Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20 A 22/08/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


Teste avalia estabilidade do quadril de bebês e evita má-formação
Aparecida terá mais uma faculdade
Síndrome da apneia obstrutiva do sono atinge mais mulheres na pós-menopausa
Conheça os principais indicadores da Cardiologia do Mater Dei
Mercado de produtos e equipamentos médicos encolhe 16% no semestre

O HOJE

Teste avalia estabilidade do quadril de bebês e evita má-formação
Mesmo não sendo obrigatório, o teste é importante na verificação de problemas ortopédicos e previne alterações no quadril. Procedimento começa a virar rotina nas maternidades

Logo após o nascimento, os bebês são submetidos a uma série de exames obrigatórios, dos quais o mais conhecido é o do Pezinho. Poucos pais sabem, mas existe um teste muito importante que garante a saúde ortopédica da criança, é o Teste do Quadril. Ele não está na lista dos obrigatórios, mas tem virado rotina nas maternidades. Trata-se de um exame físico simples, cuja finalidade é avaliar a estabilidade do quadril da criança e identificar possível luxação.
O médico ortopedista Luiz Fernando Jardim, do Hospital Materno Infantil (HMI), explica que no teste são feitos dois procedimentos, a Manobra de Ortolani e a Manobra de Barlow, realizados logo após o nascimento pelo médico pediatra que acompanhou o parto. O procedimento é rápido, não necessita de aparelhos e consiste na adução do quadril (Barlow) e na flexão e abdução (Ortolani) das pernas do bebê, deitado em maca. Com as mãos, o pediatra consegue sentir se houve ou não o deslocamento do quadril.
Durante o teste, a afecção pode ser detectada após a ocorrência do sinal de Ortolani, que consiste em um estalo. Esse sinal é o principal motivo da realização precoce do teste, pois, após um mês de vida, ele desaparece no bebê, inviabilizando o diagnóstico da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ). A DDQ compreende alterações que atingem o quadril em crescimento, como a displasia, a subluxação (quadril instável) e a luxação congênita da articulação.
De acordo com Jardim, não existem muitos dados disponíveis sobre a ocorrência de DDQ em recém-nascidos. A incidência é de um em cada mil bebês. “É muito baixa. Quando o médico-pediatra tem apenas a suspeita é de uma a cada dez crianças”, informa o ortopedista.

Tratamento
Após o diagnóstico positivo advertido pelo pediatra, o bebê é rapidamente encaminhado para o ortopedista que solicitará uma ultrassonagrafia para confirmar ou descartar a ocorrência de alguma alteração ortopédica. Caso uma DDQ seja confirmada, a criança passará por acompanhamento médico. Até os seis meses de idade, o tratamento consiste no uso do suspensório de Pavlik, que trata e recoloca o quadril no lugar.
Depois dessa idade, explica Jardim, a criança precisa ser anestesiada para recolocar o quadril, que é engessado por até seis meses para melhor estabilidade. Dos dois até os oito anos de idade, a situação só pode ser revertida com intervenção cirúrgica. “A operação é realizada principalmente na articulação, mas há interferência no fêmur e na bacia também. Com o passar do tempo, vai ficando cada vez mais difícil reconstruir o quadril, por isso é importante fazer o teste para diagnosticar e tratar precocemente e de forma mais simples”, diz. Após os oito anos, a cirurgia pode não trazer bons resultados, podendo até piorar o quadro clínico do paciente.
Apesar da sua eficácia, a Manobra de Ortolani pode, eventualmente, não gerar um diagnóstico seguro. No caso de dúvida, a criança é imediatamente encaminhada para a ultrassonografia. Isso acontece muito em nascimentos pélvicos, quando o bebê é gerado sentado. O ultrassom é obrigatório para o diagnóstico de displasia no quadril, o qual poder vir a luxar posteriormente.
Além da posição pélvica, outros fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento de DDQ: mãe jovem, primeiro filho, histórico familiar, recém-nascido com maiores peso e altura, criança gerada com a perna próxima à coluna da mãe (o que diminui a mobilidade de uma das pernas) e bebês do sexo feminino, devido a presença de hormônio que torna a articulação mais flexível e favorável à luxação.
Não sendo diagnosticada e tratada precocemente, a alteração no quadril pode gerar futuras complicações clínicas. “O primeiro sinal aparece quando a criança começa a andar de forma manca, o que representa um diagnóstico tardio e mais difícil para tratar”, explica Jardim. A perna da criança ficará menor e o quadril não crescerá adequadamente. Na fase adulta, a pessoa poderá sofrer com osteoartrose, dores e desgastes na articulação.

Projeto de Lei
Em Goiás, o Projeto de Lei Nº 1856/15, do deputado Talles Barreto, obriga a realização do Teste do Quadril na rede de Saúde pública e privada do Estado. O texto já recebeu veto integral não apreciado do governador Marconi Perillo e, atualmente, aguarda nova avaliação dos deputados. Para o ortopedista Luiz Fernando Jardim, a lei é discutível porque o exame já é rotina na avaliação física realizada no bebê pelo pediatra.
“Hoje em dia não se faz parto sem pediatra na sala. Se ele suspeitar da doença, achar que o teste deu positivo, ele encaminha para o ortopedista tratar. Talvez, no interior, onde pode não haver pediatra na sala, o exame pode não ser feito”, diz. Jardim ainda explica que, mesmo que o exame não seja realizado horas após o nascimento, ele ainda é realizado no retorno da criança ao pediatra, com uma semana de vida.
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DIÁRIO DE APARECIDA

Aparecida terá mais uma faculdade

As obras da Faculdade Evangélica Metropolitana em Aparecida devem ser iniciadas nos próximos meses. A notícia foi dada pelo presidente da Associação Educativa Evangélica, Ernei de Pina, ao prefeito do município, Maguito Vilela, em reunião realizada na tarde de ontem. Além do início das obras, os representantes da mantenedora da Faculdade Evangélica Metropolitana anunciaram o lançamento da pedra fundamental da instituição para o próximo dia 15 de setembro.
“Estamos bem contentes com essa notícia do início das obras da faculdade em Aparecida. A vinda da UniEvangélica para o município é mais um pilar na consolidação da cidade em uma cidade universitária. Serão oferecidos diversos cursos de formação para que os aparecidenses não precisem sair de sua cidade para buscar um futuro melhor. Já temos algumas instituições privadas, o IFG, a UFG, e agora mais uma instituição de peso e renome no mundo acadêmico e profissional, que é a UniEvangélica”, pontuou Maguito Vilela.
A área onde será construída a Faculdade Evangélica Metropolitana fica no Setor Conde dos Arcos, próximo à Universidade Estadual de Goiás (UEG) e ao Instituto Federal de Goiás (IFG). São 150 mil metros quadrados de área total e o primeiro bloco terá 12 mil metros quadrados. O primeiro curso da instituição será Engenharia Civil, mas o projeto é de implantar mais quatro cursos: Odontologia, Enfermagem, Medicina e Logística. “Este último visa atender à demanda por mão de obra das indústrias com sede nos polos de Aparecida”, sublinhou o diretor-geral da faculdade, Paulo Borges.
O presidente da Associação Educativa Evangélica, Ernei de Pina, acompanhado também do vice-presidente, Cecílio Moraes, e do reitor da UniEvangélica de Anápolis, Carlos Mendes, agradeceu todo o apoio recebido pela instituição desde o início das conversas em construir a unidade educacional na cidade. “A agilidade na aprovação dos alvarás e licenças também contribuiu para início das obras ainda este ano. E isso nos motiva ainda mais a querer fazer o melhor para a cidade, que vem crescendo e tendo um salto de qualidade nos últimos anos”, disse.
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AGÊNCIA BRASIL

Síndrome da apneia obstrutiva do sono atinge mais mulheres na pós-menopausa

As mudanças características no corpo das mulheres no período da menopausa e, principalmente, o aumento da circunferência da cintura podem provocar a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), um mal que acarreta danos à saúde como disfunções cardiovasculares e alterações neurológicas.
A constatação é de uma pesquisa do Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo, que serviu de base para a tese de doutorado do farmacêutico Daniel Ninello Polesel.
A síndrome atinge tanto homens quanto mulheres e tem grande incidência entre os obesos. “O acúmulo de gordura em especial na região abdominal comprime os órgãos internos e, no momento em que a pessoa está dormindo, ela relaxa a musculatura dificultando o ato de respirar”, disse o farmacêutico.
Segundo ele, existem tratamentos como o uso de máscara, o CPAP (Continuous Positivo Airway Pressure, que significa pressão positiva contínua das vias aéreas). “É uma espécie de ventilador que manda o ar para dentro do organismo”, explicou o pesquisador.
Polesel contou que, entre julho e dezembro de 2007, a Unifesp acompanhou o comportamento do sono de 1.056 pessoas de ambos os sexos, verificando que havia mais casos entre os homens (40%) ante 26,1% das mulheres. Mas o foco do estudo foi comprovar a evidência científica sobre a prevalência do distúrbio entre as mulheres no período da pós-menopausa, quando há uma queda nos hormônios femininos.
Para isso, a pesquisa teve a participação de 407 mulheres voluntárias com idades entre 20 e 80 anos que foram submetidas a exames de polissonografia. Nesses exames, são colocados eletrodos na região da cabeça e uma cinta na região do tórax que permitem acompanhar as variações que ocorrem durante o sono. Do total avaliado, 268 mulheres estavam na pré-menopausa, 43 na pós-menopausa recente (até cinco anos da menopausa) e 96 na pós-menopausa tardia (mais de cinco anos da menopausa).
Em 68,4% dos casos, o tipo mais grave desse distúrbio de sono estava no grupo da pós-menopausa tardia. Também foi verificada maior incidência entre as voluntárias com a cintura medindo 87,5 centímetros.
De acordo com Polesel, o resultado levou a algumas considerações importantes para a avaliação clínica como o fato de que a circunferência abdominal é mais relevante do que o Índice de Massa Corpórea (IMC). Há mais chances de uma pessoa com acúmulo de gordura na cintura vir a sofrer a síndrome do que outra com a massa corporal bem distribuída, ainda que esta esteja acima do peso ideal. O pesquisador destaca, no entanto, que a perda de peso sempre ajuda a minimizar os riscos de distúrbios na saúde.
Faixas mais suscetíveis a riscos
A pesquisa indicou que as mulheres mais predispostas a desenvolver a síndrome estão na faixa entre o início da menopausa e também no período posterior, quando são mais frequentes os sintomas de insônia, a baixa eficiência de sono, irregularidade no padrão respiratório, além da sensação de “ondas” de calores e suores frequentes.
Esses sintomas são decorrentes da redução da concentração dos hormônios estrogênio e progesterona, explicou, por meio de nota da Unifesp, a ginecologista Helena Hachul de Campos, pesquisadora na área de sono da mulher e orientadora do estudo.
“A partir da queda hormonal, que é fisiológica, o organismo feminino fica sujeito a consequências negativas à saúde, como o desenvolvimento de osteoporose, alterações qualitativas na pele, aumento do risco cardiovascular e da incidência de distúrbios respiratórios do sono.” De acordo com a médica, a frequência desses sintomas, em alguns casos, acaba dificultando o diagnóstico do distúrbio do sono.
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PORTAL SAÚDE BUSINESS

Conheça os principais indicadores da Cardiologia do Mater Dei
Inaugurado na década de 80, o Heart team* (time do coração) da Rede Mater Dei de Saúde é uma equipe multidisciplinar envolvida na decisão sobre o melhor tratamento a ser oferecido ao paciente, utilizando-se de todo conhecimento científico disponível. Essas reuniões clínicas, que discutem a complexidade de casos clínicos em busca da melhor alternativa de terapêutica, são comuns nos grandes hospitais do mundo.
A Cardiologia passa por importantes avanços em tecnologias e tratamentos medicamentosos, resultando na melhora da qualidade de vida e sobrevida dos pacientes. “Estas inovações, antes de serem aprovadas para uso clínico, precisam ser comprovadas cientificamente por meio de estudos evolvendo grandes grupos populacionais (os chamados RCT – Randomized Controled Trials). Os grandes estudos fundamentam a prática científica denominada Medicina Baseada em Evidências. O volume de informações é imenso e deve ser analisado quanto à qualidade e aplicabilidade”, explica o coordenador do Heart team Mater Dei, Henrique Patrus.
O cardiologista conta que “o foco da medicina assistencial é o paciente, um indivíduo com suas particularidades, muitas vezes com doenças concomitantes, com possíveis interações de outros medicamentos, e portador de características e estilo de vida próprios. Estas particularidades não são perfeitamente contempladas e traduzidas pela ciência moderna, fundamentada em grandes estudos clínicos. Assim, cabe ao médico interpretar os sintomas e diagnósticos de seu paciente, considerar sua individualidade e, à luz dos estudos clínicos, decidir o melhor tratamento”.
Reuniões do Heart team
As reuniões do Heart team Mater Dei contam com médicos cardiologistas, cirurgiões cardiovasculares, hemodinamicistas, eletrofisiologistas, residentes e especializandos da Cardiologia e acontece semanalmente. “Há a discussão dos casos selecionados, com informações detalhadas de sintomas e exames, mas a identidade do paciente é absolutamente preservada. Assim, são feitas as considerações sobre a melhor opção terapêutica para o caso. A discussão multidisciplinar é fundamental pois, muitas vezes, a decisão envolve o tratamento com cirurgia cardíaca, ou tratamento endovascular realizado na Hemodinâmica, e/ou tratamento medicamentoso. Discutimos intensamente até que haja consenso quanto à melhor terapia. Estabelecemos, aqui no Heart team do Mater Dei, que a decisão final volta-se à responsabilidade do médico assistente”, explica Henrique Patrus. Ele acrescenta que “há uma grande satisfação com a estruturação do Heart Team. Os pacientes se sentem mais seguros ao reconhecerem que a decisão foi fundamentada por um grupo de especialistas; o médico assistente se sente amparado em suas decisões; o grupo de especialistas se aprimora cientificamente; os especializandos aprendem e ganham experiência em casos complexos. Neste contexto, as seguradoras ou convênios médicos podem ter a segurança de que o melhor tratamento sempre é discutido à luz do melhor conhecimento científico, com o paciente no centro da decisão clínica”.
Para o coordenador do Heart team Mater Dei, somente medindo os resultados da equipe é possível conhecer a efetividade do trabalho realizado. “Mensuramos, por meio de indicadores de qualidade, os nossos resultados nas principais intervenções cardiovasculares. Utilizamos como meta os índices dos melhores centros hospitalares internacionais. Estes dados são analisados pela equipe e coordenação da Cardiologia e apresentados/discutidos com a diretoria clínica e técnica durante reunião trimensal de Análise Crítica”, esclarece o médico.
Conheça os principais indicadores da Cardiologia do Mater Dei:
Indicador Síndromes Coronarianas Agudas: A mortalidade da doença coronariana aguda é mensurada e comparada com um indicador internacional (o Grace Escore).
Indicador de Cirurgia Cardíaca: O resultado da cirurgia cardíaca realizada na Rede Mater Dei de Saúde é comparado ao resultado mundial, estratificando-se conforme o risco prévio (por meio de escores de risco validados mundialmente, como o Euroscore e o STS).
Indicador da Hemodinâmica: A eficiência dos procedimentos de intervenção endovascular realizada pela Hemodinâmica também é monitorada rigorosamente. A taxa de ocorrência de estenoses intrastents, a ocorrência de eventos clínicos adversos, e a necessidade de nova intervenção, são aferidos no após procedimento imediato, em seis meses e em um ano e são analisados comparativamente com os índices internacionais.
Tempo porta-balão: este indicador reflete a eficiência da Rede e de sua equipe multidisciplinar em atender o paciente com Infarto Agudo do Miocárdio. O Infarto Agudo é uma emergência clínica em que o tempo é fundamental, desde a recepção do paciente (chamado tempo Porta) até a abertura da artéria responsável pelo infarto (tempo balão – o termo balão faz referência ao dispositivo utilizado para dilatar a artéria coronariana). O intervalo de tempo desde o primeiro sintoma até a abertura da artéria coronariana responsável pelo infarto é o Tempo de Reperfusão (tempo gasto para reestabelecer o fluxo de sangue pela artéria e a irrigação e oxigenação da célula cardíaca). Quanto mais tempo gasto, mais células sofrem e morrem e, consequentemente, determinam mais sequelas e mortalidade. (A máxima da Rede Mater Dei de Saúde: Tempo é músculo cardíaco, músculo cardíaco é vida).
Os resultados dos indicadores refletem a boa prática da cardiologia na Rede. Na Rede Mater Dei de Saúde, a assistência integral e individualizada ao paciente portador de doença cardiovascular é orientada por Protocolos Assistenciais que se baseiam nos estudos clínicos e medicina de evidências, em consonância com as referências científicas internacionais.
“Podemos e devemos caminhar muito em nosso trabalho no Heart team. Nossa meta é discutirmos, sistematicamente, todos os casos submetidos a intervenções complexas dentro dos Hospitais da Rede. Neste ano, ainda, ampliaremos a participação para cardiologistas de referência de Belo Horizonte e Minas Gerais (Projeto Cardiologista de Referência) e motivaremos maior participação dos clínicos e geriatras da Rede”, finaliza Henrique Patrus.
*O termo Heart Team e sua concepção foram, primeiramente, descritos em um importante documento da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology) – Guideline for Coronary Revascularization, de 2010. O Colégio Americano de Cardiologia ( American College of Cardiology), em 2012, também formalizou o Heart Team em seu documento ACC/AHA Guidelines for Coronary Artery Bypass Grafting surgery.
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Mercado de produtos e equipamentos médicos encolhe 16% no semestre

O mercado de equipamentos e produtos médico-hospitalares, que movimentou cerca de US$ 10 bilhões em 2015, diminuiu no primeiro semestre deste ano. O consumo aparente – que mede a produção interna mais importações e exclui exportações- recuou 16% de janeiro a junho deste ano em relação a igual período de 2015.
Segundo levantamentos da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde, com exceção das vendas, que apresentaram resultado positivo de 1%, – o que pode ser explicado pela existência de algum estoque residual nas empresas – todos os outros parâmetros registraram tendência de queda.
“O setor foi impactado pela retração econômica, houve cortes na área da Saúde e a queda de arrecadação do Governo provocou uma redução em seus investimentos. O Governo responde por cerca de 50% das compras do setor”, analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED.
As empresas cortaram em 12% sua produção no primeiro semestre. As importações desaceleraram em cerca de 13%, totalizando U$ 2,3 bilhões, e as exportações recuaram 24%, fechando o semestre no patamar de U$ 350 milhões.
“A desvalorização do real teve impacto na queda das importações, afetando o setor, que é bastante depende de produtos vindos de fora. Por outro lado, o Brasil não aproveitou a oportunidade para aumentar as exportações e sua participação no mercado global de produtos para saúde, que é de apenas 0,2%”, explica Goulart.
Apesar da retração do consumo aparente e dos outros indicadores, o número de empregos se manteve praticamente estável e teve queda de 0,19% – bem abaixo do índice de 9,1% registrado no período pela indústria como um todo, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Sobre a ABIMED
A ABIMED congrega 200 empresas de tecnologia avançada na área de equipamentos, produtos e suprimentos médico-hospitalares. As empresas associadas da ABIMED respondem por 65% do faturamento do segmento médico-hospitalar. O setor de produtos para saúde tem participação de 0,6% no PIB brasileiro, conta com mais de 13 mil empresas e gera em torno de 140 mil empregos.
Criada em 1996, a ABIMED é sócia-fundadora do Instituto Coalizão Saúde e membro do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde. A entidade também coopera com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com órgãos públicos da Saúde, fomentando a implementação de políticas e regulamentações que proporcionem à população acesso rápido a novas tecnologias e a inovações, em um ambiente ético de negócios.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação