Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21 E 22/04/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Atendimento em clinicas são retomados
Presidente do Cremego fala sobre a retomada de atendimentos eletivos em Goiás
Artigo – Cooperar para vencer
Covid-19: Goiás registra 421 casos e 19 mortes
Recuperados da covid-19 se aproximam de 23 mil no Brasil
Demanda cresce, mas planos de saúde esperam retração
ANS divulga Termo de Compromisso que permitirá movimentação de recursos para combate ao coronavírus
Prevent Senior testa hidroxicloroquina sem aval de comitê
Cápsula barata pode proteger médicos e oferecer alternativa a respirador mecânico
Instituto Butantã pretende zerar a fila de testes até quarta-feira
Por que a técnica de colocar pacientes de bruços está salvando muitas vidas de pacientes com coronavírus
Família denuncia que bebê morreu por negligência médica: 'Passou da hora de nascer'


TV GOIÂNIA
Atendimento em clinicas são retomados
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=74078372
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TV RECORD
Presidente do Cremego fala sobre a retomada de atendimentos eletivos em Goiás
https://youtu.be/PFmza_NRo1Y
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O POPULAR
Artigo – Cooperar para vencer

"Pedimos que a população continue em estado de alerta. Goiás não é uma ilha e o vírus é invisível"
Um vírus misterioso se espalhou por diferentes continentes levando medo e crises pelo mundo inteiro. O número de vítimas pelo novo coronavírus aumenta a cada dia e a situação caótica faz com que nos questionemos: qual será o cenário daqui a alguns meses? Ou mesmo daqui a um ano? Infelizmente, não há quem possa responder agora.
É uma situação completamente inédita para o século 21. Em pouco mais de 30 dias, desde que o primeiro caso da doença foi confirmado em Goiás, tudo mudou ao nosso redor. Tivemos que recorrer ainda mais ao mundo virtual para conseguir trabalhar, estudar, fazer compras, e até para o lazer e diversão. Todo o processo de digitalização, que evolui gradativamente nos últimos anos, foi acelerado nestes dias de quarentena.
Tivemos que nos adaptar a estar longe de pessoas que amamos, mas temos mais tempo para nos conectar com aqueles que dividem o mesmo lar conosco. Nas ruas, estamos recusando abraços dos amigos, mantendo distância de outros pedestres e pensando duas vezes antes de tocar em qualquer objeto.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse que o "século será dividido em antes e depois do coronavírus". Eu arrisco afirmar que, aquele mundo que vivíamos até a chegada da Covid-19 nunca mais será o mesmo.
Hoje, podemos afirmar que a reação rápida – e rígida – do governador Ronaldo Caiado no combate ao novo coronavírus já protegeu a vida de muitos goianos. Os resultados apresentados pelo Governo de Goiás nessa segunda quinzena de abril são satisfatórios e, inclusive, melhores do que foi imaginado para um cenário otimista.
Diante desse contexto positivo, o novo decreto assinado por Caiado flexibilizou o funcionamento de atividades econômicas em todo o Estado. Não podemos negar ao povo a busca pela sua própria sobrevivência. No entanto, pedimos que a população continue em estado de alerta. Goiás não é uma ilha e o vírus é invisível.
Um Estado forte é aquele que protege seu povo. Por isso, garanto que o Governo de Goiás não está medindo esforços para amenizar os estragos causados por essa pandemia na saúde, na economia e, principalmente, nas famílias goianas que dependem do Estado.
Espero que possamos enxergar nessa crise uma oportunidade de continuar reconstruindo Goiás, com uma sociedade cada vez mais solidária e humana. A cooperação de todos é fundamental para sairmos dessa epidemia com o menor número possível de casos e, lá na frente, retomarmos nossa economia e desenvolvimento.

Lincoln Tejota – Vice-governador de Goiás
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 421 casos e 19 mortes
Veja municípios com mais confirmações | 21.04.20 – 15:15

Goiânia – Os casos confirmados de covid-19 chegam a 421 em Goiás, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta terça-feira (21/4). As mortes pela doença somam 19. No Estado, há 7.003 casos suspeitos em investigação. Outros 2.101 já foram descartados. No Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) há 66 amostras em análise.

Os casos confirmados foram registrados nos municípios de Águas Lindas de Goiás (5), Aloândia (1), Anápolis (35), Anhanguera (1), Aparecida de Goiânia (15), Aragoiânia (1), Bela Vista de Goiás (1), Bom Jesus de Goiás (1), Caldas Novas (1), Campestre (1), Carmo do Rio Verde (1), Catalão (1), Ceres (3), Cidade Ocidental (4), Faina (1), Formosa (4), Goiandira (1), Goianira (1), Goianésia (24), Goiânia (240), Goiatuba (1), Guapó (1), Inhumas (1), Itaguaru (2), Itumbiara (8), Jataí (4), Luziânia (9), Montividiu (1), Nerópolis (1), Nova Glória (1), Nova Veneza (1), Paranaiguara (1), Paraúna (1), Pires do Rio (3), Planaltina (1), Professor Jamil (5), Rialma (4), Rio Verde (13), Santo Antônio do Descoberto (1), São Luís dos Montes Belos (2), Senador Canedo (2), Silvânia (1), Trindade (7), Valparaíso de Goiás (7) e Vianópolis (1).

Há 19 casos confirmados internados. Destes, 3 estão em unidades públicas da rede estadual e 16 na rede privada. Há ainda 55 casos suspeitos e em investigação que encontram-se internados; destes, 30 estão na rede pública e 25 na rede privada.

As mortes por covid-19 foram registradas nos municípios de Aparecida de Goiânia (1), Goiandira (1), Goiânia (10),  Luziânia (2), Paraúna (1), Pires do Rio (1), Professor Jamil (1), Rio Verde (1) e Valparaíso de Goiás (1).

Há um (1) óbito suspeito em investigação na cidade de Araçu (1).

Já foram descartados 26 óbitos nos municípios de Águas Lindas de Goiás (1), Bela Vista de Goiás (1), Bonfinópolis (1), Caldas Novas (1), Edealina (1), Goianésia (1), Goiânia (9), Hidrolândia (1), Inhumas (1), Iporá (1), Itapaci (1), Luziânia (1), Mineiros (1), São Francisco de Goiás (1), São Luís dos Montes Belos  (1), Senador Canedo (1), Uruaçu (1) e Valparaíso de Goiás (1).
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AGÊNCIA BRASIL
Recuperados da covid-19 se aproximam de 23 mil no Brasil
Taxa de recuperação da doença está em 56,7% | 21.04.20 – 11:33

Brasília – O Brasil registrou, até segunda-feira (20), 22.991 pessoas recuperadas da covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O número foi divulgado sem detalhamento por estado.

A taxa nacional de recuperação da doença encontra-se em 56,7%, uma pequena melhora em relação aos 55% registrados em 14 de abril, quando o ministério começou a divulgar o número de recuperados. O país tem 40.581 pacientes diagnosticados, segundo os dados divulgados ontem (20).

O ministério contabiliza como recuperado o paciente com confirmação do novo coronavírus que recebeu alta hospitalar após internação e também os confirmados sem internação, mas que deixaram de apresentar sintomas depois de ficar em casa.

Enquanto a taxa de recuperação se mantém acima da metade dos casos, o índice de letalidade encontra-se em 6,3% dos casos confirmados. No Brasil, foram registradas 2.575 mortes até ontem (20).

As hospitalizações por covid-19 chegaram a 8.318. O total de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em investigação totalizaram 42.817. Outras 15.752 foram denominadas SRAG “não especificado”.

Ontem (20), o ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou ter aumentado para 46 milhões o número de testes que a pasta pretende comprar para ampliar os diagnósticos. 

“Isso é importante para entender a doença, a evolução e fazer um planejamento para revisão do distanciamento social”, disse Teich, em vídeo divulgado pela assessoria do Ministério da Saúde. (Agência Brasil)

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FOLHA DE S.PAULO
Demanda cresce, mas planos de saúde esperam retração

Com isolamento social e quarentena no país, operadoras tentam diversificar oferta e recorrem à telemedicina
Foram mais de 13.939 novos contratos firmados pela empresa desde o início do ano: 3.700 em janeiro, um salto para mais de 5.000 em fevereiro e o mesmo patamar mantido em março.
Já a corretora Brazil Health observou aumento no número de beneficiários em todos as categorias de planos, de janeiro a março deste ano.
Os dois que mais cresceram foram o individual, com 76%, e o familiar, 72%. Logo atrás vem o tipo de adesão coletiva, aquele feito por meio de representantes de profissões, como sindicatos (61%), seguido do empresarial (57%).
O plano PME, de pequenas e médias empresas -primeiro setor a sentir os impactos da pandemia na economia-, foi o que menos cresceu, 14%.
"Um viés de atenção é o segmento empresarial acima de cem vidas e PMEs, que em abril vem apresentando muita demanda de exclusão e prorrogação de [vencimento de] faturas. Há também cenário de preocupação quanto à inflação médica deste ano. Teremos que ter sabedoria e também empatia", diz o diretor da Brazil, Marcelo Reina.
Empresas de atuação regional também têm percebido a mudança. A Promédica, de Salvador (Bahia), passou a vender planos de saúde individuais em outubro do ano passado.
Terminou 2019 com pouco mais de 10 mil vidas em sua carteira. Em janeiro de 2020 somou mais 679, em fevereiro, mais 873 e em março, mês que registrou a primeira morte pela Covid-19 no Brasil, 1.322. É um crescimento total, subtraído os pouco mais de 300 contratos desfeitos no período, de 27%.
Já a Care Plus afirmou que os pedidos de cotações de novos contratos subiram 172% em março deste ano em comparação com o mesmo mês do ano anterior.A pandemia de coronavírus tem exigido que as pessoas fiquem em casa, mas também as tem feito buscar mais informações sobre a doença e reorganizar a agenda de exames.
Representantes do setor dos planos de saúde ouvidos pela Folha relatam, alguns sob condição de anonimato, uma crescente demanda por serviços, que se manifesta de diferentes formas.
Por outro lado, revelam a expectativa de que aconteça, a partir de abril, uma retração do mercado devido à desaceleração da economia.
A Prevent Senior, por exemplo, seguradora que foca o atendimento a idosos (principal grupo de risco para coronavírus), observou um crescimento na sua carteira de beneficiários. Foram mais de 13.939 novos contratos firmados pela empresa desde o início do ano: 3.700 em janeiro, um salto para mais de 5.000 em fevereiro e o mesmo patamar mantido em março.
Já a corretora Brazil Health observou aumento no número de beneficiários em todos as categorias de planos, de janeiro a março deste ano.
Os dois que mais cresceram foram o individual, com 76%, e o familiar, 72%. Logo atrás vem o tipo de adesão coletiva, aquele feito por meio de representantes de profissões, como sindicatos (61%), seguido do empresarial (57%).
O plano PME, de pequenas e médias empresas -primeiro setor a sentir os impactos da pandemia na economia-, foi o que menos cresceu, 14%.
"Um viés de atenção é o segmento empresarial acima de cem vidas e PMEs, que em abril vem apresentando muita demanda de exclusão e prorrogação de [vencimento de] faturas. Há também cenário de preocupação quanto à inflação médica deste ano. Teremos que ter sabedoria e também empatia", diz o diretor da Brazil, Marcelo Reina.
Empresas de atuação regional também têm percebido a mudança. A Promédica, de Salvador (Bahia), passou a vender planos de saúde individuais em outubro do ano passado.
Terminou 2019 com pouco mais de 10 mil vidas em sua carteira. Em janeiro de 2020 somou mais 679, em fevereiro, mais 873 e em março, mês que registrou a primeira morte pela Covid-19 no Brasil, 1.322. É um crescimento total, subtraído os pouco mais de 300 contratos desfeitos no período, de 27%.
Já a Care Plus afirmou que os pedidos de cotações de novos contratos subiram 172% em março deste ano em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A pandemia tem também tido grande impacto sobre a economia brasileira. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que ainda é cedo para aferir números, mas que a tendência é que o segmento entre em retração e que esta se agrave nos próximos dois ou três meses.
Cresceram, por exemplo, relatos de pessoas ou empresas que tentam renegociar seus contratos, postergar vencimentos ou cancelar os planos, como maneira de enxugar gastos.
Diante deste cenário, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) e a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Complementar) recomendaram a suspensão de reajuste nos valores dos planos de saúde por 90 dias.
Juntas, as duas instituições reúnem cerca de 26 milhões de brasileiros em suas seguradoras associadas. Normalmente os reajustes são feitos a cada 12 meses. A indicação vale a partir de 1º de maio.
Já a ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar), órgão que regula os planos de saúde no país, liberou às seguradoras um fundo de R$ 15 bilhões, com a contrapartida de que elas cumpram exigências como não suspender contratos e atender segurados que estejam inadimplentes em meio à pandemia.
A necessidade ficar em casa faz pacientes desmarcarem consultas médicas previstas. Roberta, 23, por exemplo, precisou cancelar exames de tireoide e papanicolau.
Vinícius, 3, precisou parar de ir à psicóloga após seu plano de saúde negar a cobertura do atendimento virtual, conforme mostrou reportagem da Folha. As empresas responderam que estão se adaptando às necessidades de segurança.
O aumento na demanda, com a peculiaridade das medidas de quarentena, tem feito as seguradoras responderem tentando diversificar a oferta de serviços. Até agora, a telemedicina tem sido o principal meio de atender os beneficiários. "A procura mudou de característica. As pessoas não estão saindo de casa, e tem o receio de você frequentar o espaço médico, onde se entende que se corre um risco. Neste aspecto houve uma diminuição do comparecimento das pessoas aos pronto-socorros. Por outro lado, houve aumento na procura com sintomas com doenças respiratórias. Um não compensa o outro ainda", analisa Daniel Coudry, CEO da Amil.
A empresa abriu nesta quinta (16) sua modalidade de telemedicina, antes restrita aos planos mais caros da seguradora, a todos os beneficiários. A estrutura terá 360 funcionários, funcionará 24h e terá capacidade para receber 6.000 ligações por dia.
O projeto de ampliação da telemedicina foi antecipado pelo coronavírus, mas Coudry defende que, após a pandemia, ele deve seguir ativo e funcionando também para consultas eletivas.
"O cliente faz a consulta com o médico de emergência, se detecta que ele precisa de segmento mais rotineiro, e aí ele pode fazer agendamento com cardiologista, neuro, ortopedista ou outros", finaliza.
A solução, autorizada pelo Ministério da Saúde, em meados de março, tem sido usada por outras empresas. O órgão também obrigou os planos a cobrir exames para coronavírus.
A rede Sul-América registrou em março um número de atendimentos pelo canal Médico na Tela 15 vezes superior ao de janeiro e fevereiro. A empresa afirmou que 89% dos chamados de orientação não precisaram se dirigir a um hospital físico
A Care Plus disse que as ligações para seu serviço de atendimento telefônico passaram de uma média de cem por mês para cem por dia. A seguradora defende que 70% das consultas em pronto-socorro poderiam ser resolvidas por este meio.
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ANS
ANS divulga Termo de Compromisso que permitirá movimentação de recursos para combate ao coronavírus

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga o Termo de Compromisso que dispõe sobre as contrapartidas que as operadoras de planos de saúde terão de assumir para terem direito a movimentar os recursos das reservas técnicas para uso em ações de combate à Covid-19. O documento foi aprovado em reunião finalizada nesta segunda-feira (20/04) e deverá ser assinado até 24/04 para a adesão das empresas. As medidas, além de dar liquidez para as operadoras, protegem beneficiários e prestadores de serviços, exigindo: compromisso para manutenção de usuários de planos individuas, coletivos por adesão e coletivos empresarias até 29 vidas; e o pagamento regular dos profissionais, clínicas, laboratórios e hospitais que integram a rede credenciada.
Na semana passada, a reguladora divulgou a proposta de flexibilização de normas prudenciais, permitindo autonomia na gestão dos recursos garantidores das provisões técnicas e equalizando a exigência de capital regulatório para as operadoras que já constituíam 100% do capital exigido. Ao todo, o montante de capital e recursos financeiros disponibilizados somam, aproximadamente, R$ 15 bilhões, e devem ser utilizados no combate ao coronavírus. Mas, para poder movimentar esses recursos, as operadoras deverão assinar, até o dia 24/04, termo de compromisso, se comprometendo a cumprir contrapartidas para proteger beneficiários e prestadores.
Manutenção da assistência: a operadora que assinar o termo de compromisso terá que oferecer aos contratantes de planos individuais e familiares, coletivos por adesão e coletivos com menos de 30 beneficiários a renegociação dos contratos, de forma a permitir que aqueles que tiverem dificuldades de arcar com o pagamento das mensalidades possam pagar em outro momento. Assim, fica preservada a assistência aos beneficiários desses planos no período compreendido entre a data de assinatura do termo e o dia 30 de junho de 2020.
Manter regularmente o pagamento aos prestadores de serviços de saúde : a operadora deverá se comprometer a pagar regularmente, na forma prevista nos contratos com sua rede prestadora de serviços de saúde, os valores devidos pela realização de procedimentos e/ou serviços que tenham sido realizados entre 4 de março de 2020 e 30 de junho de 2020. A medida deve atingir todos os prestadores de serviços de saúde integrantes de sua rede assistencial, independentemente de sua qualificação como contratados, referenciados ou credenciados.
Retirada de exigência de ativos garantidores de Provisão de Eventos/Sinistros a Liquidar (PESL-SUS): A operadora fica desobrigada de manter ativos garantidores relativos aos valores devidos a título de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (PESL SUS) no período que vai da data de assinatura do termo de compromisso até 31/12/2020. A medida visa ampliar a liquidez das operadoras, liberando recursos financeiros que poderão ser utilizados para fazer frente a eventual aumento da demanda por atendimento médico ou índices de inadimplência. Com essa medida, há a previsão de redução imediata de R$ 1,4 bilhão de exigências de ativos para as operadoras que atuam no setor.
Possibilidade de movimentar os ativos garantidores em montante equivalente à Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados (PEONA): Será retirado o bloqueio dos ativos garantidores na proporção equivalente à PEONA contabilizada, o que permitirá às operadoras uma gestão mais proativa dos seus ativos financeiros. Assim, será possível à operadora adequar o fluxo de pagamento à sua rede prestadora médica e hospitalar em um cenário de eventual queda da liquidez. Conforme previsto na legislação do setor, as operadoras devem manter ativos garantidores na mesma das provisões técnicas. Neste sentido, estima-se um impacto de R$ 10,5 bilhões em PEONA.
Redução da exigência da Margem de Solvência para 75% também para as seguradoras especializadas em saúde e operadoras que não estão em fase de escalonamento: Essa medida permite uma resposta mais rápida às necessidades financeiras dessas empresas, oportunizando equiparação das regras com os demais agentes do setor. Dessa forma, há a previsão de redução imediata de aproximadamente R$ 2,9 bilhões na exigência de capital.
Anteriormente, em reunião realizada no dia 31/03, a ANS havia aprovado – para todas as operadoras – a flexibilização de normativas econômico-financeiras, permitindo, assim, que as operadoras de planos de saúde respondam de maneira mais efetiva às prioridades assistenciais deflagradas pela Covid-19. As medidas são as seguintes:
Antecipação do congelamento de exigências de capital (Margem de Solvência): A ANS decidiu antecipar os efeitos do congelamento da margem de solvência para as operadoras que manifestem a opção pela adoção antecipada do capital baseado em riscos (CBR). Assim, para as operadoras que se encontram em constituição escalonada (exigência crescente a cada mês), a margem de solvência será estabilizada e em percentual fixo de 75%. Para as operadoras que manifestarem essa opção até 30/05/2020, os efeitos do congelamento da margem de solvência serão retroativos a 31/03/2020.
O objetivo da medida é conceder liquidez ao setor, tendo em vista o congelamento de percentual de exigência que crescia mensalmente. Estudos técnicos apontam uma redução de aproximadamente 1 bilhão de reais da quantia exigida para todo o setor, utilizando como referência as projeções para o mês de dezembro/2019.
Adiamento de novas exigências de provisões de passivo: A Agência também passou de 2020 para 2021 o início da exigência das provisões de passivo para Insuficiência de Contraprestação/Prêmio (PIC) e para Eventos/Sinistros Ocorridos e Não Avisados ocorridos no SUS (PEONA SUS). Com a postergação, fica adiada também a exigência de constituição de ativos garantidores, recursos que as operadoras necessitam manter para garantir em mesma proporção essas novas provisões de passivo.  Estudo técnicos apontam que o efeito esperado da constituição dessas provisões seria de aproximadamente 2% do total de receita anual das operadoras para a PIC e de 0,54%, para a PEONA SUS. Ao todo, esse adiamento de exigências totalizaria ao longo de 2020 aproximadamente 1,7 bilhão de reais, que poderão ser utilizados pelas operadoras para outros fins.
Essas medidas contribuem para que o setor possa enfrentar a tendência de diminuição da solvência e da liquidez das operadoras, reflexo do cenário de retração econômica deflagrado pela pandemia, evitando que a assistência à saúde dos beneficiários seja colocada em risco.
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ÉPOCA
Prevent Senior testa hidroxicloroquina sem aval de comitê

Um estudo da operadora Prevent Senior para testar a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 foi suspenso nesta segunda-feira, 20, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) após o órgão descobrir que os testes com pacientes foram iniciados antes de a empresa receber o aval para a realização da pesquisa, o que é proibido pelas normas do País. Os pesquisadores responsáveis foram convocados para audiência na tarde de ontem com o órgão para prestar esclarecimentos sobre as suspeitas de irregularidade.
A pesquisa em questão tinha como objetivo avaliar a eficácia e a segurança da hidroxicloroquina associada ao antibiótico azitromicina para reduzir internações em pacientes com suspeita de infecção por coronavírus definida por sintomas leves de síndrome gripal. Os testes com pacientes forram de 26 de março a 4 de abril, segundo artigo divulgado pela própria Prevent Senior na sexta-feira. Mas a pesquisa só foi submetida para apreciação do órgão regulador em 6 de abril, recebendo aval para realização no dia 14 do mesmo mês, segundo consulta feita pelo Estado na Plataforma Brasil, sistema da Conep que traz a lista de ensaios clínicos aprovados.
A consulta foi feita com base no número de processo informado pela operadora no artigo.A falha foi confirmada à reportagem por Jorge Venancio, coordenador da Conep, que revelou a decisão do órgão de suspender a pesquisa e cobrar esclarecimentos da empresa. "Não se pode propor uma pesquisa prospectiva, para o futuro, e fazê-la antes. A providência que tomamos foi a retirada provisória da aprovação da Conep para a pesquisa e o pedido de esclarecimentos.
Se isso se confirmar, é uma irregularidade grosseira."Venancio afirmou que outras incongruências foram identificadas no estudo. A primeira é relacionada ao perfil dos pacientes que fariam parte. No projeto submetido pela Prevent, os pesquisadores afirmaram à Conep que seriam incluídos no ensaio pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19.
O artigo divulgado pela Prevent com os resultados, porém, afirma que os participantes tinham apenas suspeita da doença. Bastava ter sintomas gripais, como tosse e febre, para que o paciente pudesse participar da pesquisa.A segunda possível falha está relacionada ao número de participantes do ensaio clínico. "No projeto de pesquisa submetido, eles dizem que 200 pacientes fariam parte dos testes, mas no artigo afirmam que foram quase 700. Essa é outra coisa que eles terão de esclarecer", diz Venancio.
Durante o estudo, foram registradas duas mortes em pacientes que faziam parte do grupo que tomou a hidroxicloroquina: um por câncer metastático e outro por enfarte. O cardiologista Rodrigo Esper, líder da pesquisa, afirmou ao Estado na sexta-feira que os dois óbitos foram por condições de saúde preexistentes e não estão associados ao uso do remédio, mas Venancio esclareceu que toda morte ocorrida dentro de um protocolo de pesquisa precisa ser informada e investigada pelos órgãos regulatórios.
A hidroxicloroquina tem como um de seus possíveis efeitos colaterais problemas cardíacos. A possibilidade de uma doença do coração ser agravada pelo uso do remédio não pode ser descartada, portanto.
Venancio diz que, se comprovadas as irregularidades, o órgão enviará o caso ao Ministério Público, que poderá abrir investigação contra a Prevent por colocar a saúde de pacientes em risco em protocolo de pesquisa não aprovado por comitê de ética. "No mundo inteiro há um sistema de regulação ética cuja função é proteger quem participa de pesquisas clínicas.
Quando uma pessoa é chamada para participar de uma pesquisa, pode estar em situação de desespero por causa da doença e a última coisa que vai se preocupar é com os direitos dela. Justamente por isso que os comitês de ética existem: para evitar abusos que já aconteceram."
Diretrizes
A Conep é uma comissão do Conselho Nacional de Saúde (CNS) criada em 1996, com a função de "implementar normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisas" envolvendo humanos, que devem ser aprovadas pelo conselho. O CNS é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do SUS.
'Boas práticas'
Procurada nesta segunda-feira, a Prevent Senior deu diferentes versões de justificativa ao longo do dia. Como posicionamento final, afirmou atuar em conformidade com as boas práticas médicas e argumentou que o número do processo na Conep foi incluído erroneamente no artigo.Na primeira vez em que foi procurada, a empresa disse que "o nosso estudo é um registro de mundo real e não o estudo da Conep, que é outra proposta". Ao ser questionada sobre o fato de que a própria empresa havia colocado o número de aprovação da Conep no artigo divulgado, a operadora mudou a versão, informando que o estudo "utilizará pacientes dentro das datas estipuladas pela Conep". "Só serão incluídos no estudo pacientes que iniciaram o protocolo a partir de 6 de abril. Antes da data, foram solicitados tratamentos compassivos por pacientes e seus familiares.
"Mais uma vez, a empresa foi questionada: o uso compassivo só é recomendado para pacientes em estado grave, sem opção terapêutica, o que não era o caso dos participantes da pesquisa. Para esse questionamento, a empresa afirmou que"na vigência de uma pandemia, o procedimento é totalmente justificável e protetivo ao paciente".
Mais tarde, ao ser informada pela reportagem de que a Conep havia determinado a suspensão da pesquisa, a empresa mudou novamente a versão e disse que o manuscrito do artigo, amplamente divulgado por sua assessoria de imprensa, "foi disseminado de maneira não autorizada".
"Este manuscrito traz um levantamento clínico de dados de 26 de março a 6 de abril. Nele, foram relatados casos que não fazem parte da pesquisa aprovada. Sobre a aprovação no dia 14, este estudo será iniciado de forma prospectiva."Horas depois, a empresa emitiu nova nota na qual afirma atuar "em conformidade com as boas práticas médicas" e se submeter "rigorosamente às normas estipuladas pelas autoridades de saúde". Segundo a empresa, o manuscrito disseminado na sexta-feira atribui, incorretamente, um número de protocolo na Conep.
"Os dados sobre pacientes contidos no documento não se referem, portanto, à pesquisa autorizada pela comissão do Ministério da Saúde. Trata-se de números reais de atendimento, mas não vinculados ao protocolo clínico relativo ao número da Conep. Todos os esclarecimentos serão prestados à Conep e permitirão possíveis ajustes."
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OLHAR DIGITAL
Cápsula barata pode proteger médicos e oferecer alternativa a respirador mecânico

Neste momento, o mundo inteiro corre atrás de respiradores para poder atender aos pacientes da Covid-19. Essa dinâmica criou uma situação em que não apenas é caro comprar o equipamento, como também é difícil adquiri-los mesmo com o dinheiro em mãos, como resultado da escassez do produto.
Isso está fazendo com que países pelo mundo inteiro decidam recorrer às suas próprias soluções. Isso pode passar por reorientar a indústria interna para suprir a demanda local, ou pensar em alternativas pouco ortodoxas. Foi o que uma rede hospitalar do Amazonas decidiu fazer, e diz estar tendo sucesso.
Ao longo do mês de abril, tem chamado a atenção do público uma parceria entre a Samel, empresa amazonense do setor de saúde, e o Instituto Transire, que deu origem à cápsula Vanessa, batizada assim como homenagem a uma paciente tratada pelo método e conseguiu se recuperar. A técnica tem como objetivo limitar a dependência dos respiradores de forma barata e acessível.
A cápsula Vanessa não poderia ser mais simples, e foi projetada para isso. Sua primeira versão era apenas uma armação de canos de PVC coberta com uma tenda de vinil, mas aos poucos ela se tornou mais refinada, ganhando ventoinhas com filtros antivirais e antibacterianos para permitir a circulação do ar com o exterior com mais segurança e para dispersar o gás carbônico do interior, mantendo um maior nível de oxigenação. O uso dessas ventoinhas também cria um ambiente de pressão negativa no interior da cápsula, permitindo que os aerossóis não escapem quando o zíper é aberto pelo médico ou enfermeiro para realizar qualquer procedimento no paciente. Segundo o Transire, mesmo a versão mais avançada não custa mais de R$ 400, enquanto um respirador custaria no mínimo R$ 6.000 em tempos normais. As orientações para produção estão disponíveis para qualquer empresa que quiser montar seu próprio equipamento neste link.
Mas como funciona a Vanessa? Segundo a Samel, o protocolo para o tratamento de Covid-19 determina a intubação imediata do paciente diagnosticado, que já chega ao hospital com falta de ar. Como explica Clemilton Gomes, vice-presidente do Instituto Transire, a explicação para essa ação rápida é impedir que o paciente disperse aerossóis (minúsculas gotículas de saliva resultantes de tosses, espirros ou até mesmo da fala) que aumentem o risco de médicos e enfermeiros serem contaminados. Um efeito colateral dessa prática é o altíssimo uso de respiradores, causando sua escassez no mundo inteiro.
É aí que entra a cápsula. Conforme explica Gomes, utilizando o equipamento é possível dispensar o protocolo de intubação precoce do paciente, mantendo a segurança dos profissionais. Com a proteção do acrílico, é possível evitar a dispersão dos aerossóis e recorrer a uma opção de ventilação não-invasiva do paciente, com uma máscara mais convencional. Isso, claro, enquanto seu quadro não se agravar ao ponto de a intubação se tornar obrigatória.
A Samel, que tem adotado o protocolo, diz que tem obtido grande sucesso com a cápsula Vanessa, afirmando não ter registrado nenhum caso de profissional infectado ao tratar dos pacientes de Covid-19. Da mesma forma, a empresa também diz que seus hospitais também viram o tempo de internação ser reduzido de 21 dias para 4,9 dias como resultado do tratamento. A redução desse tempo é chave para desocupar os leitos o mais rápido possível, evitando o colapso do sistema de saúde.
Nem todo mundo concorda
Associações médicas estão acompanhando a utilização de cápsulas como a Vanessa para tentar ajudar os pacientes e ainda se veem céticas sobre sua eficácia, justamente pela falta de evidências técnicas e testes que comprovem sua segurança.
Uma nota técnica publicada em conjunto pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), pela Associação Brasileira De Medicina De Emergência (Abramede), pela Associação Brasileira De Fisioterapia Cardiorrespiratória E Fisioterapia Em Terapia Intensiva (Assobrafir) e pela Sociedade Brasileira Para a Qualidade do Cuidado E Segurança Do Paciente (Sobrasp) apontam os potenciais riscos e redundâncias do projeto.
A nota faz três observações principais sobre a utilização desse tipo de equipamento antes que eles possam ser usados em UTIs:
Não há estudos clínicos que comprovem a eficácia do dispositivo como forma de proteção para os profissionais de saúde. Como não há comprovação de eficácia baseada em estudos adequadamente desenhados, há ainda a necessidade de uso de todos os equipamentos de proteção individual necessários, mesmo neste cenário. Há ainda relatos de profissionais de saúde com dificuldade em manipular equipamentos e manusear o paciente durante o procedimento com estes dispositivos, o que poderia em tese aumentar a chance de contaminação em alguns casos; A caixa acrílica precisaria ser descontaminada por meio da autoclave, o que poderia danificar permanentemente o material do dispositivo. Como não há a possibilidade da descontaminação pelo processo mais seguro, há o risco de grande aglomeração de patógenos que podem contaminar pacientes e profissionais; A substituição do acrílico por material mais maleável, como plástico, poderia ser uma alternativa, pois seria descartado após o procedimento, mas, como não há evidências da segurança desta alternativa, o mais prudente e seguro é levar o dispositivo para testes e estudos clínicos para validação de sua eficácia e, somente após este processo, ser usado em ambientes hospitalares com a finalidade de proteção
A nota também aponta as seguintes dúvidas sobre a utilização do equipamento em conjunto com a ventilação não-invasiva, com aparelhos como Bipap e Cpap:
Na atualidade (Abril/2020) não há estudos científicos que comprovem que a utilização de câmara, tendas e boxes para contenção de aerossóis durante a aplicação de oxigenioterapia suplementar e/ou uso de Ventilação Não-Invasiva traga EFETIVA PROTEÇÃO para os profissionais de saúde envolvidos. Na atualidade (Abril/2020) não há estudos científicos que comprovem que a utilização de câmara, tendas e boxes para contenção de aerossóis durante a aplicação de oxigenioterapia suplementar e/ou uso de Ventilação Não-Invasiva traga benefício clínico no atendimento do paciente com infecção suspeita ou confirmada por coronavírus. A Amib, Abramede, Assobrafir e a Sobrasp apoiam e elogiam a iniciativa de inovação que possa somar nessa atual crise causada pela pandemia. No entanto, há questões que precisam ser respondidas de forma científica sobre o uso dessas novas tecnologias, equipamentos e recursos, em sendo: O uso de aparelhos de Ventilação não-invasiva de ramo único enseja o uso de máscaras que causam necessariamente vazamento de ar para o funcionamento adequado. O objetivo da tenda/câmara/box é tentar mitigar a aerossolização que acontecerá de forma inevitável e, em tese, proteger a equipe. No atual conhecimento científico, não é possível tal proteção acontecer de forma plena senão com o uso dos Equipamentos de Proteção Individual e sob paramentação adequada contra procedimentos aerossolizantes. Desta forma, se a equipe multiprofissional tiver que continuar a usar estes Equipamentos de Proteção Individual (EPI) padronizados, não há necessidade de uso dos novos equipamentos propostos.
Outros questionamentos como: acúmulo de gás carbônico; como será feito o descarte seguro do ar de dentro da câmara e qual a real melhora na efetividade do processo de ventilação não invasiva nesta condição restam ainda ser investigados e esclarecidos usando-se o padrão científico devido.
Criação de falsa sensação de segurança para os profissionais de saúde de tais unidades, de que, com o uso destes novos equipamentos propostos, estarão protegidos sem o uso dos devidos EPI, passando a não mais usá-los, ficando expostos ao vírus.
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AGÊNCIA ESTADO
Instituto Butantã pretende zerar a fila de testes até quarta-feira

A estimativa do Instituto Butantã, de São Paulo, é zerar a fila acumulada de testes para o novo coronavírus até esta quarta-feira. Em 7 de abril, 17 mil amostras estavam pendentes de análise. "Isso já se reduziu. Na quarta, esperamos anunciar que a fila foi zerada", garante o diretor da instituição, Dimas Covas.
Ele justificou a fila como resultado da dificuldade de obter insumos e da centralização dos exames no Instituto Adolfo Lutz. Por isso, no início do mês, o governo do Estado criou uma rede com outros hospitais e hemocentros estaduais da capital e do interior para acelerar as análises. "A situação estava um pouco complicada", disse Covas ao Estado.
Com essa força-tarefa, a rede realiza cerca de 5 mil testes por dia. "Vamos chegar a 8 mil muito rapidamente", garante. A testagem é voltada a amostras de pacientes mortos ou com casos graves associados aos sintomas do novo coronavírus. Além disso, com o aumento da capacidade estadual, será estendida a todos os profissionais de saúde, mesmo que em quadros leves. A projeção é de que os resultados saiam em até 48 horas.
"Com isso, podemos atender a demanda imediata, principalmente dos municípios do interior que, sem os exames, podem ter a sensação que o vírus não chegou, mas que, na verdade, foi o exame que não foi feito", comenta Covas. "Vai nos ajudar a ter uma fotografia dessa epidemia mais próxima da realidade. Vai permitir que as autoridades tomem decisões fundamentadas em fatos."
O diretor do Butantã aponta que a necessidade de ampliar a rede também é uma forma de se preparar para o avanço da pandemia e que o governo não enfrenta mais falta de insumos. "Se espera que a demanda vá aumentar muito rapidamente à medida que a curva (de casos) também cresça. Esperamos que não seja explosivo."
A rede de testagem do Estado também passou a incluir laboratórios privados. De acordo com Covas, a maior participação é do Grupo Fleury em parceria com Bradesco Seguros, a Coca-Cola Brasil e a Coca-Cola FEMSA, que vão realizar e subsidiar 26 mil testes em um espaço no Jabaquara, na zona sul da capital. O valor estimado é de R$ 4 milhões, sem custos para o poder público.
Do total, 2,5 mil testes já foram realizados ou encaminhados pelo Estado ao grupo. Ao Estado, as empresas destacaram a necessidade do "espírito de colaboração" neste momento, enquanto Covas disse que parcerias com o setor privado são fundamentais. "Um grupo (de funcionários) se revezou 24 horas por dia para processar esse volume expressivo de exames em pouco tempo. Estamos felizes em ajudar a baixar a fila", comenta Carlos Marinelli, presidente do Grupo Fleury.
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UOL
Por que a técnica de colocar pacientes de bruços está salvando muitas vidas de pacientes com coronavírus

Procedimento é feito em muitos casos graves de covid-19 que precisam de uso de respirador.
É uma cena que se repete em hospitais de todo o mundo diante da pandemia: dezenas de pacientes em leitos, conectados a respiradores artificiais, enquanto são atendidos por profissionais de saúde protegidos por roupas e máscaras especiais.
Em meio a tantas imagens, é possível encontrar algo curioso: muitas das pessoas com covid-19 estão deitadas de bruços. Por quê?
É uma técnica antiga que provou ser eficaz no combate a doenças respiratórias graves.
Conhecida como "posição de bruços", ela começou a ser administrada com crescente frequência nos milhares de pacientes vítimas da pandemia tratados em unidades de terapia intensiva.
Este método ajuda as pessoas a aumentar a quantidade de oxigênio que entra nos pulmões, explica o professor de medicina pulmonar e terapia intensiva Panagis Galiatsatos, da Faculdade de Medicina da universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
"Muitos dos pacientes com coronavírus não têm boa oxigenação nos pulmões e isso os danifica. Damos oxigênio a eles quando estão internados, mas às vezes isso não parece ser suficiente" diz ele.
"Então o que fazemos é colocá-los de bruços para permitir que os pulmões se expandam novamente", diz ele.
O pesquisador explica que a parte mais pesada dos pulmões fica nas costas e se o paciente estiver de costas, a dificuldade em respirar será maior.
Maior fluxo sanguíneo
"A abertura dos pulmões na posição de pronação permite maior fluxo sanguíneo. A mudança é notável e a confirmamos com muitos pacientes", explica.
A técnica ? também chamada de "pronação" ? foi recomendada em março pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pacientes com covid-19 que sofrem de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
"A ventilação mecânica em decúbito ventral (posição de bruços) é altamente recomendada em pacientes adultos com SDRA grave (…). Recomenda-se ventilação mecânica em decúbito ventral por 12 a 16 horas por dia", afirma a organização.
Quais são os riscos da pronação?
No entanto, o que parece ser um procedimento simples pode ser demorado na prática, porque mudar uma pessoa doente de posição pode ter uma série de complicações.
"A obesidade é uma das maiores preocupações. Cuidados também devem ser tomados com pessoas com lesões no peito. E é preciso ter cautela caso o paciente tenha um tubo de respiração ou um cateter no pescoço", explica Galiatsatos.
A OMS ressalta que, para executá-lo com segurança, "é necessário um número suficiente de profissionais experientes".
"Não é fácil. São necessárias de quatro a cinco pessoas para fazer isso de forma eficaz", acrescenta Galiatsatos.
Ele conta que, pela primeira vez, o Centro Médico John Hopkins criou uma equipe dedicada à pronação.
"Dessa forma, se os pacientes com covid-19 estiverem em uma unidade de terapia intensiva onde a equipe não está acostumada a executar esse procedimento, eles ligam para a equipe especializada que colocará o paciente na posição", diz ele.
Estudos iniciais
Mas de onde vem esse método?
Acredita-se que os benefícios da pronação tenham sido observados pela primeira vez em meados da década de 1970. Mas só em 1986 a prática realmente se expandiu.
Um dos médicos que liderou os primeiros estudos foi o italiano Luciano Gattinoni, que atualmente trabalha como professor emérito na Università Statale em Milão e é considerado autoridade em anestesiologia e reanimação.
Ele e a equipe começaram a usar essa técnica regularmente e a publicar estudos científicos que sustentam seus benefícios.
Em conversa com a BBC, o pesquisador afirma que, a princípio, esse método "teve muitas objeções", já que a comunidade médica é "muito conservadora", mas agora é amplamente utilizado.
O italiano também explica que a pronação não é apenas eficaz porque facilita uma maior oxigenação dos pulmões, mas também porque "na posição de bruços as forças são distribuídas no pulmão de maneira mais homogênea".
"Pense em um pulmão sujeito à energia mecânica do respirador, é como se fosse continuamente chutado. Obviamente, quanto mais essa força é distribuída uniformemente, menos danos ela causa", diz ele.
Surgiram outros estudos nos anos 2000 que deram mais evidências sobre da eficácia da pronação.
"Um estudo realizado na França em 2000 mostrou que os pacientes não apenas melhoraram sua oxigenação, mas também tiveram maiores chances de sobrevivência", Galiatsatos.
"Como ainda não temos uma cura contra esse coronavírus, até agora, o melhor que podemos fazer é aplicar terapias como essa", conclui o acadêmico da universidade Johns Hopkins.
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PORTAL G1/GO
Família denuncia que bebê morreu por negligência médica: 'Passou da hora de nascer'
Segundo avó da criança, mãe passou um dia todo sendo forçada ao trabalho de parto normal, enquanto a equipe médica poderia ter feito uma cesariana. Maternidade Nascer Cidadão alega que seguiu os protocolos médicos.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
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Uma família denuncia que Letícia Alves passou mais de 10 horas sendo induzida ao parto normal, enquanto uma cesariana poderia evitado que Manuella nascesse com complicações, na Maternidade Nascer Cidadão, da rede pública de Goiânia. Segundo os parentes, a demora no parto fez com que a recém-nascida precisasse de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a qual só conseguiu dois dias depois.
A Maternidade Nascer Cidadão informou, em nota, que seguiu todos os protocolos médicos e não houve irregularidade (veja o posicionamento na íntegra ao fim do texto).
O parto aconteceu na noite do último dia 17 de abril. Avó da criança e sogra de Letícia, Tânia Guimarães denuncia dois problemas durante o atendimento da maternidade. O primeiro, segundo ela, é a negligência por parte da equipe médica que induziu o parto normal.
O segundo erro para a família foi a demora em conseguir uma UTI para a recém-nascida. A bebê conseguiu uma vaga no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, no domingo (19), onde morreu poucas horas depois de dar entrada, segundo a avó.
"Por que eles não se esforçaram para nos ajudar? Nós vimos mães saírem com o bebê no colo, e o nosso saiu no caixão. A médica me chamou e falou para eu despedir da minha neta porque ela não resistiu. A pediatra afirmou que a bebê estava normal, mas passou da hora de nascer", denuncia Tânia.
Maternidade nega irregularidade
A Maternidade Nascer Cidadão (MNC) informa que ao chegar na maternidade com 40 semanas de gestação na sexta-feira,17, a paciente citada no vídeo foi internada sem apresentar sinais de trabalho de parto e sem indicação à cesariana.
Em respeito aos protocolos médicos do Ministério da Saúde, foi indicada e realizada a indução ao parto normal, com anuência da paciente, às 14h. A evolução ao trabalho de parto aconteceu dentro da normalidade, de forma rápida, e a paciente esteve acompanhada a todo momento de equipe obstétrica multidisciplinar.
Mesmo com as avaliações normais durante todo o período e o parto sem nenhuma intercorrência, a bebê nasceu às 23h em estado grave, recebendo todos os cuidados de terapia intensiva no berçário da MNC, como ventilação mecânica, incubadora e medicação adequada, e com solicitação de transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva.
No domingo, 19, quando disponibilizada vaga de UTI, a bebê foi transferida com vida via UTI móvel acompanhada de equipe médica completa para outra unidade de saúde. A MNC ressalta que a transferência para UTIs depende da liberação de vagas na rede conveniada, o que foi esclarecido para a família, assim como a gravidade da situação em que a criança se encontrava.
A equipe da MNC lamenta a fatalidade ocorrida e roga a Deus que conforte os corações da família neste momento de dor, colocando-se à disposição mais uma vez.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação