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DESTAQUES
Médicos se surpreendem com número de infestados pelo coronavírus, em Goiás
Municípios vacinam contra a Covid-19 pessoas fora dos grupos prioritários
Secretaria apura se paciente de Manaus chegou a Goiás com nova cepa da Covid-19
Nível da ocupação de leitos de UTI em Goiás fica em alerta
Expectativa para chegada de mais vacinas contra Covid-19
Ministério Público apura se houve irregularidade na vacinação de políticos, empresários e servidores em 12 estados e DF
Anvisa irá decidir sobre segundo pedido emergencial do Butantan para a CoronaVac nesta sexta
Covid-19: mortes somam 214,1 mil e casos, 8,69 milhões no Brasil
Dez hospitais em Goiânia têm 100% dos leitos de UTI para covid-19 ocupados
Governo de Goiás assegura infraestrutura de oxigênio em hospitais do Estado
Paciente de Manaus que morreu em Goiânia tinha 54 anos e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias
Saúde privada quer cronograma de vacinação para trabalhadores
2ª onda pode ter menos leitos
TV ANHANGUERA
Médicos se surpreendem com número de infestados pelo coronavírus, em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/9200240/
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Municípios vacinam contra a Covid-19 pessoas fora dos grupos prioritários
https://globoplay.globo.com/v/9200503/?s=0s
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Secretaria apura se paciente de Manaus chegou a Goiás com nova cepa da Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/9200221/?s=0s
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Nível da ocupação de leitos de UTI em Goiás fica em alerta
https://globoplay.globo.com/v/9200216/?s=0s
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Expectativa para chegada de mais vacinas contra Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/9200509/?s=0s
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PORTAL G1
Ministério Público apura se houve irregularidade na vacinação de políticos, empresários e servidores em 12 estados e DF
Gestores e trabalhadores que ‘furarem fila’ podem responder por crimes de prevaricação, improbidade administrativa e dano coletivo. Plano Nacional de Imunização definiu quatro grupos para receber as primeiras doses, mas quantidade de imunizante disponível no país é insuficiente.
Em pelo menos 12 estados e no Distrito Federal, políticos, empresários e funcionários públicos receberam doses da CoronaVac mesmo não sendo parte dos grupos prioritários definidos pelos governos federal e estaduais. Agora, o Ministério Público de cada estado apura se houve irregularidade nas condutas, com a fila de grupos prioritários sendo “furada”.
Nesta quinta (21), a vacinação foi suspensa em duas cidades: em Manaus, após denúncias de que duas médicas, parentes de empresários locais, tenham tido preferência na vacinação; e em Tupã, no interior de São Paulo, após um integrante da irmandade que administra a Santa Casa ser vacinado.
A CoronaVac é o único imunizante contra a Covid-19 disponível no país até o momento e as doses disponíveis da vacinas, 6 milhões, não são suficientes para cobrir todo o grupo prioritário.
Segundo o Plano Nacional de Imunização, há 14,9 milhões de pessoas que precisariam ser vacinadas na primeira fase. As doses disponíveis só conseguem imunizar pouco mais de 2,8 milhões de pessoas.
Com poucas doses e muita gente na fila, os governos estaduais e municipais estão restringindo o público-alvo, como mostra um levantamento do G1.
Apesar das orientações contidas no plano, o Ministério da Saúde diz que estados e municípios têm autonomia para distribuição das vacinas. Segundo o MP, a irregularidade pode incorrer em crimes de prevaricação (omissão de um agente público), improbidade administrativa e dano coletivo. Quem furar a fila pode ser detido e pagar multa.
O Plano Nacional de Imunização (PNI) definiu os seguintes grupos para receber o primeiro lote de vacina:
Trabalhadores de saúde (profissionais da linha de frente que trabalham em hospitais, clínicas e ambulatórios; profissionais de serviços sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares; trabalhadores de apoio, como recepcionistas, seguranças e pessoal da limpeza; cuidadores de idosos; doulas/parteiras; e trabalhadores do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados).
Pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas), como asilos.
Maiores de 18 anos com deficiência e que moram em Residências Inclusivas (institucionalizadas).
População indígena vivendo em terras indígenas.
Veja as denúncias registradas em cada estado:
Amapá
O Ministério Público do Amapá instaurou um inquérito para apurar se Randolph Antônio Pinheiro da Silva, secretário de Saúde de Serra do Navio, município a 203 km de Macapá, usou seu cargo para ser vacinado contra a Covid-19.
Randolph, que chegou a questionar a eficácia da CoronaVac em outubro e em dezembro de 2020, recebeu a dose da vacina na terça-feira (19). À Rede Amazônica, o secretário disse na quarta-feira (20) que foi vacinado por ser do grupo de risco, profissional de saúde e por estar na linha de frente.
Amazonas
A vacinação contra a Covid-19 em Manaus foi suspensa nesta quinta-feira (21). Somente profissionais que atuam no Samu seguem recebendo o imunizante. A medida foi anunciada em meio à investigação do Ministério Público do Amazonas sobre a suspeita de irregularidades na aplicação da vacina em duas médicas cuja família é dona de hospitais e universidades particulares em Manaus.
Segundo o governo do estado, a suspensão da vacinação ocorre para replanejamento da campanha. O objetivo, agora, é discutir os critérios que definirão quais profissionais de saúde e de quais unidades têm prioridade para receber as primeiras doses, já que a quantidade de vacinas disponibilizadas pelo governo federal é insuficiente. A capital amazonense enfrenta colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio nos hospitais — a demanda pelo insumo cresceu após o recorde de internações.
Bahia
O Ministério Público do Estado da Bahia vai apurar o caso do prefeito de Reginaldo Martins Prado, da cidade de Candiba, que recebeu a vacina sem estar nos grupos prioritários. Em nota, o MP disse que, a princípio, “pode se configurar como crime de prevaricação e ato de improbidade administrativa”. Já o Ministério Público Federal pediu condenação do gestor e a indisponibilidade de seus bens para pagamento de multa no valor de R$ 145 mil.
Ceará
No Ceará, o MP apura se houve irregularidades na vacinação de prefeito, vice-prefeito e gestores municipais nos municípios Eusébio, Juazeiro do Norte e Quixadá. Segundo o MP, as cidades têm cinco dias para apresentarem listas com todos os vacinados e por que eles se enquadram no grupo prioritário.
Distrito Federal
No Distrito Federal, o MP recebeu denúncia de servidores públicos que “furaram a fila” e deu até 48 horas para que a secretaria de saúde preste esclarecimentos. Segundo o Ministério Público, a existência de fura-filas, se confirmada, “além de representar violação ética inaceitável, importa em grave descumprimento da legislação, com inevitáveis consequências nas esferas administrativa e penal para os autores e beneficiários indevidos da medida”.
Minas Gerais
O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, foi vacinado contra a Covid-19 nesta quarta-feira (20). Apesar de ter 86 anos, ele não faz parte do público-alvo definido pelo município e pelo Governo de MG para a primeira etapa de imunização. Segundo sua assessoria, “o prefeito tomou a vacina como forma de incentivar a todos, principalmente os idosos”.
Pará
O servidor público, Laureno Lemos, foi demitido pela prefeitura de Castanhal do cargo de diretor administrativo do hospital do município, localizado no nordeste do Pará. A demissão ocorreu depois que ele postou, em rede social, uma foto recebendo a vacina contra a Covid-19 sem estar no grupo prioritário, segundo a prefeitura.
Paraíba
Na Paraíba, há duas investigações em andamento: da prefeita da cidade de Belém, Dona Aline, empresária de 78 anos; e o prefeito da cidade de Pombal, Verissinho Abmael, médico obstetra de 66 anos.
Pernambuco
No estado, o MP apura quatro casos. No Recife, uma arquiteta que trabalha em um hospital dedicado aos pacientes com Covid-19 foi vacinada. Em, Jupi, no Agreste, a secretária de Saúde e um fotógrafo tomaram a vacina. A gestora acabou sendo afastada pela prefeitura. Também foram denunciados casos em Sairé, no Agreste, e em São José do Egito, no Sertão.
Piauí
O Ministério Público do Piauí instaurou procedimentos administrativos em seis cidades para apurar aplicação irregular de doses da vacina contra a Covid-19: São José do Divino, São João da Fronteira, Piracuruca, Pio IX, Guaribas e Uruçuí. De acordo com denúncias, prefeitos e moradores fora dos grupos prioritários teriam sido vacinados.
Rio Grande do Norte
Em Natal, o Sindicato dos Servidores Públicos denunciou que servidores fora do grupo prioritário furaram fila de vacinação. Após a denúncia, a prefeitura determinou que a ouvidoria do município estaria aberta para outras acusações de vacinação irregular. O MP do estado disse que investiga o caso.
São Paulo
A Prefeitura de Tupã suspendeu nesta quinta-feira (21) o processo de vacinação contra a Covid-19 que teve início na tarde quarta-feira (20). O motivo foi uma postagem em uma rede social mostrando um diretor integrante da irmandade que administra a Santa Casa, de 52 anos, sendo vacinado. A polêmica surgiu porque dirigentes de hospitais, segundo a prefeitura, não estão classificados como “profissionais da saúde na linha de frente do combate à Covid-19”.
Sergipe
No estado, dois prefeitos se vacinaram: Vagner Costa, de 49 anos, do município de Moita Bonita; e Júnior de Amynthas, de 46 anos, da cidade de Itabi. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) pediu apuração do Ministério Público.
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Anvisa irá decidir sobre segundo pedido emergencial do Butantan para a CoronaVac nesta sexta
Agência reguladora irá responder a requisição para a liberação de mais 4,8 milhões de doses da vacina da Sinovac. Nesta sexta, também há previsão de chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford importadas da Índia.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá realizar nesta sexta-feira (22) uma reunião da Diretoria Colegiada para decidir sobre a liberação do uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac. O pedido foi feito pelo Instituto Butantan na última segunda-feira (18).
Se for aprovada, esta será a segunda autorização da agência reguladora para a vacina. A reunião irá ocorrer a partir das 15h. No domingo (17), o grupo de especialistas da Anvisa liberou as primeiras 6 milhões de doses da CoronaVac que já haviam chegado prontas da China.
Vacina de Oxford
Além disso, também nesta sexta-feira, há a previsão de chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que informou que estará com o material pronto para aplicação ainda no sábado (23) à tarde, após checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem e etiquetagem.
“A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro”, detalhou o Ministério da Saúde em nota.
Primeira autorização
A primeira autorização da Anvisa para uso emergencial foi decidida por unanimidade no último domingo. A vacina Coronavac e a da Universidade de Oxford tiveram o uso emergencial aprovado contra a Covid-19. A reunião que discutiu o tema durou cerca de 5 horas.
Os diretores acompanharam o voto de Meiruze Freitas, relatora dos pedidos. No caso da Coronavac, a diretora condicionou a aprovação à assinatura de termo de compromisso e publicação em “Diário Oficial”.
Ao proclamar o resultado, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou:
“A imunidade com a vacinação leva algum tempo para se estabelecer. Portanto, mesmo vacinado, use máscara, mantenha o distanciamento social e higienize suas mãos. Essas vacinas estão certificadas pela Anvisa, foram analisadas por nós brasileiros por um tempo, o melhor e menor tempo possível. Confie na Anvisa, confie nas vacinas que a Anvisa certificar e quando ela estiver ao seu alcance vá e se vacine.”
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: mortes somam 214,1 mil e casos, 8,69 milhões no Brasil
Brasília – O total de pessoas que morreram de covid-19 desde o início da pandemia chegou a 214.147 com o novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (21/1). Nas últimas 24 horas, foram registrados por equipes de saúde mais 1.316 mortes. Foi o segundo dia seguido com mais de 1.300 óbitos confirmados. Ontem, o total acrescido às estatísticas foi 1.340. Há 2.835 mortes em investigação por equipes de saúde.
O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia subiu para 8.697.368. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde confirmaram 59.119 novos diagnósticos positivos de covid-19.
Há 902.480 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. O número marca um aumento de 40 mil pacientes em observação em relação a ontem. O número de recuperados é de 7.580.741 pessoas.
Estados
Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (50.938), seguido por Rio de Janeiro (28.440), Minas Gerais (13.891), Ceará (10.261) e Pernambuco (10.133). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (819), Acre (844), Amapá (1.019), Tocantins (1.334) e Rondônia (2.070).
Em número de casos, São Paulo também lidera (1,67 milhão), seguido por Minas Gerais (668,2 mil), Bahia (553,7 mil), Santa Catarina (552,3 mil) e Rio Grande do Sul (520,3 mil).
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A REDAÇÃO
Dez hospitais em Goiânia têm 100% dos leitos de UTI para covid-19 ocupados
Dados são da plataforma da SES-GO
Goiânia – Dez hospitais privados de Goiânia que possuem estrutura reservada para tratamento de covid-19 estão com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotados. O levantamento foi feito pelo jornal A Redação, na manhã desta quinta-feira (21/1), a partir da plataforma oficial disponibilizada pela Secretaria do Estado de Saúde (SES) de Goiás.
As unidades de saúde com ocupação máxima de UTIs para covid-19 são: Hospital Jacob Facuri; Hospital Santa Rosa; Hospital Gastro Salustiano; Hospital Samaritano; Hospital Neurológico; Instituto Ortopédico de Goiânia IOG; Hospital de Acidentados; Hospital Ortopédico de Goiânia Geraldo Pedra; Hospital do Coração e o Hospital Amparo.
Os dados correspondem às atualizações realizadas até 10h de quarta-feira (20/1), e que são enviadas pelos próprios hospitais. Ainda segundo o painel, a taxa geral de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na capital, considerando os públicos e privados, é de 75% na manhã desta quinta-feira. Já na enfermaria, é de 52,73%.
Vale destacar que os dados da plataforma são atualizados a todo momento. Portanto, podem sofrer oscilações.
Estado
O painel da SES-GO também apresenta o cenário de internações em hospitais públicos e privados em todo Estado. Nesse caso, até a manhã desta quinta-feira (21), 74,56% dos leitos de UTI para covid-19 estão ocupados. Já a enfermaria, a taxa é de 39,98%.
Considerando apenas os leitos estaduais, a plataforma de dados aponta que 72,76% dos leitos de UTI para covid-19 estão ocupados; a enfermaria corresponde a 53,94% de uso.
Por meio de nota, a SES-GO também informou que “o Estado acompanha o aumento na taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados aos pacientes da covid-19 na rede pública e privada”. Segundo a nota, os leitos da rede pública podem ser impactados devido à alta demanda na rede particular. “Desde o dia 1º de janeiro, os leitos de UTI destinados aos pacientes da covid-19 na rede estadual seguem com aumento sustentado da taxa de ocupação. A estimativa é que esse aumento foi de 1% por dia”, diz o documento.
A pasta destacou que já toma medidas para enfrentar o aumento no número de internações, como a ativação de leitos de UTI nos hospitais da rede estadual, conforme Plano Estadual de Enfrentamento à Covid-19. A nota ainda ressalta que a população deve continuar se cuidando. “É essencial o uso máscara, higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel e distanciamento social”, orienta.
O jornal A Redação procurou a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), que representa parte dos hospitais da rede privada da capital. A assessoria da associação informa que não irá se pronunciar sobre o assunto.
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Governo de Goiás assegura infraestrutura de oxigênio em hospitais do Estado
Goiânia – O Governo de Goiás investiu em desenvolver a rede de infraestrutura e tecnologia para garantir fornecimento de oxigênio aos pacientes com síndrome respiratória aguda grave no interior do Estado. Os hospitais estaduais de Formosa, Luziânia, São Luís de Montes Belos e Trindade possuem uma quantidade de gás considerada pela gestão como “segura”, assegurando o atendimento dos pacientes que necessitam de suporte respiratório.
O estoque nos tanques de oxigênio dos quatro hospitais públicos da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) localizados no interior, entre eles um dedicado totalmente ao atendimento de covid-19, é de mais de 21 mil metros cúbicos (m³). Além disso, as unidades têm juntas mais de 130 cilindros extras de 10 m³ para casos de urgências. Em um dos locais ainda há uma usina com capacidade para gerar 20 m³ por hora.
“Desde abril do ano passado, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado, planejamos a instalação e a canalização do oxigênio nos hospitais sob a nossa responsabilidade. Estamos acompanhando a segunda onda do vírus e estamos totalmente preparados”, diz Getro de Oliveira Pádua, diretor do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), Organização Social responsável pela gestão das quatro unidades.
Uma das principais consequências da covid-19 é o comprometimento do sistema respiratório, situação que dificulta a respiração. Os 21% de oxigênio encontrados no ar atmosférico são suficientes para pessoas saudáveis respirarem tranquilamente, mas com os pulmões comprometidos, a utilização do oxigênio hospitalar se torna necessário no tratamento e cura da doença.
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JORNAL OPÇÃO
Paciente de Manaus que morreu em Goiânia tinha 54 anos e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias
Por Mayara Carvalho
Não há informações se ele possuía comorbidades e com qual cepa da Covid-19 o paciente havia se contaminado
O paciente de Manaus que morreu na manhã desta quinta-feira, 21, no Hospital das Clínicas em Goiânia tinha 54 anos e sofreu uma parada cardíaca. A equipe médica tentou reanimá-lo por 1 hora, sem sucesso. As informações foram divulgadas pelo superintendente HC-UFG, José Garcia Neto. Segundo ele, não há informações se ele possuía comorbidades e com qual cepa o paciente havia se contaminado.
O paciente teve uma falência de múltiplos órgãos nesta madrugada, uma parada respiratória. “Já tínhamos uma dificuldade em manter a pressão e o coração, posteriormente começou a haver falência renal, falência hepática até chegar ao sistema nervoso central e ele foi a óbito após duas paradas cardiorrespiratórias, sendo que tentamos reanimá-lo por aproximadamente 1h mas ele não respondeu”, relata José Garcia.
Ainda de acordo com o superintendente, o paciente que veio a óbito chegou em Goiânia inconsciente, mas não era o que estava em estado mais grave dentre os 18 vindos de Manaus. Outros dois pacientes estão em estado gravíssimo. “Ele chegou já em situação muito grave e não conseguimos saber detalhes dos seus antecedentes patológicos que normalmente tentamos avaliar”, conta o superintendente.
Ainda de acordo com José Garcia, quatro pacientes já vieram em situação extremamente grave e outros dois tiveram o agravamento do quadro após a chegada ao HC. “Os exames iniciais [da vítima fatal] aqui em nossa unidade já se mostraram todos alterados”, relata, ao citar distribuição do vírus de forma intensa em todo o corpo e reação inflamatória severa.
Já está sendo organizado o encaminhamento do corpo da vítima de volta para Manaus. “É um momento muito triste para a família e para nós [equipe médica] que sentimos todas as perdas como se uma parte de nós fosse junto com eles. Nós não nos conformamos com as perdas, por mais difícil que fosse esse caso”, lamentou o superintendente.
A responsabilidade em relação ao traslado do corpo é da superintendência do Ministério da Saúde nos estados. “Entramos em contato com eles e já estão providenciando com as funerárias conveniadas de Goiás e do Amazonas para a preparação do corpo com todos os cuidados relacionado aos óbitos por Covid”, explica José. O corpo retornará a Manaus em um avião de carreira com todo o preparo necessário.
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O POPULAR
Saúde privada quer cronograma de vacinação para trabalhadores
Entidades da saúde privada de Goiás cobram mais clareza sobre o processo de vacinação contra a Covid-19 entre os profissionais da área. Em ofício encaminhado à secretaria de Saúde do estado e de Goiânia nesta quinta-feira (21) representantes afirmam buscar evitar o uso inadequado da vacina.
O documento foi assinado pela Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás, sindicatos federados e Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás. As entidades reclamam que a rede privada estaria sendo esquecida.
“As 183 mil doses da Coronavac que o estado recebeu são suficientes para vacinar 87 mil pessoas do grupo prioritário, atendendo idosos e profissionais de saúde. Nossos trabalhadores estão na linha de frente do atendimento desde o início da pandemia, por isso precisamos ter transparência no uso da vacina”, diz Christiane do Valle, presidente da Fehoesg.
O primeiro lote de doses aplicado desde segunda-feira (18) é destinado aos profissionais da saúde da chamada linha de frente, idosos em instituições de longa permanência e população com comorbidades que estão entre os principais agravantes em casos de Covid-19. Pelo Plano Nacional de Vacinação, do Ministério da Saúde, todos os trabalhadores de saúde devem ser imunizados na primeira fase. Não há, no entanto, um prazo estimado para o fim das etapas.
Ministério Público
Christiane se reuniu com secretário da Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, que disse que irá comunicar ao Ministério Público sobre a demanda. O pedido será pela organização de um cronograma específico que inclua todos os trabalhadores, como recepcionista, funcionários de manutenção, enfermeiros e demais áreas.
A estimativa da representante é que só na capital sejam 200 mil trabalhadores da saúde do setor privado. “O paciente de Covid-19 transita desde o laboratório, quando faz diagnóstico, até as clínicas de exames complementares, como a tomografia. Todos o segmentos está ligado e precisa ser atendido”, diz.
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2ª onda pode ter menos leitos
Covid-19: Em reunião interna e com tom de preocupação, representantes da saúde de Goiás falaram da impossibilidade de abrir novas vagas de UTI na mesma proporção que no início da pandemia
A rede pública de saúde de Goiás não entrou em colapso na primeira onda da pandemia de coronavírus em 2020 por conta da grande abertura de novos leitos de unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria. No entanto, essa quantidade alta de novas vagas para internação de pacientes com Covid-19 pode não se repetir na segunda onda de 2021. É o que técnicos do governo de Goiás, representantes da rede privada e do Ministério Público afirmaram em reunião por vídeo conferência na tarde de quarta-feira (20).
Subsecretária de Saúde de Goiás, Luciana Vieira, foi enfática em sua fala ao dizer que a capacidade de abrir novos leitos mudou. “A vacina não vai ter impacto suficiente. Todos nós sabemos melhor do que ninguém que a capacidade do sistema de saúde é restrita. Limitada não só pelos leitos, mas pelos equipamentos, profissionais… O estado saiu de 300 leitos de UTI para 600 leitos (na primeira onda da pandemia). A gente não consegue dobrar de novo”, afirmou a gestores durante o encontro.
A discussão foi provocada pelo promotor de justiça, Marcus Antônio Ferreira Alves, que demonstrou preocupação com a ocupação de leitos na rede pública estadual em 82%, registrada no dia da reunião. “Nós estamos chegando no pico da taxa de ocupação estadual. Zonas perigosíssima de crise”, afirmou.
O promotor lembrou que, de acordo com a equipe técnica da rede pública estadual, uma taxa de ocupação de leitos acima de 80% já significa trabalhar com capacidade máxima. A ocupação dos leitos de UTI da rede pública estadual às 18 horas desta quinta-feira (21) era de 82%.
No pico da pandemia em 2020, a rede estadual pública de Goiás chegou a ter 318 leitos de UTI. O máximo de ocupação foi de 94%. Atualmente são 243 leitos de UTI, com capacidade de ativar novos leitos até 281.
Ainda durante a reunião de quarta, promotor Marcus Antônio também citou a região do Entorno do Distrito Federal (DF) e o fechamento do hospital de campanha de Águas Lindas, que possui 200 leitos, sendo 40 de UTI, e foi fechado em outubro por decisão do governo federal.
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Um dos fatores que impediram abertura do mesmo quantitativo de leitos na primeira onda da pandemia foi a desabilitação de leitos pelo governo federal quando a pandemia diminuiu, segundo fala da gerente de atenção terciária, Danielle Jacques. “Ter leito de UTI Covid-19 habilitado pelo Ministério da Saúde significa o recebimento de recursos financeiros federais para custear a internação naquela vaga. Não tem como expandir e não ter repasse financeiro do Ministério da Saúde”, declarou a gerente durante a reunião.
Reportagem do POPULAR da edição dessa quarta mostrou que cinco hospitais da rede privada em Goiânia tiveram as UTIs ocupadas em 100% nesta semana. Representante dos hospitais particulares de alta complexidade, Haikal Helou, também falou sobre a impossibilidade de abrir novos leitos na rede privada, nesta mesma reunião.
“É impossível abrir os leitos na mesma proporção que se demanda. Manaus não é uma exceção, pode virar uma regra. Ainda dá tempo de intervir”, afirmou ele. Ele explicou que os hospitais privados já estão cheio de pacientes com outras doenças, sem ser Covid-19, como doentes crônicos, com câncer e problemas cardíacos.
Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim sugeriu que, diante da situação grave exposta na reunião, fosse criado um grupo para ver outras estratégias para diminuir a disseminação do vírus. Ela chegou a citar que as escolas são um ambiente mais controlável, mas que existem outras atividades que não são controláveis e que o risco é maior.
Aumento de vagas
A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), informou que por enquanto não são previstos novos decretos para aumentar o distanciamento social e diminuir a disseminação do vírus. O estado reforça a necessidade de a população manter as medidas de proteção, como uso de máscaras facial e higienização das mãos com água e sabão, além do uso de álcool em gel e o distanciamento social, evitando aglomerações, diz o trecho da nota da secretaria.
Ainda em resposta para a reportagem, a SES-GO disse que a estratégia para suportar um aumento de demanda por internações no Entorno do DF é abertura de mais leitos no hospital de campanha de Goiânia. Já sobre o aumento de vagas de UTI de Covid-19 no geral, a SES-GO informou que prevê aumento de leitos no HCamp de Goiânia e, principalmente, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Se for necessário, rede privada pode ser utilizada, mas ainda não é o momento, diz o trecho da resposta da secretaria.
A reportagem solicitou quais eram os pedidos de habilitação de leitos ao Ministério da Saúde. A SES-GO informou que pediu o levantamento desses dados à área técnica.
A Secretaria garantiu ainda que apenas os leitos de Águas Lindas foram desmobilizados por conta da decisão do governo federal, mas que em outros casos, como o do Hospital de Urgência de Anápolis, houve apenas um remanejamento do tipo de paciente destinada ao leito.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação