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DESTAQUES
Anvisa aprova registro de teste para varíola dos macacos
Varíola dos macacos: ANS determina que planos de saúde cubram teste para doença
UniRV terá implantação da faculdade de medicina em Luziânia
Hecad realiza mutirão de cirurgias eletivas
Paciente é preso suspeito de xingar de ‘preta nojenta’ médica que foi socorrê-lo e dizer que sentia vontade de ‘dar tiro na cara’ dela
Goiás tem 1,5 mil pacientes na fila da espera por doações de órgãos
Conselho federal muda regras e facilita cessão temporária de útero
AGÊNCIA BRASIL
Anvisa aprova registro de teste para varíola dos macacos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (20) o primeiro registro, no Brasil, de teste para diagnóstico de varíola dos macacos. O kit molecular, fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), detecta regiões genômicas dos vírus Orthopox, Monkeypox e Varicella Zoster.
Segundo a Anvisa, o produto baseia-se em tecnologia de PCR em Tempo Real e é indicado para o processamento de amostras clínicas. Para conceder o registro, a agência analisou requisitos técnicos que incluem o desempenho clínico e o gerenciamento de risco, que servem para garantir adequabilidade do teste ao uso proposto.
“A avaliação do pedido de registro pela Anvisa levou 39 dias, incluindo 17 dias utilizados pela empresa solicitante para atender as exigências técnicas feitas pela agência. A avaliação dos testes para monkeypox ocorre em regime de prioridade na agência, conforme decisão da diretoria colegiada”, informou o órgão.
A publicação do registro consta na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. A disponibilidade do produto no mercado, de acordo com a Anvisa, depende da empresa detentora do registro.
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Varíola dos macacos: ANS determina que planos de saúde cubram teste para doença
O teste para diagnóstico da varíola dos macacos foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos que devem ter cobertura garantida por planos de saúde privados. A medida consta em uma nova resolução normativa aprovada nessa segunda-feira, 19.
Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária por causa da sua disseminação por diversos países desde maio. No Brasil, já são 7.019 casos e duas mortes, segundo dados divulgados na manhã desta terça, 20, pelo Ministério da Saúde.
Conforme a resolução normativa, os planos deverão cobrir os testes dos beneficiários que apresentarem indicação médica. O exame é realizado a partir de amostras de fluidos coletados diretamente de lesões que se manifestam na pele, usando um swab [cotonete estéril] seco. As análises permitem detectar a presença do vírus que causa a doença.
Segundo nota divulgada pela ANS, a incorporação do teste faz parte do processo dinâmico de revisão do rol, que já foi modificado 12 vezes em 2022, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos. No ano passado, foram aprovadas alterações no processo de atualização. Até então, a lista era renovada a cada 2 anos.
Com a mudança, as propostas passaram a ser analisadas de forma contínua pela área técnica da ANS, que avalia critérios variados como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre custo e efetividade.
“A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”, registra a nota divulgada pela ANS.
Transmissão
Há duas cepas conhecidas da varíola dos macacos. Uma delas, considerada mais perigosa por ter taxa de letalidade de até 10%, é endêmica na região da Bacia do Congo. A outra, que tem taxa de letalidade de 1% a 3%, é endêmica na África Ocidental e é a que tem sido detectada em outros países nesse surto atual.
Ela produz geralmente quadros clínicos leves e é causada por um poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como ocorre por outras doenças como a cowpox e a varíola humana, erradicada no Brasil em 1980 após campanhas massivas de vacinação.
A varíola dos macacos foi descrita pela primeira vez em humanos em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daí o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, eles são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vírus.
Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.
Sintomas
Após a contaminação, os primeiros sintomas aparecem entre 6 e 16 dias. As lesões progridem para o estágio de crosta, secando e caindo após um período que varia entre 2 e 4 semanas. O maior risco de agravamento envolve pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças com menos de 8 anos e pacientes com leucemia, linfoma ou metástase.
As primeiras ocorrências desse surto internacional teve início em maio na Europa e nos Estados Unidos. Segundo o último boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 7 de setembro, já foram notificados 52.996 em 102 países. Foram relatadas 18 mortes. Em julho, a OMS declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde pública de interesse internacional.
Não existe um tratamento específico para a doença. Como prevenção, a pessoa acometida deve ficar isolada até que todas as feridas tenham cicatrizado. Também é recomendado evitar contato com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Outra medida indicada pelas autoridades sanitárias é a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.
Embora as vacinas para a varíola humana sejam eficazes para combater o surto da varíola dos macacos, não há, por enquanto, previsão quanto a uma campanha para imunização em massa, tendo em vista a necessidade de produção de doses em escala mundial. Conforme recomenda a OMS, devem ter prioridade profissionais de saúde e pesquisadores laboratoriais. Em agosto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para que o Brasil importe o imunizante.
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JORNAL OPÇÃO
UniRV terá implantação da faculdade de medicina em Luziânia
As provas já estão marcadas para o próximo dia 26 de novembro
O prefeito de Luziânia Diego Sorgatto assinou na manhã desta terça-feira, 20, o convênio para a implementação do curso de medicina no município.
A instituição escolhida pelo gestor municipal foi a Universidade de Rio Verde (UniRV), que obteve a autorização do Conselho Regional de Medicina para a implantação do curso por unanimidade.
Na cerimônia — que aconteceu no Centro de Convenções da cidade — o reitor prof. Alberto Barella Netto anunciou, inclusive, o horário do vestibular: “Dia 26 de novembro, as 13h, em Luziânia. Esta vai ser a data do nosso primeiro vestibular no novo campus”, afirmou. Barella ainda explicou que os estudantes devem fazer cerca de 10 mil atendimentos mensais na rede pública e que um Centro de Especialidades Médicas será implantado em Luziânia.
Sorgatto ressaltou a importância desta realização para a ampliação de atendimentos em saúde no município. “Com a implantação do curso de medicina aqui, teremos médicos colaborando com nosso sistema público de saúde em seus estágios e internatos. Teremos uma verdadeira revolução em nossa cidade com esta grandiosa conquista” disse.
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Hecad realiza mutirão de cirurgias eletivas
Ao todo, 21 crianças realizaram procedimentos cirúrgicos durante o dia de campanha
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) realizou neste sábado,17, o 1º Mutirão de Cirurgias Eletivas para atender 21 crianças de Goiânia e do interior de Goiás. Além de internações e operações, ainda foram realizados exames e consultas pré-operatórias. O principal objetivo foi agilizar o atendimento de pacientes que já aguardavam na retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos na rede estadual de saúde.
“Esse mutirão foi pensado como forma de otimizar a fila de cirurgias eletivas e acabar com a espera de muitas crianças que aguardavam desde a pandemia e a migração do antigo Materno Infantil para o Hecad. A equipe toda se mobilizou para o planejamento e execução do mutirão. Conseguimos operar 21 crianças com sucesso até o início da tarde e quase todas tiveram alta no mesmo dia”, afirmou a coordenadora médica do Leito Dia, Maysa Carvalho.
“Planejamos, estruturamos, deixamos tudo certo para cumprirmos as cirurgias em um único dia realizadas com sucesso e excelência, e o resultado final foi a alegria dos nossos pacientes, junto ao nosso propósito de cuidar de vidas”, disse Cynara Porto, diretora técnica do Hecad.
Um dos casos atendidos durante a campanha foi o de Heitor Costa, de apenas nove meses, que sofria com dores por causa de uma hérnia. A mãe do bebê disse que mora em Goiatuba e que aguardava o procedimento cirúrgico há cinco meses, quando descobriu o problema. “Na semana passada, recebemos a ligação de que a cirurgia seria hoje, e foi um grande alívio”, comemorou a mãe..
Durante o dia, cerca de 50 colaboradores estiveram envolvidos nas ações e nos atendimentos. Incluindo membros de equipes de cirurgiões pediátricos, equipe multidisciplinar do centro cirúrgico, enfermagem, hotelaria, acolhimento e outros setores de apoio.
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PORTAL G1
Paciente é preso suspeito de xingar de ‘preta nojenta’ médica que foi socorrê-lo e dizer que sentia vontade de ‘dar tiro na cara’ dela
Ele vai responder, em liberdade, por injúria racial e desacato. Funcionária do Samu, Kássia Barcelos prestava atendimento ao suspeito.
Por Thauany Melo, g1 Goiás
Um homem de 43 anos foi preso em flagrante suspeito de cometer injúria racial contra uma médica que prestava atendimento a ele, em Iporá, na região oeste de Goiás. A funcionária do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Kássia Barcelos, de 27 anos, contou que ele a chamou de “preta, nojenta e feia” e disse que tinha vontade de “dar um tiro na cara” dela.
“Chorei muito, a gente passa por isso a vida inteira, as pessoas falam do cabelo, da pele. Me senti na obrigação de denunciar, por outras pessoas e pelos meus filhos que terei, que serão negros e podem passar por isso”, contou a medica.
Ao g1, a defesa de Jean Cleber Fernandes Costa afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto para não interferir no processo. O delegado responsável pelo caso, Eric de Meneses, afirmou que o homem negou ter ofendido a médica.
Em vídeo, a médica explicou que decidiu denunciar após ser orientada pelo namorado e por colegas. “Às vezes passa despercebido, as pessoas acostumam”, disse.
O caso aconteceu na segunda-feira (19). O suspeito passou por audiência de custódia e foi liberado nesta terça-feira (20). O delegado explicou que ele vai responder, em liberdade, por injúria racial e desacato.
“Apesar de ter dito que tinha bebido, ele não apresentava sinais de orientação. Como a médica é uma servidora pública, as ofensas se enquadram como desacato. Se ele for condenado, pode pegar até 3 anos de reclusão por crime de injúria racial 2 anos de detenção por desacato”, explicou.
Atendimento
Kássia Barcelos contou que a equipe do Samu foi acionada, por volta das 6h, para prestar atendimento ao homem no terminal rodoviário da cidade. “Disseram que ele estava inconsciente e fomos ajudá-lo. Quando chegamos lá, ele estava sentado e conversando. Perguntei o que ele estava sentindo, e, desde o início, ele foi ríspido, respondeu ‘vontade de dar um tiro na sua cara’. Continuei o atendimento e ele continuou com essas respostas, como ‘não estou sentindo nada preta feia’. Disse também que eu tenho cabelo ruim”, relembrou.
A médica explicou que, mesmo após as ofensas, ela continuou o atendimento. “Pedi para checar os sinais vitais dele e estava tudo normal. Eu orientei a mulher do guichê, que chamou o Samu, que se ele precisasse de atendimento novamente ela poderia nos chamar que retornaríamos” contou.
Segundo Kássia, ela só se deu conta do ocorrido quando chegou em casa. “Eu me senti ofendida, triste. Fiquei sem chão. Socorremos muitas vítimas em surto, tem certas coisas que a gente ouve e a gente sabe que as pessoas não estão conscientes. Mas ele estava consciente. Eu sou médica, estava prestando atendimento. Imagina o que ele não faz com pessoas que não estão prestando ajuda”, desabafou.
“Na hora foi tão conturbado. Atendi como deveria atendê-lo. Em casa, conversando com o meu namorado, percebi que não era só falta de educação. Então fui até a delegacia e denunciei”, explicou.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se pronunciou sobre o assunto e afirmou que espera que o caso seja apurado “com rigor” e que “a lei seja cumprida, com a punição do responsável”. O conselho orientou ainda que os médicos vítimas de violência entrem em contato com o conselho e também denunciem o caso à Polícia Civil.
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O HOJE
Goiás tem 1,5 mil pacientes na fila da espera por doações de órgãos
Até o momento, foram realizados 329 transplantes de órgãos no Estado
Dados da Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO) apontam que há 1.356 pacientes na lista de espera por doações de córnea, 242 aguardando por um rim e 5 na espera por um fígado. Outros 16 pacientes pacientes estão à espera de um transplante de medula óssea, segundo a Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) de Goiás. No Registro Nacional de Doadores Voluntários há 232 mil goianos cadastrados.
De janeiro a agosto deste ano, Goiás realizou 329 transplantes de órgãos e tecidos, conforme dados da SES. Neste Setembro Verde, mês que visa à conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, o quantitativo deve aumentar devido às campanhas promovidas pelas entidades e órgãos públicos.
No Estado, foram realizados transplantes de 55 rins, 4 de fígado, 246 de córneas, 11 de medula óssea e 13 músculo esquelético. São 39 doadores, dos quais foram captados 101 órgãos (74 rins, 19 fígados, 5 corações, 1 pâncreas e 2 pulmões), beneficiando, ainda, receptores que aguardavam na fila de transplantes em Goiás, São Paulo, Pará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
A gerente da Central Estadual de Transplantes (CET), Katiúscia Freitas, pontua o grande desafio para o aumento dos transplantes continua sendo a recusa familiar, já que 69% das famílias de Goiás ainda dizem não para a doação de órgãos, muito possivelmente por desconhecimento, mitos e tabus em torno desse tema. “Por esse motivo a importância de sensibilizar a população sobre o assunto, tendo em vista que quem decide pela doação é a família”, explica.
Fila de espera
O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no país, aponta o Ministério da Saúde. “Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande”.
Desse modo, para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a população sobre todas as etapas do procedimento, que começa com o diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na recuperação do paciente que recebeu um novo órgão.
Ato que salva vidas
Conforme o Ministério da Saúde (MS), a doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser doados partes do corpo, sejam órgãos ou tecidos de uma pessoa (doador), para serem utilizados no tratamento de outra pessoa (receptor), com a finalidade de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. A doação é um ato muito importante, pois pode salvar vidas.
“De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador”, aponta.
Passeio para incentivar doações
No próximo domingo (25), a CET realiza o 1º Passeio Ciclístico pela Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. O evento, que será realizado com apoio da Gociclo, faz parte do Setembro Verde e será realizado no Parque Areião, no Setor Marista. A concentração dos atletas está prevista para às 7h, com a saída às 8h15, do Parque Areião, seguindo até os parques Vaca Brava e Flamboyant, voltando ao Areião, totalizando um percurso de 12 quilômetros.
As inscrições, gratuitas, podem ser feitas por ciclistas profissionais e amadores, mas que estejam pedalando até 5 quilômetros com certa frequência. Os primeiros 300 inscritos vão receber kits com mochila, camisetas e squeeze. Os participantes deverão, obrigatoriamente, estar equipados de luvas, capacete, câmara de ar, kit remendo, bomba de ar e ferramentas compatíveis com sua bicicleta. A organização orienta ainda a fazer um check-in na bike, caso ela tenha sido revisada recentemente.
Uma empresa de táxi aeromédico em Goiânia realizou voo solidário ao Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, para o transporte de um coração e pulmão, que foram transplantados em pacientes assistidos pelo médico cirurgião cardíaco Ronaldo Honorato. A operação ocorreu na madrugada do dia 7 de setembro.
Após a notificação de morte encefálica de um homem, de 34 anos, no município de Presidente Prudente (SP), uma equipe com quatro médicos embarcou em um jato da Brasil Vida Táxi Aéreo, a partir do Aeroporto de Congonhas, às 0h40, para a captação dos órgãos a serem doados. Cada voo teve duração de cerca de uma hora.
“Foi uma operação muito especial e concluída com sucesso. Terminamos a cirurgia por volta das 6h da manhã e três horas depois o coração captado já batia no peito do paciente receptor”, explica Ronaldo Honorato. “Fruto de um esforço coletivo e uma logística aérea eficiente que salvou a vida de outras pessoas”, acrescenta o médico.
Depois de receber o novo coração, o receptor passa por protocolos, monitoramento e avaliação médica para que tenha 100% de sucesso em seu transplante. O receptor do pulmão também passará pelos mesmos protocolos durante o pós-operatório.
Tempo curto
O prazo entre a captação de um órgão e o transporte ao receptor potencial é um dos desafios para salvar a vida de quem espera por um transplante no Brasil. Segundo a empresa, foram mobilizadas previamente ambulâncias terrestres para que o deslocamento entre terminais e hospitais ocorresse com agilidade e segurança.
A Brasil Vida Táxi Aéreo, que já realizou outras operações para o transporte de órgãos, tecidos e equipes médicas, explica que um sistema nacional dedicado à logística destes procedimentos resulta em mais vidas salvas.
“Tivemos um avanço importante nos últimos anos, o Brasil é campeão em transplante público de órgãos, mas uma estrutura aérea eficiente e dedicada pode fazer com que mais brasileiros e até mesmo pacientes de outros países sejam salvos por meio da generosidade de nossa gente”, enfatiza o diretor comercial da Brasil Vida Táxi Aéreo Daniel Henrique.
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AGÊNCIA ESTADO
Conselho federal muda regras e facilita cessão temporária de útero
Novas diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a reprodução assistida põem fim à limitação no número de embriões gerados em laboratório. Outra novidade é a possibilidade de a gestação ocorrer no útero de uma pessoa fora do círculo familiar da paciente ? desde que não seja mediante dinheiro (a chamada barriga de aluguel).
As novas diretrizes foram publicadas ontem no Diário Oficial da União. Devem ser seguidas por médicos e pacientes no uso das tecnologias disponíveis para a reprodução assistida. Embora diversos projetos tramitem no Congresso Nacional, o Brasil não dispõe de lei para regulamentar o procedimento. Por isso, as resoluções do conselho federal são as referências para os médicos e pacientes.
O CFM prevê a “cessão temporária de útero” quando a paciente tiver contraindicação para a gestação. A mulher que cede o útero deve ter pelo menos um filho e ser parente consanguíneo de até quarto grau de um dos parceiros. Entretanto, a nova resolução agora prevê que, “na impossibilidade de atender a relação de parentesco, uma autorização de excepcionalidade pode ser solicitada”.
A gestação de substituição permanece sendo uma possibilidade para mulheres com problemas de saúde que impeçam ou contraindiquem a gravidez, para pessoas solteiras ou em uniões homoafetivas. Os pacientes contratantes dos serviços de reprodução assistida também continuam tendo a responsabilidade de garantir, até o puerpério, tratamento e acompanhamento médico e/ou multidisciplinar à mãe cedente do útero.
A cessão temporária de útero, no entanto, não pode “ter caráter lucrativo ou comercial”. Ou seja, a “barriga de aluguel” continua proibida no País.
De acordo com a nova resolução, o número total de embriões gerados em laboratório não é mais limitado. Anteriormente, podiam ser gerados, no máximo, oito. Segundo o texto, cabe aos médicos e pacientes decidirem quantos embriões serão usados na tentativa de engravidar.
Mulheres de até 37 anos podem implantar até dois embriões. Acima dessa idade, podem ser transferidos até três. Em caso de gravidez múltipla, é proibida a utilização de procedimentos para reduzir o número de embriões em gestação. A idade máxima das candidatas à gestação é de 50 anos. Mas são permitidas exceções com base em “critérios apontados pelo médico”.
Novas tecnologias não podem ser usadas para selecionar o sexo ou determinadas características biológicas da criança. Os embriões excedentes que sejam viáveis devem permanecer congelados e preservados, e os pacientes devem deixar registrado o destino dos embriões em caso de divórcio e morte. A doação é uma possibilidade.
CONDIÇÕES. Na resolução anterior, os embriões poderiam ser descartados mediante autorização judicial depois de três anos. Só podem doar óvulos ou espermatozoides pessoas acima dos 18 anos. O limite de idade para ser um doador é de 37 anos para mulheres e 45 anos para os homens. A mulher que cede o útero para gestação não pode ser a doadora de óvulos ou embriões. E a doação também não pode ter caráter comercial.
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Assessoria de Comunicação