Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/01/16


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Mãe tenta tratamento de doença rara para bebê por plano de saúde, em GO
• Hospitais combatem com Big Data mortalidade em UTI
• Coluna Giro – Valendo!
• Coluna Giro – Conecta SUS
• Artigo – Entre um veneno e um remédio
• Artigo – Esperança na Justiça

 

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Mãe tenta tratamento de doença rara para bebê por plano de saúde, em GO
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/mae-tenta-tratamento-de-doenca-rara-para-bebe-por-plano-de-saude-em-go/4753908/

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SAÚDE BUSINESS

Hospitais combatem com Big Data mortalidade em UTI

Cada vez mais as unidades de terapias intensivas (UTIs) têm trabalhado para reduzir mortes que poderiam ser evitadas e o Big Data tem se mostrado uma solução eficaz nesse sentido. Os casos que apresentam maiores riscos são evidenciados pelos dados analisados (Big Data).

Muitas das mortes em UTIs têm raízes em complicações evitáveis, como infecções hospitalares, coágulos sanguíneos e delirium devido a sedação excessiva. Os programas de prevenção de infecção são ações mais frequentes nos hospitais para evitar essas complicações, mas, segundo The Wall Street Journal, agora, alguns hospitais americanos estão testando abordagem que incorpora anos de dados e registros médicos, muitos dos quais nunca foram analisados em conjunto antes.
Os esforços estão voltados para os riscos menos previsíveis, já que os mais previsíveis conseguem ser mensurados pelo simples checklist. O portal Fiercehealthcare cita o exemplo do projeto “Risky States”, desenvolvido em conjunto entre o Beth Israel Deaconess Medical Center, o MIT – Massachusetts Institute of Technology e a empresa de TI Aptima. O trabalho consiste em usar o big data para medir de forma mais acurada os riscos de morte e complicações.

BIG DATA para UTI no Brasil
Aplicações e investimentos com o mesmo objetivo também já são exemplos no Brasil. Recentemente a consultoria Everis e a multinacional NTT DATA anunciaram solução de big data para unidades de terapia intensiva. O primeiro piloto está sendo feito em parceria com o Serviço de Saúde da Andaluzia e com o Hospital Universitário Virgen del Rocio, na Espanha.

O objetivo é gerar eficiência e ter precisão na tomada de decisão clínica e no estabelecimento de prioridades assistenciais a partir da análise de grandes quantidades de dados em tempo real com a tecnologia Big Data Analytics e sua interação baseada em protocolos clínicos.

Para Alexandre Grandi, líder de Saúde da Everis, o Brasil possui um cenário promissor devido ao envelhecimento da população, que exige em geral internações de longo prazo, e o significativo aumento de internações de pacientes com várias comorbidades.
Segundo Francisco Murillo, diretor da unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário Virgen del Rocío, “se você aplicar algoritmos suficientemente evoluídos para gerar e propor os planos de tratamento mais adequados para os pacientes, com base nos registros médicos eletrônicos e demais informações monitoradas 24 horas por dia, isso permitirá melhorar os protocolos de cuidados de saúde, aumentar a qualidade dos cuidados, a eficiência dos profissionais de UTI e reduzir efeitos adversos em pacientes”.

A brasileira Intensicare, em parceria com a Cerner, possuem um projeto de UTIs virtuais, que consiste na instalação de câmeras de alta resolução com sistemas de videoconferência nos leitos, interligando o prontuário eletrônico do paciente aos equipamentos que estão à beira do leito. “Esse big data será processado e transformado em dados e alertas de predição par os médicos especialistas que estarão na central”, explicou o presidente da Intensicare, Rodrigo Teixeira Aquino, em entrevista para o estudo Referências da Saúde.

“O sistema irá nos dizer, por exemplo, que determinado paciente está com 80% de chances de morrer de complicação cardiovascular nas próximas 24 horas”, disse. A previsão do executivo é que o programa reduza em até 25% a mortalidade e de 25% a 30% no tempo de permanência na UTI.

É fácil de perceber que essas integrações de dados, com base nos protocolos médicos, estão trazendo mudanças significativas para a eficiência e precisão do processo de tomada de decisão médica. Além disso, informações valiosas para protocolos novos ou aperfeiçoados podem ser recuperadas a partir dos dados acumulados graças ao big data.
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O POPULAR

Coluna Giro – Valendo!
Por falar em prévias no PSDB, o presidente da Câmara, Anselmo Pereira, apresentou ontem seu plano de governo à Executiva do partido.

Quer terceirizar
Uma das propostas de Anselmo é transferir para Organizações Sociais (OSs) as gestões de todos os Cais e ambulatórios de Goiânia.

Autoestima
No documento entregue por Anselmo, o tucano diz que “somente com a plena aplicação de suas propostas é possível assegurar a melhoria da qualidade de vida dos goianienses.”
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Coluna Giro – Conecta SUS

O governador Marconi Perillo e o secretário Leonardo Vilela apresentaram ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, ações de combate ao Aedes aegypti em Goiás. Uma delas é o controle em tempo real feito por setor de gerenciamento de crises.

Tem interesse
O ministro quer enviar técnicos do Ministério da Saúde a Goiás para conhecer de perto o trabalho do Conecta SUS. Quer usar o modelo como referência para outros Estados.
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Artigo – Entre um veneno e um remédio

O Direito da saúde tem sofrido grande movimentação nas últimas semanas com a difusão da utilização da substância química fosfoetanolamina para o tratamento de pacientes oncológicos. Embora não exista registro na literatura médica e farmacológica acerca da eficácia, eficiência, efetividade e segurança do paciente na utilização dessa substância, há relatos informais de pacientes que, por meio de exames comparativos, sem qualquer registro oficial, verificaram a evolução positiva no tratamento.

A proliferação desses depoimentos nas mídias sociais provocou uma desenfreada busca do Poder Judiciário pelos pacientes oncológicos, com o fim de obter um provimento liminar que determinasse ao Departamento de Química da USP o fornecimento do composto químico aos cidadãos de todo o país.

Convém esclarecer que a avaliação de uma substância química que visa o registro de medicamento novo junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é dividida em três fases: análises farmacotécnica, de eficácia e de segurança. A primeira consiste na verificação de todas as etapas da fabricação do medicamento, desde aquisição dos materiais, produção, controle de qualidade, liberação e estocagem, até expedição de produtos terminados e os controles relacionados. Já a eficácia e segurança são verificadas por meio de exames pré-clínicos e clínicos por consultores independentes de forma direta ou por associações médicas, que indicam entre seus filiados, profissionais que tenham conhecimento e experiência no assunto e não possuam conflito de interesses em emitir pareceres sobre os produtos.

Infelizmente, a fosfoetanolamina não foi submetida a quaisquer desses processos, inexistindo ainda, pedido de registro junto à Anvisa, razão pela qual não é um medicamento e por isso não pode haver prescrição médica, sob pena de infração ética. No mesmo sentido, desconhecidos são os efeitos de sua utilização aos diversos casos oncológicos, sobretudo aos eventos colaterais do uso prolongado dessa substância, a dosagem ideal e as evidências médicas do caso clínico concreto. Além disso, é importante ter em mente que a distinção entre um veneno e um remédio pode ser apenas a dose ingerida.

Juridicamente analisando, verificamos ainda a ausência de fundamento legal para concessão de liminares em face da USP, uma vez que a entidade não tem pesquisa fundamentada acerca desse tratamento. A instituição também não possui responsabilidade por sua utilização por terceiros; não tem estrutura financeira, física, humana, industrial e autorização legal para o fornecimento do composto em larga escala; não tem obrigação legal de conceder o medicamento gratuito aos interessados; e, enfim, não tem legitimidade passiva a integrar as milhares de ações intentadas em seu desfavor com esse objetivo.

Elucidando que é dever constitucional do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) a promoção, proteção e recuperação da saúde de todos, competia a este a iniciativa imediata de estudos visando a comprovação medicamentosa da fosfoetanolamina e a posterior determinação aos laboratórios públicos oficiais que produzissem a substância de acordo com as boas práticas de fabricação (BPF).

Neste sentido, o Ministro da Saúde editou a Portaria 1.767/15, na qual instituiu um grupo de trabalho para apoiar o desenvolvimento clínico da fosfoetanolamina, que será responsável pelo planejamento e execução da pesquisa da substância química até a efetiva distribuição do que virá a ser um medicamento. O grupo contará com a representatividade de diversos setores da saúde, inclusive com os detentores da patente de síntese da molécula fosfoetanolamina, os quais, no prazo máximo de 60 dias, deverão apresentar um relatório final das atividades ao ministro da Saúde.

Entendemos que esse é o caminho correto à promoção de saúde pública eficaz e segura. Imprudente se revela a imposição judicial de fornecimento de uma substância química de efeitos desconhecidos à doença, em diversas das suas formas. Assim, o cumprimento de obrigação por aquele que não tem o dever legal e a capacidade técnica de fazê-lo não é proporcional, não se reveste de segurança jurídica e a improcedência final do pedido judicial acarretará aos pacientes prejuízos psicológicos não tratáveis por via da fosfoetanolamina.

Ricardo Mendonça é advogado especialista em Direito Médico e Hospitalar.
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Artigo – Esperança na Justiça

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski, solicitou, dia 6, informações ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) sobre a eficácia da fosfoetanolamina para tratamento da doença. A substância é produzida pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), em seu câmpus em São Carlos, há mais de 25 anos. Foi desenvolvida pelo químico Gilberto Chierice e sua equipe.

A fosfoetanolamina sintética já é uma realidade e não tem mais como ser ignorada pela sociedade e muito menos pela comunidade médica. Mais de 40 mil pessoas já fizeram seu uso com centenas de relatos de cura. A fosfo não é vendida, e seu custo de produção é de apenas R$ 0,10 por cápsula. Entretanto, os pacientes de câncer só conseguem acesso a ela por meio de liminar na justiça.

Há vários questionamentos feitos por lobbies da indústria farmacêutica, que caíram por terra, mediante a infinidade de provas e documentos emitidos até mesmo pela própria Anvisa. Esses questionamentos já não são mais aceitáveis para barrar a produção da fosfoetanolamina, pois a substância já é usada em medicamentos, com o nome genérico de Liposomal Doxorubicin, do remédio Caelyx, aprovado pela Anvisa, e indicado para tratamento de alguns tipos de câncer como e de mama e o de ovário.

A fosfo também é encontrada no leite materno. Como pode alguém questionar sua toxicidade se o próprio bebê recebe da mãe a fosfoetanolamina durante a amamentação?
Também não há como aceitar os argumentos de falta de testes clínicos, pois a própria Anvisa aprovou, em 2013, a comercialização do Caelyx, produzido por uma grande indústria farmacêutica. Com uma grande diferença, cada caixa do Caelyx custa no mercado mais de R$ 3 mil. A bula e o preço estão na internet para quem quiser comprovar.

Para nós, esta é a grande motivação para que alguns governantes e a indústria farmacêutica não tenham interesse na produção da fosfoetanolamina sintética. Em outras palavras, a fosfoetanolamina é de graça e não dá lucro, enquanto os outros medicamentos geram bilhões em impostos e lucros astronômicos para as indústrias farmacêuticas.

O mundo precisa de mudança e o desenvolvimento da fosfoetanolamina veio para ficar. Essa substância é do povo. Não se pode mais ignorar a presença importantíssima dela em nossas vidas e não podemos nos calar diante da grande desumanidade que o lobby da indústria farmacêutica vem fazendo com a participação de muitos governantes pouco interessados em curar os pacientes com câncer e, sim, manter os mesmos em constantes tratamentos para engordar seus próprios bolsos.

Chega dessa crueldade com os pacientes e familiares. Estamos todos unidos pela sua liberação e vamos conseguir. Convidamos toda a população a entrar nesta luta, através do abaixo-assinado que está postado em nossa página no Facebook (Fosfoetanolamina Sintética Goiás) para ser impresso, assinado e encaminhado a nós, para então entrarmos com um projeto de lei em Brasília e tomarmos providências junto aos nossos governantes. Hoje essa luta é de quem tem câncer, mas amanhã poderá ser sua.

Reginaldo Barbosa é coordenador do Movimento Fosfoetanolamina Sintética Goiás (FosfoGoiás).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação