Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20 A 22/11/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil recebe 2 milhões de vacinas contra covid-19 dos EUA, diz Queiroga

Uso de ‘hormônio do sono’ requer cuidados

Novas restrições geram onda de atos na Europa

País alerta contra nova onda de covid

Artigo – Direitos dos usuários de planos de saúde estão ameaçados pelo STJ

Pessoas entre 30 e 39 anos já podem tomar 3ª dose em Goiânia; veja condições

Covid-19: Goiás confirma 23 mortes nas últimas 24 horas e 547 novos casos

Servidores de hospital em Aparecida entram em greve por falta de pagamento

PORTAL UOL

Brasil recebe 2 milhões de vacinas contra covid-19 dos EUA, diz Queiroga

O Brasil recebeu hoje mais de 2 milhões de doses de vacina contra covid-19 doadas pelos Estados Unidos. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas redes sociais. “Chegaram agora pela manhã mais de 2 milhões de doses de vacina Covid-19 doadas pelos Estados Unidos. Agradeço pela parceria Brasil e Estados Unidos”, escreveu o ministro.

Mais detalhes da doação, como qual a vacina enviada e se mais doses estão previstas, não foram informados. O UOL entrou em contato com a assessoria do Ministério da Saúde, mas ainda não teve retorno.

Bom dia!

Chegaram agora pela manhã mais de 2 milhões de doses de vacina Covid-19 doadas pelos Estados Unidos. Agradeço pela parceria. ???? ???? Juntos, vamos vencer esta pandemia!

— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) November 21, 2021

Em junho deste ano, o Brasil já havia recebido o reforço de mais 3 milhões de doses da vacina covid-19 da Janssen/Johnson & Johnson, doadas pelos norte-americanos.

Ontem, Queiroga foi vacinado com a 3ª dose dentro da campanha de “megavacinação” contra a covid-19, que vai até o dia 26, e disse que o Brasil é “um sucesso” no enfrentamento da doença.

O ministro vem destacando a eficácia e a importância das vacinas para combater a covid-19. Ele afirmou que elas são seguras e foram devidamente testadas em todas as etapas necessárias.

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O ESTADO DE S.PAULO

Uso de ‘hormônio do sono’ requer cuidados

Melatonina pode chegar às farmácias como suplemento alimentar já no próximo mês; confira indicações e riscos

Indicada para tratar distúrbios do sono, a melatonina até muito recentemente só era vendida em farmácias de manipulação e com prescrição médica. A partir de dezembro, no entanto, é possível que você comece a se deparar com o hormônio na seção de suplementos alimentares na drogaria perto da sua casa. E a tentação de simplesmente comprar para se livrar de noites mal dormidas pode surgir. Algo que vem preocupando os médicos.

‘A melatonina é um hormônio, não suplemento alimentar’, diz Bruno Halpern, integrante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. ‘Por isso, deve ser vista com cuidado para não causar alterações metabólicas. ‘

As consequências do uso indevido podem variar desde fadiga e sono durante o dia até alterações nas funções hepáticas e nos níveis de glicose e insulina. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, o déficit da substância também é prejudicial e provoca alterações que levam a doenças como diabetes, hipertensão e obesidade.

O ideal é que o nível de melatonina esteja equilibrado. ‘A orientação é que (a prescrição) seja feita por profissional habilitado: médico, farmacêutico e nutricionista’, diz Priscila De juste, integrante do conselho e farmacêutica especializada em suplementos alimentares.

Professor de Fisiologia e Biofísica da USP, José Cipolla também alerta que um dos usos indevidos comuns da substância é ela ser usada pela manhã, horário em que o hormônio não é naturalmente produzido pelo corpo. Isso pode levar a uma ‘confusão’ interna. ‘A melatonina é produzida quando estamos em ambientes noturnos, sem luz, e por isso deve ser utilizada sempre à noite’, afirma.

Nos suplementos vendidos nos Estados Unidos, a recomendação de uso noturno da melatonina está na embalagem. Segundo Cipolla, essas informações também precisam ficar claras nos produtos brasileiros. Ele teme que, com o uso irrestrito, haja desinformação. Na internet, por exemplo, há quem recomende melatonina para emagrecer, sem nenhuma evidência científica.

A empresária Ana Paula Montanha, de 47 anos, mora nos Estados Unidos. Vice-presidente de uma multinacional, ela toma melatonina diariamente antes de dormir. ‘Por trabalhar em uma multinacional, lido com fusos diferentes durante reuniões e tinha muita dificuldade para dormir por conta disso’, conta ela, que comprou o produto como suplemento alimentar (leia mais ao lado).

Em nota, o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas afirma que ainda não é possível medir o impacto no setor com a liberação da melatonina. ‘Poucas indústrias estão atuando no mercado com esse produto’, afirma. Apesar do interesse e do início da produção por parte de algumas empresas, a substância ainda não começou a ser comercializada. A perspectiva da indústria é que os primeiros produtos cheguem às farmácias no mês que vem.

‘A melatonina é um hormônio. Deve ser vista com cuidado para não causar alterações metabólicas. ‘Bruno Halpern – Médico

Para lembrar

Anvisa liberou uso para adultos

A decisão de liberar o hormônio da prescrição médica foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. A dosagem recomendada é de 0, 21 mg por dia para pessoas com 19 anos ou mais – o uso é contraindicado para gestantes e lactantes. Segundo a Anvisa, trata-se de uma dosagem segura, por ser próxima da quantidade encontrada naturalmente em alimentos como morango, cereja e carnes de frango, além de no vinho. O Conselho Federal de Farmácia considera a dosagem aprovada pela Anvisa segura, mas defende ajuda especializada.

Em países como os Estados Unidos e a Alemanha, a melatonina é vendida como suplemento alimentar em doses maiores, que variam de 0, 3 mg a5 mg. No Brasil, a aprovação de quantidades mais altas não ocorreu porque a Anvisa considerou que foram apresentados poucos estudos que explorassem o uso mais prolongado da substância como suplemento alimentar em maior concentração.

Mas pesquisadores alertam que mesmo uma dosagem considerada baixa pode causar consequências e defendem a busca pela prescrição.

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FOLHA DE S.PAULO

Novas restrições geram onda de atos na Europa

Manifestações na Bélgica e na Holanda terminam em confronto; continente vive nova alta de casos de coronavírus

Depois de duas noites de protestos violentos contra restrições para combater a Covid na Holanda, confrontos entre manifestantes e policiais chegaram à Bélgica na tarde deste domingo (21).

Milhares de pessoas se reuniram ao redor da Gare du Nord, em Bruxelas, para protestar contra o que veem como restrições à liberdade: o uso obrigatório de máscaras a partir de 10 anos de idade e a volta ao trabalho em casa quatro dias por semana, se possível

Ambas as medidas passam a valer nesta segunda (22). Segundo o governo belga, as restrições visam evitar sobrecarga no sistema de saúde e mortes desnecessárias. Em nota, os organizadores do ato dizem que as determinações ‘não constituem uma solução estrutural para os serviços de saúde’.

Um dos países com maior taxa de mortes por habitantes na primeira onda de Covid, provocada principalmente por surtos em asilos-além da contabilidade mais ampla que a de outros países-, a Bélgica controlou a pandemia com um confinamento duro em 2020.

Neste ano, relaxou as regras ao mesmo tempo em que adotou uma das mais bem-sucedidas campanhas de vacinação da Europa: receberam todas as doses 75% da população total –podem se imunizar os que têm ao menos 12 anos. Entre os adultos a partir de 18 anos, são 87% os que já tomaram todas as doses. Na faixa mais vulnerável, acima de 65 anos, 93% foram vacinados e já começaram a receber reforço.

Os fármacos derrubaram o número de casos mais graves de Covid, mas, com o fim das restrições à circulação e ao contato, além do menor uso de máscaras e da chegada do frio -que propicia aglomerações em locais fechados-, o país começou a ver aumento do contágio.

Agora, a alta atingiu também hospitalizações e mortes, levando ao endurecimento de restrições. Na semana que se encerrou em 16 de novembro, foram registrados por dia 12.054 casos (19% acima da média da semana anterior), 268 hospitalizações (+29%) e 31 mortes (+29%), das quais só duas em asilos.

O ato contra as medidas do governo belga foi previamente acordado com o governo e começou pacífieo. O clima, no entanto, esquentou durante a marcha, que passou em frente à sede da Comissão Europeia.

Um grupo forçou caminho por um trajeto não autorizado previamente e foi dispersado com canhões de água e gás lacrimogêneo, segundo a porta-voz da polícia de Bruxe-las-Ixelles, Ilse van de Keere.

De acordo com ela, as tropas reagiram após serem atacadas com fogos de artifício e pedras. Vídeos nas redes sociais mostram carros blindados derrubando barricadas de entulho e papelão em chamas.

A polícia estimou que o protesto reuniu cerca de 35 mil pessoas, embora imagens da manifestação indiquem participação menor que a da marcha contra a crise climática, em outubro, quando a presença estimada foi de entre 5.000 e 10 mil integrantes.

Na Holanda, que reinstaurou um confinamento no começo deste mês, houve protestos e prisões em várias cidades. Os principais conflitos aconteceram nas noites de sexta, em Roterdã, e de sábado (20), em Haia, onde cinco policiais ficaram feridos e ao menos 40 pessoas foram presas. A polida chegou a usar canhões de água, cães e agentes em cavalos para impedir que manifestantes provocassem incêndios.

Neste final de semana houve, ainda, manifestações contra as restrições na Áustria, que anunciou novo lockdown a partir desta segunda (22), por pelo menos dez dias, e vacinação obrigatória no próximo ano.

O ato em Viena reuniu 40 mil pessoas, de acordo com a polícia, que disse ter sido atacada por manifestantes. As tropas reagiram com gás lacrimogêneo. A Áustria registrou um dos mais fortes aumentos nas infecções em novembro, ao lado de Holanda e Alemanha.

Na sexta, governadores alemães concordaram em aumentar as restrições para não vacinados, e o Ministério da Saúde disse que um novo confinamento não estava descartado.

A nova onda de contágio atinge a maioria dos países europeus, segundo o levantamento mais recente da Organização Mundial de Saúde, com dados até 14 de novembro. O continente registrou a maior taxa semanal de infecções per capita no mundo, 230 novos casos por 100 mil habitantes.

Emalta há sete semanas consecutivas, as novas infecções bateram recorde semanal na região, desde o início da pandemia. O número de mortes por Covid cresce na Europa desde julho e chegou a 28 mil na semana encerrada no dia 14, mas está abaixo do pico, em janeiro, quando superou 40 mil.

Sem registro de violência, houve atos também na Itália, que tomou a vacinação obrigatória a trabalhadores e deixou de pagar por testes-a alternativa dos não imunizados-, e na Croácia, onde profissionais de saúde precisam provar que tomaram as duas doses.

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CORREIO BRAZILIENSE

País alerta contra nova onda de covid

Vacinação é o trunfo brasileiro para evitar que chegue aqui o avanço da doença como na Europa e nos EUA

Diante de uma realidade mais controlada da pandemia da covid-19, o Brasil assiste a alguns países da Europa e os Estados Unidos enfrentarem uma nova onda de casos e mortes pela doença e à retomada de restrições. O problema lá fora acontece por um conjunto de fatores, como uma

baixa taxa de cobertura vacinal em alguns países, além da presença da variante delta – conhecida por ser mais transmissível -, além da aproximação do inverno no Hemisfério Norte.

Apesar de terem desembarcado, na manhã de ontem, no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), mais de dois milhões de doses de vacinas contra a covid-19 doadas pelos Estados Unidos, especialistas indicam que o Brasil não está alheio às novas ondas que acometem outras nações. Por causa disso, apontam estratégias que podem fazer o país não ter de voltar a conviver com uma escalada de mortes causadas pelo novo coronavírus.

André Bon, infectologista do Hospital Brasília, afirma que a vantagem brasileira é que a expansão da vacinação pode ser um fator inibidor do avanço da covid-19. ‘A cobertura vacinal cada vez mais ampla na nossa população nos dá certa segurança quanto a essa questão’, salienta.

O infectologista lembra que a adesão às campanhas de vacinação no Brasil é mais um aspecto que o diferencia de outros países. ‘A gente tem, culturalmente, uma população que adere muito à vacinação, bem maior do que países europeus e Estados Unidos’, observa.

Infectologista do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, Valéria Paes concorda e ressalta que o momento de maior tranquilidade vivido no Brasil está relacionado à vacinação, que já imunizou completamente contra a covid-19 131 milhões de pessoas. ‘Como vemos lá fora, esse aumento de casos ocorre principalmente entre os não vacinados. Temos que buscar quem não tomou a primeira dose e fazer com que quem tomou apenas esta tome a segunda’, aponta.

Terceira dose

Jonas Brant, epidemiologista e coordenador da sala de situação de saúde da Universidade de Brasília (UnB), lembra que a dose de reforço vem como um ‘ganho’ no combate contra uma nova onda de covid-19. ‘A gente tem visto que, a partir do quinto ou sexto mês, a imunidade contra o vírus começa a diminuir. Logo, a aplicação da dose de reforço garante que as , pessoas voltem a ter um nível alto de imunidade contra o vírus’, explica.

Na semana passada, o na passada, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da aplicação da injeção adicional, que agora deve ser ministrada a toda a população adulta brasileira cinco meses depois da segunda dose. Valéria Paes vê o anúncio da expansão da dose de reforço como uma vantagem do Brasil.

‘O fato de essa terceira dose ser viabilizada no Brasil, antes de uma nova onda, diferentemente da Europa, é uma vantagem. Começar a vacinar quando já se vive um aumento de casos é pior. Se a gente puder antecipar essa injeção para evitar uma nova onda, com certeza ela vai ajudar a evitar um aumento de casos’, avalia.

Atenção

Brant e os especialistas ouvidos pelo Correio ressaltam que, apesar de tudo, o Brasil não está alheio às novas ondas que acometem outros países. O epidemiologista diz que é preciso estar atento à situação da Europa.

‘Com as férias de fim de ano, há um grande trânsito entre o Brasil e Europa, e isso pode nos levar a ter um maior número de exposições a outras variantes do vírus’, alerta. Ele explica que essas novas cepas podem ganhar vantagem na ‘competição’ com outras que circulam no Brasil.

Além disso, Jonas Brant reforça que a vacinação sozinha não é suficiente. Ele elege o tripé ‘vigilância, organização dos serviços (para detectar os casos rapidamente) e ações de bloqueio’ como determinante para evitar uma nova onda.

‘O Brasil tem apostado muito no fortalecimento da vacinação. Mas também precisa fortalecer a atenção primária, a vigilância e a testagem para que estejamos preparados para detectar rapidamente qualquer nova variante, novos casos, e isolar essa transmissão’, observa.

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CONSULTOR JURÍDICO

Artigo – Direitos dos usuários de planos de saúde estão ameaçados pelo STJ

Tatiana Viola de Queiroz

Hoje em dia os beneficiários de planos de saúde particulares, ao precisarem realizar tratamentos que não estejam incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), caso não consigam a liberação de forma administrativa, em 95% dos casos recebem esse aval via decisão judicial.

O usuário tem o amparo da Lei 9.656/98, que dispõe sobre planos e seguros-saúde e determina cobertura obrigatória para as doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e de Problemas Relacionados à Saúde (CID 10), que é uma relação de enfermidades catalogadas e padronizadas pela Organização Mundial de Saúde.

E por que esse acesso ao tratamento é conseguido em quase 100% dos casos? Porque o rol de procedimentos da ANS estabelece o mínimo obrigatório que as operadoras de saúde devem cobrir, como determinou a Resolução nº 10, de 3 de novembro de 1998, que dispôs sobre a elaboração do rol de procedimentos e eventos em saúde que constituem referência básica, e fixa as diretrizes para a cobertura assistencial.

Assim, apesar do problema enfrentado pelos usuários com negativas das operadoras – que muitas vezes insistem em negar atendimento alegando que, se tal procedimento não constar no rol, não têm a obrigação de o custear -, a situação é facilmente revertida no Judiciário, que em todo o país tem o entendimento quase pacificado de que o rol é exemplificativo, e não taxativo.

É importante ressaltar que uma listagem emitida por órgão regulador não pode se sobrepor à Lei 9.656/98, nem ao Código de Defesa do Consumidor – ou seja, não pode limitar o que a lei não restringiu. A autonomia do médico em prescrever o tratamento mais adequado também é fundamental. Isso significa que o médico é o responsável pela orientação terapêutica, de forma que se a enfermidade demanda tratamento específico, não é porque não está no rol que não deve ser custeado.

Ameaça por decisão do STJ

Contudo, essas conquistas estão ameaçadas pelo Superior Tribunal de Justiça, que está votando se o rol deve ser considerado taxativo ou exemplificativo.

No dia 16 de setembro, o relator da ação, o ministro Luis Felipe Salomão, votou pela natureza taxativa do rol de procedimentos da ANS, sustentando que a elaboração do rol tem o objetivo de “proteger os beneficiários de planos, assegurando a eficácia das novas tecnologias adotadas na área da saúde, a pertinência dos procedimentos médicos e a avaliação dos impactos financeiros para o setor”.

Entretanto, o relator levantou hipóteses excepcionais em que seria possível obrigar uma operadora a cobrir procedimentos não previstos expressamente pela ANS – como terapias que têm recomendação expressa do Conselho Federal de Medicina e possuem comprovada eficiência para tratamentos específicos. O ministro também considerou possível a adoção de exceções nos casos de medicamentos relacionados ao tratamento do câncer e de prescrição off label – quando o remédio é usado para um tratamento não previsto na bula.

Salomão destacou que a Lei 9.961/2000, que criou a ANS, estabeleceu a competência da agência para a elaboração do rol de procedimentos de cobertura obrigatória. Ele também apontou que a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998), em seu artigo 10º, parágrafo 4º – cuja redação mais recente foi dada pela Medida Provisória 1.067/2021 -, prevê que a amplitude das coberturas no âmbito da saúde suplementar, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será estabelecida em norma editada pela ANS.

Em seu voto, Salomão ressaltou que a Resolução Normativa 470/2021 fixa o rito para a atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde. Para a atualização da listagem atual (Resolução ANS 465/2021) – segundo o relator -, foi realizada ampla consulta pública, que resultou na incorporação de 69 novos procedimentos. O julgamento foi adiado por causa do pedido de vista da ministra Nancy Andrighi e não tem data definida.

Rol da ANS x direitos do consumidor

Na prática, o que acontecerá se o STF decidir a favor da natureza taxativa do rol da ANS é que, para tudo aquilo que não estiver expressamente inserido no rol, o consumidor terá que procurar o SUS ou, ainda, pagar de forma particular. Ou seja, o paciente pagará uma mensalidade caríssima de plano de saúde e tudo aquilo que estiver fora do rol ainda terá que custear à parte, ou aguardar a assistência do SUS.

Para termos ideia, no caso do tratamento para o autismo, por exemplo, isso será totalmente inviável de duas formas, pois, na via particular, o tratamento não custa menos de R$ 10 mil mensais e, pelo SUS, quando se conseguem as terapias, são sessões que duram apenas 15 minutos, uma vez por semana. Ou seja, a legislação que determina a integralidade do tratamento não será cumprida e esses pacientes não terão a devida assistência.

Entre esses tratamentos está a terapia ABA, assim como o método Denver, ou psicomotricidade, fisioterapia com método cuevas medek, fonoaudiologia com método prompt e pecs e tantos outros tipos de terapias, sem falar no home care.

Tratamento oncológico entre outros

Além disso, a decisão deve afetar os tratamentos oncológicos, em que somente medicamentos expressamente indicados no rol serão cobertos, assim, por exemplo, aquele paciente que tiver alergia ao componente da químio que consta no rol e precisar se tratar com outra medicação terá de pagar o valor de R$ 40 mil por uma única caixa do medicamento.

Os tratamentos e cirurgias cardíacas, o botox para enxaqueca, a bomba de infusão de insulina para diabetes e tantos outros recursos para as mais diversas patologias em que hoje o paciente consegue o custeio do plano de saúde – ainda que por meio de ação judicial – também não serão mais custeados se o STJ votar pela taxatividade do rol.

Infelizmente, a decisão a favor da taxatividade só irá favorecer e aumentar os lucros das operadoras de planos de saúde, que continuarão cobrando valores altos dos clientes, com reajustes ilegais, e para qualquer tratamento que estiver fora do rol o consumidor terá de pagar de forma particular ou entrar na fila do SUS.

Uma decisão do STJ aprovando a taxatividade será um grande retrocesso para todos, especialmente para os beneficiários de planos de saúde. Cabe a todos nós, como sociedade, exigir que nossos direitos já garantidos por lei não sejam perdidos.

Tatiana Viola de Queiroz é advogada, sócia-fundadora do Viola & Queiroz Advogados (escritório especialista em autismo), pós-graduada e especialista no transtorno do espectro autista pela CBI of Miami, pós-graduada e especialista em Direito Médico e da Saúde, Direito do Consumidor, Direito Bancário e Direito Empresarial e membro efetivo da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB-SP.

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A REDAÇÃO

Pessoas entre 30 e 39 anos já podem tomar 3ª dose em Goiânia; veja condições

Goiânia – Goiânia começa, nesta segunda-feira (22/11), a aplicar a terceira dose da vacina contra a covid-19 em moradores entre 30 e 39 anos. O pré-requisito é que a pessoa já tenha tomado a segunda dose há cinco meses, ou seja, até o dia 22 de junho.

A nova etapa de imunização ocorre após o Ministério da Saúde anunciar, na semana passada, a necessidade do reforço vacinal para todas as pessoas acima de 18 anos. Na capital, esse novo calendário é dividido por faixa etária.

Nos dias 25 e 26 de novembro, Goiânia amplia a abrangência para pessoas entre 18 a 29 anos. Os imunizantes estão disponíveis em todas as 61 salas de vacinas, além do drive-thru do Shopping Passeio das Águas.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recomenda que euem ainda não completou os cinco meses dentro do cronograma apresentado só deve comparecer aos postos assim que o prazo for atingido.

A campanha contra a covid-19 também segue aplicando a primeira dose em pessoas a partir de 12 anos e que ainda não iniciaram o processo de imunização. E ainda, segunda dose.

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Covid-19: Goiás confirma 23 mortes nas últimas 24 horas e 547 novos casos

Depois de dois dias sem registro de novas mortes por covid-19 no Estado, Goiás confirmou 23 óbitos identificados nas últimas 24 horas. De acordo com o boletim diário da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), foram identificados 547 novos casos da doença entre a tarde sábado (20/11) e o mesmo horário deste domingo (21/11).

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Goiás totaliza 24.443 mortes por covid-19 em cidades goianas. Já os casos confirmados da doença chegaram a 826.492 na tarde deste domingo. Das infecções identificadas pelo coronavírus no Estado até o momento, 895.456 são casos de pessoas que se recuperaram da covid-19. Outros 581.598 casos são tratados como suspeitos.

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JORNAL OPÇÃO

Servidores de hospital em Aparecida entram em greve por falta de pagamento

Por Aline Carlêto

Unidade é administrada por Organização Social que acumula atraso em contratos desde março de 2020

Os servidores do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) entraram em greve por falta de pagamento de salários. A unidade é administrada pela Organização Social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que acumula atrasos no pagamento de contratos desde março de 2020. A dívida com a empresa responsável pelos funcionários é de R$ 2,2 milhões.

A paralisação na unidade é parcial. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Erivânio Herculano, atribuiu o problema ao modelo de terceirização.

Para o diretor, o modelo, feito para resguardar direito dos trabalhadores, virou contra eles. “Os trabalhadores estão trabalhando e passando necessidade, e, agora, sendo despejados sem nenhum tipo de respaldo e humanidade”, afirmou o líder.

Prestadores de serviços de recepção, manutenção, maqueiros e limpeza do hospital são terceirizados pela DM SERV, credora da OS. Outra contratada, a Suprema Terceirização, também relatou atraso, referente ao mês de novembro, na folha de pagamento de seus colaboradores.

Operação Falso Positivo

No início do mês, a polícia deflagrou uma operação em que investiga irregularidades cometidas pelo IBGH. Foram encontrados documentos que levantaram suspeita de superfaturamento na prestação do serviço e desvio de dinheiro público.

A direção do Sindsaúde registrou denúncia no Ministério Público do Trabalho de Aparecida de Goiânia contra a gestão terceirizada da unidade.

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Assessoria de Comunicação