Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/09/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Médicos fazem a maior captação de órgãos do Tocantins
Falta de remédios e insumos no Hugo
Ministério do Trabalho, médicos e pacientes denunciam falta de remédios e atraso em cirurgia no Hugo
Artigo – A importância do Setembro Amarelo
Programa em Goiás leva atendimento de saúde às comunidades rurais

 

TV ANHANGUERA/TOCANTINS

Médicos fazem a maior captação de órgãos do Tocantins
https://glo.bo/2pg69ve
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TV ANHANGUERA/GOIÁS

Falta de remédios e insumos no Hugo
https://glo.bo/2pxhYNL
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PORTAL G1/GOIÁS

Ministério do Trabalho, médicos e pacientes denunciam falta de remédios e atraso em cirurgia no Hugo
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2018/09/21/ministerio-do-trabalho-medicos-e-pacientes-denunciam-falta-de-remedios-e-atraso-em-cirurgias-no-hugo-em-goiania.ghtml
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DIÁRIO DA MANHÃ

Artigo – A importância do Setembro Amarelo
A Campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), com apoio de entidades internacionais de prevenção ao suicídio. Setembro é o mês mundial de Prevenção ao Suicídio. Ao pesquisar as origens da campanha, vejo que muitos dos textos replicados falam em "celebrar" ou "comemorar" esse dia. Será mesmo correto falar em celebração ou comemoração para um evento tão grave? Seguramente não. Nem pela data em si, nem pela pouca eficácia que temos tido em, de fato, prevenir o suicídio, sobretudo porque há um grande descaso da sociedade e ainda um grande despreparo dos profissionais de saúde para lidar com a pessoa que está pensando ou que tentou se suicidar.
Em casa, na escola, entre os amigos, pessoas que pensam na possibilidade do suicídio como alívio para seu sofrimento psíquico são, muitas vezes, tratadas com descaso, desprezo e chacota. Nos serviços de saúde, sobretudo em prontos-socorros e pronto-atendimentos, essas pessoas geralmente são vítimas de violências verbais, do tipo: "quer morrer, faz direito" ou "minha filha, tanto paciente grave para atender aqui e você chega com essa frescura?"; e não raras vezes, de violências físicas, com utilização de procedimentos desnecessários ou invasivos, seja por despreparo, seja por perversidade, com o intuito de castigar aquela pessoa que já está sofrendo.
Estudos sobre suicídio mostram que, muitas vezes, o suicídio concluído, ou seja, quando a pessoa consegue de fato dar fim à sua vida, ocorre com muito mais frequência logo após uma tentativa de suicídio malsucedida. Talvez, o principal motivo seja realmente o fato de a pessoa continuar num estado de sofrimento e desejar exterminá-lo. Por outro lado, temos que pensar que esse novo ato que pode levar a pessoa à morte pode ser resultado do descaso, da falta de empatia de familiares e amigos, da falta de suporte adequado nos serviços de saúde. Não raras vezes, quando uma pessoa tenta suicídio e é levada a um pronto-socorro, ela recebe alta após compensada a parte clínico-cirúrgica (efeitos das medicações ingeridas, sutura de ferimentos, entre outros) sem ter sequer sido avaliada por um profissional de saúde mental. Em alguns casos, mesmo que essa pessoa seja avaliada por este profissional, ela recebe alta com receitas médicas, encaminhamentos e, na longa espera por uma consulta psiquiátrica ou atendimento psicológico, a esperança pode se esvair um pouco mais e culminar com um novo ato, que pode ser fatal.
Quando falo de longa espera por atendimento, não me refiro apenas ao atendimento no SUS. É claro que há uma defasagem imensa de profissionais e serviços de saúde mental e o atendimento extra-hospitalar, que deveria ser rápido nesses casos, pode chegar tarde demais. Mas esse problema também ocorre com frequência na rede privada, onde a espera para uma consulta psiquiátrica também pode demorar alguns meses nos convênios médicos.
Nos muitos anos em que trabalhei em serviços de emergência na cidade de São Paulo, atendi inúmeros casos de tentativas de suicídio e pude constatar que, quando uma pessoa que está pensando em se matar recebe atendimento adequado, com atenção, cuidado e sensibilidade; quando seus acompanhantes são bem orientados e quando você oferece opções mais rápidas de atendimento, com uma reavaliação ou uma consulta marcada em poucos dias, é possível fazer com que essa pessoa se vincule melhor ao tratamento, trazendo esperança e melhora da qualidade de vida. Entre 2014 e 2016, coordenei um serviço de atendimento de pacientes agudos, chamado "Ambulatório de Crise", no qual pessoas com quadros que haviam chegado no pronto-socorro eram atendidas poucos dias após, no máximo em uma semana após a alta hospitalar. O resultado era muito positivo: evitavam-se internações, diminuía-se o tempo de permanência no pronto-socorro e a pessoa já iniciava o atendimento ambulatorial, com maiores chances de vincular-se ao tratamento.
Concluindo, não adianta fazer uma campanha maciça contra o suicídio se não mudarmos a visão sobre o paciente suicida e sobre a pessoa em sofrimento mental; também é inútil oferecer "ajuda" nas redes sociais, copiar e colar mensagens de apoio num mural virtual se não formos realmente capazes de acudir e ajudar aquela pessoa. E, finalmente, não podemos banalizar a saúde física e mental, com "meses coloridos" que sejam pouco efetivos na prática.
(Marcelo Niel, médico psiquiatra e psicoterapeuta junguiano, doutor em Ciências pela Unifesp, supervisor clinico-institucional em Psiquiatria Clínica e Psicoterapia)
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O HOJE

Programa em Goiás leva atendimento de saúde às comunidades rurais
A ação é considerada referência no sistema público de saúde

Distante 420 quilômetros de Goiânia, Mineiros é um dos maiores municípios do estado de Goiás em extensão territorial. As comunidades rurais, que reúnem 10% dos 65 mil habitantes, são dispersas e ficam longe da área urbana, onde se concentram os equipamentos de saúde. Para levar atendimento a essas comunidades, caravanas com médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, assistentes sociais e técnicos da área da saúde percorrem a zona rural do município.
Os profissionais fazem palestras, ouvem as queixas dos moradores, examinam as pessoas, aplicam vacinas, fazem testes rápidos e distribuem medicamentos. O programa Cultivando Saúde, desenvolvido pela rede pública de Mineiros, é apontado pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), como uma referência de práticas bem-sucedidas do SUS e foi premiado na edição deste ano da mostra Brasil, Aqui Tem SUS.
O programa foi implantado em 2014 e conta com a participação, além dos profissionais da saúde, de sindicatos e associações rurais e órgãos públicos de assistência, como a Emater e a coordenação do Bolsa Família. “O município é grande e tem zonas rurais distantes uma das outras. Mesmo que tivéssemos UBS [Unidade Básica de Saúde] na zona rural, não chegaríamos a toda a população”, afirmou a dentista Janine Carvalho Martins, idealizadora do programa.
Segundo Janine, que é coordenadora de Saúde Bucal da rede pública de Mineiros, o programa foi criado para levar à zona rural os serviços da Estratégia de Saúde da Família realizados na cidade. A chegada da caravana da saúde às comunidades rurais é um evento que reúne também atividades culturais, esportivas e de lazer. Em média, entre 250 e 300 pessoas são atendidas, mas já houve casos de serem 400 atendimentos.
Cada ação envolve, além dos profissionais, uma unidade móvel com consultórios médicos e odontológico, uma ambulância e veículos para transportar os servidores e o material necessário à atividade. Entre os testes feitos estão os de sífilis, HIV, hepatite B, glicemia e PCA (para detectar câncer de próstata). Após a ação, a unidade móvel permanece na comunidade para dar continuidade aos atendimentos.
As ações básicas de saúde em Mineiros têm uma cobertura de 95% da população, segundo dados da prefeitura, que mantém um hospital municipal, com capacidade para atendimentos de baixa e média complexidade, além de quatro estabelecimentos privados conveniados do SUS. A rede pública inclui 11 unidades básicas de saúde, 22 equipes do programa Saúde da Família, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um centro de reabilitação, um Centro de Especialidade Odontológica (CEO), uma base do Samu e um Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
O município destina 24% da receita para a saúde, acima do mínimo constitucional que é 15%. A previsão é que em novembro, o hospital municipal inaugure a unidade de terapia intensiva (UTI).
Para reduzir mortalidade infantil, município no Paraná prioriza atendimento a gestantes
Em 2015, a mortalidade infantil em Marialva, município do centro-norte do Paraná com 35 mil habitantes, chegou a dez óbitos, o dobro em relação aos dois anos anteriores e acendeu o sinal de alerta na rede pública de saúde. “Percebemos que era necessário reorganizar o atendimento às gestantes”, contou a enfermeira Patrícia Hernandes, gerente da Atenção Básica da rede municipal de saúde. E o resultado positivo veio já no ano seguinte, quando o número de óbitos caiu para zero.
Neste ano, a experiência de Marialva foi premiada pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), na mostra Brasil, Aqui Tem SUS. As mudanças no atendimento às gestantes começaram a ser implantadas no fim de 2015. “Percebemos que a assistência não estava chegando a todas as gestantes e precisávamos melhorar esse atendimento”, afirmou Patrícia.
O programa começou com a capacitação dos profissionais de saúde da rede pública, passou pela adoção de um protocolo de atendimento e culminou com a descentralização dos cuidados com as futuras mães. Segundo Patrícia, o atendimento das gestantes até então era realizado nas clínicas da mulher pelos ginecologistas. “As gestantes não tinham vínculo com as equipes de Saúde da Família e perdíamos algumas no caminho, não conseguíamos acompanhar o final da gestão nem os primeiros tempos das crianças”, afirmou.
A solução foi descentralizar o atendimento, incluindo enfermeiros e clínicos gerais, deixando para os especialistas os casos de alto risco. Pelo protocolo de atendimento, as gestantes têm prioridade nas unidades de atendimento básico. Na primeira consulta, são recebidas por enfermeiras treinadas, que já solicitam os exames necessários. A partir daí são atendidas pelos clínicos gerais.
Após o nascimento, equipes de enfermagem continuam acompanhando a criança, para orientar as mães sobre amamentação e primeiros cuidados com o recém-nascido. Os números de óbitos, segundo Patrícia, vêm se mantendo baixos: cinco em 2017 e três em 2018.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação