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DESTAQUES
Palestra do Sindhoesg sobre Higienização Hospitalar destaca medidas para a prevenção de infecções
Emergência global por mpox: OMS não aconselha lockdown
Saúde exige cuidados que só uma gestão eficiente pode oferecer
FOCO NACIONAL
Palestra do Sindhoesg sobre Higienização Hospitalar destaca medidas para a prevenção de infecções
Na palestra promovida pelo Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás) no dia 16 de agosto, a enfermeira Luciene Paiva da Silva Potenciano proporcionou ao público formado por profissionais do setor de limpeza das instituições filiadas uma visão detalhada sobre a importância da higienização hospitalar.
Durante sua apresentação, Luciene Paiva enfatizou que a higienização ambiental nas unidades de saúde é um componente fundamental para garantir um ambiente seguro e saudável para pacientes e profissionais de saúde.
Ela alertou sobre a persistência de microrganismos patogênicos, alguns dos quais podem sobreviver por mais de cinco meses no ambiente hospitalar, o que aumenta o risco de transmissão de infecções, tornando a limpeza rigorosa ainda mais essencial.
Um ponto particularmente enfatizado foi a necessidade de uma correta e frequente higienização das cortinas de privacidade. Segundo Luciene Paiva, essas cortinas, que são frequentemente tocadas tanto por profissionais de saúde quanto por visitantes, podem se tornar veículos de contaminação se não forem devidamente desinfetadas. A falta de manutenção adequada dessas cortinas pode contribuir significativamente para a disseminação de patógenos nos ambientes hospitalares.
“A limpeza e desinfecção são pilares na prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)”, disse a enfermeira, que enfatizou que, além de proteger a saúde e segurança dos pacientes, práticas eficazes de higienização ajudam a reduzir a carga de infecções, minimizando os riscos e melhorando a qualidade do atendimento.
A palestra fez parte da programação educativa do Sindhoesg, que sempre aborda temas atuais e de interesse das instituições de saúde, com foco na qualidade assistencial e na segurança dos pacientes e profissionais. Ao promover eventos como este, o Sindhoesg reafirma seu compromisso com a excelência na saúde e segurança dos ambientes hospitalares.
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AGÊNCIA BRASIL
Emergência global por mpox: OMS não aconselha lockdown
Depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência em saúde pública de importância internacional, boatos sobre a possibilidade de novos mega lockdowns tomaram as redes sociais. A entidade, entretanto, não aconselhou Estados-membros a implementar nenhum tipo de isolamento social em massa para interromper a transmissão da doença, como o que aconteceu durante a pandemia de covid-19.
No último dia 14, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a declaração de emergência global por mpox no canal oficial da entidade no YouTube. Durante os 53 minutos de vídeo, em nenhum momento, Tedros recomenda aos Estados-membros a implementação de mega lockdowns para frear a disseminação da doença. “A OMS vem trabalhando para conter o surto de mpox na África e alertando que o cenário é algo que deve preocupar a todos nós”.
“A detecção e a rápida disseminação de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo, a detecção dessa mesma variante em países vizinhos que não haviam reportado casos da doença anteriormente e o potencial de disseminação em toda a África e além são muito preocupantes”, disse Tedros, à época, apelando por uma ação coordenada para conter a situação e salvar vidas.
Dois dias após a declaração e diante de um caso da nova variante registrado na Suécia, o primeiro fora do continente africano, Tedros avaliou que o cenário reforçava a necessidade de que todos os governos trabalhassem para combater o vírus de forma conjunta, sem citar, em nenhum momento, orientações relacionadas à mega lockdowns ou isolamento social em massa como estratégias para interromper a transmissão.
“Encorajamos todos os países a ampliar a vigilância, compartilhar dados e trabalhar para compreender melhor a transmissão; a compartilhar ferramentas como vacinas; e a aplicar as lições aprendidas em emergências de saúde pública de interesse internacional anteriores”, escreveu Tedros, em seu perfil na rede social X.
Na segunda-feira (19), a OMS divulgou uma lista de recomendações temporárias direcionadas a países que enfrentam surtos de mpox, incluindo, mas não de forma restrita, as seguintes nações: República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Dentre as orientações estão melhor coordenação da resposta à emergência, tanto em nível local quanto nacional, e o envolvimento de organizações humanitárias em áreas de refugiados e de insegurança.
Outro item da lista publicada pela entidade envolve melhorar a vigilância à doença, por meio da expansão do acesso a diagnósticos precisos e acessíveis, capazes de diferenciar as variantes de mpox em circulação. A OMS pede ainda que os países forneçam apoio clínico, nutricional e psicossocial a pacientes, incluindo, “quando justificado e possível”, o isolamento em unidades de saúde e orientação para cuidados domiciliares.
Outra recomendação feita pela entidade é que os governos estabeleçam ou reforcem acordos de colaboração para a vigilância e a gestão de casos de mpox em regiões de fronteira, com destaque para o fornecimento de orientações a viajantes, mas sem recorrer “de forma desnecessária” a restrições gerais envolvendo fluxos de viagem e de comércio.
Mpox X covid
Nesta terça-feira (20), o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, reforçou que o cenário mpox – independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 – não configura “uma nova covid”.
“Sabemos muito sobre a variante 2. Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo”, disse. “Sabemos como controlar a mpox e – no continente europeu – os passos necessários para eliminar completamente a transmissão,” completou.
Brasil
Na última quinta-feira (15), o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox no Brasil. A pasta informou que, desde a primeira emergência decretada em razão da doença, de 2022 a 2023, a vigilância para mpox se manteve como prioridade no país.
O ministério destacou que vinha monitorando atentamente a situação mundial e as informações compartilhadas pela OMS e por outras instituições e que já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil. A pasta anunciou ainda que negocia a aquisição emergencial de 25 mil doses contra a mpox junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Estamos numa fase em que o que é importante é a vigilância e o monitoramento”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. “Muitas vezes, as pessoas ficam ansiosas. A vacina sempre gera uma grande expectativa. Mas é importante reiterar que, nos casos em que se recomenda a vacinação, ela é muito seletiva, focada em públicos-alvo muito específicos até este momento”, completou.
Ainda durante a instalação do COE, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, lembrou que, dentro das configurações da nova emergência global instalada pela OMS, o Brasil está no nível 1, o menos alarmante, com cenário de normalidade para mpox e sem casos da nova variante. O último óbito pela doença em solo brasileiro foi registrado em abril de 2023.
De acordo com o ministério, o nível 2 refletiria um cenário de mobilização, com detecção de casos importados no Brasil; o nível 3, cenário de alerta, com detecção de casos autóctones esporádicos; o nível 4, situação de emergência, com transmissão sustentada em território nacional; e o nível 5, situação de crise, com uma epidemia de mpox instalada no país.
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MEDICINA S/A
Saúde exige cuidados que só uma gestão eficiente pode oferecer
O sistema de saúde brasileiro enfrenta hoje um enorme paradoxo: enquanto pacientes frequentemente reclamam do atendimento, os planos de saúde são considerados caros, as operadoras de saúde reportam déficits financeiros e os médicos recebem pouco a cada consulta. Não quero aqui entrar no mérito de quais motivos levam a essas considerações discrepantes, mas o fato é que a balança da saúde encontra-se claramente desequilibrada e mudanças são necessárias para corrigir o cenário.
Diante deste contexto, uma gestão integrada pode ser a chave para alcançar eficiência, qualidade e sustentabilidade nos custos da saúde. Isso porque, a integração permite uma visão holística dos processos, o que possibilita a identificação de gargalos e a implementação de melhorias contínuas nas diferentes áreas da saúde.
Há de se destacar ainda que esse tipo de gestão promove a padronização. Padronizar significa que todos os procedimentos seguem protocolos estabelecidos, reduzindo variáveis que podem comprometer a qualidade e a segurança do atendimento. Além disso, um gerenciamento eficaz facilita a integração de tecnologias avançadas, assim como aumenta a capacidade de resposta e reduz custos operacionais drasticamente.
A questão financeira, aliás, vale uma análise à parte. Embora exista um paradigma predominante na saúde que associa corte de gastos a impactos negativos, é preciso deixar claro que estamos falando de custos que serão deixados de lado por conta da maior produtividade operacional. Ao eliminar desperdícios e possíveis redundâncias, é possível gerar um atendimento mais qualificado e econômico a longo prazo. Até porque, uma gestão ineficiente, com diversos fatores como objetivos e prioridades distintas, traz desperdícios, custos desnecessários e prejudica toda a cadeia do cuidado.
A pandemia de Covid-19 trouxe à tona a necessidade urgente de uma gestão mais eficiente na saúde. Hospitais, clínicas e profissionais se viram no limite de suas capacidades, o que evidenciou que a saúde precisava avançar não apenas na rapidez do atendimento, mas na redução de custos e na melhoria dos processos médicos. Esse cenário caótico demonstrou a importância de passos estratégicos e a adoção de novos recursos e soluções rumo a uma gestão mais competente.
Tecnologia como fator preponderante
E já existem fatores que serão, sem dúvida alguma, essenciais para esse esforço em busca de maior eficiência. A tecnologia, por exemplo, assume um papel crucial na dinâmica de transformação. Além de aprimorar os próprios recursos médicos em si, ela permite a automação de processos. Dessa forma, é possível afirmar que a chegada de novas soluções trazem agilidade na rotina e a possibilidade do uso da mão de obra humana para atividades mais relevantes, algo essencial para a área do cuidado assistencial
Mais do que isso, há de se ressaltar ainda que o uso de ferramentas tecnológicas ajuda na melhora da capacidade de tomada de decisões estratégicas, o que torna o atendimento médico mais assertivo e qualificado como um todo.
A digitalização da saúde precisa ser amplificada ainda pelo uso da Inteligência Artificial (IA). Embora ainda incipiente e em fase de muitos testes, ela promete revolucionar o setor, proporcionando análises mais precisas e suportes diversos às atividades em Saúde. Ou seja, a adoção de IA deve transformar a gestão operacional e gerar ganhos significativos em eficiência.
Tempo de mudança
Não há dúvidas de que o cenário atual da medicina brasileira exige mudanças. Hoje, o principal desafio passa pelo alinhamento de todos os stakeholders da área – operadoras, SUS, hospitais, médicos, clínicas e pacientes – em busca de uma qualidade maior. Atualmente, o que temos é um diálogo fragmentado, onde cada parte defende seus próprios interesses, o que resulta em um sistema caótico e oneroso para todos.
O desafio de equilibrar os interesses dos diferentes players é real, mas não insuperável. Até por isso, a integração da gestão operacional não se trata de concentrar poder em um único local. É fundamental que o processo seja participativo e transparente, envolvendo todos. A comunicação clara e constante será essencial para construir confiança e garantir o alinhamento dos objetivos. A integração de diferentes perspectivas enriquece a tomada de decisões e certifica que as soluções implementadas atendam às necessidades como um todo.
*Rogério Guariniello é Diretor Geral do Hospital HELP.
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Assessoria de Comunicação