ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
SAÚDE BUSINESS WEB
ANS concede portabilidade especial para beneficiários da Unimed Brasília
Considerando o grave risco à continuidade da assistência aos beneficiários da operadora Unimed Brasília, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a portabilidade especial de carências para os beneficiários da operadora.
A partir de quinta-feira, dia (18/04), os beneficiários da Unimed Brasília terão 60 dias para trocar de plano de saúde sem cumprir carência ou cobertura parcial temporária no plano novo.
A faixa de preço do plano de destino (representado pelo número de cifrões), para efeito de compatibilidade de planos, deve ser igual ou menor que o número de cifrões do plano de origem. As Resoluções Normativas RN nº 186/2009 e RN nº 252/2011 e Instrução Normativa IN nº 19/DIPRO/2009, que regulamentam a matéria, estabelecem faixas de preços. De acordo com a Agência, os preços variam de acordo com cada operadora e, portanto, não há como garantir o mesmo preço nos planos de origem e destino para efeito de utilização da regra de portabilidade de carências.
Para fazer a portabilidade especial do plano de saúde, o beneficiário deverá:
1) Consultar o Guia de Planos ANS para identificar planos de saúde compatíveis para fins de portabilidade especial de carências. Para o beneficiário identificar o plano compatível é necessário ter o número do produto, que também pode ser obtido com a sua operadora de origem.
2) Dirigir-se à operadora do plano de saúde escolhido levando o relatório de planos em tipo compatível (que deve ser impresso ao final da consulta em Guia de Planos ANS) e solicitar a proposta de adesão.
3) Apresentar os seguintes documentos na data da assinatura da proposta de adesão: cópia dos comprovantes de pagamento dos três últimos boletos vencidos ou cópia dos comprovantes de pagamento de pelo menos quatro boletos vencidos, referentes ao período de seis meses e, caso o plano de destino seja coletivo por adesão, levar cópia do comprovante de vínculo com a pessoa jurídica contratante.
4) Aguardar a resposta da operadora do plano de destino, que deverá ser dada em até 20 dias após a assinatura da proposta de adesão.
5) Se a operadora do plano de destino não responder no prazo acima, considera-se que ela aceitou a proposta com portabilidade de carências. Nesse caso, recomenda-se que seja feito contato para confirmar o ingresso na nova operadora e solicitar a carteira de identificação do plano.
6) O contrato do plano de destino entra em vigor 10 dias após o aceite da operadora.
7) Os beneficiários de planos anteriores à Lei 9.656 (contratados até 01/01/1999), bem como aqueles que estão com planos suspensos, deverão informar no Guia de Planos ANS o valor da mensalidade constante no boleto de pagamento para a identificação de planos compatíveis.
8) A portabilidade especial poderá ser feita mesmo para o beneficiário da Unimed Brasília que ainda esteja cumprindo carência. Neste caso, a carência restante será cumprida na nova operadora. (20/04/13)
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Artigo – A Segurança do Paciente nas mãos de quem cuida.
Não há mais o que questionar. A segurança do paciente é uma questão de preocupação de nível mundial. Os dados e prognósticos são alarmantes. Organismos e entidades internacionais estão chamando a atenção para esta realidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem liderado iniciativas que visam, em alguma medida, minimizar os efeitos descontrolados da insegurança no cenário da prestação de serviços de saúde em todo o mundo.
O Brasil também “acordou” para esta realidade e o Ministério da Saúde (MS) lançou em abril corrente o Programa Nacional de Segurança do Paciente, aplicável para todas as instituições de saúde brasileiras que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). O programa prevê ações que incluem a adoção de um conjunto de protocolos e a criação de núcleos de gerenciamento de risco nas instituições. Estamos atrasados, mas a iniciativa é extremamente positiva, na perspectiva em
que pode auxiliar as instituições na criação de alguma estrutura e definição de processos voltados para garantir algum nível de segurança nos cuidados prestados aos pacientes e, portanto, devemos nos engajar neste programa.
A equipe de enfermagem tem e continuará tendo um papel de destaque neste cenário de garantia de segurança ao paciente. São os profissionais de enfermagem que maior tempo dedicam e mais cuidados prestam aos pacientes no transcorrer de 24 horas de atividades em qualquer instituição de saúde. Sendo assim, temos um papel a exercer como agentes mais frequentes neste cenário que é o de controle e supervisão dos processos assistenciais. Não é por acaso que, na atualidade, os enfermeiros são a maioria dos profissionais que assumiram funções de gestores de qualidade e de segurança nas instituições que têm estruturas já estabelecidas para este fim.
De outra forma, esta condição também impõe maiores responsabilidades para os profissionais de enfermagem no desenvolvimento diário de suas tarefas. Mas, afinal, o que é segurança do paciente? A OMS define como a redução do risco de um dano desnecessário associado com o cuidado em saúde a um mínimo aceitávelhttp://who.int/patientsafety/implementation/taxonomy/icps). Para a Agência para a Pesquisa e Qualidade na Assistência à Saúde (Agency for Healthcare Research and Quality – AHRQ – EUA) (http://www.ahrq.gov/legacy/qual/) é, fundamentalmente, a ausência de injúrias evitáveis produzidas por cuidados médicos. É importante destacar que tanto na definição da OMS, que usa o termo desnecessário, quanto na definição da AHRQ, que usa o termo evitáveis, a insegurança está diretamente relacionada com a ocorrência de situações que escapam ao devido controle, domínio ou atenção do profissional ao executar o serviço ou prestar o cuidado.
Com base nesta constatação é que se justifica o título deste artigo. Embora os estudos apontem que cerca de 80% dos eventos adversos ocorrem em função de causas sistêmicas, não basta a existência ou estabelecimento de um conjunto de normativas, planos, protocolos, diretrizes ou outros recursos possíveis de natureza institucional, se, individualmente, cada profissional não assumir, como pessoal, uma consciência e ação para garantir a segurança do paciente. O profissional na execução direta de sua tarefa é o elo mais importante na cadeia assistencial. É, portanto, fundamental que o grande esforço e investimento de uma instituição e das lideranças de enfermagem sejam envidados na direção da criação e manutenção de uma cultura de segurança.
A gestão da segurança pressupõe a criação de uma cultura de segurança institucional. Segundo a AHRQ (2012), as organizações de alta confiabilidade mantem um comprometimento com a segurança em todos os níveis, dos profissionais de ponta até as lideranças e os executivos.
Sendo assim, vamos construir a forte cultura de que a segurança do paciente está de fato e de direito (inclusive legal) nas mãos de cada um de nós profissionais de saúde.
Concordam??
Heleno Costa Junior: enfermeiro especializado em Administração Hospitalar pela UERJ e em Acreditação Internacional pela Joint Commission International (EUA). Com cerca de 15 anos de experiência nas áreas de acreditação, qualidade e segurança em saúde, é Coordenador de Educação e Diretor de Relações Institucionais do Consórcio Brasileiro de Acreditação. (20/04/13)
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O POPULAR
Protesto
Médicos vão suspender atendimento a planos de saúde
São Paulo – Médicos em todo o País vão suspender o atendimento a pacientes com plano de saúde no dia 25, quando será organizado o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. A mobilização ocorre pelo terceiro ano consecutivo e conta com o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (FENM).
Na data, estão previstos protestos em diversos Estados contra o que a categoria chama de abusos praticados pelas operadoras na relação com médicos e com pacientes. O formato dos atos públicos (como caminhadas e concentrações) será definido em assembleias organizadas pelas comissões estaduais de honorários médicos, compostas pelas associações médicas, conselhos regionais de medicina, sindicatos médicos e sociedades estaduais de especialidades.
Entre os itens reivindicados pela categoria estão o reajuste de consultas e de procedimentos e o apoio ao projeto de lei que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos. (22/04/13)
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O HOJE
Coluna Xeque-Mate
Insalubridade
Auditores do Ipasgo estão perdendo a paciência e cobram incessantemente o pagamento da insalubridade e produtividade aprovado desde 2012. Segundo contam, os colaboradores da Secretaria Estadual de Saúde já recebem o benefício.
Alerta
No próximo dia 25, entidades médicas de todo o País organizam o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. Nesta data, diversos protestos deverão ocorrer nos Estados contra os abusos praticados pelas operadoras de planos de saúde na relação com médicos e pacientes. (22/04/13)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Artigo – Pelo direito à vida
RUI GILBERTO FERREIRA
O aborto é a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas. O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São várias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente, quer por indução. O aborto pode ser induzido com o recurso de um agente farmacológico, ou até pela introdução de um objeto pontiagudo até o útero, ou realizado por técnicas cirúrgicas, como a aspiração, dilatação e curetagem.
O aborto é espontâneo quando ele acontece sem que a mulher queira. O aborto induzido é um procedimento usado quando existem malformações congênitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, como o estupro, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher. É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor em nosso país. E é ilegal quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor.
Uma das principais causas alegadas para a descriminalização do aborto seria o número de mortes causadas pelo aborto clandestino. No ano passado a Organização das Nações Unidas (ONU) cobrou uma posição da presidente Dilma Rousseff, afirmando que cerca de 200 mil mulheres morrem anualmente no Brasil por causa do aborto. No entanto, o último ano a ter os seus números totalmente consolidados, 2010, revela que os óbitos de mulheres em idade fértil – por todas as causas – somam 66.323. Destes, os devidos a gravidez, parto ou aborto foram 1.162. Restringindo-nos apenas a aborto, temos 83 mortes. Isso mesmo, oitenta e três.
Podem argumentar que o aborto é clandestino, havendo portanto uma sub-notificação. Mas onde estão enterradas essas mulheres? Foram sepultadas sem um atestado de óbito? Não, em relação às mortes maternas o número de óbitos está bem registrado. E eles são altos, mas não se devem exclusivamente ao aborto. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, este número de 200 mil corresponde às curetagens realizadas no Brasil, lembrando que este procedimento não é feito apenas por causa de aborto.
Mas temos que considerar que, provavelmente, morrem mesmo centenas de milhares de mulheres (e outro tanto de homens) por aborto a cada ano. Morrem antes mesmo de nascer, abortadas. E deixam em suas mães as marcas físicas e psicológicas de ter realizado um aborto – seja ele clandestino ou não. Este é o verdadeiro problema de saúde pública a ser enfrentado.
Por isso, a Associação Médica de Goiás (AMG) faz coro à decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e se posiciona contra a descriminalização do aborto. Defendemos os direitos da mulher, mas sem deixar de lado o direito de seus filhos. Vários estudos comprovam que o que realmente reduz o número abortos é o acesso livre e fácil a métodos anticoncepcionais. E este é um dos papéis do governo, que deveria fornecer estes e outros meios para uma cidadania plena, para uma saúde satisfatória, mas não o faz porque o bem estar da população não está entre as prioridades. Quer dizer, apenas o bem estar de uma pequena parcela da população, da qual as próprias autoridades fazem parte, está entre as prioridades.
(Rui Gilberto Ferreira, presidente da Associação Médica de Goiás) 21/04/13
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Unimed Goiânia investe na qualidade do atendimento
Cooperativa iniciará construção de Centro de Diagnóstico, está descentralizando atendimento, promovendo reestruturações e reformas para garantir qualidade e satisfação de beneficiários, cooperados e colaboradores
Com uma gestão voltada para a transparência e responsabilidade social, a Unimed Goiânia adota, como princípios essenciais: desenvolvimento sustentável da sociedade, preservação dos recursos ambientais e culturais e respeito à diversidade, reforçando sua identidade de Cooperativa cidadã.
Extrapolando o conceito empresarial comum, a Unimed Goiânia possui atendimento médico-hospitalar-laboratorial personalizado e humanizado, reforçado por sua Rede de Recursos e Serviços Próprios, integrada por várias unidades de saúde: Laboratório; Serviço de Pronto-Atendimento; Serviço de Queimados; Quimioterapia; Centro de Vacinação; Medicina Ocupacional e SOS Unimed (remoção e transporte de pacientes por vias terrestre e aérea), Programas de Atenção à Saúde (Medicina Preventiva); Clínica de Psicologia e Atendimento Domiciliar (UniDomiciliar), dentre outros recursos e serviços.
Investimentos e descentralização
Para atender a demanda crescente, a Unimed Goiânia iniciará a construção de seu Centro de Diagnósticos, adquiriu uma área na Avenida Tocantins para ampliação do SAU I e está promovendo a descentralização do atendimento para garantir o conforto de cooperados, beneficiários e colaboradores.
Por ser referência em assistência à saúde, a Cooperativa atende, além dos seus 320 mil beneficiários, outros 30 mil beneficiários de Unimeds de outras regiões de Goiás e do País. Essa é uma das razões pelas quais está havendo a descentralização. Clientes do intercâmbio (beneficiários de Unimeds de outras regiões do País) não são mais atendidos na sede administrativa e foram transferidos para outra unidade, situada no Jardim América.
Os beneficiários também estão sendo comunicados de que podem obter o mesmo atendimento de urgência e emergência na rede credenciada e não apenas no SAU I.
Com essa medida de descentralização, o fluxo de pessoas já diminuiu, tornando a recepção mais confortável e silenciosa; melhorou a agilidade e o tempo de atendimento e a comunicação entre atendentes e clientes, com a possibilidade de um atendimento personalizado.
Todo o primeiro andar do SAU I está sendo redimensionado com a transferência do Laboratório Central Unimed para outra unidade da Cooperativa, na Avenida Mutirão. Esse projeto está em fase final de aprovação na Prefeitura de Goiânia. O início do funcionamento está previsto para este ano e serão criados mais três postos de coleta.
Com mais espaço, será possível melhorar o atendimento da Pediatria, ampliando o número de consultórios médicos e leitos de observação. Já o Serviço de Queimaduras permanecerá no mesmo andar, junto com um posto de coleta de exames de urgência.
O térreo do SAU I, anteriormente reformado, terá obras de manutenção e pintura, reestruturação dos banheiros, mudança da fachada e construção do abrigo de resíduos recicláveis (papelão, vidro, plástico).
Centro Clínico
O Centro Clínico também terá modificações estruturais em todos os andares para aumentar o número de consultórios médicos e incluir novas especialidades. O setor administrativo, de arquivo e a central de marcação de consultas serão transferidos para o 4 º andar, abrindo mais espaço para o atendimento médico.
Programa de Atenção à Saúde Medicina Preventiva que faz a diferença
Um dos principais diferenciais da Cooperativa é o Programa de Atenção à Saúde (PAS) que teve início em 2003, quando se verificou a necessidade de oferecer aos beneficiários diversos programas e ações visando estimular, melhorar ou manter o seu estado de saúde e sua qualidade de vida.
Entre essas atividades estão o Programa de Reeducação Alimentar para Adultos acima do peso; Grupo de Alimentação Saudável; Programa de Apoio à Gestante e ao Recém-nascido; Preparação Física para o Parto Normal; Caminhadas monitoradas; Programa de apoio ao paciente hipertenso e/ou diabético; Grupo da Melhor Idade; palestras e seminários sobre saúde.
Por investir na qualidade da gestão e do atendimento, a Unimed Goiânia é bem avaliada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e faz questão de cumprir todas as suas exigências para dar segurança aos seus beneficiários. No Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), a Cooperativa atingiu 0,79 na pontuação, próxima da faixa mais alta de 0,80 a 1,00.
Campanhas de saúde permanentes, como a de incentivo para realização da mamografia para mulheres acima dos 40 anos, são exemplos de ações que melhoram cada vez mais a pontuação da Cooperativa no IDSS, uma ferramenta utilizada pela ANS para avaliar a qualidade das operadoras de planos de saúde anualmente. E o PAS é um programa igualmente importante para isso. Essa avaliação se baseia em indicadores que estão distribuídos em quatro dimensões, nas quais a Unimed Goiânia encontra-se bem avaliada:
– Qualidade da Atenção à Saúde: cuidado com a saúde daqueles que contratam planos de saúde; Qualidade Econômico-Financeira: eficiência e equilíbrio da gestão da receita e despesa dos recursos financeiros; Qualidade de Estrutura e Operação: operação dos meios e estruturas necessárias à prestação dos serviços de saúde; Satisfação dos Beneficiários: aceitação e aprovação dos serviços prestados por parte daqueles que contratam planos de saúde.
No campo da Responsabilidade Social, podem ser destacadas ações como o desenvolvimento do Projeto Creche que assiste mais de 500 crianças; o Programa Menores Aprendizes que oferece o primeiro emprego para jovens da comunidade; o Programa de Admissão de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, entre outros. Com isso, a Cooperativa reforça o compromisso de fazer emergir, no cenário atual, efeitos concretos que resultem num saldo positivo para todos os envolvidos.
O Selo Unimed de Responsabilidade Social, concedido para as cooperativas do Sistema Nacional Unimed que se destacam pela ética e compromisso com a cidadania, foi conquistado outra vez em 2012. (21/04/13)
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Transplante inédito cura menina com talassemia
FERNANDA BASSETTE
Maria Vitória, de 6 anos, está curada da talassemia. A menina foi submetida a um transplante de medula óssea e de sangue de cordão umbilical doados pela sua irmã, Maria Clara, de 1 ano, que nasceu após ter sido geneticamente selecionada por não ter o gene da talassemia e ser 100% compatível com a irmã mais velha – procedimento inédito no Brasil.
Maria Vitória sofria de talassemia major, uma doença crônica e grave que acontece quando a medula óssea produz menos glóbulos vermelhos e, consequentemente, não consegue fabricar sangue na frequência necessária. Por isso, ela recebia transfusões de sangue a cada três semanas e tomava remédios diariamente para controlar a quantidade de ferro no corpo. Depois de procurar mais de 30 médicos em busca de uma solução para a doença da filha, os pais de Maria Vitória – Jênyce Reginato da Cunha e Eduardo da Cunha – decidiram passar pela fertilização in vitro para selecionar um embrião que pudesse ajudar na cura de Maria Vitória.
Na prática, funcionou assim: a fertilização resultou em dez embriões, que tiveram suas células analisadas. Desses, dois eram saudáveis e totalmente compatíveis com a menina. Eles foram implantados no útero de Jênyce, mas apenas um sobreviveu. Foi aí que nasceu Maria Clara, em fevereiro do ano passado.
No parto, os médicos colheram as células do cordão umbilical de Maria Clara. Como a quantidade não era suficiente para o transplante, foi necessário esperar que o bebê completasse 1 ano para coletar um número maior de células da medula ósseas. Maria Vitória foi internada em meados do mês de março no Hospital Sírio-Libanês para dar início ao condicionamento: recebeu altas doses de quimioterapia para destruir as células da sua medula óssea e deixar o sistema imunológico zerado. No dia 18, Maria Clara foi submetida à coleta das células da medula óssea. Em seguida, essas células foram infundidas em Maria Vitória: primeiro as do sangue do cordão e, depois, as da medula óssea da irmã.
Espera
Segundo o hematologista Vanderson Rocha, responsável pelo transplante, durante os 15 primeiros dias a medula de Maria Vitória continuava zerada. Essa foi a fase mais crítica, pois o corpo não produzia nenhuma defesa e a menina ainda precisava receber transfusões. Depois desse período, a medula óssea da criança voltou a fabricar as células e, desde então, ela não precisou mais receber transfusões de sangue. 'Ela voltou a produzir células como uma pessoa normal. Ela tem uma medula nova. O resultado é muito bom e podemos considerar que a Maria Vitória está curada', diz Rocha.
Rocha pondera que os riscos de complicações pós-transplante existem, mas são muito baixos. 'Acontece em menos de 5% dos casos. Ainda assim, o transplante é a melhor opção. A Maria Vitória estava começando a ter problemas no fígado por conta do ferro', afirmou, acrescentando que há cerca de cem casos de transplantes registrados na Europa para curar talassemia, todos com sucesso.
Cláudia Veloso, vice-presidente da Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta), diz que o resultado desse transplante é uma esperança para a cura e deve encorajar outros pais a procurarem o procedimento. 'Existe uma ansiedade dos pais porque para muitos, até então, a cura era impossível.' Estima-se que existam pelo menos 500 pessoas com o problema no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (20/04/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação