Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20 A 22/07/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

TV ANHANGUERA (clique no link para conferir a matéria)

Programa "Mais Médicos" traz esperança de melhorias na saúde em cidades do interior, em GO
http://g1.globo.com/videos/goias/bom-dia-go/t/edicoes/v/programa-mais-medicos-traz-esperanca-de-melhorias-na-saude-em-cidades-do-interior-em-go/2706705/ (22/07/13)

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Médicos e farmacêuticos debatem polêmica sobre prescrição de remédios, em Goiânia
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/medicos-e-farmaceuticos-debatem-polemica-sobre-prescricao-de-remedios-em-goiania/2707353/
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SAÚDE BUSINESS WEB

CFM pede suspensão do Programa Mais Médicos na Justiça

Ação civil pede que os CRMs não sejam obrigados a fazer o registro dos médicos estrangeiros que aderirem ao programa sem comprovar revalidação dos diplomas emitidos no exterior e o Celpe-Bras

Após anunciar a saída de câmaras e comissões técnicas do governo, o Conselho Federal de Medicina (CFMs) informou que também entrou com uma ação civil pública contra a União, representada pelos ministérios da Saúde e da Educação, para suspender o Programa Mais Médicos. Segundo o conselho, a ação foi proposta na noite de sexta-feira (19), tem 20 páginas e traz argumentos sobre três pontos específicos do anúncio do governo. A entidade garantiu que outras ações serão apresentadas na Justiça nos próximos dias.
A ação civil proposta pelo CFM pede que os conselhos regionais de Medicina (CRM) não sejam obrigados a fazer o registro dos médicos estrangeiros que aderirem ao programa sem comprovar documentalmente a revalidação dos diplomas emitidos por universidades do exterior e o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) até que a questão seja analisada pelo Judiciário. O CFM também argumenta, na ação, que o Mais Médicos fará com que haja duas categorias de profissionais da área no país: uma que poderá exercer a medicina livremente em todo o território nacional e outra composta pelos inscritos no programa, que terão o seu exercício profissional limitado a certa região.
“A ação não é contra a presença de médicos estrangeiros em território brasileiro, mas pelo cumprimento da exigência legal de que demonstrem efetivamente sua capacidade técnica para o exercício da profissão médica, nos termos do arcabouço legislativo já existente”, informou a entidade.
Criado no dia 9 de julho por meio de uma medida provisória, o Mais Médicos prevê a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar nas periferias e no interior do país e estágio obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para alunos que entrarem no curso de medicina a partir de 2015. Apesar do anúncio da saída das entidades médicas das câmaras e comissões técnicas do governo nas áreas de saúde e educação, o Ministério da Saúde informou, na última sexta-feira, que sempre esteve e continua aberto ao debate.
Quando o programa foi lançado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a intenção do governo é trazer médicos de fora apenas se as vagas oferecidas não forem preenchidas por médicos brasileiros, Segundo ele, a não exigência do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida) é para evitar a concorrência dos médicos estrangeiros incluídos no Mais Médicos com os brasileiros, na medida em que, se tivessem o diploma validado, poderiam trabalhar onde quisessem e não apenas com autorização exclusiva para atuar na periferia das grandes cidades e em municípios do interior. (22/07/13)
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ANS limita reajuste de planos individuais em 9,04%

Percentual representa o teto válido entre maio de 2013 e abril de 2014, e deve valer para cerca de 8,4 milhões de beneficiários, ou 17,6% dos consumidores no País

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta segunda-feira (22) o limite de 9,04% para o índice de reajuste de planos de saúde individuais ou familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. O percentual, aprovado pelo Ministério da Fazenda, é o teto válido para o período entre maio de 2013 e abril de 2014 para cerca de 8,4 milhões de beneficiários, ou 17,6% dos consumidores de planos no País.
A metodologia aplicada pela ANS para definição do índice máximo, a mesma desde 2001, considera a média dos percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras aos planos coletivos com mais de 30 beneficiários. Em 2013, foi considerado também o impacto de fatores externos, como a utilização dos 60 novos procedimentos incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde ao longo de 2012, entre outros.
Entre as inclusões estão as cirurgias por vídeo, método menos invasivos que, em geral, propiciam a recuperação mais rápida do paciente. Entre elas a cirurgia de redução de estômago. Foi incluída ainda a administração de medicamentos imunobiológicos para o tratamento de doenças crônicas, como a artrite reumatoide e a doença de Crohn.
O gráfico abaixo mostra o comportamento do reajuste anual dos planos individuais frente ao rendimento médio recebido pelos trabalhadores nas seis regiões metropolitanas do Brasil (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). A ANS apurou a média destas seis regiões nos 12 meses referentes ao período de apuração do reajuste de planos individuais. Os dados mostram que o rendimento mensal do trabalho vem crescendo acima dos índices de reajuste autorizados pela ANS.
A ANS atenta que, na aplicação do percentual, os beneficiários devem ficar atentos aos boletos de pagamento e observar se o percentual de reajuste aplicado é igual ou inferior ao definido pela ANS, e se a cobrança com o índice de reajuste está sendo feita a partir do mês de aniversário do contrato.
Em caso de dúvidas ou denúncias, a ANS recomenda ao consumidor entrar em contato por meio do Disque ANS (0800 701 9656), pela Central de Atendimento ao Consumidor (www.ans.gov.br) ou em um dos 12 núcleos da agência no País.
Entenda
O índice de reajuste autorizado pela ANS pode ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato. É permitida a cobrança de valor retroativo caso a defasagem entre a aplicação e a data de aniversário seja de, no máximo, quatro meses.
Deverão constar claramente no boleto de pagamento: o índice de reajuste autorizado pela ANS, o número do ofício de autorização da ANS, nome, código e número de registro do plano, bem como o mês previsto para aplicação do próximo reajuste anual. A relação dos reajustes autorizados encontra-se permanentemente disponível no portal da ANS na internet.
Veja a seguir exemplo de reajuste de um plano de saúde com aniversário em maio e com mensalidade de R$100,00:* Fonte: ANS
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JORNAL OPÇÃO

Caiado se empenha contra vetos: "Prescrição de tratamentos é uma prerrogativa médica"
Thiago Burigato

O deputado federal e médico ortopedista Ronaldo Caiado (DEM-GO) está empenhado em derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) à lei conhecida como Ato Médico, que regulamenta a profissão da medicina. O projeto foi sancionado no dia 11 de julho, após mais de dez anos de tramitação, com vetos em incisos que alguns médicos consideram trechos fundamentais do texto.
Da forma que foi sancionado pela presidente, entre as atividades que podem ser compartilhadas com outras profissões da área da saúde estão o atendimento a pessoas sob risco de morte iminente; a realização de exames citopatológicos e emissão de seus laudos. A coleta de material biológico para análises laboratoriais e os procedimentos feitos através de orifícios naturais, desde que não comprometa a estrutura celular, também poderão ser executadas por outros profissionais.
Caberá apenas aos médicos a indicação e intervenção cirúrgicas, além da prescrição dos cuidados médicos pré e pós-operatórios. A indicação e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias ficarão igualmente a cargo de médicos, assim como a sedação profunda, os bloqueios anestésicos e a anestesia geral.
Os vetos da presidente causaram controvérsia. Enquanto psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, acupunturistas, entre outros, comemoraram a não restrição a atividades que desempenham atualmente; médicos argumentam que a medida pode prejudicar a população, e que o diagnóstico e a prescrição de tratamentos são uma prerrogativa médica.
Irônico, o deputado diz que se a presidente quer retirar a exclusividades dos médicos à indicação de tratamentos, deveria ter também concedido a atribuição de emitir o atestado de óbito a outros profissionais da saúde. “A responsabilidade também não deveria ser exclusiva do médico”, diz.
Ele afirma que o texto, conforme aprovado na Câmara e no Senado, foi desenvolvido de forma a não interferir nas atribuições de outras áreas da saúde. “Vamos mostrar à população que é uma falácia esse argumento de que os médicos estariam impedindo outros profissionais de exercerem suas funções.”
Caiado garante que a proposta votada não prejudicaria os serviços em postos de saúde, onde enfermeiros ajudam no atendimento aos pacientes. “A triagem não tem nada a ver com diagnóstico. Não compromete em nada. O que não pode acontecer é uma enfermeira prescrever tratamento”, argumenta.
O democrata acredita que há chances de derrubada dos vetos presidenciais e por isso tem se posicionado nesse sentido. “Trata-se de um jogo de plenário”, ressalta. A expectativa é de que a questão seja votada em plenário no dia 20 de agosto. Caiado sabe que não será fácil, afinal, é necessária a maioria tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. Em números, é preciso o apoio de 41 dos 81 senadores e de 257 dos 513 deputados para que os vetos sejam derrubados.

Importação de médicos e trabalho obrigatório no SUS
Atento a outras questões ligadas à atuação médica, o democrata também se posiciona com relação à proposta de “importação” de médicos de países como Portugal, Espanha e Cuba, e ao projeto Mais Médicos, que institui a obrigatoriedade de que, a partir de 2015, os estudante de Medicina trabalhem ao menos dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para obter seu diploma, como forma de levar os futuros médicos à realidade dos hospitais públicos e desafogar as filas para atendimento nesses locais, especialmente nas cidades interioranas.
Com relação ao Mais Médicos, o deputado diz não ter “nada contra” o projeto. “Desde que eles passem pelo Revalida, não vejo problema nenhum”, declara, mencionando o exame pelo qual médicos são submetidos para terem seus diplomas revalidados. Na proposta do governo, os médicos estrangeiros não precisariam realizar o teste para atuarem no país por até três anos.
Sobre a proposta de trabalho compulsório no SUS, Caiado também se mostra favorável, mas com ressalvas. “Quem é beneficiado pelo dinheiro público para a sua formação, nada mais justo que preste serviços em atendimento à sociedade. Mas aqueles que estudaram em faculdades particulares nada devem ao Estado, não têm dívidas com o país”, diz. Segundo ele, as chances de a proposta ser aprovada são mínimas, já que diversos juristas já demonstraram sua inconstitucionalidade.
Ainda assim, uma proposta de teor semelhante, mas mais abrangente, de autoria do também deputado Rubens Bueno (PPS-PR) tem o apoio de Caiado. O PL 326/2011 institui a obrigatoriedade de prestação de serviços sociais profissionais por tempo determinado para os recém-graduados das instituições públicas de educação superior mantidas pela União.
O democrata cita como exemplo que advogados deveriam atuar na defensoria pública para atender aos pobres e engenheiros deveriam trabalhar em obras que beneficiassem toda a população. A última ação legislativa referente a essa proposta foi a aprovação de um requerimento de urgência, no dia 9 de julho, para a apreciação do projeto. (21/07/13)
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O HOJE

Postos marcados pela carência

Falta de estrutura ou de profissionais soma-se em uma combinação que torna unidades de saúde pontos de aflição para usuários do SUS

Hugo Oliveira
Com 14 Cais e Ciams e alguns hospitais com estrutura superior a cinco décadas, o atendimento público de saúde na capital tem se tornado ponto de conflito entre autoridades responsáveis pela pasta, que tentam de alguma forma suprir a carência de profissionais, e a classe médica, que relata estrutura precária e cobra melhores salários.
No centro de tal disputa, pacientes encontram-se como o ponto mais afetado, sendo submetidos a esperas longínquas, desconforto, incertezas de atendimento e muitas vezes tomando o caminho de volta para casa sem uma resposta. Conforme relcamações de pacientes e de funcionários do Sistema Único de Saúde, as unidades mais problemáticas são Cais Bairro Goiá (região oeste), Cais Urias Magalhães (região norte) e o Hospital Materno-Infantil
Na visão do Sindicato dos Trabalhadores do SUS no Estado e Goiás (SindSaúde), os problemas mais frequentes em tais unidades são a precariedade das instalações e falta de equipamentos e insumos básicos. Tais carências seriam responsáveis por dificultar a permanência dos profissionais no sistema de Saúde municipal. Pacientes consultados pela reportagem em tais unidades também evidenciam a falta de infraestrutura, mas ressaltam sobretudo a falta de médicos no entrave do atendimento. Em alguns casos, como no Cais Vera Cruz, pacientes alegam meses sem qualquer profissional presente no local, mesmo sendo uma unidade de atendimento 24 horas.
Apesar das reclamações recorrentes, o secretário municipal de Saúde, o também médico Fernando Machado, tenta salientar uma evolução em todo o sistema de saúde pública. De acordo com ele, 70% dos atendimentos realizados nas 19 Unidades de Atendimento Pré-hospitalares Fixas de Urgência, como Cais e Ciams e alguns hospitais, podem ser realizados com a estrutura que o SUS fornece na maioria das unidades. “Pacientes com febres, dores no corpo e gripes podem, grande parte das vezes, ter seus problemas resolvidos no consultório, com mesa, cadeira e maca, e essa estrutura a gente dá”, observa.
Sobre o problema da permanência de médicos no SUS, ele confessa que as condições não são ideais, mas que o sistema fornece o básico necessário para o atendimento médico. Para ele, a dificuldade para preencher as 188 vagas restantes no quadro goianiense se dá não por falta de condições ou por questões salariais, mas por preconceito da classe. “Alguns conhecem um problema e generalizam a situação para o todo. Hoje, o interior tem condições dezenas de vezes pior e isso reflete na quantidade de médicos acumulados na capital. A visão individualista dificulta a interiorização dos médicos que se sentem confortáveis na cidade grande”, critica.
De acordo com comunicado da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, há uma demanda de 188 médicos plantonistas, mesmo com a contratação de 860 profissionais, no primeiro semestre de 2013 para suprir a necessidade. Isso acontece em razão 398 desistências ocorridas nesse mesmo período. Apesar disso, a SMS informa que 168 dos contratados assumiram os cargos. No entanto, Fernando Machado afirma que 90 profissionais conseguiriam cobrir as grades de plantões que estão em aberto, caso assumissem mais de um plantão por semana.

Clique aqui para ler a matéria completa: http://www.ohoje.com.br/pageflip/2449/index.html
(22/07/13)
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Fila oftalmológica recebe prioridade
Média é de 1.100 consultas por mês. Cerca de 4 mil pessoas ainda aguardam exame somente em Aparecida de Goiânia
Myla Alves

Para tentar suprir a demanda de pacientes que aguardam atendimento oftalmológico em Aparecida de Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde realizou ontem a 1ª edição do Mutirão Oftalmológico, no Hospital de Olhos da cidade. Ao todo, 400 pessoas que já aguardavam atendimento há meses realizaram exames e foram atendidos por oftalmologistas.
De acordo com Marcelo Musa, coordenador da Rede Ambulatorial da Secretaria, são realizados cerca de 1.100 atendimentos por mês. Mas, o serviço de saúde não consegue atender toda a demanda. Mensalmente, até 1.500 pessoas chegam a procurar o Hospital de Olhos, o que gera “demanda reprimida” (pessoas que aguardam na fila) de até 400 pessoas. “Ao longo do tempo ficou uma fila grande. Nossa ideia é diminuir e conseguir ajustar essa questão da consulta e da entrada na fila. Em torno de 4 mil pessoas ainda estão na fila”, afirma.
Novos mutirões devem ser realizados até que não haja mais pessoas nas filas. A previsão é de que as ações sejam quinzenais. Para conseguir atendimento nos mutirões, as pessoas precisam estar cadastradas na rede da Secretaria Municipal de Saúde, o que classifica a prioridade nas consultas. “Todo encaminhamento é inserido nesse sistema, que controla o fluxo dos pacientes.”
Outras áreas de saúde também possuem situação crítica no que se refere à fila de espera. A Secretaria de Saúde estuda realizar mutirões para atendimentos cardiológicos, neurológicos e ortopédicos. As ocorrências na ortopedia são, na maioria das vezes, casos cirúrgicos.
O comerciante Enoc Guerra fez exames e passou por consulta médica. Ele esperava na fila há oito meses para tratar do surgimento de “carne nos olhos”, como é popularmente conhecida a doença Pterígio, que pode ser causada por fatores hereditários ou por exposição excessiva a agentes irritativos, como sol, areia e poluição.
“Estava aguardando ser chamado para fazer exame e ver se vou ter que fazer cirurgia para extrair. Além de problemas para enxergar, a ‘carne’ atrapalha até a tirar o grau do óculos.”, explicou o comerciante. Para Enoc, o atendimento foi satisfatório, apenas a demora para a chamada que precisa melhorar. (21/07/13)
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Cais do Jardim Nova Era está sem médico, alerta Samu

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Aparecida de Goiânia informou que não levará pacientes para a unidade de saúde
Augusto Diniz
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Aparecida de Goiânia, funcionários do Centro Integral de Apoio à Saúde (Cais) do Jardim Nova Era teriam ligado para o Samu e informado que o plantão de hoje (20) será sem a presença de médicos.
Segundo o Samu, será feita a checagem por telefone das unidades de saúde com médicos trabalhando na noite deste sábado. A partir dos dados coletados, as equipes do Samu saberão para onde podem levar os pacientes transportados pelo serviço de atendimento móvel.
Funcionários do Samu disseram que, caso não haja médicos nas unidades de saúde de Aparecida, os pacientes socorridos serão transportados para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). 21/07/13
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A REDAÇÃO

Em reação ao Mais Médicos, entidades médicas abandonam comissões do governo

Brasília  – Entidades médicas anunciaram nesta sexta-feira (19/7) que estão deixando câmaras e comissões técnicas do governo nas áreas de saúde e da educação, entre elas a do Conselho Nacional de Saúde. A saída é uma reação das organizações ao Programa Mais Médicos, que prevê a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar nas periferias e no interior do país e estágio obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para alunos de medicina a partir de 2015, além dos vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a medicina, conhecido como Ato Médico.

“Estamos nos sentindo desprezados pelo governo. Ele está nos usando para dizer que negociou com a categoria, mas faz o que já tinha decidido anteriormente”, alega Geraldo Ferreira, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). “É uma declaração de guerra ao governo”, acrescentou.

Segundo Ferreira, ficou acertado, em reunião com Conselho Federal de Medicina (CFM) a Associação Médica Brasileira (AMB), que representantes de 56 sociedades médicas, como de cardiologia e de pediatria, também vão sair dos grupos técnicos coordenados pelo governo.

Para o CFM, o governo editou de forma unilateral e autoritária medidas paliativas que afetam a qualidade dos serviços públicos de saúde e o exercício da medicina no país, rompendo assim o diálogo com as entidades médicas. A medida teve ainda a adesão da Associação Nacional dos Médicos Residentes.

O Ministério da Saúde informou que sempre esteve aberto ao diálogo, desde o início da discussão da proposta que cria o Mais Médicos e que continua aberta ao debate.

A presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, lamentou a saída das entidades e classificou a atitude como corporativista. "É um equívoco essa decisão política, o CNS é a esfera pública legitimada para esse debate e eles [médicos] saem na hora em que mais precisamos encontrar os caminhos para a saúde. Eles não estão mostrando disposição ao diálogo" disse à Agência Brasil.

A Fenam, que congrega os sindicatos estaduais de médicos, antecipou que vai entrar com ações judiciais para derrubar a medida provisória (MP) que cria o Mais Médicos. Para Ferreira, o governo está oferecendo o pagamento em bolsa para fugir dos direitos trabalhistas dos profissionais. “É uma fraude jurídica, fingir que está contratando médicos para estudar, com o intuito de fugir da legislação trabalhista. Ele diz que vai passar uma bolsa porque o médico tá ali para estudar, mas o que eles querem é o trabalho do médico, que os profissionais atuem em regiões onde não têm”, informou à Agência Brasil.

A entidade disse que na próxima quarta-feira vai entrar com uma ação civil pública na Justiça Federal questionando a dispensa da revalidação dos diplomas de médicos estrangeiros, que serão contratados pelo Mais Médicos. A federação informou ainda que vai ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a ausência de um regime de trabalho. “Isso não é estudo, é trabalho”, disse Ferreira. Se os médicos começarem a atuar pelo programa, a orientação da Fenam é que os sindicatos locais entrem com ação na Justiça trabalhista exigindo os direitos.

O Ministério da Saúde ressalta que a bolsa no valor de R$ 10 mil, prevista no Mais Médicos, consiste em uma “bolsa-formação”, uma forma de remuneração para a especialização na atenção básica que será feita ao longo dos três anos de atuação no programa. Além disso, a pasta argumenta que os médicos vão ter que contribuir com a Previdência Social, para terem direito a licenças e outros benefícios. (Agência Brasil) 20/07/13

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O POPULAR

Artigo – Médico, Esculápio e polêmica
A contratação de médicos no exterior para atender necessidades emergenciais, em vista da falta de profissionais da área no País, em especial nas regiões geograficamente mais remotas, acabou se transformando em uma grande polêmica e abriu caminho para que esse segmento distinto da sociedade também fosse às ruas em protesto contra a dispensa do exame de convalidação de diploma.
Criou o governo uma curiosa fórmula para a dispensa. Alega que os médicos estrangeiros virão através de intercâmbio e prestarão seus serviços por tempo determinado, não importando em residência fixa no País. O que parecia procedimento simples se tornou imbróglio gigantesco, coisa de Brasil e muito especialmente do governo Dilma – perdido no cipoal da inépcia administrativa.
Dispensa contestada pelas entidades representativas, por parlamentares médicos como o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e que se afigura como de uma debilidade delirante. Tal recurso tem muito a ver com a principesca e soberana vontade da presidente da República de impor de moto próprio regras a serem seguidas pelo seu governo, atinentes à questão. Nos últimos tempos contestatórios, o Planalto vem dando demonstrações seguidas de incompetência para encaminhar decisões que levem às reformas profundas reclamadas pela sociedade.
Desde antigos tempos que a medicina se evidencia como uma das primeiras profissões, não significando isso que, dentre os formados nas faculdades, em qualquer parte do planeta, os discípulos de Esculápio tenham, por força da cátedra universitária, as competências exigidas em cada país para o exercício da profissão.
Aqui mesmo no Brasil se registram dados estarrecedores, com reprovação altíssima de médicos egressos especialmente de escolas desestruturadas – da ordem de 40/50% no Convalida, quando aplicado conforme os parâmetros estabelecidos pela Associação Médica Brasileira e instituições governamentais.
O governo do PT foi, por outro lado, o que mais criou faculdades de Medicina. Quase dobrou o número delas em dez anos de gestão. Muitas escolas particulares, homologadas pelo Ministério da Educação não conseguiram, porém, dar qualidade aos seus currículos.
Se mesmo assim, com maior formação de profissionais – acima das médias históricas – faltam médicos para atuar na saúde pública, não só nas áreas periféricas urbanas, como também em localidades distantes, algo errado aconteceu.
Não se exigiu que os formados em faculdades federais dessem contrapartida pelo estudo gratuito custeado com o dinheiro dos contribuintes. Sequer um dia de prestação de serviço ao SUS. Enquanto isso, a população brasileira pobre continuou crescendo, aumentando a demanda por serviços que o sistema único não consegue mais atender.
Para ilustrar, vale ponderar que mais de 130 milhões de pessoas dependem diretamente do SUS. São os que não podem pagar R$ 300 por mês por um plano de saúde privado. Está aí, para provar, o grande contingente dos bolsistas oficiais, inclusive da Bolsa Família federal. Somente estes somam cerca de 50 milhões de pessoas de baixa renda que só tem o SUS com tábua de salvação.
A contratação de médicos no exterior é uma saída estratégica que pode contribuir para amenizar as demandas. Em nada diminui o valor das faculdades brasileiras. Ciência milenar, a medicina já era estruturada com tal na Antiguidade, em Pérgamo, uma região egeia da hoje Turquia.
Ali, Esculápio, o deus greco-romano da medicina teve construído seu hospital para doenças mentais. Sendo, pois, ciência milenar, natural que faculdades modernas, no Brasil e demais países tenham currículos aperfeiçoados. O que ocorre também em respeito à tradição histórica. Pela suspeita genérica quanto à capacidade dos formados em estabelecimentos estrangeiros cabem desculpas. Em especial às faculdades de Coimbra, Lisboa e Madri. Não se menciona aqui Cuba em razão da ignorância que nós, brasileiros, temos em relação à ilha, pois Lula e Dilma, ao contrário de Hugo Chávez, da Venezuela, fizeram tratamento com médicos e hospitais genuinamente nacionais.
Nem o verniz milenar da medicina como ciência, nem a famosa Sorbonne levam a pressupor a dispensa do Convalida. No Brasil, para advogar tem exame da OAB. Neste caso, o profissional incapaz tem contra ele o mercado. Quando erra no português, vê sua petição ir para o cesto do lixo, por ordem do juiz. Não maneja o bisturi. Não lida com a vida e suas patologias. O governo comete um erro atrás do outro e tardará a resolver os problemas de saúde.
HENRIQUE DUARTE é jornalista (22/07/13)
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Cartas dos Leitores

Médicos no Brasil
Li com dificuldades em acreditar que o padre Francisco Soares escreveu a carta intitulada Médicos. Comete muitos equívocos quando diz que os médicos, via de regra, não trabalham. A primeira profissão que pensei em ser foi padre, fiquei no seminário por cinco anos. Deixei este pensamento e decidi ser médico.
Tenho 31 anos de formado e dois filhos médicos ainda em fase de formação. Tenho de trabalhar demais para mantê-los e não tiro sonecas depois do almoço. Os dois, assim como eu fui, são privados de muitas diversões, pois têm de estudar muito e irem para o hospital com carga horário demasiadamente alta.
Vejam a carga horária de um estudante de Medicina e das demais profissões. Vão ser como todos os médicos, trabalhadores de carga horária alta sem serem catalogados como tal. Para este governo, não somos trabalhadores. Trabalhamos pouco e somos adjetivados negativamente. Aposentamos tardiamente e vivemos menos que outros profissionais.
Segundo o padre, devemos exercer a nobre profissão de cura, mas precisamos pagar contas e por sermos médicos nos cobram mais caro. Precisamos ir aos congressos, reciclar, estudar. Todos querem Medicina de primeiro mundo, mas não devemos esquecer que isto custa caro. Por que outros profissionais trabalham menos que os médicos e dentistas, recebem muito mais e não são focos desta campanha que aí está?
Acredito que os dentistas serão os próximos da fila. Plantões, via de regra, não trazem estabilidade, décimo terceiro, férias e direitos trabalhistas. Ser humano não suporta plantões seguidamente a vida inteira. Médicos, depois de uma noite de plantão, assim como qualquer plantonista, precisam descansar.
Todos sabem o que é a vida de um médico no interior. Submissão às autoridades locais, isolamento e pouco apoio tecnológico. Profissionais de saúde, de todas as instâncias, trabalham muito. Devem trabalhar juntos. Isoladamente produzem mal e erram muito.
Para se ter saúde precisamos de uma gama enorme de profissionais e não somente médicos. Somos uma peça na engrenagem. Se a saúde está ruim não é culpa dos médicos. A categoria está na berlinda numa tentativa de desvio de foco. Os problemas de infraestrutura, segurança, educação, corrupção e outros continuam.
A presidente vetou recentemente um projeto de lei do Senado que ampliava o prazo de pagamento da divida tributária das santas casas, hospitais estes responsáveis pelo maior atendimento do SUS. Esta dívida ocorre em função dos valores baixos pagos pelo governo.
Agora o trabalho médico virou tema fundamental do problema saúde. Por que só agora o padre manifestou sua opinião sobre os médicos? O problema é muito maior que médicos. Alguns formadores de opinião deveriam ter responsabilidade no que dizem.
Ricardo Antonio Pereira – Setor Marista – Goiânia

■ A deficiência da saúde pública e o padrão de vida que o Brasil condiciona aos seus construtores cidadãos, pais de família, sem outra alternativa, leva à automedicação que muitas desgraças involuntárias têm trazido aos lares pobres do Brasil. Pois é inegável que uma consulta médica qualquer, que se complementa com outros exames, custa algumas vezes mais do que o que ganha o trabalhador em um mês de trabalho. Como sobreviver?
Recorrer à saúde pública brasileira é o mesmo que entrar no corredor da morte. É isso que todos presenciam no dia a dia, momento a momento, por meio do que mostram a mídia escrita, a falada e a televisiva. A contratação de médicos de quaisquer outros países do mundo, sem dúvida, vai ser a solução paliativa para tirar o brasileiro desse corredor da morte. Pois a hipervalorização que se impõe a classe em nosso País dá a impressão de que o médico simplesmente é a solução para a cura da doença. Ledo engano.
Assim, onde ficam os farmacêuticos, bioquímicos e paramédicos que inegavelmente são o complemento desse milagre e sucesso da cura? Seria inteligível se essa greve de alguns médicos não fosse tão hipócrita, pretensiosa e mercenária
Ariston Álvares Cardoso – Vila Nova – Goiânia

Mais Médicos
Não é pouco o dinheiro e as vantagens oferecidas aos médicos para atender nas periferias e no interior do País. Com o programa Mais Médicos, moradia, alimentação por conta das prefeituras, dez mil reais e mais subsídios para viagens e deslocamentos não são uma mixaria.
Na recusa radical da corporação dos médicos às propostas da Dilma, se esconde o esquecimento daquele entusiasmo que lhes fez prometer (jurar) no dia da formatura que fariam da profissão um sacerdócio e a mentalidade corrente que faz da profissão de médico o caminho para a riqueza, ao ponto que parece que os hospitais são feitos para os médicos e não para os doentes.
Sergio Bernardoni – Vila Froes – Goiânia

■ Escrevo para mostrar o quanto a medida da presidente vai prejudicar ainda mais a formação de médicos e especialistas nos próximos dez anos. Um ótimo estímulo aos vestibulandos a adentrar a faculdade de Medicina no Brasil é estabelecer uma linha do tempo para tornar-se, por exemplo, um neurologista, após a medida da presidente.
Primeiro tem o Ensino Médio com três anos; depois o cursinho pré-vestibular, com média de dois ou três anos; curso de Medicina de seis anos, sendo os dois últimos de internato – o que significa atendimento no SUS, inclusive em unidades básicas de saúde – e extensão do curso com mais dois anos de trabalho no SUS, sem orientação de mestres e doutores. Serão entregues aos leões, avaliados e podem não receber o diploma se exercer de forma errônea.
Se sobreviveu a esse período, parabéns, agora é médico. Comece a estudar para a prova de residência médica, o que leva um ano em média. Entre no Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) para ganhar 10% da nota final na residência, isso vai ajudar a continuar atendendo.
Depois tem a residência médica de Neurologia e mais três anos de trabalho no SUS, recebendo um salário medíocre com carga horária absurda. Além disso, terá de montar aulas, ir aos congressos, publicar artigos, fazer as mesmas provas da época da faculdade e ainda ter as obrigações com seus amigos e familiares.
Após contabilizar 17 anos, bem- vindo ao mercado de trabalho. Agora a briga é com os planos de saúde… Moral da história, façam vestibular para outra profissão. Se o seu sonho é ser médico, filie-se ao PT e faça Medicina em Cuba.
Lá não tem vestibular e o curso só dura três anos e terá prioridade em atuar no Brasil, sem revalidação de diploma. Se você é homem, acrescente um ano de serviço militar obrigatório.
Rodrigo de Souza Castro – Setor Marista – Goiânia (20/07/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação