, por si só, fundamentada no princípio essencial de ESG, que é fazer a diferença na vida das pessoas. Ou seja, antes mesmo da existência desse conceito, os serviços assistenciais já atuavam com esse propósito.

“O que a Anahp faz hoje é ajudar a potencializar esse olhar das instituições, buscando caminhos estratégicos que conduzam seus objetivos dentro de uma perspectiva mais ampla de seus impactos no mundo”, conclui.

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Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento

O Plano Brasil Saúde, healthtech especializada em serviços de saúde corporativa, registrou aumento no faturamento de 97,6% no início do 4º semestre. A expectativa é que a companhia feche o ano com a receita de R$ 60 milhões. Somente neste ano, o número de clientes que contam com a cobertura de seus serviços saltou de 9 mil para 14 mil beneficiários.

Segundo o presidente do Plano Brasil Saúde, Paulo Bittencourt, um dos principais responsáveis por esta alta está na própria maturidade do mercado e na expectativa do usuário que busca um atendimento personalizado. “Os planos tradicionais estão passando por vários desafios e prejuízos e isso tudo acaba resvalando na qualidade prestada para o cliente final. No nosso modelo de negócio, mais enxuto e otimizado, conseguimos oferecer uma experiência mais humanizada e menos desgaste para o usuário”, conta Bittencourt.

Paulo explica ainda a importância da tecnologia que envolve por exemplo a telemedicina. “Além da agilidade, temos ganhos concretos como diminuição de custos para as operadoras e melhor custo x benefício oferecido para os usuários, o que é fundamental para viabilizar o acesso à saúde suplementar. No Plano Brasil Saúde, por exemplo, as mensalidades são acessíveis e o usuário conta com um especialista que irá acompanhá-lo de forma integral. Este médico da família é altamente capacitado para fazer os diagnósticos de forma adequada e só realizar o encaminhamento quando realmente for necessário. Esse é o formato da saúde de hoje e do futuro”, explica Paulo.

Desde 2009, quando a empresa foi criada, o Plano Brasil Saúde segue somando bons resultados financeiros e na avaliação dos usuários. Na classificação feita pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou nota máxima.

De acordo com o CEO da empresa, esta avaliação é o reconhecimento de um trabalho pautado na excelência do atendimento prestado ao usuário e de muita pesquisa e investimento. “Nossas decisões são baseadas em estudos altamente rigorosos e acompanhados por toda nossa equipe de especialistas; não podemos nunca nos esquecer de que cuidamos de pessoas, portanto, empatia, segurança e qualidade na prestação de serviços são ativos inegociáveis da empresa”, diz.

Para o próximo ano, as expectativas seguem positivas. “Seguiremos alicerçados pelos pilares de inovação e cuidado com as pessoas. Em 2024, projetamos um faturamento de R$ 120 milhões com ampliação geográfica da nossa atuação; hoje, atendemos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Goiás, mas já estudamos a expansão para outros estados, como: Sergipe, Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba”, finaliza Bittencourt.

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Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada


Levantamento feito pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) na base de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, mostra o impacto da pandemia de Covid-19 na realização de exames de mamografia de rastreamento nos serviços públicos do estado de São Paulo. A análise faz um recorte dos meses de janeiro a agosto dos anos de 2018 a 2023 e mostra que em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de procedimentos caiu pela metade quando comparado com os dois anos anteriores. Foram feitas 443 mil mamografias em 2020, contra 803 mil e 822 mil em 2019 e 2018, respectivamente.

Com o avanço das campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a redução de casos graves da doença, o volume de exames passou a exibir uma tendência de aumento. De janeiro a agosto de 2021, foram feitas 583 mil mamografias de rastreamento no estado de São Paulo, número que subiu para 796 mil no mesmo período em 2022 e chegou a 803 mil em 2023, o mesmo patamar que se viu em 2018.

“Temos em São Paulo uma das melhores coberturas mamográficas, mas ainda assim abaixo do que seria necessário para melhorar a detecção precoce e identificar a doença em estágio inicial. Muitas mulheres ainda são diagnosticadas quando a doença já progrediu”, observa a médica radiologista Bárbara Bresciani, membro da comissão cientifica da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).

A necessidade de ampliar o número anual de exames enfrenta obstáculos como a dificuldade de adesão das próprias pacientes e o problema da distribuição dos mamógrafos. “Há uma boa quantidade de mamógrafos no país, porém distribuídos de modo desigual. A maioria está concentrada nas grandes cidades, com menos equipamentos no interior e regiões mais distantes”, descreve a radiologista.

Os dados consideram as mamografias bilaterais de rastreamento (também conhecidas como mamografia de rotina) realizadas por meio do Sistema Único de Saúde no período, contemplando mulheres que não apresentam queixas, mas fazem periodicamente o exame com a finalidade de encontrar, eventualmente, tumores de mama em fase inicial. Diferente, por exemplo, da mamografia diagnóstica, que é motivada por alguma alteração, sinal de lesão ou sintoma que a mulher tenha, podendo ser um caroço, ondulação, alterações pele e outras anomalias que não seguem o padrão normal da mama ou do mamilo daquela paciente e, a partir disso, investigar a presença de lesão benigna ou maligna (câncer).

Cobertura bem abaixo da recomendada pela OMS

As projeções do IBGE para estimar a pirâmide etária do Estado de São Paulo indicam que, em 2010, a região contava com quase 3 milhões de mulheres com idade entre 40 e 49 anos e 3,2 milhões com idades entre 50 e 64 anos, faixa de referência, segundo o Ministério da Saúde, para a busca ativa para o rastreamento. Para se ter uma ideia do alcance da cobertura mamográfica, quando se considera apenas a mulher acima de 50 anos estimada em 2010, ainda assim as mamografias realizadas na rede pública paulista em 2023 teriam atingido apenas 25% das mulheres com indicação para o rastreamento. A cobertura mamográfica recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 70% da população feminina a partir dos 40 anos, com um exame anual.

Quando deve ter início o rastreamento?

A idade para o início do rastreamento é motivo de debate no país e no mundo. Várias sociedades de especialidade brasileiras e internacionais, seguidas pela SPR, defendem que o primeiro exame seja feito aos 40 anos. A recomendação atual do Ministério da Saúde é que deve ser feito a partir dos 50 anos, com repetição a cada dois anos para mulheres até os 69 anos ou em intervalos menores conforme o resultado da mamografia anterior. Para mulheres entre 40 e 49 anos, segundo o MS, a conduta deve ser individualizada considerando riscos e benefícios dos exames de rastreamento. Como rotina, elas devem passar por um exame clínico durante a consulta médica, com realização de ultrassonografia e mamografia somente com indicação médica. Na rede suplementar, o rastreamento tem início aos 40 anos.

Os dados sobre a incidência do câncer de mama acentuam a urgência do tema. “As evidências científicas vem mostrando um aumento do diagnóstico de câncer de mama em mulheres na faixa dos 40 anos, especialmente mulheres negras”, informa a médica radiologista Bárbara Bresciani. “Na minha prática, tenho visto mulheres com cerca de 30 anos ou pouco mais com câncer de mama. São pacientes sem antecedentes familiares e sem teste genético positivo”, diz a médica.

Diante da necessidade de melhorar a detecção e do aumento de casos em mulheres mais jovens, em maio deste ano, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos – USPSTF (sigla em inglês para United States Preventive Services Task Force) emitiu recomendações para que o sistema de saúde norte-americano antecipe o início do rastreamento em uma década, começando aos 40 anos em vez de fazê-lo a partir da quinta década. As orientações da USPSTF destacam também a importância de uma abordagem personalizada e baseada no risco para esse rastreio, levando em consideração fatores como histórico familiar, genética e etnia. “Essa mudança pode melhorar significativamente a detecção precoce. A preocupação é garantir que as mulheres não fiquem descobertas sem acesso ao rastreamento entre os 40 e os 50 anos de idade. É uma grande vitória”, afirma Bárbara.

Mamografia digital e tomossíntese

A maioria das mamografias feitas no Brasil atualmente utiliza tecnologia digital. “Há cerca de uma década, ainda havia mamografias realizadas de modo convencional, cuja imagem precisava ser revelada depois de adquirida. Agora, praticamente todos os serviços têm um detector digital, que manda a imagem diretamente para o computador com qualidade muito superior”, esclarece a médica Bárbara.

A tomossíntese é mais um avanço na forma de adquirir as imagens para identificar o câncer de mama. Trata-se de um método de diagnóstico complementar à mamografia que utiliza várias imagens de raios X de baixa dose da mama, adquiridas com angulações diferentes, aumentando a acurácia diagnóstica da mamografia. Embora disponível em algumas instituições de saúde no Brasil, a tomossíntese não é coberta pelos planos de saúde. O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomenda mamografia anual entre 40 e 74 anos por meio de tomossíntese, se possível.

“A tomossíntese minimiza a sobreposição de tecido mamário, que pode mascarar lesões, e também diminui a necessidade de incidências adicionais, reduzindo eventuais reconvocações para realizar imagens complementares”, diz a radiologista Bárbara. Ela explica que composição das mamas é muito variada. “É uma característica individual de cada mulher, comparável à uma impressão digital. Cada pessoa tem o seu padrão, com uma proporção variável entre gordura e glândula. Se a mama é adiposa, ou seja, gordurosa, o nódulo aparece facilmente porque não tem nada que impeça a passagem do Raio X. Quando algo impede a passagem do Raio X da mamografia, como o tecido glandular, a área fica mais branca, e o tecido mamário pode obscurecer eventuais pequenos nódulos suspeitos”, explica a médica.

De modo geral, nos serviços que já utilizam as máquinas de tomossíntese tem conseguido diminuir as suas taxas de reconvocação de pacientes para complementar os exames. “Esse exame faz imagens de ângulos diferentes, reduzindo as nossas dúvidas e a necessidade de chamar paciente para fazer uma imagem adicional”, diz a médica. De acordo com Bárbara, a taxa de aumento nas detecções com esse tipo de tecnologia pode chegar a cerca de 20%, com diminuição de aproximadamente 30% nas reconvocações.

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YOBA

Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade


Doença permanece, segundo a OMS, como um caso de emergência global de saúde pública, o que preocupa o Brasil devido aos baixos índices de vacinação nos últimos anos

Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.

A Poliomielite, conhecida como paralisia infantil, segue como emergência de saúde pública de importância internacional. Isso porque em países da Ásia e África, a baixa imunização e os casos registrados nestas regiões ligam o sinal de alerta para possíveis transmissões. Alguns casos chegam perto do Brasil: a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) informou que, em 2022, foram confirmadas duas infecções, uma nos Estados Unidos e outra no Peru. Nos dois casos, os pacientes não estavam vacinados e não tinham histórico de viagem. A situação preocupa o Brasil em virtude da queda na imunização no país. Nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a data reforça também o investimento em tecnologias para a população que convive com sequelas da doença.

Em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve o risco de disseminação internacional do vírus causador da enfermidade, o poliovírus. O Brasil registrou em 1989 o último caso oficial da doença. Desde então, a imunização da população tem garantido que o país permaneça como área livre da doença. Ainda assim, a situação é preocupante pois desde 2016 o país não supera os 90% de vacinação do público-alvo. No ano passado, por exemplo, o índice foi de 72%, um pouco acima de 2021, quando chegou a 71%.

Além disso, dados do Ministério da Saúde disponíveis no site da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) apontam que, entre 1968 e 1989, foram notificados 26,8 mil casos da doença. Em muitas dessas situações, pessoas que sobreviveram ao vírus desenvolveram comorbidades ou limitação dos movimentos. Com isso, necessitam de acompanhamento médico e equipamentos para mobilidade.

Como se desenvolve a doença

Uma pessoa pode contrair o vírus da poliomielite e não desenvolver a doença, ou apresentar sintomas leves, conforme explica o médico fisiatra e ortopedista Paulo Henrique Gomes Mulazzani. Ele diz que o Brasil teve surtos da doença no século 20, nos quais alguns pacientes desenvolveram a forma mais grave da doença e tiveram os movimentos dos membros afetados. “Foram muitos casos, mas notadamente foram contabilizadas as situações que resultaram em sequelas”, diz.

Segundo o especialista, isso acontece porque o vírus afeta o sistema nervoso dos pacientes. “O nervo funciona como um fio elétrico que leva força do cérebro para as extremidades do corpo, passado pela medula. Com o agravamento da poliomielite, a transmissão da força fica comprometida. Muitas crianças cresceram, dessa forma, com alguma deficiência nos membros, e precisaram de equipamentos para garantir mais autonomia”, explica Mulazzani.

Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.

A médica Ryvia Rose Ferraz Bezerra, de São Paulo, passou por situação semelhante. Aos nove meses, ela foi diagnosticada com a doença, o que afetou seus movimentos. “Eu estava aprendendo a andar. De lá pra cá foram 14 cirurgias com o objetivo de me ajudar a caminhar. Com o decorrer do tempo, as dores na perna afetada pela doença me levaram a considerar a necessidade do uso de um equipamento que auxiliasse na minha locomoção”, conta.

Rotina de adaptação

Ryvia passou a usar uma órtese na perna, equipamento que melhora a mobilidade, ao mesmo tempo que ajuda na diminuição da dor e corrige más posições. A paciente procurou uma clínica da empresa alemã Ottobock, referência em equipamentos de mobilidade e que atua no Brasil. Ela passou a usar a órtese C-Brace, que permite ao paciente realizar movimentos em planos inclinados, solo irregular ou subir e descer escadas. Com tecnologia por sensores, torna a sequência de movimentos mais dinâmica. Mulazzani comenta que equipamentos com tecnologia mais avançada facilitam caminhada e estabilidade. “A pessoa consegue ter mais independência”, completa.

Para usar a órtese, Ryvia teve um momento de adaptação, que veio acompanhado do receio por estar com um equipamento envolto à perna. “Como é natural no começo, veio o medo de não me adaptar e cair. Mas isso foi superado com perseverança e com o apoio que recebi. Os profissionais da reabilitação são fundamentais na adaptação, manuseio e cuidados com a órtese. Com equipe multidisciplinar, ‘caminhar’ se torna mais leve e é melhor para vencer as barreiras”, comenta.

As Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome pós-Poliomielite e Comorbidades, documento de 2016 do Ministério da Saúde, orientam que o tratamento de casos que envolvem a síndrome ou sequelas “deve ser realizado por equipe multiprofissional de modo interdisciplinar e a partir da construção de projeto terapêutico singular”. Segundo a Ottobock, as clínicas em que os pacientes fazem acompanhamento possuem profissionais como técnicos e fisioterapeutas.

Melhoria na mobilidade

Para Ryvia, com a órtese tem sido mais fácil realizar caminhadas de longas distâncias e ficar de pé por tempo moderado. “Consigo andar boas distâncias, e ficar em pé não é mais problema. Minha postura também ficou mais bonita e alinhada”, afirma. Como todo equipamento, a órtese precisa de cuidados no manuseio e conservação. A médica afirma que é importante manter a higiene do equipamento, evitar molhar e sempre posicionar verticalmente a órtese quando não for utilizada. Ela também faz revisões periódicas para que a utilização seja mais eficiente. “No começo, foram precisos alguns ajustes na órtese com intervalos menores. Atualmente isso acontece ainda, mas com períodos maiores entre uma manutenção e outra”, explica.

Sobre a Ottobock

Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

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Assessoria de Comunicação