Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21 E 22/11/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Bolsonaro atende frente e põe deputado na Saúde
Conselho Federal de Medicina elogia indicação de Mandetta para o Ministério da Saúde
Ministério da Saúde investiga ataque em site para inscrições no Mais Médicos
Procuram-se 202 profissionais
Municípios veem vantagens em saída de médicos cubanos
Exame de ordem para médicos divide opiniões em audiência
Santa Casa de Anápolis não informou surto de pediatra, avisa Cremego
Governo define Organizações Sociais para gestão do Hugo e do Hutrin


O POPULAR

Bolsonaro atende frente e põe deputado na Saúde

Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) é investigado por suposta fraude em licitação, caixa 2 e tráfico de influência

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, atendeu pela segunda vez a indicação de uma frente parlamentar no Congresso e anunciou o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (MS) para o Ministério da Saúde. Médico ortopedista, ele é o terceiro parlamentar do DEM entre os 11 nomes já confirmados por Bolsonaro para compor o primeiro escalão a partir de janeiro. Estará ao lado do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), também coordenador da transição, e da deputada Tereza Cristina (DEM- MS), que contou com o aval da Frente Parlamentar da Agropecuária.
A negociação com o Congresso por meio das chamadas bancadas temáticas vem sendo defendida por Bolsonaro desde a campanha eleitoral. Além da redução do número de ministérios, o fim da negociação de cargos em troca de apoio no Congresso era uma plataforma do programa de governo.
Questionado se o DEM seria seu principal aliado, Bolsonaro negou e disse que a escolha de Mandetta, assim como de Tereza Cristina, se deu pelo apoio das respectivas frentes parlamentares. "O Onyx Lorenzoni sempre esteve comigo, muito antes do primeiro turno. A senhora Tereza Cristina é do DEM, mas foi indicação da bancada da agricultura. O Mandetta também. Parlamentares das mais variados partidos indicaram ele. Por coincidência, pertence ao DEM. Nada a ver no tocante ao partido. Não são indicações para atender interesses político-partidários e, sim, interesses especificamente dessas áreas de saúde, no caso, e de agricultura", afirmou.
Por meio de uma rede social, Bolsonaro também anunciou que manterá no cargo o atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.
Ao confirmar Mandetta na Saúde, o presidente eleito precisou sair em defesa do deputado. Ex-secretário de Saúde, o futuro ministro é investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 em contrato para implementar um sistema de informatização em Campo Grande.
"Tinha uma só investigação contra ele, que é de 2009, se não me engano. Não deu nenhum passo esse processo. Ele nem é réu ainda. O que está acertado entre nós: qualquer denúncia ou acusação que vier robusta não fará parte do nosso governo."
BASE ALIADA
A escolha do deputado também seguiu a estratégia de tentar levar o DEM para a base aliada do futuro governo sem negociar com os dirigentes. Em nenhuma das três indicações, Bolsonaro consultou o presidente nacional da sigla, ACM Neto, e o da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). "O partido não impõe dificuldade ou veto, mas não são indicações partidárias e não significa que o partido está na base do governo", disse ontem ACM.
Para o cientista político Murilo Aragão, a opção pelas frentes parlamentares é uma aposta de Bolsonaro na coesão maior destes grupos.

Goianos elogiam escolha para pasta

A indicação do deputado federal de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) para o Ministério da Saúde da gestão de Jair Bolsonaro (PSL) agradou o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM), que estava articulando pelo colega de partido e o indicou em conjunto com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). "É um cara preparadíssimo, que conhece a fundo a saúdepública. Tem conteúdo e é uma pessoa que tem espírito público", elogiou o.
Para Caiado, a indicação de um nome bem recebido pelo próprio setor da saúde estabelece um novo paradigma, percebido não só, afirma, na indicação de Mandetta, mas também na de outros quadros do seu partido, como a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS). "São setores que se mobilizaram e o presidente da República passou a ouvi-los, pela primeira vez na história."
Segundo ele, por mais que Mandetta tenha o respaldo do DEM, seu nome dependeu bem mais do corporativismo. "Você vê que todas as entidades de classe, agentes comunitários, médicos, foram lá para aplaudir a indicação. É uma honra tê-lo no DEM, mas o fato de ter chegado a ministro foi pelo reconhecimento do setor da saúde. Estou muito animado e a cada dia que passa o próximo governo sinaliza uma perspectiva melhor para o Estado", defendeu Caiado.
Setor médico
Em Goiás, um dos representantes do setor da saúde que estava articulando ativamente pela indicação do futuro ministro é o conselheiro dos Conselhos Federal e Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues Filho, que também comemorou a decisão. "Mandetta já mostrou toda a sua competência e, apesar de muito jovem, acumula uma experiência muito grande como gestor público e privado."
"É extremamente inteligente e ágil, tem uma grande disposição para o trabalho e foi certamente a melhore escolha que poderia ter sido feita por Jair Bolsonaro. Ele conta claramente com o apoio de toda a classe médica brasileira", pontuou.
Estreante na bancada do DEM na Câmara Federal, o deputado federal eleito Zacharias Calil, que também estava em Brasília durante o anúncio oficial do futuro ministro, disse que a indicação de Mandetta terá reflexos positivos para Goiás. "O pessoal da classe médica fez uma movimentação muito grande pela indicação dele e principalmente para Goiás isso é de suma importância. Primeiro, pela proximidade dele com Caiado, e depois, por ser uma pessoa do meu partido, acessível, para que também se possa ter uma boa representatividade", opinou ele.
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Procuram-se 202 profissionais

Edital para substituir cubanos no programa Mais Médicos abre 8.517 vagas em todo o País. Em Goiás, 95 municípios e um distrito sanitário indígena terão reposição ou até aumento no número de servidores. Formosa ficou de fora do chamamento

O Ministério da Saúde procura 202 médicos brasileiros formados aqui no País ou com diplomas de instituições estrangeiras revalidados interessados em substituir os médicos cubanos que deixarão seus postos do programa Mais Médicos em 95 municípios goianos e um distrito sanitário especial indígena (DSEI). Ao todo, no Brasil, são 8.517 vagas abertas para 2.824 cidades e 34 DSEI. Prefeitos e secretários municipais de saúde estão receosos se haverá interesse, principalmente para as áreas mais afastadas e pobres. Já as entidades classistas acreditam que a procura será suficiente para suprir a demanda.
Apesar de o edital ser basicamente de reposição, em Goiás dois municípios que não tinham profissionais cubanos constam na relação dos beneficiados: Damianópolis e Professor Jamil. De acordo com o Ministério da Saúde, as duas cidades estavam com vagas em aberto anteriormente. Outras sete cidades também aparecem no edital com número de vagas maior do que o informado de médicos de Cuba.
Por outro lado, Formosa, que tem sete médicos cubanos, ficou de fora do edital. O Ministério da Saúde informa que a cidade foi bloqueada do programa por falta de repasse da contrapartida municipal. No caso, habitação e alimentação para os profissionais. "O município já foi notificado", garante a pasta. O prefeito de Formosa, Ernesto Roller (MDB), diz desconhecer o bloqueio e que a informação obtida por ele é que sairia um novo edital no dia 27 com a inclusão da cidade.
Das 10 cidades goianas com mais vagas para profissionais neste edital, 6 estão localizadas no Entorno do Distrito Federal (DF) e quatro estão no chamado G100 – grupo de 100 cidades com mais de 80 mil habitantes e alta vulnerabilidade socioeconômica. Em Valparaíso de Goiás, que se encaixa nas duas situações (entorno e G100), foram 16 vagas abertas, sendo que a cidade conta com 14 médicos cubanos.
O prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró (PSDB), diz que a concorrência com outras cidades vizinhas é muito grande e a proximidade com Brasília complica ainda mais a situação para atrair médicos. Ele afirma que o trabalho dos médicos cubanos na cidade é "muito bom". "Esperamos que o governo federal possa cumprir a substituição."
O vice-presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Goiás (Cosems/GO), André Luiz Mattos, que é titular da saúde em Morrinhos, afirma que são duas as principais preocupações das autoridades municipais: primeiro, não haver candidato suficiente para preencher as vagas abertas; segundo, uma alta rotatividade entre os que aceitarem os cargos nos lugares considerados mais complicados.
Dependendo da cidade ou região para onde o médico selecionado for encaminhado, existe o risco, segundo Mattos, de ele não querer ficar mais que alguns meses. "Aí vai ter de esperar mais alguns meses para colocar outro, que também pode ficar 2 ou 3 meses", comenta. Os inscritos no programa Mais Médicos são geralmente levados para atender no Estratégia Saúde da Família (ESF), uma espécie de porta de entrada do cidadão na rede pública de saúde. "E no caso do Saúde da Família o mais importante é o vínculo do médico com a região", explica Mattos. A rotatividade prejudicaria não apenas o atendimento como este vínculo.
Titular da Secretaria Municipal de Saúde de Mundo Novo, Maria Madalena de Paula, diz esperar não apenas que a vaga deixada pelo médico cubano na cidade seja preenchida como também que o Ministério da Saúde aumente para três o número de médicos no local.
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) divulgaram nota conjunta nesta terça-feira (20) afirmando que o cancelamento "abrupto" dos contratos em vigor com médicos cubanos "representará perda cruel para toda a população, especialmente para os mais pobres". O vice-presidente do Cosems-GO diz que não viu no edital nenhum diferencial para tornar mais atraente para os médicos brasileiros a ida para regiões onde eles sempre se recusaram a ir. "Vamos voltar ao problema que estava antes do Mais Médicos."

Entidades se dividem sobre preenchimento de vagas
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Leonardo Reis, diz acreditar que as vagas abertas pelo edital emergencial do programa Mais Médicos sejam preenchidas com facilidade. "Acredito que pelo menos 800 candidatos devem se candidatar às vagas. Hoje em Goiás temos 24 mil médicos inscritos no conselho, sendo que mais de 16 mil estão ativos. Destes, 70% sobrevivem exclusivamente da rede pública. Isso, sem falar os jovens que estão se formando agora pela Universidade Federal de Goiás (UFG) que já estão organizando a documentação", diz.
Já o secretário de Comunicação do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), o médico Rafael Cardoso, afirma que em algumas cidades pode haver dificuldade em preenchimento das vagas por falta de condições adequadas de trabalho. "Não é só lotar o médico, se ele não puder fazer um diagnóstico digno, exercer uma boa medicina, ele não vai ficar. Talvez eles nem se inscrevam. É preciso parar com a ideia de que temos que obrigar um profissional a trabalhar em um local sem condições mínimas para exercer a profissão. Isso é um demérito. A prefeitura precisa proporcionar um atendimento digno à população, com regulação de vagas para internação e cirurgias, por exemplo."
Cardoso afirma que o País nunca teve falta de médicos, mas ausência de políticas públicas de fixação destes profissionais. "Existem várias formas de levar os profissionais para as cidades mais afastadas."
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AGÊNCIA ESTADO

Conselho Federal de Medicina elogia indicação de Mandetta para o Ministério da Saúde

A indicação de Luís Henrique Mandetta para o Ministério da Saúde agradou o Conselho Federal de Medicina (CFM). Em carta que deverá ser encaminhada amanhã ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, a entidade sugere uma aproximação com o governo federal, depois de um longo período de estremecimento. As relações entre entidades médicas e o ministério azedaram ainda durante a discussão para a criação do programa Mais Médicos.
Ao longo de seus mandatos, Mandetta adotou posições alinhadas com as reivindicações de entidades médicas, como a defesa da carreira de estado para a profissão e as críticas ao programa de recrutamento de profissionais estrangeiros para atender em cidades que sofriam pela falta de médicos.
Na carta, o CFM se coloca à disposição da pasta e reitera um documento apresentado em junho, o Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde do Brasil, com sugestões para o setor. (Lígia Formenti)
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Ministério da Saúde investiga ataque em site para inscrições no Mais Médicos

O site do programa Mais Médicos saiu do ar três horas após o início das inscrições no novo edital de contratação de profissionais após a saída de Cuba. O Ministério da Saúde diz que o grande número de acessos simultâneos recebido no sistema é característico de ataques cibernéticos e está investigando o caso.
A pasta afirmou ter recebido um milhão de acessos, mais do que o dobro do quantitativo de médicos em atuação no País. Apenas na primeira hora de início da inscrição, foram recebidas 2 mil inscrições, segundo a pasta. O prazo é até o dia 25 de novembro e o início das atividades está previsto para 3 de dezembro.
Primeiro, o governo afirmou que o sistema estava instável em função do grande número de acessos . Depois, ministério informou que investiga suspeita de ataque ao site. Em nota divulgada por volta das 13h desta quarta-feira, o ministério informou que, apesar da instabilidade, foram feitas em três horas de abertura do sistema 3.336 inscrições.
O ministério sugere que interessados devam manter a tentativa de acesso. Não haverá alteração do cronograma de inscrição. Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) diz ver com preocupação a instabilidade no site e diz que vai solicitar a prorrogação do prazo para inscrição.
Edital
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 20, edital para selecionar profissionais que queiram aderir ao programa Mais Médicos. Serão ofertadas 8.517 vagas, das quais 8.332 abertas em decorrência da saída de médicos cubanos do programa, que devem deixar o País até o dia 12 de dezembro.
O governo de Cuba anunciou na semana passada o rompimento unilateral da participação no programa Mais Médicos. O motivo para a decisão foram as declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com críticas ao programa. Os profissionais selecionados irão atuar em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, antes ocupados pelos cubanos.
As inscrições começaram nesta quarta-feira e seguem até o dia 25 deste mês para médicos brasileiros com CRM Brasil ou com diploma revalidado no País. O salário líquido é de R$ 11.244,56. O novo edital flexibiliza algumas regras para a seleção de interessados e assim tenta evitar o apagão na assistência básica provocada pela saída de Cuba do programa.
O cronograma é mais curto, por exemplo, e os contratados com diploma obtido no exterior serão dispensados de um curso de capacitação, que era exigido desde a criação do programa, em 2013.
Revalida
O governo decidiu mudar o Revalida, a prova feita para certificação de diplomas de Medicina obtidos no exterior. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que as primeiras discussões para a mudança do sistema deverão ser realizadas ainda esta semana com o Ministério da Educação. A ideia é que alterações sejam definidas rapidamente.
Uma das propostas em análise é descentralizar o exame, hoje preparado de forma exclusiva pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas de Educação Anísio Teixeira (Inep). Com a mudança, a prova poderia ser aplicada pelas 54 universidades federais que apresentam hospitais universitários.
O formato em discussão pelo governo resgata o sistema que havia antes do Revalida. Até 2010, as provas eram realizadas por universidades federais interessadas. Elas ficavam responsáveis por analisar o currículo do médico formato no Exterior, a preparar o exame e fixavam o valor da taxa cobrada para realização da prova.
O modelo era considerado pouco uniforme, com provas com graus de dificuldades distintas e, sobretudo, com valores de inscrição muito diferentes. Na época, as taxas variavam de R$ 100 a R$ 5 mil. (Agência Estado)
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O HOJE

Municípios veem vantagens em saída de médicos cubanos

Novo edital de contratações de médicos se torna em "luz no fim do túnel" em pequenos municípios goianos

A decisão de Cuba de retirar os médicos atuantes no programa Mais Médicos, do governo federal, continua repercutindo. Desta vez, o presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), prefeito Kelson Vilarinho revelou que os municípios goianos encontraram uma "luz no fim do túnel" com o novo edital para 8.517 mil vagas que foi lançado nesta terça-feira (20), buscando substituir os cubanos com brasileiros e mantendo o salário.
O novo edital deve suprir a carência gerada, principalmente no interior do estado. "O gasto fica separado em 25% para a educação e 15% para a saúde, mas as prefeituras têm estourado o orçamento para cobrir os gastos da saúde, isso se torna um problema para fechar as contas no fim do ano. Essa alternativa [novo edital] que o governo está criando, as 8,5 mil vagas criadas para brasileiros e formados fora, acreditamos que vá suprir", ressaltou Kelson.
Além do salário se manter o mesmo, Kelson Vilarinho revelou que essa decisão vai ser benéfica para o país também na questão econômica. "Toda a situação estava nebulosa, mas com essa alternativa do governo acreditamos que vai solucionar o problema, além dos médicos ganharem o mesmo salário, vai gerar também imposto de renda que vai ficar no Brasil e o dinheiro não vai para Cuba, vai rodar dentro do próprio país, foi um tiro que não saiu pela culatra".
As 8.517 vagas serão distribuídas em todo o país, sendo 202 vagas para o Estado de Goiás, que conta com o maior número de cubanos em Valparaíso de Goiás, cidade localizada à 191km da capital goiana. 14 médicos cubanos atuavam nas unidades públicas de saúde. Em segundo lugar está Aparecida de Goiânia, com 10 e, em terceiro, Luziânia, com nove. O programa funcionava em 37,8% dos municípios goianos e atendia cerca de 2,1 milhões de pessoas.
Saída
Para o governo cubano, a saída se da após "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" realizadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à capacidade dos profissionais. "O Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do Programa Mais Médicos e assim comunicou à diretora da Organização Pan-Americana de Saúde[Opas] e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam a iniciativa", afirma o órgão.
Cuba pretende retirar os mais de 8 mil profissionais de forma gradativa, iniciando no próximo dia 25 até 25 de dezembro. O Mais Médicos tem 18.240 vagas em 4.058 municípios, cobrindo 73% das cidades brasileiras. De acordo com o Governo Federal, existe uma ordem de convocação para profissionais, sendo que os brasileiros formados no país e no exterior com registro no Brasil são os primeiros, além de médicos estrangeiros formados no país. A convocação de médicos cubanos só ocorria após e, apenas, se vagas sobrarem.
Seleção terá limitador de vagas por município
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, anunciou nesta segunda-feira (19) que o edital para a convocação de profissionais que vão substituir os cubanos no programa Mais Médicos ocorrerá de forma diferente. Para garantir a transferência de médicos para as cidades onde atuam os profissionais de Cuba, o governo vai criar um limitador de vagas para cada município.
O anúncio foi feito durante encontro do presidente Michel Temer com prefeitos na sede da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em Brasília, ocasião em que Occhi assinou uma norma permitindo a liberação do edital, que será publicado amanhã (20) no Diário Oficial da União.
Ao todo, o edital disponibilizará 8.500 vagas a serem oferecidas a todos os médicos que têm CRM, brasileiros ou estrangeiros formados no Brasil.
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JORNAL DO SENADO

Exame de ordem para médicos divide opiniões em audiência

A aplicação de um exame para médicos recém-formados, prevista em projeto, dividiu a opinião dos representantes de entidades de classe que participaram ontem de um debate na Comissão de Educação (CE) .
Do senador Pedro Chaves (PRB-MS), o PL S 165/2017 institui uma prova de proficiência ao término do curso, assim como ocorre com os bacharéis em direito, que só podem advogar depois de aprovados no exame da OAB.
O consultor jurídico do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, Daniel Cavalcante Silva, disse que a organização está preocupada com falhas no texto, "a começar pela justificativa sem argumentos sólidos e sem refletir a realidade".
– Existe uma grande carência no interior e, portanto, não existe essa proliferação indiscriminada [de escolas de medicina] citada no projeto – afirmou.
Cavalcante ressaltou que não existem pedidos de autorização para cursos de medicina desde 2013. Segundo ele, os Ministérios da Educação e da Saúde têm feito chamamento público em municípios estratégicos, a fim de interiorizar os cursos de medicina, já que os médicos não têm interesse de atuar nessas regiões.
Teste A diretora-executiva da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Hermila Guedes, disse que a avaliação não é medida simples e considerou a denominação "exame de ordem", sugerida no projeto, inadequada.
Segundo ela, trata-se de um teste de suficiência para obtenção do diploma médico.
– O caráter do exame de ordem penaliza o estudante. E não é o estudante que deve pagar pela má formação que teve.
Hermila defendeu que, em substituição aos hospitais-escolas, as unidades do SUS sejam usadas como campos de prática em todas as áreas.
Já o coordenador-geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem), Gustavo Di Lorenzo Villas Boas, afirmou que o exame de ordem aborda somente aspectos cognitivos do estudante e ignora pontos importantes da formação.
– Quando se escolhe avaliar o estudante como a ponta do ensino, se está deixando de avaliar outras partes do processo: o que faz o estudante, o que faz o profissional e o que faz a formação médica.
Unanimidade Favorável à aplicação do exame, o presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Juracy Barbosa, lembrou que o Brasil tem 328 escolas de medicina, ficando atrás apenas da Índia, que tem 460.
Ele disse que há unanimidade entre as entidades médicas sobre a importância e a necessidade do teste.
– De 2013 para cá, nós tivemos um aumento estratosférico, de tal maneira que perdemos o controle na formação dessas pessoas: escolas sem hospitais, formação de médicos que nunca entraram em uma unidade de saúde e sem a devida tutoria, sem professores qualificados.
O coordenador da Comissão de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM), Lúcio Flávio Gonzaga Silva, disse que o órgão também apoia integralmente a proposta e as emendas apresentadas pelo relator, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Gonzaga afirma que uma avaliação seriada, no quarto e sexto anos, para analisar competências e atitudes, será mais eficaz do que uma prova teórica ao fim do curso, aumentando a qualidade da formação dos médicos brasileiros e a assistência ao cidadão.
– Uma avaliação formativa que acompanhe a formação do aluno no meio do seu curso, cujos resultados obrigarão a escola a melhorar seu projeto pedagógico na área ou nas áreas em que esse aluno não se sair bem – afirmou.
O projeto também recebeu apoio da Associação Médica Brasileira (AMB).
Segundo o vice-presidente José Luiz Dantas Mestrinho, a preocupação é com o aumento da quantidade ao invés da qualidade dos cursos e dos serviços.
Uma das autoras do pedido de audiência, a senadora Ana Amélia (PP -RS) ressaltou que é preciso avaliar e discutir o aprimoramento da qualidade de todos os serviços prestados à população.
Para ela, o debate sobre o projeto é fundamental, porque diz respeito à vida e ao tratamento adequado que deve ser dado às pessoas.
– O importante é a gente encontrar um senso comum ou um senso médio de absorção pela sociedade, para que ela seja bem atendida e para que as escolas prestem uma educação de qualidade.
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PORTAL 6

Santa Casa de Anápolis não informou surto de pediatra, avisa Cremego

Um 'silêncio obsequioso' parece ter sido imposto pela direção da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis em relação ao caso da pediatra Christiane de Sousa Martins que, no último dia 13 de novembro, foi retirada do hospital após sofrer um surto psicótico durante o plantão .
Oficialmente, a instituição se nega a dizer se a profissional voltou ao trabalho ou pediu afastamento para se tratar.
Sequer o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), órgão onde Christiane está registrada desde janeiro deste ano, foi informado sobre o que aconteceu com ela.
Esse procedimento protocolar permitiria que o Cremego acompanhasse o caso e interditasse o trabalho da médica, caso necessário, como explicou o órgão na nota enviada ao Portal 6 .
"O Cremego não recebeu qualquer informação oficial sobre esse caso. O retorno da médica ao trabalho só poderá ser intermediado pelo Conselho, caso o órgão seja acionado pelas partes interessadas. O Cremego acompanha a saúde dos médicos inscritos no Regional, inclusive, interditando o trabalho do médico quando se faz necessário", avisa.
Funcionários ouvidos pelo site disseram não ter visto mais pediatra na Santa Casa, o que gera ainda mais suspeitas sobre o caso e aumenta nas redes sociais a cobrança para que ao menos as receitas emitidas por Christiane naquele dia sejam recolhidas.
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A REDAÇÃO

Governo define Organizações Sociais para gestão do Hugo e do Hutrin

Goiânia – A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) definiu as organizações sociais em Saúde (OSS) que administrarão, em caráter emergencial, o Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Valdemiro da Cruz (Hugo) e o Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hutrin).

O Instituto Gerir, que administra as duas unidades, encerra as atividades como gerenciadora, à meia-noite do dia 26, segunda-feira. Imediatamente, à zero hora do dia 27, terça-feira, o Instituto Haver assume a gestão do Hugo e o Instituto CEM, a administração do Hutrin.

A SES-GO adotou todas as providências necessárias para que não haja descontinuidade de nenhum serviço e atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), no Hugo e no Hutrin. As duas organizações sociais foram contratadas para atuar por, no máximo, 180 dias, até que seja efetivado e concluído o processo de chamamento público para a gestão do Hugo e do Hutrin. Elas foram selecionadas pela SES-GO, entre as organizações sociais que são atuantes ou que foram participantes dos processos de chamamento público da secretaria.

A Comissão Especial de Fiscalização e Acompanhamento – composta por técnicos da SES-GO – continuará atuando, no Hugo e no Hutrin, nas ações das duas organizações sociais. O Instituto Haver receberá do governo estadual R$ 20,5 milhões mensais para realizar a gestão do Hugo. Já o Instituto CEM terá R$ 2,2 milhões mensais para administrar o Hutrin.

Os valores são os mesmos repassados, até então, ao Instituto Gerir. Os contratos com empresas terceirizadas, firmados pelo Instituto Gerir nas duas unidades hospitalares, poderão ser mantidos pelo Instituto Haver e pela CEM. As duas organizações sociais farão a análise e viabilidade técnica e econômica de tais contratos, assim como dos funcionários celetistas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação