Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/11/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES
Paciente denuncia goteira em Cais Novo Horizonte
Curso sobre uso medicinal da maconha será ministrado em Goiânia
Uso inadequado de antibióticos aumenta resistência de bactérias
Novo CEO da Qualicorp chega para 'mexer em tudo'

TV ANHANGUERA
Paciente denuncia goteira em Cais Novo Horizonte
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/paciente-denuncia-goteira-em-cais-novo-horizonte/8101698/
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A REDAÇÃO
Curso sobre uso medicinal da maconha será ministrado em Goiânia
Psiquiatra Ana Hounie apresenta conteúdo

Goiânia – A psiquiatra Ana Hounie, Doutora e pós doutora pela Faculdade de Medicina da USP, ministrará o curso Aplicações Clínicas da Cannabis Medicinal, no Oitis Hotel, dia 6 de dezembro, das 9 às 18 horas. O programa inclui informação sobre sistema endocanabinoides, as indicações clínicas e exposição de casos tratados como óleo fitoterápico. Ela vai abordar os benefícios do óleo artesanal, acessível e eficiente no tratamento de doenças que vão além das psiquiátricas e neurológicas, além dos óleos importados.

O tema polêmico, embora o plantio da Cannabis medicinal seja realidade no País, voltou à tona principalmente agora com decisão recente do dia 15 de outubro mais uma vez adiada na Anvisa. Alguns dirigentes do órgão pediram vistas dos projetos de liberação do plantio de Cannabis medicinal e da regularização de processos de fabricação de medicamentos.

O Brasil vai continuar apenas com o papel de importador dos produtos à base de canabinoides?Ou essa falta de posicionamento contribuirá para consumo medicinal de produção restrita de associações como a ABRACE, na Paraíba, de importados ou fabricados de forma caseira? Quem planta a erva para fins medicinais pode ser preso? O ônus de tratamento ficará para pacientes e poder público? O óleo será alvo de produção duvidosa e venda por charlatões na feira ou pela internet? A indústria farmacêutica vai conseguir barrar a produção artesanal para produzir e lucrar com os derivados isolados ou sintéticos?

A médica Ana Hounie, pós-doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, considera um retrocesso o adiamento dessa decisão, que estava prestes a ocorrer numa problemática que demora anos a avançar no país. Segundo ela, o momento exige união da sociedade, de pacientes, de médicos e representantes do povo. “O engavetamento desses projetos significou, além de derrota para o cidadão comum carente de medicamento de baixo custo, um grande retrocesso da saúde no Brasil”, avalia.

Exponente no Brasil e na América do Sul, por conta das pesquisas e da aplicação clínica do óleo derivado da Cannabis com diferentes concentrações de canabinoides no tratamento de seus pacientes, a médica Ana Hounie, pós-doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo programou um curso exclusivo para médicos. O programa visa a atrair médicos de várias especialidades, interessados em prescrever o produto fitoterápico reconhecido em todo o Planeta por suas propriedades terapêuticas.

O curso da Dra Ana Hounie em Goiânia começou a ser organizado em agosto, pelo médico psiquiatra goiano Airton Ferreira dos Santos Filho. Ele se formou em medicina na UFG, realizou residência médica em psiquiatria na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e estágio na Universidade de Amsterdam, no ano de 2009. Ele que conferiu in loco na Holanda, há 10 anos, o que a Cannabis medicinal pode proporcionar no tratamento de enfermidades físicas e psíquicas, reforça, portanto o retrocesso do Brasil neste campo.

“O objetivo desse curso é formar profissionais interessados na prescrição do medicamento para seus pacientes, bem como alertar sobre a importância de uma mobilização da categoria para cobrar do governo federal a regularização da fabricação do composto medicinal por via fitoterápica”, explica. Segundo o psiquiatra Airton Filho, ao contrário da produção dos derivados sintéticos da Cannabis, sendo mais conhecido o canabidiol (CBD),almejado pela indústria farmacêutica e inacessível à maior parte da população pelo seu alto custo, os óleosde Cannabis, com diferentes concentrações de canabinoides (CBD, THC) e outras substâncias com potencial terapêutico, podem ser a “luz no fim do túnel” para doenças cuja gravidade costuma progredir por falta de condições financeiras da população em arcar com remédios caros prescritos em seus tratamentos de saúde.

Confira abaixo a entrevista com a Dra Ana Hounie (Psiquiatra, PhD pela USP):

Podemos dizer que a atitude do governo na primeira quinzena de outubro jogou um balde de água fria em um processo avançado, fruto de anos de um trabalho árduo?

Sim. Ao pedir vistas dos dois processos em tramitação avançada por dirigentes da ANVISA, da liberação do cultivo para fins medicinais e do registro de medicamentos à base de Cannabis, o governo mina a esperança de doentes e médicos de todo o Brasil. Nosso medo é que a questão se prolongue e que um dos Diretores da Anvisa que tem nos apoiado , o Dr Dib, seja substituído. O Dr Dib teve papel essencial nos avanços para que a Cannabis medicinal se tornasse uma realidade no Brasil.

Como é obtido o canabidiol hoje pelos doentes?

O canabidiol pode ser importado na forma de cânhamo ou comprado na rede de farmácias brasileiras com o nome comercial Mevatyl. O Mevatyl possui 27 mg de THC e 25 mg de CBD por frasco, de modo que podemos dizer que a Cannabis já é liberada no Brasil, o que falta liberar é o plantio para fins medicinais e de pesquisa. Os óleos artesanais possuem concentrações variadas de THC e CBD. Com a regulamentação os óleos poderiam ser produzidos no Brasil, com menor custo que os importados. Por exemplo, o Mevatyl é vendido em farmácias ao preço de 1500 reais (com desconto),enquanto o composto fitoterápico na versão óleo artesanal pode ser obtido por um valor em torno de 400 reais, como o produzido por uma associação na Paraíba, a ABRACE. Enquanto o medicamento da farmácia em forma de spray concentrado num frasco de 30 ml dura, conforme o uso e gravidade da enfermidade, menos de um mês, o óleo artesanal é sublingual e, por conta do efeito comitiva, que é a sinergia de todos os compostos, pode durar até de 3 a 4 meses.

Por que muita gente, inclusive médicos, ainda acham que a Cannabis medicinal está em fase de estudos no Brasil e desconhece sua eficácia, ao contrário da população de outros países?

O canabidiol puro não apresenta tanta eficácia comoos extratos integrais. O problema é que, dada a proibição do cultivo, não existem muitos estudos com óleos artesanais. Uma coisa curiosa que ocorre com a Cannabis é que ela é amplamente usada no Brasil e no mundo, então sua segurança e eficáciajá são demonstradasem estudos de de fase 4, que é a observação dos efeitos na população depois que a substância entra no mercado. Então, precisamos de mais estudos de fase 3, mas para isso dependemos da liberação do cultivo. Na medicina baseada em evidências, os estudos são classificados de A a E. No caso da Cannabis medicinal, não existem muitos estudos A e B, e para isso precisamos da liberação do cultivo.

Então os estudos não podem ser baseados apenas no extrato da planta?

Podemos estudar os fitoterápicos, mas isso exige conhecimento e métodos apropriados. Quando estudamos os óleos integrais, estamos lidando com mais de 500 substâncias que se encontram na planta. A pesquisa com os compostos isolados não tem demonstrado tanta eficácia como vemos na prática clínica com os óleos integrais, por isso precisamos de mais estudos com os óleos integrais.

Cannabis é aplicada ao longo da história do homem há mais de 5 mil anos, uma planta que sobrevive evolutivamente e é usada em várias culturas para diversas moléstias não pode ser ignorada. Quando o CFM fala que existe evidência de eficiência da Cannabis apenas na epilepsia refratária ou na espasticidade da esclerose múltipla, está deixando de lado um corpo de evidências enorme.

Quais doenças têm sido tratadas com o óleo da cannabis com resultados que comprovam tratamento eficiente?

Temos eficácia em várias doenças, como as dores crônicas e doenças imunológicas (artrites, neuropatias, fibromialgia), doenças neuropsiquiátricas ( demências, ansiedade, depressão, insônia, doenças neurodegenerativas, Parkinson, epilepsia entre outras) . Os resultados também podem ser vistos em regeneração óssea como nas artrites, osteopenia e osteoporose, bem como em metástases ósseas e ainda na redução tumoral de vários tipos de câncer.

Ao seu ver, porque essa demora em regulamentar algo que vai trazer benefício ao cidadão comum?

O processo avançava no decorrer de anos e finalmente chegou em vias de decisão sobre formas de regulamentação na ANVISA. Cinco diretores tinham de votar e dois deles pediram vista nos dois projetos, um de registro de medicamentos com Cannabis e e outro da liberação do cultivo. Isso na prática significa que adiaram a votação de algo importante. Não sabemos os motivos, mas podemos especular sobre medo, preconceito, ignorância dos efeitos medicinais da planta, além de interferência de lobby da indústria farmacêutica que deseja investir nos canabinoides sintéticos, ou isolados, bem mais caros que o óleo artesanal. Corremos o risco também da votação desses projetos ficar para o ano que vêm e, até lá, o presidente da Anvisa, Willian Dib, que tanto contribuiu para o avanço do estágio atual, seja substituído e voltamos à estaca zero. O momento é de união da sociedade civil, das associações de pacientes, seus representantes no governo, doentes e médicos, que precisam cobrar dos deputados e indicar políticos para fazer pressão no governo e cobrar para que seja autorizado o cultivo no país.
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AGÊNCIA BRASIL

Uso inadequado de antibióticos aumenta resistência de bactérias

O uso consciente de antibióticos requer a atuação de diversos atores, que vão desde a população.

O uso consciente de antibióticos requer a atuação de diversos atores, que vão desde a população em geral até profissionais da saúde e indústria farmacêutica. Sem uma ação urgente, caminhamos para uma era pós-antibióticos, em que infecções comuns e ferimentos leves podem voltar a matar , alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Organização que promove até domingo (24) a Semana Mundial do Uso Consciente de Antibióticos. A programação teve início nesta segunda-feira (18).
Segundo a OMS, o uso inadequado de antibióticos faz com que as bactérias se alterem, tornando-se resistentes a medicamentos. Infecções como pneumonia, tuberculose e gonorreia, estão se tornando cada vez mais difíceis e, às vezes, impossíveis de tratar. A OMS estima que pelo menos 700 mil pessoas morrem por ano devido a doenças resistentes a medicamentos antimicrobianos e alerta que o número de mortes pode chegar a 10 milhões, a cada ano, até 2050, mantido o cenário atual.
Isso é um problema que tem se tornado cada vez mais grave. A resistência bacteriana hoje em dia é considerada uma das 10 maiores ameaças à saúde pública global. Infecções para as quais antigamente a gente tinha tratamento, hoje praticamente não temos mais opções , disse a chefe do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz, Ana Paula Assef, em entrevista à Rádio Nacional.
A pesquisadora ressalta que vários atores podem contribuir para reverter esse cenário. Profissionais da saúde podem ter mais cuidado e prescrever antibióticos de forma correta e consciente, escolhendo melhor o medicamento na hora de receitá-lo.
E a população também pode se proteger. Muitas vezes acontece de a gente usar o antibiótico que tem no armário da vizinha, ou da tia, que falou que usou aquele antibiótico para tratar uma infecção parecida. Não pode. A população tem que ter essa noção de que antibiótico só pode ser usado, que só adianta, para infecções bacterianas. E quem tem que receitar é o médico , afirmou.
Consumo no mundo
Relatório da OMS publicado no ano passado aponta grandes discrepâncias nas taxas de consumo entre os 65 países analisados, variando de aproximadamente quatro doses diárias definidas (DDD) por cada mil habitantes para mais de 64 doses diárias definidas por cada mil habitantes.
Segundo a organização, a grande diferença no uso de antibióticos em todo o mundo indica que alguns países provavelmente estão usando antibióticos, enquanto outros podem não ter acesso suficiente a esses medicamentos que salvam vidas.
No Brasil, a taxa de consumo é 22,75, a maior entre os países americanos com dados disponíveis. O país é seguido por Bolívia, com taxa de consumo de 19,57 doses diárias definidas por cada mil habitantes; Paraguai, com 19,38; Canadá, com 17,05; Costa Rica, com 14,18; e Peru, com 10,26.
De acordo com o médico infectologista Hélio Bacha, grande parte do uso do antibiótico no Brasil, especialmente o ambulatorial, é desnecessária. Há uma pressão muito grande por parte da população, que acha que antibiótico é medicação eficaz para todo tipo de infecção e há uma formação médica nem sempre adequada para distinguir o bom uso do antibiótico , destacou Bacha, que é consultor técnico representante da Sociedade Brasileira de Infectologia no Conselho Científico da Associação Médica Brasileira.
Bacha disse que grande parte das doenças infecciosas virais e mesmo infecções bacterianas tem cura espontânea. É preciso, portanto, melhorar a prescrição por parte dos médicos. E isso não basta, se não houver consciência coletiva da população. [É preciso] melhorar o nível de saber dessa população dos limites do uso do antibiótico e das ameaças que isso traz.
Segundo a OMS, há uma série de ações que podem ser tomadas por diversos setores da sociedade.
A população pode:
Prevenir infecções, lavando as mãos regularmente, praticando uma boa higiene alimentar, evitando contato próximo com pessoas doentes e mantendo atualizado o calendário de vacinação.
Usar antibióticos apenas quando indicado e prescrito por um profissional de saúde.
Seguir a prescrição à risca.
Evitar reutilizar antibióticos de tratamentos prévios que estejam disponíveis em domicílio, sem adequada avaliação de profissional de saúde.
Não compartilhar antibióticos com outras pessoas.
Profissionais de saúde podem:
Prevenir infecções ao garantir que as mãos, os instrumentos e o ambiente estejam limpos.
Manter a vacinação dos pacientes em dia.
Quando uma infecção bacteriana é suspeita, realizar culturas e testes bacterianos para confirmá-la.
Prescrever e dispensar antibióticos apenas quando realmente forem necessários.
Prescrever e dispensar o antibiótico adequados, assim como sua posologia e período de utilização.
Os gestores em saúde podem:
Implantar um robusto plano de ação nacional para combater a resistência aos antibióticos.
Aprimorar a vigilância às infecções resistentes aos antibióticos.
Reforçar as medidas de controle e prevenção de infecções.
Regulamentar e promover o uso adequado de medicamentos de qualidade.
Tornar acessíveis as informações sobre o impacto da resistência aos antibióticos.
Incentivar o desenvolvimento de novas opções de tratamento, vacinas e diagnóstico.
O setor agrícola pode:
Garantir que os antibióticos dados aos animais – incluindo os produtores de alimentos e os de companhia – sejam usados apenas no tratamento de doenças infecciosas e sob supervisão de um médico veterinário.
Vacinar os animais para reduzir a necessidade do uso de antibióticos e desenvolver alternativas ao uso de antibióticos em plantações.
Promover e aplicar boas práticas em todos os passos da produção e do processamento de alimentos de origem animal e vegetal. Adotar sistemas sustentáveis com melhor higiene, biossegurança e manejo dos animais livre de estresse.
Implementar normas internacionais para o uso responsável de antibióticos estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal, FAO [Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura] e OMS.
A indústria da saúde pode:
Investir em novos antibióticos, vacinas e diagnósticos. (Por Agência Brasil)
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VALOR ECONÔMICO

Novo CEO da Qualicorp chega para 'mexer em tudo'

Vendedor nato, Bruno Blatt planeja ampliar o leque de negócios

Até os 16 anos, Bruno Blatt, novo presidente da Qualicorp, morou nos hotéis em que o pai trabalhava. Entre uma brincadeira e outra nos saguões e corredores, vendia os brinquedos que já não lhe interessavam para os filhos dos funcionários. E não parou mais. A vontade de ter seu próprio negócio o levou a vender de tudo um pouco – de aromatizador de ambientes e mochilas a seguro de vida e planos de saúde.
Aos 26 anos, montou uma corretora de planos de saúde, a Brüder, que chamou a atenção dos concorrentes e acabou sendo comprada pela Qualicorp em 2009. Blatt, então, recebeu um bom dinheiro e se tornou executivo e acionista da Qualicorp, onde ficou até 2013. Saiu "por divergências de pensamento" e foi empreender – criou uma corretora de planos de saúde, a JTO, comprada pela Rede D'Or em 2015.
Agora, aos 42 anos de idade, volta à Qualicorp como presidente e vontade de "mexer em tudo". Em sua nova função, Blatt vai trabalhar com Heráclito Brito, presidente do conselho da Qualicorp e presidente executivo da Rede D'Or. "Sempre fui o braço direito do Heráclito", diz ele.
Uma das prioridades de Blatt é ampliar a gama de serviços oferecida aos 2,5 milhões de clientes da companhia que hoje compram, basicamente, planos de saúde. Entre as possibilidades aventadas está a ampliação da oferta de seguros massificados como, por exemplo, garantia financeira em caso de perda de emprego do usuário. Na Rede D'Or, contou, os 87 mil médicos dos hospitais do grupo podem comprar, por exemplo, seguro de carro com desconto. Essas ideias já tinham sido defendidas por Blatt em sua primeira passagem pela Qualicorp.
"É com um olhar de oportunidade de negócios que venho aqui para dentro. Vamos mexer em tudo", disse Blatt, na terça-feira desta semana, em seu terceiro dia como presidente da Qualicorp. O executivo substitui o fundador José Seripieri Junior, que esteve à frente da companhia por quase 20 anos, na presidência executiva ou no comando do conselho.
Em agosto, Junior vendeu metade de sua participação, de 20%, para a Rede D'Or. E esta montou um bloco de controle com Junior para decisões estratégicas.
O perfil empreendedor de Blatt lembra a história de Junior, que foi sacoleiro no Paraguai e criou, nos anos 1990, a modalidade de plano de saúde por adesão vendendo convênio médico em delegacias policiais de São Paulo.
Blatt conhece profundamente a área de planos de saúde corporativos. Nas duas corretoras que criou, a Brüder e a JTO, e na D'Or Consultoria, o empresário conseguiu ampliar os negócios vendendo convênios médicos para empresas que concedem esse benefício a funcionários.
É nesse ponto que também se coloca um desafio para o executivo, uma vez que a Rede D'Or é a maior acionista da Qualicorp e tem uma corretora que atua nesse segmento.
Questionado pelo Valor se poderia haver uma aquisição ou uma fusão da Qualicorp com a corretora do grupo hospitalar, a D'Or Consultoria,
Blatt disse que é uma possibilidade, mas que não há nada definido sobre o assunto.
Hoje, a Qualicorp tem 2,5 milhões de clientes – 1,248 milhão na área de convênio médico corporativo e mais 1,267 milhão no segmento de planos de saúde por adesão. Mas a modalidade de planos por adesão – vendidos a pessoas que se reúnem em associações de classe – representa 98% da receita líquida da companhia que somou R$ 1,4 bilhão no acumulado dos últimos nove meses.
O executivo, nas próximas semanas, também vai analisar a possibilidade de criar planos de saúde por adesão com hospitais específicos. Esse modelo tem um preço menor e vem sendo adotado pelas seguradoras SulAmérica e Bradesco. "Queremos oferecer planos com redes específicas com a Rede D'Or, mas também com outros prestadores como a Ímpar, por exemplo. Precisamos manter nossa independência" disse Blatt, observando que a Rede D'Or não tem hospitais em todas as cidades do país, nem tampouco atende a todas as classes sociais.
Outro desafio, não menos importante, é organizar a mudança da família do Rio de Janeiro, onde Blatt nasceu, para São Paulo. Está difícil achar tempo para procurar um lugar para morar e escola para as crianças.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação