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DESTAQUES
Senado aprova MP que recria Mais Médicos, e medida segue à sanção presidencial
‘Existe uma falsa ideia de que o genérico é cópia’, diz CEO da Cimed
STF vai retomar análise do piso salarial da enfermagem nesta sexta-feira (23)
Produtos médicos desvalorizaram mais de 35% desde 2015
Como a adoção de ferramentas tecnológicas promove melhorias na experiência clínica dos pacientes
Em mutirão inédito, Goiás amplia realização de cirurgias urológicas
PORTAL TERRA
Senado aprova MP que recria Mais Médicos, e medida segue à sanção presidencial
A medida provisória que modifica o programa Mais Médicos, permitindo a prorrogação de contratos e o pagamento de indenizações para incentivar a presença dos profissionais de saúde em áreas de difícil fixação, foi aprovada pelo Senado nesta terça-feira, informou a Agência Senado.
O texto, que segue para a sanção presidencial, também garante a formação de especialistas em medicina de família e comunidade, na intenção de reduzir a carência de profissionais de atenção primária em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS), informou a agência.
O texto aprovado pelo Congresso prevê que médicos intercambistas participem do programa por quatro anos sem a necessidade de revalidação de médicos formados fora do país, e não mais por 8 anos, como previa o texto original da MP. A necessidade de revalidação dos diplomas foi um dos temas mais controversos da proposta.
O pagamento de indenização a médicos para que atuem por mais tempo em áreas vulneráveis ou de difícil fixação está dividido em três modalidades: bolsa-formação, bolsa-supervisão e bolsa-tutoria.
Também está previsto o pagamento de mais uma indenização destinada a médicos graduados com financiamento do Fies, caso ele obtenha título de especialista ao participar de programa de residência em medicina de família e comunidade por 24 meses sem interrupção.
Ainda segundo a Agência Senado, o governo estima inicialmente impacto financeiro de 712,5 milhões de reais em 2023 e de cerca de 3 bilhões de reais para os próximos anos, incluídos no orçamento do Ministério da Saúde.
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‘Existe uma falsa ideia de que o genérico é cópia’, diz CEO da Cimed
Executivo defende a qualidade e urgência do remédio mais barato e quer ter uma fintech farmacêutica
Trabalhando em família desde os 15 anos, hoje pai de cinco filhos, João Adibe Marques é visto no mercado como um empresário “fora da curva”. Começando num endereço da Praça da Sé, em São Paulo, onde disputava compradores no final dos anos 80, fez de sua empresa, a Cimed, um “case” de verticalização no setor farmacêutico, assumindo, além dos medicamentos, as áreas de embalagem e transporte. Além disso, com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, tornou-se um fenômeno nas redes, onde dá dicas de empreendedorismo. Em outra frente, fez da Cimed uma patrocinadora do Palmeiras, do Cruzeiro e da seleção brasileira.
Uma de suas batalhas hoje é pela expansão dos genéricos. Responsáveis por 35% do mercado farmacêutico brasileiro, ele os vê como indispensáveis num País de tantos compradores pobres. Em um balanço pela passagem do Dia do Genérico, em 20 de maio, João Adibe, como é conhecido, admitiu que desafios não lhe faltam. A começar pelo fato de que “existe uma resistência, uma falsa ideia de que o genérico é uma cópia” – como se valesse menos que o remédio original. Não faz sentido, adverte, dado o rigoroso processo de fiscalização da Anvisa.
Vocês verticalizaram seu modelo de atuação. Pode explicar a razão disso?
A Cimed, na verdade, é o único caso de verticalização no setor, iniciado em 1990. Conseguimos estar em praticamente todas as farmácias do País – são 80 mil, das quais 62 mil independentes, pequenas, que crescem mais que as redes. Dispomos de distribuição própria, desde a fábrica da embalagem aos medicamentos e à transportadora. O próximo passo é sermos também uma fintech, para financiar diretamente as farmácias.
Como isso funcionaria?
A verticalização vem da estrutura de embalagem, fábrica e distribuição, certo? Hoje a gente já está dando crédito a farmácias por não ter outro intermediário. Então por que não criar uma operadora financeira para esse canal?
De que modo pensa levar avante esse projeto?
A gente já começou esse modelo. Porque a maioria das farmácias do País, essas 62 mil pequenas, e mais independentes, atuam tanto em cidades pequenas como metrópoles. E em muitos casos funcionam na prática como um posto de saúde, dependendo da região onde atuam.
Além disso, já existem em muitos lugares as consultas médicas via internet.
Sim, o que levou também às receitas eletrônicas. Novas funções. Daí que hoje a farmácia é o segundo lugar mais visitado do País depois do canal alimentar. Vende produtos de higiene e beleza também. Em alguns Estados do País, até comida.
Aos 47 anos de existência, como define a posição da sua empresa no mercado?
Nossa previsão de faturamento para 2023 é de R$ 3 bilhões. Desses, R$ 1,2 bilhão vem dos genéricos. Lançamos em média de dez a 20 produtos por ano. Nosso portfólio possui 80 moléculas, queremos chegar a 200 em três anos. No Brasil, os genéricos representam 35% do mercado, mas acreditamos muito no seu crescimento. Nos EUA, já chegam a 90%.
Vocês fabricam o produto original ou importam?
As matérias-primas são 100% importadas, o Brasil depende 99% disso. É que a China e a Índia, por causa de sua enorme população, produzem esses itens em alta escala, é impossível concorrer com eles. Veja só, o Brasil tem 300 farmacêuticas; a Índia, 4 mil.
Como vê hoje as atuações do SUS e da Anvisa?
Com o SUS, o Brasil deu uma aula de sistemas de saúde para o mundo. Sinto orgulho dos dois, porque são órgãos técnicos. No caso da Anvisa, quando se fala em regulamentação. Ela dá todo o parâmetro legal que uma empresa precisa ter. Porque é um órgão técnico, não um órgão político.
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AGORA NOTÍCIAS BRASIL
STF vai retomar análise do piso salarial da enfermagem nesta sexta-feira (23)
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para sexta-feira (23) o início do julgamento sobre a liberação do pagamento do piso nacional da enfermagem. A ação sobre o assunto será julgada no plenário virtual, em sessão aberta até as 23h59 de 30 de junho.
O pagamento do piso foi liberado em maio pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, mediante a aplicação de uma série de especificações e condicionantes. Agora, os demais ministros julgam se referendam ou não essa decisão.
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O caso começou a ser julgado em maio, com os votos de Barroso e Edson Fachin. Um pedido de vista (mais tempo de análise) de Gilmar Mendes, entretanto, adiou o desfecho. Uma tentativa de retomada foi feita em 16 de junho, quando Gilmar Mendes apresentou voto assinado em conjunto com Barroso, ato inédito no Supremo. Contudo, nova vista pedida por Dias Toffoli novamente impediu a continuidade da análise.
Uma costura interna permitiu que o caso voltasse a pauta nesta sexta (23), o que possibilita que uma decisão seja tomada antes do recesso de julho no Judiciário, salvo se houver nova vista ou pedido de destaque, que remeteria a ação para deliberação presencial no plenário físico.
Entenda
O pagamento do piso foi suspenso pelo Supremo no ano passado, depois de a medida ter sido aprovada no Congresso e sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A justificativa para a suspensão foi que a legislação não previa fonte de custeio para os pagamentos, afetando diretamente o orçamento de municípios e estados, por exemplo.
Pela decisão de Barroso que liberou o pagamento, estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal. A ordem foi proferida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso. Segundo as unidades federativas, contudo, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões, mais do que o previsto para suplementar o pagamento.
Pelo novo voto conjunto apresentado por Barroso e Mendes, em caso de eventual insuficiência de recursos federais, a União poderá abrir crédito suplementar mediante a destinação de emendas parlamentares destinadas à saúde.
No caso do setor privado, o voto conjunto propõe prazo de 60 dias para que empresas e sindicatos conduzam negociações coletivas que flexibilizem o valor do piso. Tal medida visa manter empregos, justificaram Barroso e Mendes, e prevê “tempo razoável” para eventual flexibilização do valor.
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MEDICINA S/A
Produtos médicos desvalorizaram mais de 35% desde 2015
O setor de produtos para a saúde – dispositivos médicos implantáveis (DMIs); equipamentos para diagnóstico por imagem; e reagentes para Diagnóstico in Vitro (IVD) – acumula deflação nos preços de licitações de 35,7%, nos últimos sete anos. Os dados são do estudo ‘Índice ABIIS Compras Públicas’, comparativo entre 2015 e 2021, da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), que acaba de ser publicado. Foram analisados 13 itens representativos no contexto das compras do SUS, descontando a inflação do período medida pelo IGP-DI.
A queda mais significativa foi de DMIs, com baixa real de preço de 42,3% no período. Os produtos analisados nesta cesta foram: prótese total primária de joelho, prótese para artroscopia de quadril, stent coronariano com fármaco, marcapasso, ressincronizador e cardiodesfibrilador. As vendas por licitações públicas do segmento de reagentes desvalorizaram 30,2% (cesta composta por: teste HIV, teste TSH, teste Vitamina D e hemoglobina glicada HbA1c). Já os equipamentos por imagem que fizeram parte do estudo foram ressonância magnética, tomógrafo e ecógrafo com análise espectral doppler. A média de defasagem de preço verificada nessa categoria, de 2015 até 2021, foi de 29,4%.
O diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes, destaca que “o estudo revela o que sempre soubemos: os dispositivos médicos não são os vilões da saúde. Na verdade, eles são fundamentais para aumentar a produtividade e resolutividade do sistema, uma vez que a tecnologia antecipa diagnósticos, permite tratamentos mais completos e eficazes e reduz tempo de internações”.
Quando analisados individualmente, os produtos com maior defasagem de preço foram: Stent coronário (-79,3%), prótese de joelho (-65,8%) e teste HIV (-62%) e aparelho de ressonância magnética (33,3%). “A desvalorização desmedida destes e de outros itens coloca em risco a sustentabilidade do setor como um todo. Empresas quebram porque não conseguem praticar valores tão estrangulados”, alerta.
O estudo ‘Índice ABIIS Compras Públicas’ foi realizado pelos economistas Emerson Fernandes Marçal – coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da FGV-EESP. Tem experiência na área de Finanças e Macroeconomia Aplicada, com ênfase em Métodos Quantitativos e Análise de Séries de Tempo; e Patrícia Marrone – sócia-diretora da Websetorial.
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DOCUMENT MANAGEMENT – ONLINE
Como a adoção de ferramentas tecnológicas promove melhorias na experiência clínica dos pacientes
Por Ana Paula R. Lima é Executiva Comercial, da Wolters Kluwer, Health Brasil.
Ferramentas de suporte à decisão clínica (SDC), quando implantadas no ponto de atendimento de maneira eficiente, podem otimizar os resultados do setor de saúde, uma vez que impactam a experiência dos pacientes e a performance do médico. No entanto, para que isto ocorra, é preciso que essas tecnologias integrem-se perfeitamente não apenas ao fluxo de trabalho dos profissionais de saúde, mas também ao sistema já existente no hospital, a fim de facilitar e não exacerbar a carga de trabalho do corpo clínico.
Geralmente, quando um hospital demora para aderir estas soluções, é por conta dos desafios relacionados a sua usabilidade, a falha dos fabricantes em entender as reais necessidades dos médicos e, ainda, a dificuldade em integrar a solução ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).
Por outro lado, ferramentas de SDC de ponta podem ajudar, e muito, os profissionais de saúde a identificarem padrões e realizarem diagnósticos baseados em evidências, prescrevendo tratamentos ainda mais seguros. Isto porque, essas tecnologias devem ser desenvolvidas com o objetivo de promover maior efetividade clínica.
Fadiga de alertas
Outro ponto de atenção é com relação aos alertas gerados por essas ferramentas, uma vez que são muitas as demandas e desafios que os médicos precisam lidar diariamente, e, em um cenário pós-pandemia, muitos já estão à beira do esgotamento. Desta forma, quando estas soluções são adicionadas a sua rotina com alertas em excesso, os profissionais tendem a ignorá-los.
Isto causa uma fadiga de alerta, fenômeno psicológico desenvolvido quando médicos frequentemente são expostos a informações irrelevantes para as questões de saúde de seus pacientes. Quando isto ocorre, a efetividade das informações diminui significativamente, pois o médico passa a anulá-las sem antes considerá-las. Além disso, ineficiências e fadiga de alertas aumentam a possibilidade de os profissionais perderem observações cruciais para os pacientes.
No entanto, com os avanços das tecnologias, a melhor colaboração e a aproximação mais holística do sistema e conteúdos em desenvolvimento, os alertas estão aumentando em qualidade e diminuindo em quantidade, uma vez que a união de funcionalidades passa a considerar o contexto dos pacientes, e essas informações serão melhores filtradas.
Benefícios das ferramentas de suporte à decisão clínica
Essas soluções, no ponto de atendimento, podem reduzir prescrições erradas, alertar médicos para um potencial efeito adverso ou interação com medicamento. Desta forma, ao integrar um formulário customizado no fluxo de trabalho, os hospitais podem, até mesmo, fornecer considerações de dosagens para um paciente em particular enquanto melhoram o gerenciamento do formulário.
Entre muitas outras funções, essas tecnologias também oferecem orientações atualizadas aos médicos quando e onde eles precisarem, possibilitando vigilância de detecção de doenças e integração com Prontuários Eletrônicos para identificação e monitoramentos mais rápidos de infecções adquiridas na área da saúde, além de apoiar de forma mensurável e sustentável o envolvimento do paciente.
Conclui-se, portanto, que a adoção dessas ferramentas tem crescido, mas usá-las em todo o seu potencial requer maior interoperabilidade, eficiência e facilidade de uso, incluindo alertas oportunos e integração efetivas com o PEP. Só assim, será possível otimizar significantemente a decisão clínica, reduzir erros de diagnóstico e prevenir disrupções no fluxo de trabalho.
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A REDAÇÃO
Em mutirão inédito, Goiás amplia realização de cirurgias urológicas
Goiânia – O Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad) promoveu dois dias intensivos de realização de cirurgias urológicas para reduzir o tempo de espera de crianças que precisavam do tratamento. No total, no sábado (17/6) e na segunda-feira (19/6), a unidade de saúde do Governo de Goiás somou 18 intervenções do tipo.
“É uma iniciativa que busca promover mais saúde e bem-estar aos nossos pacientes por meio da agilidade na assistência médica. Cada cirurgia planejada e realizada nesta ação é importante para reduzir o tempo de espera, aliviar a dor e oferecer mais qualidade de vida às crianças”, afirmou a diretora-geral do Hecad, Mônica Costa.
O mutirão contou com a participação de mais de 50 profissionais de saúde da unidade do Governo de Goiás, para que todos os procedimentos fossem realizados com equipes cirúrgicas completas e observação rigorosa dos protocolos de segurança do paciente.
Segundo o urologista Victor Rassi, o comprometimento das equipes foi fundamental para o alcance do resultado. “O empenho e o compromisso de cada profissional em fazer o máximo de cirurgias possível, com excelência e segurança, é o que nos permite chegar ao fim do dia com vários pacientes já de alta e um número expressivo de procedimentos realizados”, disse o médico.
Com a ação, o Hecad ampliou em 128% o quantitativo de cirurgias entre os meses de janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 822 cirurgias, de janeiro a maio de 2022, e 1.877 procedimentos cirúrgicos nos cinco primeiros meses de 2023.
Integralmente voltado à saúde das crianças, o hospital realiza mais de 230 tipos de cirurgias e é referência em procedimentos de alta complexidade, como separação de gêmeos siameses, reabilitação de fissuras labiopalatinas, reconstrução do trânsito intestinal em crianças e tratamento de malformações do aparelho urinário.
O Hecad ampliou em 128% o quantitativo de cirurgias entre os meses de janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 822 cirurgias, de janeiro a maio de 2022, e 1.877 procedimentos cirúrgicos nos cinco primeiros meses de 2023.
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Assessoria de Comunicação