Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20/11/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Cerca de 180 pessoas aguardam por cirurgia cardíaca em Goiás
Sem cubanos, Saúde fica comprometida em cidades pequenas de Goiás
Mais Médicos oferece 8.517 vagas a partir de quarta-feira
Temer destaca "rapidez extraordinária" na solução para o Mais Médicos
“28% do atendimento em Goiás”, diz presidente da AGM sobre Mais Médicos


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Cerca de 180 pessoas aguardam por cirurgia cardíaca em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/cerca-de-180-pessoas-aguardam-por-cirurgia-cardiaca-em-goias/7172739/
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O POPULAR

Sem cubanos, Saúde fica comprometida em cidades pequenas de Goiás

Dos 93 municípios goianos com profissionais cubanos, 62 possuem menos de 20 mil habitantes. Gestores reclamam da dificuldade de contratar. Conselho reduz impacto
A maioria dos municípios goianos que contam com médicos de Cuba são de pequeno porte. Com a saída dos profissionais do programa do Governo Federal Mais Médicos, anunciada pelo país caribenho na última quarta-feira (14), essas cidades devem ficar com o atendimento na Saúde pública defasado. Atualmente, Goiás possui 198 médicos cubanos espalhados em 93 municípios. Desses, 66,6% têm menos de 20 mil habitantes e em 50,5% a população não chega a 10 mil.
A situação é mais drástica em municípios do Norte e Nordeste do Estado, explica a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), Gercilene Ferreira. "Os médicos não querem ir, porque não tem infraestrutura. Além do salário ter que ser maior. Antes do Mais Médicos, a gente pagava um absurdo para (os profissionais brasileiros) ficar e mesmo assim eles não queriam ir. Se aqui na Região Metropolitana de Goiânia paga R$ 10 mil, lá paga R$ 40 mil e o médico não quer ir", relata a gestora, que também é secretária de Saúde em Trindade.
Gercilene conta que há casos de municípios que dependem exclusivamente do programa Federal, onde os únicos médicosdisponíveis são os cubanos. "São esses municípios pequenos, pobres e que não tem estrutura". A remuneração do Mais Médicosé R$ 11,5 mil mensais.
Desde o anúncio da retirada dos médicos, o grupo da Agência Goiana de Municípios (AGM), no aplicativo WhatsApp, está lotado de mensagens de prefeitos preocupados com o futuro da Saúde em seus municípios. Presidente interino da entidade, Kelson Vilarinho (PSD), que também é prefeito de Cachoeira Alta, explica que, muitas vezes, as cidades pequenas não possuem recurso suficiente para pagar médicos. Ele reitera que o médico em cidades mais afastadas é mais caro.
Além disso, segundo Vilarinho, os prefeitos se preocupam com a perda da popularidade causada pela saída dos médicoscubanos. "O cidadão chega na porta do postinho e está sem médico? Hoje, a Saúde é o calcanhar de Aquiles de qualquer prefeito."
Divergência
Diferente dos prefeitos e gestores municipais, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, diz ver com bons olhos a saída dos cubanos e diz concordar com as críticas do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ao programa. "É um impacto positivo, porque vai trocar médicos cubanos por goianos", defende o representante da entidade.
Para ele, o intervalo sem médicos vai ser curto e avalia que até o final do ano brasileiros já estarão no lugar dos cubanos. "É muito pouco (médicos cubanos). Não vai ter muita dificuldade não", garante.
Mariano Reis se refere aos profissionais cubanos como "pseudo-médicos" porque eles não têm obrigação de passar pela prova de revalidação do diploma por até três anos no Brasil. Por isso, não possuem inscrição nos conselhos regionais de medicinae não são fiscalizados pela entidade.
O presidente do conselho diz que os cubanos são motivo de chacota por supostamente já terem passado receitas médicas erradas. Questionado sobre esses casos, Leonardo disse que as denúncias são repassadas para o Ministério Público Federal (MPF), que elas não ficam registradas no Cremego e que não se lembra de casos concretos. "A gente não instaura procedimento contra essa turma."
O representante dos médicos goianos também nega que os brasileiros tenham ficado de fora do programa Mais Médicos por opção própria. Segundo ele, nos últimos anos, a quantidade de médicos tem aumentado, com a criação de novos cursos, e há muitos profissionais para poucas vagas no mercado. Ele também lembra que há muitos casos de médicos que vão trabalhar em cidades do interior, em contratos direto com as prefeituras, e ficam sem receber.
Malas prontas
O fim da participação dos médicos cubanos no programa Mais Médicos vai atingir diretamente a área rural de Mutunópolis, Norte de Goiás, cerca de 400 km da capital. A cidade possui apenas três profissionais para atender seus 3,9 mil habitantes, sendo que uma é a cubana Silvia Caridad Verdecia Verde. Ela é responsável por uma unidade de Estratégia Saúde da Família que atende onze assentamentos rurais do município.
"No momento a gente não tem como distribuir os outros dois médicos para a zona rural e a gente não tem condições de pagar outro médico", conta a secretária de Saúde de Mutunópolis, Valdirene Sales Barbosa. A cidade possui um médico brasileiro que trabalha por contrato e outro concursado. De acordo com a gestora, Silvia, que trabalha na cidade há quase dois anos, conquistou a população local e era até mais atenciosa que os profissionais locais.
Já São Luiz do Norte, cerca de 250 km da capital, vai ficar com apenas um médico em residência, com a saída do cubano Eriberto Aguilera Reyes, que está na cidade desde o início do Mais Médicos, em 2013. "É um prejuízo enorme", avalia o secretário de Saúde da cidade, Afonso Ferreira. O município tem 5 mil habitantes.
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ISTOÉ ONLINE

Mais Médicos oferece 8.517 vagas a partir de quarta-feira

Durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (19), em Brasília, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, detalhou o novo edital do Programa Mais Médicos e informou que as inscrições de médicos brasileiros e estrangeiros que tenham registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) começam na próxima quarta-feira (21), às 8h. As inscrições no programa poderão ser feitas até o dia 25 de novembro às 23h59.
O edital será publicado amanhã (20) no Diário Oficial da União e vai ofertar 8.517 vagas em 2.824 municípios e 34 distritos indígenas, maior parte delas ocupadas atualmente por médicos cubanos que atuavam no país por meio da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O ministro também informou que caso as vagas disponíveis não sejam preenchidas elas serão oferecidas, por meio de um novo edital a ser lançado no próximo dia 27, a médicos brasileiros e estrangeiros que não possuem registro no CRM e nem foram aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida).
"Estamos disponibilizando um sistema que o médico poderá acessar, fazer seu cadastro e escolher o estado e cidade que quer atuar. Se houver vaga, poderá acessar. Vamos dizer que numa cidade há 10 vagas. Os 10 primeiros médicos que acessarem e atenderem aos requisitos vão consumir essas vagas e elas serão retiradas do sistema", explicou o ministro.
O prazo para que os médicos assumam os novos postos de trabalho é curto, segundo o ministro, para evitar que a população fique desassistida após o anúncio do governo cubano de sair do programa no Brasil, por discordar de exigências feitas pelo governo eleito de Jair Bolsonaro. Com isso, mais de 8 mil médicos cubanos que atuavam no programa vão deixar o país.
Os médicos aprovados deverão se apresentar nos municípios escolhidos a partir do dia 3 de dezembro para homologar a contratação e começar a trabalhar. O prazo final para que os médicos aprovados se apresentem é dia 7 de dezembro, às 18h, ou serão eliminados do processo e a vaga será disponibilizada novamente no sistema de inscrição do Ministério da Saúde.
O ministro informou que na próxima segunda-feira (26) o Ministério vai divulgar um relatório consolidando o interesse dos médicos no programa. "Ao final do dia 26, nós iremos publicar esse resultado com todos os inscritos e as respectivas lotações", disse Occhi.
O ministro da Saúde informou ainda que no dia 27 de novembro será lançado um novo edital do Mais Médicos para preencher as vagas não ocupadas por médicos brasileiros e estrangeiros que têm CRM no Brasil. As vagas serão então ofertadas também a médicos que não têm registro no CRM e que não passaram pelo Revalida.
"Vamos tratar do Revalida para que médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior possam começar sua atividade mediante comprovação de capacidade por meio de outros documentos. Eles vão poder iniciar as atividades mesmo sem ter o CRMe o Revalida. E, junto com o MEC, queremos oferecer certificação a esses médicos", disse o ministro.
Segundo ele, os médicos que se inscreverem no segundo edital também terão que fazer o Revalida, mas poderão trabalhar enquanto isso não acontece mediante a apresentação de cerca de 17 documentos exigidos pelo governo. "O profissional brasileiro formado no exterior que não tenha CRM nem Revalida só poderá exercer sua atividade legalmente no Brasil por meio do Mais Médicos", explicou Occhi.
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Temer destaca "rapidez extraordinária" na solução para o Mais Médicos

O presidente Michel Temer destacou hoje (19), durante encontro com prefeitos, a "rapidez extraordinária" do governo federal em responder às demandas da população. Citando a resposta do Ministério da Saúde ao anúncio de que Cuba retirará seus profissionais do programa Mais Médicos, devido às exigências do presidente eleito Jair Bolsonaro, Temer elogiou as novas normas assinadas pelo ministro Gilberto Occhi na tarde desta segunda-feira.
"O caso dos médicos cubanos foi na semana passada – não passou uma semana, e o ministro Occhi vem tomar providência imediata. E não vai deixar desprovido nenhum município brasileiro, vocês verão que não haverá ausência. [As vagas serão preenchidas] por médicos brasileiros com CRM [Conselho Regional de Medicina] estrangeiro ou estrangeiros com CRMbrasileiro", afirmou.
Aplaudido e aos gritos de "Fica, Temer", o presidente defendeu também a união dos brasileiros em torno do "bem comum" após as eleições ocorridas há pouco menos de um mês. Diante de uma plateia de prefeitos durante evento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Temer ouviu elogios à sua administração e disse desejar que situação e oposição deixem as controvérsias de lado como respeito à força da "soberania popular" exercida pelo voto.
"Há, em toda atividade pública, dois momentos distintos: o político-eleitoral, em que você está antecedendo eleições, em que há contestações, contrariedades, divergências, até exageros muitas vezes – esse é o momento político-eleitoral. Mas, sequencialmente, quando se elege o presidente, os governadores e agentes públicos em geral, você passa para um outro momento: o político-administrativo, em que, segundo a Constituição Federal, todos devem unir-se em busca do bem comum, tanto situação quanto oposição", afirmou.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, destacou o reconhecimento do Congresso Nacional ao enfrentar pautas que buscam garantir o equilíbrio das finanças públicas nas cidades brasileiras. "Nem tudo que a gente queria andou, mas muita coisa boa passou", afirmou Aroldi. Ele destacou a mudança na legislação que ampliou o limite de valores para licitações.
Durante o evento, os prefeitos comemoraram também o avanço na tramitação de uma proposta de emenda à Constituição que estabelece o acréscimo de 1% no repasse ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O aumento do recursos, caso a proposta seja aprovada, ocorrerá nos meses de setembro de cada ano.
Presente ao evento, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi elogiado pelos municipalistas, por sua decisão de instalar de instalar a comissão especial destinada a debater a matéria, preparando caminho para que esta seja votada logo após o fim da intervenção federal na segurança do estado do rio de Janeiro. Enquanto durar a medida, o decreto de intervenção impede a votação de mudanças constitucionais.
"Precisamos de menos recursos concentrados no Orçamento público da União, e mais recursos livres para que os prefeitos e governadores possam implementar as políticas públicas que transformarão a vida da população", disse hoje o deputado, em sua conta no Twitter.
Aplaudido pelos municipalistas, Aroldi citou momentos da gestão Temer em que a pauta da entidade foi prioridade. Segundo ele, foram assumidas pelo presidente sete das dez propostas feitas pelos prefeitos durante a 21ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em maio deste ano.
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JORNAL OPÇÃO


“28% do atendimento em Goiás”, diz presidente da AGM sobre Mais Médicos

Por Elisama Ximenes

Kelson Vilarinho ressalta impacto financeiro da saída dos cubanos para as prefeituras
A saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos tem preocupado os prefeitos goianos. O presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), prefeito Kelson Vilarinho (PSD), disse ao Jornal Opção que 28% do atendimento em Goiás é realizado por cubanos e sua saída vai prejudicar tanto a saúde quanto as finanças dos municípios.
Segundo ele, financeiramente, o impacto vai ser grande. “Era para nós gastarmos cerca de 20% com saúde, já gastamos 30% e agora não se sabe quanto a mais teremos que pagar”, reclamou. Vilarinho destaca que os médicos brasileiros só querem trabalhar nos interiores se for para receber pelo menos R$ 30 mil, o que, para ele, é inviável para algumas cidades mais carentes.
“Quando a gente acha que vai melhorar, aparece mais uma situação para atrapalhar o município”, disse. Vilarinho ainda ressaltou que a equipe de transição de governo tem que discutir bem esse assunto e agir rápido. “Porque tem muito presidente que não sabe que faz”, completou.
A cidade que mais vai ser impactada no Estado pela saída dos cubanos é Valparaiso de Goiás, que contava com 14 médicos de Cuba nas unidades públicas de saúde. Em segundo lugar está Aparecida de Goiânia, com 10 e, em terceiro, Luziânia, com nove.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde se pronunciou: “Com o anúncio da saída de Cuba do programa, até o fim de dezembro, provavelmente, os profissionais devem deixar o município. Os desligamentos ocorrerão conforme cronograma que será definido pelo Ministério da Saúde. Por enquanto, os médicos continuam atendendo em sete Unidades Básicas de Saúde de Aparecida. Ainda segundo o Ministério da Saúde, novo edital será lançado o mais rápido possível, para substituição desses profissionais. Aparecida conta ainda com o Agendamento Municipal de Consultas, que atende a Rede Básica de Saúde e que, caso necessário, poderá ser utilizado pelos pacientes”.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação