Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21 a 23/09/19 (PARTE 1)

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES


Nasce a Rede Ahpaceg: um dos maiores grupos de assistência médico-hospitalar do Centro-Oeste
Unimed Goiânia está entre as dez melhores operadoras de planos de saúde do País
15 pós-graduações mais procuradas da Medicina
Especialistas alertam sobre a escolha de profissionais que realizam procedimentos de harmonização facial
Mãe denuncia recusa de atendimento à filha cadeirante em hospital de Goiânia
MP do programa Médicos pelo Brasil será votada
Possibilidade de reincorporação ao Mais Médicos anima cubanos: Estamos precisando muito
Longe dos planos de saúde
Internações em hospital-dia de saúde mental triplicam
Ex-presidente de dona da Amil é cotado para ser candidato do Novo, mas não fez processo seletivo
Principal voz conservadora no MPF atuou no caso do Césio e cometeu gafe sobre Venezuela
Ações sobre reembolso de plano de saúde crescem 26,5%
Com tesoura e pente, voluntário leva autoestima a hospital
Psiquiatra: vida de ostentação nas redes contribui para depressão

 

TV ANHANGUERA

Policial Militar impede assalto em hospital de Goiânia

http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/policial-militar-impede-assalto-em-hospital-de-goiania/7941297/
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GAZETA DO ESTADO

Nasce a Rede Ahpaceg: um dos maiores grupos de assistência médico-hospitalar do Centro-Oeste

Com uma atuação fortemente consolidada na representatividade do setor hospitalar goiano de alta resolutividade e complexidade, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) ampliou recentemente sua abrangência somando aos 20 hospitais associados um grupo de 12 grandes instituições de saúde das áreas de diagnóstico por imagem, oncologia, bancos de sangue e laboratórios, além de hospitais de oftalmologia, ortopedia, cirurgia plástica e maternidade
Agora, com 32 membros, a Ahpaceg encerra o processo de ingresso de novos filiados em 2019 e se firma como uma das maiores redes de assistência médico-hospitalar do Centro-Oeste. A Rede Ahpaceg é integrada por hospitais e instituições de saúde líderes em seus segmentos, de alta resolutividade e com um trabalho focado na segurança do paciente e excelência da assistência à saúde em Goiás.
As unidades de saúde que integram a Rede Ahpaceg já são referências em suas áreas de atuação e, em breve, vão oferecer novos serviços que beneficiarão a sociedade com uma assistência ainda mais segura e um atendimento mais rápido e diferenciado.
Para tanto, a Ahpeceg prepara o lançamento de novos produtos, que podem incluir um plano de atendimento, o Cartão Ahpaceg – que permitirá a integração entre toda a rede e a identificação mais rápida e segura dos dados e prontuário do paciente em todas as unidades – e um serviço de Atenção Integral à Saúde, já adequado ao novo modelo assistencial implantado com sucesso em outros países e que vem ganhando espaço no Brasil.
Além do desenvolvimento de projetos voltados para a sociedade, a Associação segue na representatividade de seus membros junto aos compradores de serviços de saúde, na promoção do desenvolvimento do setor de saúde por meio do trabalho de seus comitês técnicos sempre atentos às demandas do mercado e na promoção da educação continuada de gestores e trabalhadores do setor.
Haikal Helou, presidente da Ahpaceg, comemora essa nova fase. Ele ressalta que a Associação, que hoje integra a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), nunca buscou crescer em volume de associados, mas em qualidade, reunindo instituições que compartilham os mesmos ideais e o foco na excelência em saúde. A consolidação da Rede Ahpaceg chega para reforçar o trabalho iniciado em 2003 pela Associação visando maior eficiência, resolutividade, segurança e qualidade da assistência à saúde em Goiás.

REDE AHPACEG
Goiânia
CDI
Cebrom
Clínica da Imagem
Clínica São Camilo
Clínica São Marcelo
CRD Medicina Diagnóstica
Hemolabor
IHG
Hospital Amparo
Hospital Clínica do Esporte
Hospital do Coração de Goiás
Hospital do Coração Anis Rassi
Hospital da Criança
Hospital de Acidentados
Hospital Infantil de Campinas
Hospital Ortopédico de Goiânia
Hospital Premium
Hospital do Rim
Hospital Samaritano de Goiânia
Hospital Santa Bárbara
Hospital Santa Helena
Hospital São Francisco de Assis
Hospital da Visão
Instituto de Neurologia de Goiânia
Instituto Ortopédico de Goiânia
Instituto Panamericano da Visão
Maternidade Ela
Anápolis
Hospital Evangélico Goiano
Aparecida de Goiânia
Hospital Santa Mônica
Catalão
Hospital Nasr Faiad
Hospital São Nicolau
Rio Verde
Hospital Santa Terezinha
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JORNAL OPÇÃO

Unimed Goiânia está entre as dez melhores operadoras de planos de saúde do País

Por Felipe Cardoso

Operadora é a melhor avaliada em diversos indicadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar

A Unimed obteve sua melhor nota no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), bem como a melhor classificação na faixa de Monitoramento de Garantia de Atendimento (Faixa Zero). Os indicativos colocam a Unimed Goiânia como campeã em qualidade e boas práticas no mercado brasileiro de saúde suplementar.
Vale lembrar que sete dentre as dez operadoras mais bem qualificadas no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) de 2018 são Unimeds. No topo do ranking se encontram as Unimeds de Goiânia, Belo Horizonte, Vales do Taquari e Rio Pardo, Santa Bárbara D’Oeste e Americana, Pato Branco, Encosta da Serra e Cascavel.
Em 2019, a Cooperativa alcançou sua melhor nota de todos os tempos (0,9701) no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar concedida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O resultado está muito acima da avaliação de operadoras concorrentes. A nota da Unimed Goiânia vem mantendo um padrão constante de crescimento, sempre na faixa 5 (a mais alta da avaliação).
“Saímos de 0,8725 na avaliação passada para 0,9701. Este é um grande salto de qualidade que demonstra a solidez e a estabilidade dos processos de melhoria da Cooperativa. Agradecemos imensamente o empenho de todos os setores da instituição e, especialmente, aos cooperados e às cooperadas, que permitiram o aperfeiçoamento do nosso desempenho. Isso nos consolida nossa liderança no setor de saúde suplementar”, destaca o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria.
Entenda o IDSS
É um instrumento que permite a avaliação anual do desempenho das operadoras por meio de um conjunto de indicadores. Ele faz parte do Programa de Qualificação das Operadoras e é conduzido pela própria agência reguladora. As notas têm 5 faixas de variação: de 0 a 0,19; 0,2 a 0,39; 0,4 a 0,59; 0,6 a 0,79; 0,80 a 1 (nota máxima).
Para compor a nota, são avaliados diversos indicadores, distribuídos em quatro dimensões. São elas: Garantia de Acesso, Gestão de Processos e Regulação, Qualidade em Atenção à Saúde e Sustentabilidade no Mercado.
Atuação da ANS
A ANS monitora periodicamente as reclamações dos beneficiários dos planos de saúde. O monitoramento é feito por meio de um procedimento chamado “Notificação de Investigação Preliminar (NIP)”. O método permite que a agência reguladora possa mediar conflitos entre clientes e operadoras de planos de saúde, sejam profissionais da medicina ou odontologia, em casos de negativa de cobertura e outros.
Sempre que a operadora falha em encontrar soluções para as queixas, é registrada uma NIP e a mediação passa a ser feita pela ANS. Os resultados são divulgados trimestralmente, e as operadoras são classificadas em faixas.
A operadora que tem uma quantidade expressiva de NIPs pode ter parte — ou até a totalidade — de seus planos suspensos para comercialização durante três meses. Após esse período, é feita uma nova avaliação para a agência verificar se a operadora tomou medidas necessárias para melhorar o atendimento.
A Unimed Goiânia está classificada na faixa zero — melhor do ranking. Isso significa que a Cooperativa possui processos eficientes de solução de problemas e conflitos para acatar queixas e reclamações apresentadas.

Estatísticas
A Unimed também é a única operadora de grande porte — acima de 300 mil pessoas beneficiárias — sem ter nenhuma NIP registrada. Atualmente, são 737 Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (OPS) em atividade. Elas assistem um total de aproximadamente 47 milhões de beneficiários.
Do total, apenas 10% delas — 74 — são de grande porte e possuem mais de 100 mil inscritos e responsáveis pela assistência de 70% do total de usuários e usuárias da saúde suplementar. Das OPS de grande porte, 47% (35) fazem parte do Sistema Unimed. Dessas, 17% (6) ficaram situadas na Faixa Zero da Garantia de Atendimento. Uma delas é a Unimed Goiânia cuja carteira atual de clientes é de 342.628 pessoas. Essa é a dimensão do universo no qual a Cooperativa se destaca.
“Parabéns aos cooperados e às cooperadas pela qualidade da assistência prestada em todos os níveis e aos colaboradores e colaboradoras pela eficiência dos processos de resolução de conflitos, dedicação e pelo respeito no acolhimento das manifestações que nos chegam. Saber ouvir é uma qualidade humana importante para colaborar na solução de problemas. Essa postura evita, inclusive, a judicialização da saúde”, afirma o presidente.
A Unimed
Criada em 1978, a Unimed Goiânia é constituída de mais de 2800 médicos cooperados, responsáveis pela assistência à saúde de mais de 342 mil beneficiários. Ela representa o maior sistema cooperativo de saúde do mundo e conta com 52 anos de atuação no mercado de saúde suplementar.
A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje é composta por 344 cooperativas médicas, com assistência para cerca de 18 milhões de beneficiários em todo País. Entusiasta do movimento SomosCoop, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Unimed conta com mais de 115 mil médicos, 120 hospitais próprios e 2.506 hospitais credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios e ambulâncias para garantir a qualidade da assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar prestada aos beneficiários das cooperativas.
A marca é ratificada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) como de alto renome por seu grande nível de conhecimento pelo público, autoridade incontestável e fama que ultrapassa os limites do segmento.
Ainda de acordo com o diretor-presidente da Unimed, Breno Álvares de Faria Pereira, essa divulgação é fruto de monitoramento da ANS, agencia que assim como a Anatel tem alto nível de exigência. “Todas as operadoras, das maiores às menores são monitoradas e as notas observam parâmetros de todas as partes da operadora, como o balanço de Saúde Econômica Financeira, que avalia a capacidade de gestão, são itens que não são passíveis de maquiagem. Esse comitê nada mais fez que monitorar”, explica.
“É muito mais complexo ter notas altas em Goiânia, que é uma unidade de grande porte do que em outras de menor porte. Com base nesses índices, Goiânia ficou entre as 10 melhores (9º lugar). Entre as Unimed que tem mais de 100 mil usuários Goiânia é a terceira em nível nacional”, afirma Breno. “A agência reguladora é a mais exigente no sentido de cobranças. Isso nos deixa com orgulho, pelo trabalho conjunto que vem sendo construído ao longo dos anos”, complementa.
Por fim, o presidente da Unimed atribui esse resultado a um trabalho coletivo. “Nós estamos muito preocupados com a gestão, com os detalhes de operação, série de ações que contribuem para o melhor da gestão. Pretendemos continuar trabalhando com a solidificação entre os controles de riscos”, conclui.
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A REDAÇÃO

15 pós-graduações mais procuradas da Medicina
Psiquiatria e Dermatologia entre os destaques | 21.09.19 – 16:00

Goiânia – É crescente o número de brasileiros interessados em cursas Medicina. Após os seis anos de graduação, o aluno precisa realizar uma residência médica para direcionar a sua atuação na profissão. Essa modalidade já é considerada uma pós-graduação na Medicina pelo Ministério da Educação. Assim como as pós-graduações lato sensu, o objetivo da residência é focar em uma especialização para a carreira.

O site 'Quero Bolsas' fez um levantamento com os cursos de pós-graduação na Medicina mais procurados na plataforma. Psiquiatria e Dermatologia estão entre os destaques; confira:

Análises Clínicas
Esse curso prepara o profissional para atuar com análises e pesquisas laboratoriais. Ele dará o suporte para o estudante realizar análises microscópicas, diagnósticos de doenças e outras atividades em laboratórios.

Medicina Legal
A Medicina Legal é uma especialidade médica ligada à área forense. O médico legal trabalha com realização de perícias e de exames em situações em que a justiça está acionada. O curso envolve áreas das Ciências Forenses, Perícias Médicas, Psiquiatria, Direito Médico e Penal e outros assuntos relevantes para a profissão.

Perícia Médica
A pós-graduação em Perícia Médica também se relaciona à área forense. Assim como a Medicina Legal, capacita o profissional a atuar como perito.

Saúde Coletiva
O profissional da Saúde Coletiva trabalha com estratégias para lidar com a saúde da população em geral. O curso de pós-graduação engloba áreas como gestão da Saúde, Políticas Públicas, Vigilância e Legislação Sanitária.

Gerontologia
O profissional que se especializa em Gerontologia busca estudar os aspectos do envelhecimento do ser humano. Esses estudos envolvem Psicologia, Antropologia, Bioética, entre outras áreas variadas

Mamografia
Esse curso é voltado aos profissionais que buscam aprofundar os conhecimentos na Mamografia, exame de detecção do câncer de mama.

Medicina do Esporte
O curso de pós-graduação em Medicina do Esporte busca analisar os benefícios que o esporte e as atividades físicas trazem para os praticantes. Esses médicos passam exercícios físicos como meio para uma saúde equilibrada.

Psiquiatria
A pós-graduação em Psiquiatria leva o profissional da Medicina a trabalhar com diagnóstico de transtornos psiquiátricos e mentais e capacitação para oferecer tratamento aos pacientes.

Imunologia Clínica
O curso de pós-graduação em Imunologia Clínica é voltado para atividades de pesquisa e laboratoriais da área. Ele aborda os princípios da Imunologia, Ética profissional, Biossegurança, diagnóstico de doenças autoimunes e infecciosas, entre outros temas relacionados.

Ressonância Magnética
A pós-graduação em Ressonância Magnética capacita os profissionais para que trabalhem com a prática do exame. Estudos teóricos também fazem parte do curso.

Dermatologia
A pós-graduação em Dermatologia capacita o médico a trabalhar com os assuntos relacionados à pele e apêndices cutâneos, como cabelo, pelos e unhas. Além das doenças de pele, o dermatologista também trabalha com questões como queda de cabelos

Doenças Infecciosas e Parasitárias
Essa pós-graduação traz estudos sobre agentes etiológicos de doenças. Os profissionais buscam realizar reflexões para o exercício profissional.

Neurociência
A pós-graduação em Neurociência irá estudar o cérebro e todo o sistema nervoso do ser humano.

Obstetrícia
A especialização em Obstetrícia prepara o estudante para trabalhar com o cuidado de gestantes, mães em trabalho de parto e as crianças recém-nascidas.

Fitoterapia Aplicada à Prática Clínica
O curso busca preparar profissionais a usarem a Fitoterapia, uso de plantas com fins medicinais, na prática do cotidiano clínico
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PORTAL MAIS GOIÁS

Especialistas alertam sobre a escolha de profissionais que realizam procedimentos de harmonização facial

Antes de se submeter ao procedimento é preciso atenção à escolha do profissional, da técnica, e do local de atendimento; o alerta também é que as pessoas não se iludam com fotos nas redes sociais
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O aumento da oferta de profissionais que realizam procedimentos de harmonização facial tem preocupado especialistas. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO) alertam que, antes de se submeter ao procedimento, é preciso atenção à escolha do profissional, da técnica e do local de atendimento.
“Há uma brecha na lei para que profissionais que não são especialistas, como dentistas e farmacêuticos, realizem o procedimento”, conta o cirurgião plástico Sérgio Augusto da Conceição, que é presidente do SBCP-GO. Com o aumento de profissionais inabilitados, consequentemente pode haver aumento nos casos de complicações.
A dermatologista Mayra Ianhez, membro da SBD-GO, completa que as complicações podem ser recentes ou tardias. “As recentes são por exemplo hematomas e necrose do tecido, que podem ser desencadeadas se o produto for aplicado dentro da artéria. As tardias, como edemas e inchaços, podem ocorrer caso o produto seja aplicado em quantidade errada”, explica. Além disso, assimetria, infecção, inflamação e necrose da área são outros problemas que podem ser acarretados devido à má escolha de profissionais.
O cirurgião Sérgio Augusto destaca que deve haver cuidado em relação à escolha do profissional. “Mesmo sendo médico, se não é especialista, é bom evitar”, diz. “Não se leve por propagandas em redes sociais”, acrescenta. Nesse contexto, Mayra alerta que profissionais do seguimento não podem publicar imagens de “antes e depois”, atitude comumente vista, pois isso fere as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).
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Mãe denuncia recusa de atendimento à filha cadeirante em hospital de Goiânia

Segundo a mulher, local não possui estrutura física para atender cadeirantes. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (20)

“Indignação”. Esta é a palavra usada por Rosana Ferreira Silva, de 44 anos, após hospital de Goiânia recusar atendimento à filha cadeirante, de 10 anos. A mulher denuncia que foi tratada de forma grosseira por três atendentes que afirmaram que a criança deveria procurar outra unidade de saúde, pois a clínica em questão não possui estrutura para atender cadeirantes. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (20), no setor Marista.
Ao Mais Goiás, Rosana informou que havia marcado a consulta para a filha há quatro meses com uma gastroenterologista da Clínica Infância. Ao chegar no local, no entanto, atendentes da unidade afirmaram que a criança não poderia ser atendida já que o hospital não possui rampa de acesso ou elevador e o consultório fica localizado no 1º andar do prédio.
“Já entrei no hospital com dificuldades porque lá só possui degraus. Quando falei com a recepcionista que minha filha cadeirante esperava pela consulta ela disse que não seria possível e que a clínica não atendia cadeirantes. Ela me disse para procurar outro lugar pois a minha filha não poderia ser atendida”, disse.
Segundo Rosana, as atendentes se exaltaram e a trataram de forma grosseira por não ter avisado que a filha é cadeirante. “Eu falei para elas que não tenho obrigação de avisar isso. A obrigação é do hospital em oferecer o mínimo de estrutura para cadeirantes”.
Ainda conforme a mulher, o hospital não prestou qualquer esclarecimento, nem propôs algum tipo de solução ou facilidade no atendimento. A criança só pôde ser atendida depois que dois homens que estavam no local se disponibilizaram para carregar a cadeira de rodas da criança até o consultório.
“Se não fosse essa ajuda minha filha não seria atendida. Ela tem problemas com mobilidade, mas cognitivamente é perfeita e ficou muito abalada e triste com a situação. É um absurdo. Não temos que adaptar a clínica, ela é quem precisa se adaptar às necessidades das pessoas”, critica.
Mais casos
Indignada com a situação, Rosana foi até a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e registrou um boletim de ocorrência. Segundo ela, o atendimento à filha, que é cadeirante, está amparado por lei. “O que houve foi discriminação e descumprimento da lei que determina apoio e oferta de condições estruturais às pessoas com deficiência. Isso é crime e quero que paguem pelo que fizeram”.
Ainda conforme a mulher, este não é o primeiro caso de recusa de atendimento na clínica em questão. “Outras quatro mães me procuraram para falar que os filhos não puderam ser atendidos pelo fato de serem cadeirantes. Pelo que percebi uma criança com deficiência física não pode ser cliente do hospital. Vou lutar para que isso não aconteça com mais pessoas pois foi a pior situação que já passei na vida”, relatou.
O caso será investigado pela DPCA. O Mais Goiás tentou contato com a unidade de saúde citada, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta matéria. O espaço neste Portal está aberto para o posicionamento do hospital.
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AGÊNCIA SENADO

MP do programa Médicos pelo Brasil será votada

Entre as mudanças propostas no projeto de lei de conversão está uma regra para admissão direta de médicos cubanos pelo Ministério da Saúde, na condição de intercambistas, sem intermediários
A comissão mista que analisa a medida provisória que substitui o Programa Mais Médicos pelo Programa Médicos pelo Brasil (MP 890/2019) se reúne na terça-feira (24), às 14h30, para votar o relatório do senador Confúcio Moura (MDB-RO), que acolheu 133 emendas ao texto. Entre as mudanças propostas pelo senador no projeto de lei de conversão está uma regra "excepcional e transitória" para admissão direta de médicos cubanos pelo Ministério da Saúde, na condição de intercambistas, sem intermediários.
Confúcio Moura destacou a grande demanda pela incorporação dos profissionais cubanos remanescentes do Mais Médicos. Os cubanos deixaram o programa após ruptura do convênio, em novembro de 2018.
O senador ratificou em seu texto a permanência do Mais Médicos como programa destinado a recepcionar profissionais com diplomas estrangeiros não revalidados no Brasil, funcionando paralelamente ao Médicos pelo Brasil "até que o novo modelo consiga equalizar o problema do provimento de médicos nas localidades carentes".
Revalida
O relatório acrescenta que a situação sensível" dos profissionais formados no exterior será resolvida com regras mais efetivas para validação de diplomas por meio do Revalida. Mantidos os termos originais da MP, o exame passará a ser aplicado semestralmente, nas etapas de exame escrito e de habilidades clínicas – esta poderá ser aplicada em instituições de ensino com cursos de medicina aprovados pelo poder público.
O relator rejeitou as emendas que estabeleciam um percentual de vagas para brasileiros formados no exterior sem registro no Conselho Regional de Medicina. Ele argumenta no relatório que "criar uma reserva de vagas para profissionais formados no exterior seria reduzir as oportunidades dos que estudaram no Brasil, muitas vezes com sacrifício pessoal ou familiar tão grande quanto os formados no exterior, o que contraria a lógica das ações afirmativas que baseiam as políticas públicas direcionadas a favorecer as pessoas mais carentes ou necessitadas".
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ÉPOCA

Possibilidade de reincorporação ao Mais Médicos anima cubanos: Estamos precisando muito

Parecer do relator da MP que cria o programa Médicos pelo Brasil sugere que cubanos que ficaram no país sejam reincorporados ao programa por mais dois anos
Cerca de 1.800 médicos cubanos que permaneceram no Brasil e integravam o Mais Médicos poderão ser reincorporados ao programa por mais dois anos. Essa é a proposta do do senador Confúcio Moura (MDB), que apresentou na última terça-feira 17 seu parecer na comissão mista no Congresso que analisa a medida provisória criadora do Médicos pelo Brasil , programa que substitui o Mais Médicos . A sugestão, embora atenda a uma regra "excepcional e transitória" segundo o texto, animou cubanos e seus representantes.
"Achei muito bom. Nós, cubanos, estamos precisando muito. Tem muitas pessoas desempregadas, que precisam manter a família. É uma ajuda muito importante que o Brasil está dando para os médicos", disse o cubano Arnulfo Batista, um dos beneficiários do Mais Médicos, que está há seis anos no país. Ao contário da maioria de seus conterrâneos, ele conseguiu uma liminar na justiça para renovar seu contrato. Hoje, trabalha no Sistema Único de Saúde (SUS) de Santa Rita, no Maranhão.
"Percorro 80km, tenho que atravessar rio, para chegar à comunidade quilombola. É um lugar de difícil acesso. Mas eles já nos conhecem, nós já conhecemos as doenças da área, a equipe de enfermeiros", relatou Batista.
Para o advogado de médicos cubanos no Brasil, André Corrêa, a medida e repara uma injustiça. Ele encaminhou uma nota técnica a parlamentares, incluindo o relator da MP, afirmando que os cubanos estavam recebendo "tratamento discriminatório". No texto, cita que eles "não puderam renovar seus contratos como se fossem propriedade do governo cubano, assemelhando-se às condições de trabalhadores escravos". O documento foi bem recebido por Moura e serviu de base para seu relatório.
"Existe um princípio constitucional que se chama o valor social do trabalho, e o trabalho não significa emprego. Cobramos isonomia para que o valor social do trabalho seja aplicado aos médicos cubanos, tendo em vista que somente eles não tiveram a oportunidade de prorrogar seus contratos por mais três anos, o que aconteceu com todos os médicos que não eram cubanos", explicou Corrêa.
Leia mais: Estamos sem emprego, sem famílias e sem esperanças , diz médico cubano
Para se enquadrarem ao Médicos pelo Brasil após os dois anos, os médicos cubanos deverão fazer o Revalida, prova para validação dos diplomas de medicina obtidos no exterior. A aliados, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem dito que pretende aplicar o exame duas vezes ao ano a partir de 2020 e estima que a taxa de inscrição gire em torno de R$ 200. A última edição do Revalida foi em 2017.
De acordo com Corrêa, todos os cubanos querem fazer a prova e obter inscrição em um Conselho Regional de Medicina (CRM). "Eles não aguentam mais o governo de Cuba. Eles querem crescer na vida", afirmou o advogado, cuja declaração foi corroborada por Batista:
"Só queremos estabilidade econômica para poder estudar e fazer a prova como tudo mundo. O que a gente precisa é trabalhar direitinho, e queremos ajudar o povo brasileiro", falou o cubano, que deixou seu país em busca de melhorar a situação da família.
Mesmo no Brasil, Batista não se viu livre das imposições de seu governo. "Tiravam 70% do nosso salário", conta, em referência a um acordo do país caribenho com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), responsável por enviar os médicos ao Brasil. Agora, o pagamento da bolsa será feito diretamente aos profissionais, permitindo-lhes usufruir da quantia integral.
A proposta inicial era que os cubanos não fossem considerados médicos, mas fossem equiparados a alunos de Medicina. Receberiam, portanto, o mesmo valor pago nos programas de residência – R$ 3.400. Com a situação precária de muitos desses profissionais, o relator reviu o posicionamento em caráter de exceção.
Espera-se que, com a aprovação da proposta, a realidade dos cubanos mude. Desempregados, alguns têm precisado até mesmo de ajuda financeira para suas necessidades básicas. "Tenho um colega que perdeu a mãe há três meses e não o deixaram ir a Cuba. O governo cubano proíbe os médicos que saíram de voltar por oito anos. E ele não tinha como ir lá nem ajudar a família, porque não está trabalhando", contou Batista.
A intenção ainda é que os rincões do país não sofram com a falta de médicos para atender a população local. "Os médicos com CRM não vão querer trabalhar num distrito lá na Amazônia. Ser forem, vão por um caráter já ideológico. O salário que se paga na capital é bem melhor. A gente precisa ser realista", avalia o advogado dos cubanos.
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CORREIO BRAZILIENSE

Longe dos planos de saúde
Mensalidades dos convênios médicos sobem muito acima da inflação e levam clientes a abandonar a assistência. Situação é pior nos contratos coletivos. Problemas do setor serão debatidos em evento no Correio

Os planos de saúde estão cada vez mais caros, o que leva muitas pessoas a desistirem do benefício. Os convênios individuais e familiares vão subir até 7,35% neste ano, segundo informou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 23 de agosto. O aumento está muito acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, de 3,43%, e do reajuste do salário mínimo, que foi de 4,6% neste ano. A correção dos planos é fruto de uma nova base de cálculo. O problema é ainda maior para os clientes de planos coletivos, que não têm preços controlados e apresentam reajustes médios de 20%, três vezes maiores que o estipulado pela ANS para os demais contratos.
Segundo o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, quatro fatores principais empurram o valor das mensalidades para cima. "O primeiro é o preço de materiais, medicamentos e procedimentos – todos variam  acima do IPCA. O segundo é o volume de utilização do plano. "Em 2018, o setor perdeu em número de beneficiários, mas, ao mesmo tempo, a quantidade de procedimentos aumentou. Isso também faz com que o preço se eleve", explica Cechin.
"Outro fator que compõe o cálculo", acrescenta o executivo, "é a incorporação de novas tecnologias, que já está encoberta nos custos, mas ainda não é capturada pelo índice de inflação. Por último, há o fator idade. A população está envelhecendo, com aumento de doenças crônicas, que precisam ser acompanhadas e tratadas regularmente." A estudante Isabela Reame, de 21 anos, viu o custo do plano aumentar em pouquíssimo tempo após se casar. "Eu pagava por volta de R$ 180 por mês, e agora em setembro foi para R$ 220, porque fiz 21 anos e me casei. As operadoras consideram isso como um risco maior de gravidez", conta a jovem.
Isabela faz tratamento para enxaqueca crônica e diz que pensa seriamente em abandonar o plano devido à má relação entre custo e benefício. "Sempre tenho problemas com atrasos e dificuldades para marcar consultas, já me aconteceu de ter que esperar três meses. É duro a gente tirar do bolso um valor alto todo mês e ainda enfrentar tantos obstáculos. O único fator que me impede, no momento, de cancelar o plano é estar no meio do meu tratamento. Já tenho vários exames marcados, mas tenho pensado muito (no cancelamento)", afirma.
Se é considerada alta pelos consumidores, a média de reajuste estipulada pela ANS não satisfaz as empresas do setor. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abrange) considera que o novo modelo de cálculo do reajuste não equaliza o desequilíbrio da variação dos custos médico-hospitalares. "É uma verdadeira luta das operadoras para conciliar os custos com a cobertura obrigatória. A Abramge lembra que o índice de 7,35% é inferior à variação e à projeção de custo medidas por instituições como o IESS, além de ser o menor autorizado nos últimos nove anos", defende.
Debate Para debater o tema, o evento Correio Debate: Saúde Suplementar, Consumo e Sustentabilidade, reunirá especialistas, na próxima quarta-feira, no auditório do jornal (veja quadro). O evento tem a parceria da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), do laboratório Sabin e do Hospital Brasília.
Quem desistiu totalmente do plano de saúde foi a professora Rosa Maria Soares, 47. Ela conta que, após um aperto nas contas por causa do aumento das mensalidades, decidiu parar de pagá-las. Rosa diz que tem a saúde "ótima" e que não usava tanto assim o plano para justificar a manutenção do contrato. "Para mim, o preço não valia a pena. Quando você tira do bolso para pagar o convênio, algo fica em falta, e, às vezes, você acaba nem usando o plano." Para Rosa, quem tem plano de saúde acaba indo a consultas e fazendo exames mesmo quando não é preciso. Segundo ela, isso "expõe o paciente a outras doenças, ocupa tempo, paciência e dinheiro." E acrescenta: "Eu recomendo a pessoas que não têm nenhuma doença crônica e não precise de acompanhamento, a abrir mão do plano. Nesse clima de Brasília, quando temos dor de cabeça na secura, tomamos um chazinho, nos hidratamos e, se necessário, compramos algum remédio." A questão mais problemática vem dos planos de saúde coletivos,  que não têm o valor das mensalidades controlado pela ANS. E esses contratos empresariais ou por adesão representam mais de 80% do mercado de saúde suplementar, com mais de 38 milhões usuários no Brasil.
O diretor adjunto de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Maurício Nunes da Silva, ressalta a diferença entre as regulações. "No caso dos planos individuais, definimos o percentual porque entendemos que existe uma situação até de hipossuficiência na relação entre uma pessoa física e uma operadora. Nesse caso, protegemos de alguma forma esse beneficiário de questões que consideramos como falha de mercado ou assimetria de informação. Já nos planos coletivos, consideramos a relação entre duas pessoas jurídicas. Nos contratos de até 29 vidas, definiu-se a regra de agrupamento, em que a operadora é obrigada a levantar um percentual único", afirma.
Urgência-  A estudante Isabela Vazquez, 20, mudou-se para o interior do Paraná, por uma vaga em universidade federal. Na localidade, não havia cobertura do plano ao qual era conveniada há anos. "A cidade é pequena, com 40 mil habitantes,  e não tem hospital por convênio. Então, sempre que tinha uma urgência, precisava da rede pública. Quando fiz 19 anos, teve o aumento anual e mais um reajuste de R$ 100, devido à mudança de faixa etária. O total ficou em mais de R$ 350 por mês, e foi aí que desisti", conta Isabela, que diz não se arrepender do cancelamento.
Advogado especialista em direito civil, sócio da Sampaio Pinto Advogados, Cláudio Sampaio, ressalta que, de modo geral, nos últimos anos, as tabelas dos planos dispararam muito acima da inflação, o que tem provocado   migração para convênios mais econômicos e até cancelamentos, movimento mais acentuado no segmento empresarial. Ele atribui o aumento dos preços à "má gestão" de algumas operadoras.
"Alguns insumos de saúde ainda são importados e se sujeitam à variação cambial. E tudo isso em um país com a legislação frágil na defesa do consumidor e com um Judiciário frequentemente imprevisível. O risco jurídico também contamina a precificação dos planos de saúde." explica Sampaio.
No entanto, o superintendente executivo do IESS destaca que questões de agrupamento também estão relacionadas aos preços dos seguros de saúde. "No caso de planos coletivos, existe um mutualismo nos contratos. Dentro de um grupo em que alguém desenvolve algum tipo de doença rara, ou necessita de um procedimento muito caro, todo mundo vai ter reajuste alto. O valor é rateado, todos pagam um montante fixo para que o dinheiro coletado custeie a saúde dos poucos que ficaram doentes e precisam de procedimentos mais complexos", afirma.
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FOLHA DE S.PAULO

Internações em hospital-dia de saúde mental triplicam

Atendimentos psiquiátricos por planos de saúde nesta modalidade passam de 32 mil em 2012 a quase 100 mil
Em seis anos, triplicaram no país as internações psiquiátricas cobertas por planos de saúde em que o paciente é acolhido durante o dia e retorna para casa à noite. Em 2018, clínicas e hospitais psiquiátricos contabilizaram quase 100 mil atendimentos, ante 32 mil feitos nessa modalidade, chamada hospital-dia saúde mental, em 2012.
O aumento de 211% é parte de quadro geral de explosão na busca por tratamento para doenças como depressão, ansiedade, estresse, dependência química e esquizofrenia. "O hospital-dia foi criado para agilizar a alta hospitalar e, ao mesmo tempo, acelerar a reintegração social do paciente", diz Wagner Gattaz, professor de psiquiatria da USP.
Nulvio Lermen, diretor técnico de atenção ambulatorial da Amil, ressalta que a modalidade é uma tendência, pois permite ao paciente ser tratado sem se afastar do núcleo familiar: "Aumentou o consenso sobre a importância da proximidade da família em quadros como o de idosos com sofrimento mental e pacientes com risco de suicídio".
Segundo ele, esses são exemplos de distúrbios que se tornaram mais frequentes na esteira do rápido envelhecimento populacional e do ritmo frenético nas grandes cidades, em meio a transformações tecnológicas e aumento da carga de trabalho.
Essas tendências ajudam a explicar por que a disparada na busca por atendimento em hospitais-dia não veio acompanhada de redução nas internações psiquiátricas regulares, que praticamente dobraram nos últimos seis anos-de 99,5 mil para 196,3 mil.
A demanda por consultas psiquiátricas-que, como a Folha noticiou em novembro de 2018, havia aumentado 54% de 2012 a 2017-continuou crescendo. No ano passado, planos de saúde cobriram quase 5 milhões de atendimentos, 10% mais que em 2017.
Já as 17,6 milhões de sessões com psicólogos realizadas em 2018 representaram uma expansão de 116% em relação a 2012 e de 13,7% na comparação com 2017, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
O salto na cobertura de tratamentos de saúde mental contrasta com a perda de 2,2 milhões de segurados de planos de saúde entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período deste ano, em meio à crise econômica.
Como a busca por atendimento psicológico e psiquiátrico cresceu em ritmo mais rápido do que a demanda média pelo tratamento de outras doenças, seu peso no sistema de saúde suplementar como um todo cresceu. A saúde mental, por exemplo, respondia por 6,3% das internações na modalidade hospital-dia e passou a representar 12,1%.
Preocupados com a situação, governo, empresas e seguradoras têm lançado campanhas de informação, serviços e programas voltados à prevenção desses distúrbios. Após ver o número de consultas psiquiátricas e de internações-dia aumentarem, respectivamente, 181% e 138%, entre 2017 e 2019, a Sul América acabou de criar o programa Única Mente. Setembro foi escolhido como data da estreia por ser o mês da campanha de prevenção ao suicídio.
A ideia do programa-por ora, restrito à capital paulista- é facilitar o acesso e eliminar barreiras ainda frequentes no setor, como o número limitado de consultas psiquiátricas ou sessões de terapia. "O beneficiário tem livre acesso para o que precisar. Cada um terá seu próprio desenho, pois cada mente é única", diz Tereza Villas Boas Veloso, diretora médica de saúde de adultos da operadora.
A empresa também oferece um canal com orientação 24 horas e monitoramento por SMS, chat e WhatsApp. Segundo Tereza, parte da explosão nos diagnósticos de doença mental se deve ao fato de ela ainda carregar estigma grande, levando as pessoas a postergar a busca por ajuda especializada.
Foi esse o caso do ator Danilo Simplício Braga, 25. Embora sofresse de depressão e ansiedade desde a adolescência-quadro agravado por um acidente aos 17 anos que o deixou imobilizado por quatro meses-, ele relutava em ir ao psiquiatra. "Imaginava como contaria aos meus pais, se eles iriam pensar que eu estava ficando doido. Hoje eu vejo que era preconceito, desinformação. É um especialista como outro qualquer ", diz ele.
Em 2015, Braga começou a fazer terapia com psicóloga particular, mas ainda assim tinha crises de pânico e ansiedade. Hoje, com medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, associados ao acompanhamento psicológico, não voltou a ter crises e diz se sentir muito melhor. Ele é um dos beneficiários de um programa de saúde mental lançado por uma operadora de São Paulo.
Na Amil, a equipe de profissionais é composta por psiquiatra, psicólogo e assistente social, além do médico de família, da área da atenção primária, que é o responsável pela triagem do paciente. Segundo Lermen, da Amil, a prevenção pode levar a uma redução das crises mais agudas, reduzindo a necessidade tanto de internações em hospital-dia quanto em tempo integral. "Essas equipes veem os pacientes com quadros mais graves quase diariamente e estão em contato direto com suas famílias", diz.
Especialistas afirmam que, quanto mais cedo os problemas psicológicos são identificados, menor é o risco de que se agravem. A assistente administrativa Karla Prudêncio Sandes, 34, trilhou um caminho difícil para descobrir a importância dos sinais iniciais de uma crise.
Anos sem tratamento adequado pioraram os sintomas de seus problemas a ponto de Karla tentar suicídio e passar por duas internações. Ela hoje convive com os diagnósticos de depressão, transtorno de personalidade e ansiedade. "A gente não quer morrer, mas acabar com o problema, fugir dele", diz.
Por meio do plano de saúde oferecido pela empresa de segurança onde trabalha, ela tem sido atendida em programa voltado à saúde mental.
"Estou gostando. O fato de que meus filhos [uma menina de 14 anos e um menino de 7] também já passaram pela psicóloga me tranquiliza muito."
Para Karla, que está cursando psicologia, a falta de entendimento sobre os quadros psicológicos e de empatia piora muito a situação do paciente. Ela diz ter convicção de que foi demitida uma vez por ter precisado ficar afastada do trabalho um tempo, com licença pelo INSS.
As chamadas doenças mentais e comportamentais representaram 5,3% do total de afastamentos do trabalho- benefício chamado auxílio-doença acidentário- concedidos pelo INSS no primeiro semestre deste ano. Em 2008, esse percentual era de 3,6%.
Para Gattaz, da USP, a maior competitividade no ambiente de trabalho e o uso muito intenso de redes sociais eliminou o ócio da vida de muitas pessoas, contribuindo para a maior ocorrência de transtornos mentais: "O ócio não é apenas criativo. Ele nos dá a possibilidade de revigorar nossas energias".
A operadora Care Plus também lançou há pouco um programa nesses moldes. Um boom na demanda por tratamentos psiquiátricos havia elevado em 60% os gastos da empresa com saúde mental. Segundo Ricardo Salem Ribeiro, diretor médico da operadora, eles buscam a sensibilização e o treinamento de gestores de empresas para a necessidade em apoiar funcionários acometidos por algum transtorno psiquiátrico. "Percebemos que há muito tabu e preconceito envolvendo o tema. Os funcionários temem levar o assunto para o seu gestor e sofrer retaliação. Garantir sigilo do tratamento foi importante", diz ele.
O programa da Care Plus tem formato parecido com o das demais operadoras, incluindo consultas ilimitadas e disponibilização de ferramentas de apoio online. A operadora oferece ainda a possibilidade de terapia familiar, modalidade não prevista no rol de serviços obrigatórios dos planos.
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Ex-presidente de dona da Amil é cotado para ser candidato do Novo, mas não fez processo seletivo

Processo seletivo Depois que a UnitedHealthcare, dona da Amil, anunciou a troca na presidência da empresa neste mês, com a saída de Claudio Lottenberg, seu nome passou a circular entre políticos e empresários ligados ao partido Novo como hipótese para a candidatura a prefeito de São Paulo. Nesta opção, Filipe Sabará, que hoje integra o governo João Doria, seria o vice. Mas o formato não agradou quem está próximo do fundador João Amoêdo. Além disso, Lottenberg não fez processo seletivo.
Múltipla escolha Procurado pela coluna, Sabará, que é presidente do Fundo Social de São Paulo e também empresário, diz com ironia que é "mais fácil ele [Lottenberg] ser vice". Completa que a seleção do Novo é muito rigorosa e ainda não terminou.
Nota de corte Caso quisesse se candidatar, Lottenberg teria de correr para se inscrever na seleção porque fecha em outubro. São cinco etapas. Sabará levou mais de um mês.
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Principal voz conservadora no MPF atuou no caso do Césio e cometeu gafe sobre Venezuela

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Procurador-chefe em Goiás, Ailton Benedito de Souza, 49, é hoje a grande voz do conservadorismo no Ministério Público Federal.
Nas redes sociais, é incensado pela direita, que vê seus tuítes como uma espécie de farol. Benedito, afinal, ataca a esquerda sem dó. Investe contra a chamada ideologia de gênero e defende bandeiras como Escola Sem Partido e o endurecimento penal.
Como o procurador me disse numa entrevista publicada no domingo (15), esse é seu estilo, e ele não pretende mudar.
Aliado do futuro procurador-geral da República, Augusto Aras, Benedito deve compor sua equipe, em posição ainda a ser definida.
Sua faceta conservadora pode ser a mais conhecida, mas não é a única. Em 16 anos de carreira no MPF, ele atuou em casos de grande relevância. Comprou brigas, ganhou o respeito de opositores ideológicos e cometeu ao menos uma grande gafe.
Católico fervoroso, mineiro de Paracatu (MG) e torcedor do Atlético-MG, Benedito assume suas opções já na autodescrição biográfica do Twitter, onde tem 80 mil seguidores. Yahveh é meu pastor, nada me falta. Brasil. Ordem. Justiça. Liberdade. Conservadorismo , escreve, referindo-se ao termo em hebraico para Deus.
Ele atuação bastante na saúde pública, um campo, diz Benedito, em que colabora frequentemente com esquerdistas, sem grandes problemas.
Uma de suas ações, aceita pela Justiça Federal, obriga os médicos a informarem a parentes o prontuário de pacientes que morrem. O Conselho Federal de Medicina alegava sigilo profissional, mas a medida foi considerada importante para dar transparência sobre o tratamento e eventualmente identificar falhas.
Há anos, ele também tem atuado num dos casos mais rumorosos que já afetou Goiânia, o do Césio 137. O procurador tem representado vítimas do acidente ocorrido em 1987, que deixou quatro mortos.
Há cerca de 110 pessoas que tiveram contato direto e indireto com o material radioativo e recebem pensão do Estado. Ele não tem rodeios com a gente. Nunca deixou de nos receber , diz Sueli Lina de Moraes Silva, 61, presidente da Associação das Vítimas do Césio 137.
Os associados pleiteiam, entre outros pontos, que o benefício estadual que recebem seja equiparado a um salário mínimo e maior acesso a remédios.
Como seria de se esperar, Benedito tem uma atuação destacada na defesa da liberdade de divulgação de valores conservadores. Já se insurgiu diversas vezes contra tentativas de redes sociais de tirar do ar páginas de direita.
Em maio de 2017, tomou as dores de Thais Azevedo, 35, uma militante antifeminista que havia sido convidada para falar na Universidade Federal de Goiás. Estudantes de esquerda fizeram um protesto que a impediu de dar sua palestra.
No dia seguinte, ele entrou em contato comigo me perguntando se eu tinha provas. Felizmente, nós filmamos tudo, e ele instalou um procedimento obrigando a universidade e adotar medidas de segurança para eventos semelhantes , afirma Azevedo, hoje empresária em São Paulo.
Outras causas que ele abraçou são curiosas. Já saiu em defesa de baixinhos que foram barrados em um concurso da Aeronáutica e insurgiu-se contra tentativas de proibir contas de Twitter que alertavam para a ocorrência de blitze da Lei Seca.
Talvez a causa mais pitoresca que defendeu, no entanto, é um tanto constrangedora. Em 2014, pediu investigação contra um suposto aliciamento de jovens brasileiros pelo regime venezuelano.
Na verdade, Benedito se confundiu com uma notícia divulgada pelo governo de Nicolás Maduro, que alardeava a participação de adolescentes em brigadas de comunicação popular na comunidade de Brasil, no estado de Sucre. Era apenas um bairro popular batizado em homenagem ao nosso país.
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