CLIPPING SINDHOESG 20 A 22/05/17

22 de maio de 2017

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Famílias de dois idosos pedem tratamento adequado na rede pública, em Goiânia
Pacientes reclamam da demora no atendimento em Cais de Goiânia
Editorial – A dor de uma fila no SUS
Odisseia para chegar à cirurgia
Indústria de produtos para saúde quer expor pagamento a médicos
Cinco anos após entrar em vigor, testamento vital não é utilizado
SES deverá fornecer medicamento a criança portadora da deficiência do hormônio do crescimento
Maconha é oficialmente reconhecida como remédio

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Famílias de dois idosos pedem tratamento adequado na rede pública, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/familias-de-dois-idosos-pedem-tratamento-adequado-na-rede-publica-em-goiania/5885454/

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Pacientes reclamam da demora no atendimento em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/pacientes-reclamam-da-demora-no-atendimento-em-cais-de-goiania/5885450/

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O POPULAR

Editorial – A dor de uma fila no SUS

Contratempos no sistema de classificação da gravidade de casos de pacientes ortopédicos, cuja oscilação da fratura oscila entre baixa ou média complexidade, têm obrigado pessoas a esperar meses por uma cirurgia com ossos quebrados, enfrentando dores e limitações motoras. A denúncia é reportagem principal desta edição. A questão toda gira em designar estes casos como eletivos, ou seja, quando não há risco de vida, mas a pessoa, ainda sim, padece de severas limitações. Pior: afila para interferência eletivas em Goiânia é gigante.
A Superintendência de Regulação e Políticas Públicas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, a quem cabe dirimir o problema, informou que um médico deve fazer uma nova Autorização de Internação Hospitalar (AIH) para o paciente eletivo que deve ser incluída no sistema de urgência. Porém, há dificuldade para cirurgias ortopédicas, de ombro e coluna, em especial, além da superlotação na regulação municipal de Goiânia. A capital tem hoje cerca de 4,5 milhões de cartões do SUS e recebe pacientes de dezenas de outro municípios pactuados.
Um que pesem as razões, urge uma solução para que mais goianos sejam submetidos ao quase sadismo de esperar socorro médico com dor.
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Odisseia para chegar à cirurgia

SUS Pacientes com fraturas dependem de longas filas para marcarem procedimento e esbarram até mesmo em erros no encaminhamento. Enquanto isso, muitos não conseguem retomar rotina

Quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS), sofre uma fratura de baixa ou média complexidade e precisa realizar uma cirurgia no membro atingido pode ter duas opções: esperar meses, quem sabe mais de um ano, para conseguir a operação ou se sacrificar financeiramente e pagar a intervenção em um hospital particular. Isso porque a regulação do SUS classifica esse paciente no sistema de espera por cirurgias eletivas, ou seja, em que não há risco de vida, e a fila de eletivos na Saúde municipal de Goiânia é bastante extensa.
Com um membro fraturado, esses pacientes têm que conviver com limitações motoras e às vezes dor. na espera incerta pelo fim do tratamento. O problema é sistêmico e é reconhecido por médicos, gestores, assistentes sociais e enfermeiros. "Os eletivos sofrem", define um enfermeiro do Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof) ouvido pela reportagem. Aliás, variações da palavra sofrimento foram ouvidas mais de uma vez durante a apuração da matéria.
O pedreiro José A vil mar Gonçalves dos Santos, de 53 anos. não consegue trabalhar há quatro anos. desde quando sofreu um acidente de trabalho e fraturou a coluna. Ele chegou a fazer uma primeira cirurgia no local, mas aguarda uma segunda operação desde julho do ano passado. Nesse tempo. Avilmar teve problema de cicatrização da primeira intervenção, o que causou uma contaminação, com suspeita de osteomielite, que é uma infecção grave dos ossos. "Ele troca de camiseta, às vezes, duas vezes por dia porque molha muito compus", conta a irmã do paciente, a aposentado
Ana Barbosa Veloso, de 68 anos.
José Avilmar chegou a ser encaminhado duas vezes para um hospital para ser operado, mas o médico responsável negou o pedido por conta do quadro infeccioso. Após consulta no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), a infectologista Marianna Tassara pediu urgência no tratamento e cirurgia do pedreiro. No entanto, o caso ainda segue como pedido de cirurgia eletiva no sistema do SUS.
A Superintendência de Regulação e Políticas Públicas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, em casos como o de Avilmar, um média) deve fazer uma nova Autorização de Internação Hospitalar (AIH) para o paciente eletivo que deve ser incluída no sistema de urgência. Além disso, o superintendente de Regulação, o médico Glaydson Jerônimo reconhece que há dificuldade para encontrar algumas especialidades no sistema de Goiânia atualmente. No caso da ortopedia. as áreas rei acionadas à coluna e ombro seriam as mais delicadas nesse sentido.
Jerônimo também reconhece que há uma superlotação na regulação municipal de Goiânia. A capital tem hoje cerca de 4.5 milhões de cartões do SUS e recebe pacientes de dezenas de municípios pactuados, segundo o superintendente. "Goiânia não pode continuar vendendo um serviço que ela não tem condições de atender", diz o médico, que defende uma repactuação da Saúde no Estado.
A situação fica ainda mais frustrante para o paciente quando ele consegue finalmente a concorrida vaga da cirurgia, mas ao dar entrada no hospital, descobre que o seu caso não pode ser atendido e ele retoma para a fila. O superintendente Glaydson diz que esse tipo de situação costuma acontecer por conta de erros na descrição do paciente na AIH, permitindo que ele seja enviado a clínicas que não são apropriadas ao seu caso. "A Regulação vê um pedaço de papel ou um computador, ela não vê o paciente. Um erro, muitas vezes, está na unidade solicitante primária e não na regulação", de fende o médico.
Atraso pode causar complicações
Além da espera, da incapacitação e, em alguns casos, da dor, a demora para cirurgias eletivas em pacientes com fratura pode resultar em maior complicação médica. A imobilização pré-operatória, por exemplo, que deveria ser de um tempo mais breve, quando prolongada pode evoluir para uma rigidez articular, explica o ortopedista Francisco Macruz Sampaio. "Quanto mais cedo liberar o movimento, menor a chance disso ocorrer", explica o médico.
As complicações pela demora também podem aparecer no momento da cirurgia. Quando a fratura é selada e o osso se reconstitui de maneira disforme, pode ser necessária a realização de uma osteotomia, que é quando o osso é "quebrado" novamente para ser corrigido. "Quanto mais complexa a fratura, maior a exigência técnica. Nem todos os hospitais têm condições (de realizar essas cirurgias)". revela o ortopedista.
A doméstica Maria Andreza Almeida Moura, de 28 anos. viveu situação semelhante. Ela sofreu um acidente de trânsito na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia, em outubro do ano passado, quando quebrou o úmero, osso mais longo do braço. Depois de esperar pela cirurgia de emergência por 30 dias, seu pedido pela operação se tomou eletivo, ou seja. em que o sistema de regulação considera que o paciente não corre risco de vida.
A cirurgia de Andreza foi autorizada, finalmente, em abril deste ano. No entanto, ao chegar no hospital Vi tia. antigo Santa Lúcia, para agendar a operação, a doméstica descobriu que tinha que voltar para a fila de espera. já que a fratura era antiga e o caso foi considerado avançado para a estrutura do hospital, que só atenderia cirurgias de baixa complexidade. A administração do Vitta informou à reportagem que situações desse tipo são recorrentes, e acontecem pela falta de informações detalhadas no prontuário dos pacientes.
Sem perspectiva de uma nova data para a operação, Andreza aguarda respostas com uma tala imobilizadora no braço fraturado. "Até hoje estou com dor no braço. Para deitar é difícil", lamenta a doméstica. "Meu marido até perdeu o emprego por ficar andando para cima e para baixo comigo".
PIORA
Em casos mais graves, segundo Francisco Macruz, a imobilização prolongada do membro fraturado pode provocar tromboses, como a venosa, que é um coágulo sanguíneo em veias profundas, normalmente em membros inferiores, podendo chegar ao tromboembolismo, que é quando parte desse coágulo entra na circulação e atinge o pulmão.
Família apela para empréstimo
O autônomo Darlan Ferreira Ramos, de 35 anos, Linha acabado de chegar de Inhumas, onde cursa Tecnologia da Informação, no final da manhã de uma segunda-feira, quando foi surpreendido por um cachorro na rua. Ele estava de moto e a queda, ao atropelar o animal, o deixou com escoriações e uma fratura no úmero, osso mais longo do braço, do lado direito. O que poderia ser apenas um incômodo temporário se revelou uma jornada de quase um mês em buscada cirurgia para sanar o traumatismo.
Darlan foi primeiramente atendido na urgência da cidade onde aconteceu o acidente, Nerópolis, foi encaminhado para Goiânia, depois para outra unidade e reencaminhado para o município de origem. (veja quadro) A mãe de Darlan, a costureira Cleusa Ramos, de 51 anos, ficou conhecida na Secretaria de Saúde de Nerópolis por conta de suas visitas constantes em busca da cirurgia. Ela foi até em um café da manhã do prefeito com enfermeiros para reivindicar a operação. Sem esperanças após encontrar novos obstáculos além da fila por cirurgia e consciente que a demora agravaria a situação de Darlan, a família pegou dinheiro emprestado para pagar a operação.
RESPOSTAS
O Hospital das Clínicas foi procurada na tarde de sexta-feira e informou que só poderia justificar a devolução do paciente Darlan hoje. O Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof) não realiza cirurgias, mas a direção da unidade revelou que é recorrente receber pacientes de outras unidades que precisam do pro-cedimento.
A Superintendência de Regulação e Políticas Públicas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia diz. que erros na solicitação de cirurgia das unidades de saúde provocam um grande volume de devolução de pacientes.
Enquanto isso, funcionários responsáveis pela regulação das unidades dizem desconhecer inteiramente o funcionamento interno do "sistema de espera" por cirurgias. "A gente não tem reunião com a regulação. Parece ser outro mundo", conta à reportagem uma assistente social de uma unidade. Já na ponta final do sistema, hospitais também reclamam da falta de detalhes no prontuário do paciente.
O superintendente de Regulação. Glaydson Jerônimo, garante que uma regulação mais informatizada está sendo planejada. o que poderá ajudar a diminuir a quantidade desse tipo de cito.
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FOLHA DE S.PAULO
Indústria de produtos para saúde quer expor pagamento a médicos
CLÁUDIA COLLUCCI

Dois anos e quatro meses após a máfia das próteses, que expôs uma relação espúria entre médicos e empresas pelo uso de materiais em cirurgias, a associação das indústrias de produtos para a saúde decidiu defender uma lei de transparência parecida com a dos Estados Unidos.
Pela legislação americana, ( Sunshine Act ), as farmacêuticas e indústrias de dispositivos médicos são obrigadas a reportar anualmente ao governo federal todo pagamento feito a médicos com viagens, jantares, palestras, consultorias, entre outros.
Depois de consolidados, os dados se tornam públicos, em um site do governo. Qualquer pessoa pode saber que tipo de relação financeira um médico tem com as indústrias e quanto recebeu delas. No Brasil, um grupo de senadores manifestou interesse de transformar a ideia em um projeto de lei neste ano.
A discussão sobre a relação entre profissionais e empresas da saúde ganhou corpo com a máfia das próteses, investigada há dois anos pela Polícia Federal, que apontou um esquema de corrupção para superfaturar a compras de materiais médicos. Houve pagamento a médicos pelo uso de materiais até em cirurgias desnecessárias.
A transparência nessa relação foi discutida na terça (15) pelo setor de saúde na Feira Hospitalar, em São Paulo.
Fabricio Campolina, presidente do conselho de administração da Abimed (associação das indústrias de produtos para a saúde), defende uma legislação como a americana, mas diz que esse processo será longo e custoso. Nos EUA, levou três anos.
Campolina diz que a interação médico-indústria é necessária ao avanço das melhores práticas e ao uso seguro das tecnologias médicas.
Existem situações em que a falta de transparência desvirtua esses relacionamentos. Somos a favor que uma maior transparência não se limite à indústria, mas que seja amplificada para outros elos da cadeia da saúde.
Carlos Vital Tavares Lima, presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), diz ser importante uma lei de transparência específica para a indústria e os profissionais de saúde, mas afirma que apenas isso não será suficiente.
Precisamos ir além das leis, normas. Precisamos de parcerias, de compliance [fiscalização e prevenção contra irregularidades internas].
Para ele, a maioria dos mais de 450 mil médicos brasileiros é coerente com princípios éticos, mas, como em toda classe, há quem fuja à regra. A lei é instrumento fundamental para esse controle.
Paulo ChapChap, presidente do Hospital Sírio-Libanês (SP), afirma que ali já são adotados meios para evitar más práticas, entre eles a obrigação de o médico declarar a relação que tem com a indústria e o que ela envolve. Declaram de quem recebem, não quanto recebem.
Ele defende, por questão de segurança, que uma lei nacional siga esse caminho, sem tornar públicos os valores.
Solange Mendes, presidente da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), diz que o setor incentiva a formalização de um projeto de lei de transparência, mas que são necessárias também outras iniciativas.
Segundo Renato Capanema, do Ministério da Transparência, o objetivo de uma lei de transparência não é demonizar a relação entre o médico e a indústria. Não podemos pensar essa lei como forma de limitar essa interação. Mas o paciente tem direito de saber como ela ocorre para tomar a melhor decisão sobre seu tratamento.
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Cinco anos após entrar em vigor, testamento vital não é utilizado
CLÁUDIA COLLUCCI E PHILLIPPE WATANABE

Cinco anos após ser regulamentado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), o testamento vital, documento por meio do qual a pessoa se manifesta sobre quais tratamentos não quer se submeter no final de vida, não é aplicado na rotina dos hospitais.
As instituições e os médicos alegam que, por falta de legislação específica, há uma insegurança jurídica.
Eles temem ser processados por familiares do paciente que, muitas vezes, insistem para que se faça de tudo para salvar a vida do doente, mesmo quando não há mais possibilidade de sobrevida e o paciente não queira mais.
Na semana passada, a Fehosp (federação dos hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de saúde) entregou ofício ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, pedindo a elaboração de projeto de lei regulamentando as diretrizes antecipadas de vontade do paciente.
O ofício da Fehosp também foi enviado aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, e aos membros da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
A falta de uma lei tem causado uma série de problemas no dia a dia. Muitos médicos não sabem como proceder diante de um pedido do doente para que não seja submetido a procedimentos dolorosos e invasivos em sua hora final , diz Yussif Ali Mere Junior, presidente da Fehosp.
Segundo ele, embora o avanço da medicina e a incorporação de novas tecnologias devam servir para propiciar cura e qualidade de vida, muitas vezes estão apenas prolongando a dor e o sofrimento do paciente terminal.
Para Douglas Crispim, secretario da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, não haveria necessidade de lei federal se os hospitais tivessem equipes de cuidados paliativos treinadas não apenas para cuidar dos doentes sem chances de cura, manejando a dor e outros sintomas, como para acolher e orientar seus familiares.
Em hospitais onde existem equipes preparadas, o testamento vital é respeitado. Muitas vezes, o desejo do paciente não é atendido por desinformação da equipe.
Ele diz que um cenário ainda pior do que as intervenções desnecessárias é o médico respeitar o desejo do paciente de não ser entubado, por exemplo, mas deixá-lo com falta de ar por não ter a capacidade técnica de manejar os sintomas fora da UTI.
DIÁLOGO
A geriatra Ana Claudia Arantes, especialista em cuidado paliativos, ajuda pacientes a elaborar testamentos vitais há dez anos, cinco anos antes de o tema ser regulamentado pelo CFM.
Já fui alertada por colegas de que advogados dos hospitais dizem que essa é uma prática que pode trazer riscos. Risco é não conversar sobre isso. Eu nunca tive problemas. A conversa com o paciente tem que incluir o familiar , diz ela.
Quando existe um conflito na família, o diálogo com quem é contra também é necessário. Ninguém é contrário ao alívio do sofrimento. O familiar tem a fantasia de que é possível fazer tudo. Mas precisamos saber o que é tudo para ela.
Segundo Ana, os médicos, em geral, não têm formação para conversar sobre morte com o seu paciente. É um procedimento de alta complexidade. Nosso trabalho de paliativista envolve saber o que é valor para o paciente, o que ele quer fazer com o tempo que tem.
Para ela, o medo de ser processado é também uma forma de o médico evitar o desconforto de falar sobre morte. Desconheço casos de médicos processados por respeitar a vontade do doente no final de vida. Porém, muitos médicos deveriam ter medo de ser processados por tortura, por causar sofrimento ao paciente.
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DIÁRIO DA MANHÃ

SES deverá fornecer medicamento a criança portadora da deficiência do hormônio do crescimento
Mãe da criança afirmou que o medicamento é de alto custo e que não possui condição financeira para arcar com a compra do remédio, que custa R$ 1,5 mil mensais
TJ-GO
A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás deverá fornecer, no prazo de cinco dias, o medicamento Somatropina (12) a uma criança, que sofre de síndrome nefrótica e é portadora da deficiência do Hormônio do Crescimento, denominada Hipopituitarismo. Após buscar insistentemente a medicação, a criança teve o tratamento negado pela Secretaria de Saúde. A decisão, unânime, é da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), tendo como relator o juiz substituto em 2º grau, Delintro Belo de Almeida Filho.
De acordo com o processo, a criança é portadora de síndrome nefrótica, necessitando do uso contínuo da medicação. Ao ser submetida a exames médicos, foi constatada que, embora, ela tenha 12 anos de idade, sua estatura é equivalente apenas a uma criança de 8 anos. Consta, que a responsável pela menor foi por diversas vezes à Secretaria Estadual de Saúde e à Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, tendo por objetivo resguardar o direito da criança, porém o pedido foi negado.
Durante o processo, a mãe da criança afirmou que o medicamento é de alto custo e que, portanto, não possui condição financeira para arcar com a compra do remédio, uma vez que recebe apenas R$ 894,30 por mês e o remédio sai por R$ 1,5 mil mensais.
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Maconha é oficialmente reconhecida como remédio
Anvisa inclui Cannabis sativa em relação de plantas medicinais. Medida não autoriza uso ou plantação da substância

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a inclusão da Cannabis sativa L., nome científico da maconha, em sua relação de plantas medicinais. A medida faz parte da atualização da lista das Denominações Comuns Brasileiras (DCB), que incluiu 19 novas substâncias entre produtos biológicos, princípios ativos, excipientes e plantas de interesse da indústria farmacêutica.
Segundo a agência reguladora, a inclusão não altera as regras para importação de medicamentos com canabidiol (CBD) ou outros extratos da maconha. A medida também não é uma autorização ou reconhecimento do cultivo da Cannabis como planta medicinal. Isso porque a DCB é uma lista de nomes oficiais para todas as substâncias que são ou podem vir a ser de interesse da indústria farmacêutica no Brasil.
No Brasil, o medicamento com Cannabis em sua fórmula é o Mevatyl, que contém substâncias extraídas da Cannabis, mas não a planta em si. Ou seja, o Mevatyl é obtido a partir de extratos isolados da Cannabis. A planta não estava na lista DCB ainda. No início deste ano, a Anvisa concedeu o registro para o medicamento no país. O produto é indicado para o tratamento de adultos que tenham espasmos relacionados à esclerose múltipla.A lista é um catálogo que define os nomes oficiais de uma série de substâncias para que a Anvisa e os fabricantes de medicamentos falem a mesma língua. Se um fabricante, por exemplo, pedir o registro de um medicamento, as substâncias precisam aparecer na lista para que o fabricante faça o pedido e a Anvisa inicie a análise, independentemente do resultado. Ou seja, qualquer processo só começa a ser analisado se a substância já constar na lista.
Extratos da Cannabis
Em janeiro de 2015 a Anvisa retirou o canabidiol da lista de substâncias proibidas e autorizou a importação excepcional de uma lista restrita de medicamentos feitos com o CBD. Em março de 2016, foi a vez do tetrahidrocanabinol (THC) ser autorizado. Em novembro do mesmo ano, a agência reguladora ampliou de quatro para 11 os produtos derivados de canabinóides com importação excepcional por pessoa física.
Importação
Para a compra de outros medicamentos à base de maconha, a Anvisa tem o seguinte procedimento: primeiramente, o paciente preenche um formulário contendo os dados do paciente, o sintoma a ser tratado e o nome do produto. O documento passará por avaliação, e se o pedido for aprovado, a importação pode ser feita por bagagem acompanhada, por remessa expressa ou por registro do licenciamento de importação.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação