Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/03/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Mais Médicos: cubanos que participaram do programa do governo desejam voltar a trabalhar; conheça histórias

Piso Salarial da Enfermagem: Lula decide prazo para publicar MP do piso enfermagem

Einstein abre processo seletivo para voluntários em Aparecida de Goiânia

Conheça o balão gástrico engolível contra a obesidade que chegou ao Brasil

Vacina da gripe chega à rede privada em abril. Quanto custa? Quem pode tomar?

Sucralose poderia ajudar no tratamento de doenças autoimunes, indica estudo

PORTAL G1

Mais Médicos: cubanos que participaram do programa do governo desejam voltar a trabalhar; conheça histórias



O governo do presidente Lula relançou na segunda-feira (20) o programa Mais Médicos para o Brasil. O programa federal para preenchimento de vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) pretende mais do que dobrar a quantidade de médicos da rede, expandindo de 13 mil para 28 mil o número de profissionais em atendimento pelo país.



No entanto, fora do Mais Médicos, os formados em medicina no exterior não podem atuar no Brasil sem a aprovação no Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira).

Assim, muitos médicos enfrentaram dificuldades para se manterem no mercado de trabalho após da mudança no programa. Com a retomada do Mais Médicos, os estrangeiros participantes têm autorização de atuar no Brasil mesmo sem ter se submetido ao exame.

Conheça as histórias de três cubanos que não foram aprovados no Revalida e optaram por ficar no Brasil mesmo sem poder exercer a profissão.



Nesse meio tempo, a médica cubana Mariela Ambruster Almenares, 53 anos, viveu de doações feitas por amigos e “bicos” esporádicos como cuidadora de idosos nas cidades de Nova Fátima e Nordestina, a cerca de 227 quilômetros de Salvador.

Ela trabalhou na atenção básica de Nova Fátima de 2013 até 2016, mas desde o fim do programa não conseguiu recolocação na sua área de trabalho por não ter sido aprovada no Revalida. A solução foi trabalhar como atendente de farmácias.

A cubana diz que já tentou o reconhecimento do diploma quatros vezes e conta com a ajuda de um advogado para tentar regularizar a situação.



O médico cubano Juan Delgado foi xingado em 2013, ouviu gritos de “escravo” e “incompetente” quando desembarcou em Fortaleza para integrar a primeira versão do Mais Médicos. Após o fim do programa, optou por ficar no Brasil e agora encara o drama do desemprego pela falta do diploma.

“Eu tentei três vezes. A prova tem muitas questões de especialistas, eu sou clínico geral. O modelo da prova também é muito diferente do que já fiz em exames. Não consegui até agora”, conta.

Delgado atuou por seis anos em Zé Doca, uma pequena cidade do com cerca de 50 mil habitantes.



Depois de sete meses desempregado, Raymel Kessel, 39 anos, cubano que decidiu continuar no Brasil após o fim do programa Mais Médicos, conseguiu um emprego como auxiliar administrativo em funerária no .

Em entrevista ao g1 em 2019, Raymel disse que esperava pela próxima edição do Revalida para tentar conseguir o diploma e voltar a atuar em sua área de formação.

Após quatro anos e meio trabalhando como médico na rede de atenção básica do município de Ilha Grande, no Litoral do , Raymel se casou com uma piauiense e é pai de um menino brasileiro, e por isso decidiu ficar no Brasil.

A cubana Danae Moreira é médica há 9 anos. Chegou ao Brasil em 2017 para atender pelo Mais Médicos no interior do . Com o fim da parceria com Cuba e extinção do programa, ela se viu desempregada, sem poder exercer a profissão e depois de morar de favor com uma amiga, conseguiu emprego como balconista em uma farmácia.

A cidade em que ela vive, Esperantina, tem menos de 40 mil habitantes e precisava de apoio médico. No entanto, em 2018, com o fim do contrato com Cuba, se viu desempregada.

“Foi um dos períodos mais difíceis da minha vida. Na época eu morava sozinha e me vi, pela primeira vez, tendo que viver de favor na casa de uma amiga. Uma família me acolheu nesse momento tão difícil. Eu estava longe da minha casa, dos meus familiares e sem fazer o que tanto amo, que é exercer a medicina”, relatou.



Batizado de Mais Médicos para o Brasil, o novo programa dará prioridade para profissionais brasileiros e visa ampliar o número de profissionais de saúde no SUS, principalmente em áreas mais vulneráveis. Além disso, são previstos investimentos na construção e reformas de Unidades Básicas de Saúde. Neste ano, o governo pretende abrir 15 mil vagas e investirá R$ 712 milhões.

Além da bolsa, os profissionais também receberão benefícios, terão direito a licença maternidade de até seis meses e paternidade de até 20 dias, e poderão fazer especialização e mestrado durante o tempo que estiverem no programa, que tem duração de quatro anos.

O objetivo é conseguir manter os profissionais em regiões de difícil acesso, já que os dados do Ministério da Saúde mostram que 41% dos participantes desistem do programa em busca de capacitação e qualificação.

O programa, que existe há dez anos, foi substituído pelo Médicos pelo Brasil durante o governo Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a mudança representou um retrocesso, já que o primeiro edital só foi anunciado em 2021 – dois anos depois, e após o ápice da pandemia de Covid.

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PORTAL NE10

Piso Salarial da Enfermagem: Lula decide prazo para publicar MP do piso enfermagem


O piso salarial da enfermagem foi aprovado pelo Congresso Nacional em agosto de 2022, mas menos de um mês depois já havia sido suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo para interrupção foi a falta de esclarecimento sobre as fontes de custeio da lei.

Após mais de 100 dias desde a suspensão do piso salarial da enfermagem, o governo Lula (PT) é pressionado para implementar o piso da enfermagem.

Depois da gestão lulista perder o prazo definido pelo Fórum Nacional da Enfermagem e uma greve dos enfermeiros ser instaurada, Lula definiu quando Medida Provisória para pagar o piso salarial da enfermagem será publicada. Veja prazo para atualização no piso salarial.

Segundo informações do portal Valor Econômico, o presidente Lula definiu o prazo para implementação do piso salarial da enfermagem. Luiz Inácio acertou que a MP sobre o piso da enfermagem será publicada após sua viagem à China. O presidente volta em 31 de março.

O veículo ainda aponta que a Medida Provisória de Lula sobre o piso salarial da enfermagem estava prevista para ser publicada na próxima semana, mas que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), pediu mais tempo para dialogar com Luís Roberto Barroso, relator da ação que suspendeu o piso da enfermagem no STF.

Nesta terça-feira (21), o ministro Rui Costa se reuniu junto com deputados para discutir a MP do piso salarial da enfermagem. Apenas o aval de Costa segura a publicação do piso da enfermagem no presente momento. O objetivo do chefe da Casa Civil é evitar que a lei seja novamente judicializada no STF.

A Medida Provisória sobre o piso salarial da enfermagem define que será papel do Ministério da Saúde organizar os repasses de assistência governamental para estados, municípios e hospitais filantrópicos pagarem o piso da enfermagem. Hospitais e clínicas privadas não estão inclusos na MP.

O piso salarial da enfermagem propõe a criação de um salário mínimo nacional para categoria dos enfermeiros. O valor apresentado também é acima da quantia paga pela maior parte dos estados e municípios brasileiros.

Veja quanto enfermeiros irão receber com valor do piso salarial da enfermagem:

R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras (50% do total a ser recebido pelos enfermeiros) R$ 3.325 para técnicos de enfermagem (70% do valor dos enfermeiros) R$ 4.750 para enfermeiros (valor integral).

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A REDAÇÃO

Einstein abre processo seletivo para voluntários em Aparecida de Goiânia

O Hospital Israelita Albert Einstein – unidade Goiânia abriu, nesta terça-feira (21/3), processo seletivo para voluntários que vão atuar no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), em Aparecida de Goiânia. Assim como em São Paulo, o serviço irá promover um apoio voltado para a humanização dos pacientes e acompanhantes internados. Os interessados, que devem ter mais de 21 anos, podem se cadastrar até a próxima sexta-feira (24/3). Para isso, basta ligar no (11) 2151-3580/ (11) 97126-6510 ou mandar um e-mail para o enedereço eletrônico deptovoluntarios@einstein.br. 
 

O processo de seleção ocorrerá no dia 27 de março, das 13h às 17h, em evento no Hotel Clarion, que fica no Órion Business & Health Complex, no setor Marista em Goiânia. A princípio, o trabalho do Voluntariado na região Centro-Oeste será voltado à humanização hospitalar, estando presente na visitação aos pacientes, brinquedoteca e ambulatório.

História
Com mais de 60 anos de história, o Voluntariado faz parte do braço de Responsabilidade Social da organização, promovendo a transformação social, geração de conhecimento e humanização, por meio de um trabalho consciente e profissional.

Na capital paulista, o time é formado por 600 pessoas que atuam no Hospital Israelita Albert Einstein, assim como nas unidades externas de Alphaville, Ibirapuera e Perdizes, no Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis (PECP), no Residencial Israelita Albert Einstein (RIAE), no Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch e no Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, que são administrados pelo Einstein.

“Expandir o braço do Voluntariado é uma honra e uma vitória, além de uma grande responsabilidade. A importância deste trabalho transcende o momento atual. Os voluntários nasceram junto com a fundação da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), em 1955. Antes mesmo de o hospital ser inaugurado, em São Paulo, os voluntários já estavam à frente da Pediatria Assistencial, dedicada à assistência gratuita de crianças de Paraisópolis. Hoje, contamos com centenas de voluntários que levam humanização a pacientes de nossas unidades do setor público e privado, empoderamento socioeconômico e acolhimento aos idosos do residencial”, diz Telma Sobolh, presidente do Voluntariado. 

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AGÊNCIA ESTADO

Conheça o balão gástrico engolível contra a obesidade que chegou ao Brasil

Aprovado no final do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o primeiro balão intragástrico engolível já começou a ser oferecido por algumas clínicas médicas do País com a proposta de ser um tratamento menos invasivo contra o excesso de peso quando comparado com a cirurgia bariátrica e com outros balões do tipo.

Especialistas em obesidade afirmam, porém, que embora o produto possa ser considerado uma arma a mais contra a doença, ele não tem indicações nem resultados parecidos com os da bariátrica e deve ser visto apenas como uma das etapas do tratamento. Caso usado de forma isolada, sem outras terapias complementares, a chance de recuperação do peso perdido é grande, de acordo com os médicos. Balões gástricos em si não são novidade no arsenal de terapias contra a obesidade.

Esse tipo de produto já é oferecido no Brasil há mais de 15 anos. Pelo método, o balão é inserido e inflado dentro do estômago, onde permanece por alguns meses. Com uma parte do órgão ocupado pelo dispositivo, o paciente tem maior sensação de saciedade e menos apetite, o que leva ao emagrecimento.

Até agora, os balões existentes no mercado precisavam ser colocados e retirados por meio de uma endoscopia, com o paciente sedado. A novidade do balão deglutível é que, por ser feito de um material menos denso e mais maleável (poliuretano), ele pode ser engolido por meio de uma cápsula dada ao paciente acordado e é expelido naturalmente depois de 16 semanas por meio da evacuação. O procedimento deve ser acompanhado por um médico.

“Após inflado, o balão tende a ir para fundo gástrico, levando a uma distensão do órgão, que vai emitir um sinal para o hipotálamo (região do cérebro que regula funções como o apetite) de maior saciedade. Esse mecanismo é bastante evidente em um período de 8 a 12 semanas. Depois, ele é compensado por outros mecanismos e a pessoa volta a ter fome. É um método de emagrecimento, mas, sozinho, não vai conseguir ter resultado tão relevante”, afirma Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, diretor do serviço de endoscopia gastrointestinal do Hospital das Clínicas e professor doutor da Faculdade Medicina da USP.

Agilidade
A promessa da Allurion, fabricante do produto, é de perda de 10% a 15% do peso do paciente nos cerca de quatro meses de programa, índice observado em estudos clínicos que testaram a nova tecnologia. Médicos afirmam que o resultado é possível, mas que o desafio é manter o peso após a eliminação do dispositivo do organismo. No Brasil, o balão é aprovado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) a partir de 30.

“A recuperação do peso perdido é a maior crítica ao tratamento com o balão porque a obesidade é um problema crônico e exige um tratamento contínuo. Muita gente vai se perguntar: mas com os remédios para emagrecer não é a mesma coisa? Sim, mas as medicações são desenvolvidas para serem seguras se forem usadas por vários anos”, diz Marcio Mancini, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e vice-presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

De acordo com os médicos, o paciente até pode colocar um novo balão após a eliminação do primeiro, mas é preciso aguardar pelo menos dois meses para a nova inserção. Além disso, afirmam especialistas, a perda de peso no segundo ou terceiro balão é menor do que no primeiro.

“A obesidade é uma doença crônica, neuroquímica e recidivante. Só é eficaz o tratamento que seja permanente. Usar o balão para tratar a doença por um período curto é negar a essência da doença”, afirma o endocrinologista Bruno Geloneze, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e pesquisador da Unicamp. Ele diz que a nova geração de medicações contra a obesidade, como a semaglutida, tem porcentual de perda de peso similar ao do balão e é menos invasiva.

Comparação com a bariátrica
Os especialistas dizem ainda que o uso de balão gástrico não pode ser comparado à cirurgia bariátrica. “A cirurgia é definitiva e ela modifica alguns hormônios que regulam a saciedade, então a pessoa não volta a ter a mesma fome que tinha antes. Não são procedimentos comparáveis”, diz Mancini. Além disso, a bariátrica, ao alterar o funcionamento de alguns hormônios, provoca melhora de comorbidades como o diabetes.

A Allurion afirma que a colocação do dispositivo é apenas uma parte do programa, que inclui acompanhamento multidisciplinar com apoio de ferramentas tecnológicas. Ao comprar o tratamento em uma clínica credenciada, o paciente recebe uma balança e um smartwatch integrados, que monitoram os indicadores do paciente ao longo do processo. “Temos um software com inteligência artificial que monitora o uso do app pelo paciente e dá informações para a equipe adaptar o programa dependendo do engajamento. É um programa em que o paciente não é deixado sozinho”, afirma Benoit Chardon, diretor internacional da Allurion.

A aposta da empresa é que, durante o processo, o paciente, com o apoio de médicos, nutricionistas e psicólogos, adote um estilo de vida mais saudável e consiga manter os hábitos mesmo após a eliminação do balão. “O paciente passa por uma consulta médica de avaliação antes, para ver se tem indicação desse tratamento e para ser informado sobre resultados e possíveis complicações. Também passa por nutricionista, psicóloga e um coach de saúde, que vai cuidar do dia a dia daquele paciente durante o processo de emagrecimento”, afirma Eduardo Grecco, endoscopista bariátrico do Instituto Endovitta, primeira clínica brasileira a ser credenciada pela Allurion para oferecer o tratamento com o balão deglutível.

Ele afirma que as principais vantagem do tratamento são a possibilidade de ter uma perda de peso mais rápida em comparação com as medicações sem a necessidade de procedimentos como endoscopia para a colocação do balão. “Ele traz um resultado de curto prazo que estimula o paciente a se manter no tratamento”, afirma. Para os demais especialistas ouvidos pelo Estadão, a estratégia pode ser válida se o paciente, de fato, mantiver o tratamento posteriormente.

“É um tratamento temporário, mas pode servir para acolher o paciente e dar consciência a ele sobre a sua doença. Pode parecer óbvio, mas somente 7% das pessoas com obesidade fazem tratamento no Brasil. Então, o balão tem seu espaço para trazer o paciente para a linha de cuidado, mas precisa de uma complementação”, afirma Ricardo Cohen, coordenador de Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Indicações e riscos
Os médicos avaliam que as duas principais indicações do balão gástrico são: pacientes com obesidade leve (IMC entre 30 e 34), que podem usar o balão de forma a complementar outras terapias ou, no outro extremo, pacientes classificados como superobesos, com IMC superior a 50, que precisam perder um pouco de peso antes de passarem pela bariátrica. Isso porque, nesses casos de IMCs muito altos, o paciente tem maiores riscos cirúrgicos e é aconselhável perder pelo menos 10% do peso corporal antes de se submeter à operação.

Com relação aos efeitos colaterais, os médicos afirmam que o principal risco do balão gástrico deglutível é o paciente desenvolver intolerância ao dispositivo, com náuseas, vômitos e dores, levando à necessidade de retirada do produto por meio de uma endoscopia. Isso acontece em 5% dos casos (é menor do que o índice observado no balão gástrico tradicional, que é de 10% a 12%). Não devem passar pelo tratamento com o balão gástrico indivíduos idosos acima de 65 anos ou com problemas gástricos como úlcera ou hérnia de hiato.

O médico Eduardo Moura, do HC, lembra que o fato de o paciente não passar por uma endoscopia para a colocação do balão também pode trazer riscos. “Ele não saberá se tem alguma dessas condições de risco que contraindiquem a colocação do balão”. A Allurion afirma que só recomenda a endoscopia prévia em casos de pacientes com sintomas suspeitos.

O custo estimado para o tratamento com o balão gástrico deglutível (que inclui a colocação do balão em consultório e acompanhamento por equipe multidisciplinar) é de R$ 15 mil a R$ 18 mil, valor superior ao tratamento com o balão gástrico tradicional, que fica entre R$ 10 mil a R$ 12 mil. O valor médio do tratamento com medicações é de cerca de R$ 1 mil por mês. 

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Vacina da gripe chega à rede privada em abril. Quanto custa? Quem pode tomar?

Clínicas particulares de todo o País já começam a se preparar para a vacinação contra a gripe. A expectativa é de que, até o início de abril, todos os laboratórios privados brasileiros tenham a imunização tetravalente disponível para a população acima de 6 meses. Na rede pública, será ofertada a versão trivalente do imunizante para os grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Veja a lista abaixo.

A imunização realizada pelo governo tem início pela região Norte do Brasil ainda em março. No restante do País, somente em abril. “A vacinação contra a gripe se tornou uma barreira e cuidado muito importante para as pessoas não ficarem doentes. É a melhor ferramenta que a ciência dispõe no combate a doenças infecciosas como a gripe, que é uma doença grave, sistêmica e que impacta diretamente na qualidade de vida da população”, afirma Fabiana Funk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC).

Na esteira da influenza, destaca ela, vêm outras doenças que podem ser potencialmente graves, o que pode sobrecarregar os sistemas público e privado de saúde. A gripe pode levar a consequências graves, principalmente na população acima de 60 anos, pois com o envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência.

“Como resultado desse declínio progressivo do sistema imunológico, o organismo fica mais suscetível a algumas doenças e infecções e pode também ocorrer diminuição da resposta vacinal. Como exemplo, um estudo demonstrou que idosos permaneceram com maior risco de AVC até dois meses após uma infecção pelo vírus influenza, o vírus da gripe.

Além disso, pessoas com mais de 65 anos representam nove em dez óbitos e 63% das hospitalizações relacionadas à doença”, afirma Fabiana. Comprovadamente, de acordo com a ABCVAC, a nova vacina tem proteção 24% superior contra a infecção por gripe em idosos, quando comparada com a vacina de dose padrão. Além disso, contribuiu para a redução de complicações decorrentes da doença, como diminuição de 27% de hospitalizações por pneumonia e de 18% nas internações por eventos cardiorrespiratórios.

Vacina contra a gripe disponível na rede pública de saúde
A vacinação contra a gripe começará primeiro nos Estados do Norte do País. Conforme o Ministério da Saúde, a região receberá 6,5 milhões de doses da imunização para iniciar a aplicação ainda em março. A distribuição já começou a ser realizada. Amapá: 264 mil doses Roraima: 296 mil doses Acre: 318 mil doses Tocantins: 550 mil doses Rondônia: 594 mil doses Amazonas: 1,7 milhão de doses Pará: 2,7 milhões de doses.

“A antecipação ocorre por uma especificidade da região Norte, que enfrenta um período intenso de chuvas a partir de abril e, consequentemente, um aumento dos casos de influenza deste mês em diante. Além disso, a região também tem mais áreas de difícil acesso, o que requer uma logística de vacinação mais complexa”, afirma o Ministério da Saúde.

A previsão é de que no restante do País a vacina comece a ser aplicada em abril. A campanha é realizada antes da chegada do inverno, quando as baixas temperaturas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias.

Quem pode se vacinar na rede privada?
“Todas as pessoas que pertençam aos grupos prioritários, idosos, pessoas com comorbidades, podem se vacinar na rede pública com a vacina trivalente, mas isso não impede que estas pessoas optem por tomar a vacina quadrivalente na rede privada. Mas quem não faz parte dos grupos contemplados encontra ampla oferta na rede privada de vacinação”, afirma Fabiana, da ABCVAC.

“Há ainda uma forte presença na vacinação empresarial, já que o Brasil possui ao menos 30 mil empresas com mais de 100 funcionários e isso totaliza 30 milhões para se vacinarem diretamente no mercado privado.”

Quem pode se vacinar na rede pública?
Neste ano, os grupos prioritários na rede pública englobam:
Crianças com idades de 6 meses a menores de 4 anos
Gestantes e puérperas
Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas
Trabalhadores da saúde
Pessoas maiores de 60 anos
Professores de escolas públicas e privadas
Pessoas com comorbidades
Pessoas com deficiência permanente
Profissionais das Forças Armadas, de segurança e salvamento
Caminhoneiros e caminhoneiras
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
Trabalhadores portuários
Funcionários do sistema prisional
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
População privada de liberdade

Para crianças vacinadas pela primeira vez contra a gripe
Crianças com idades entre 6 meses e 8 anos 11 meses e 29 dias que nunca tomaram a vacina contra gripe, ou seja, em sua primovacinação, deverão tomar duas doses com intervalo de um mês entre elas. Depois, passará a tomar uma dose normalmente por ano, como nas demais faixas etárias.

Qual a diferença entre a vacina ofertada na rede pública e na rede privada?
Na rede privada: é composta por quatro sorotipos diferentes de Influenza. A nova vacina também é quadrivalente e protege contra duas cepas de Influenza B e duas do Influenza A, apresentando quatro vezes mais antígenos, com diferencial de gerar maior estímulo ao sistema imunológico. Na rede pública: é composta por três sorotipos diferentes de Influenza.

Os imunizantes utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde. A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para 2023, o imunizante é composto por duas cepas da Influenza A e uma cepa da Influenza B.

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JORNAL OPÇÃO

Sucralose poderia ajudar no tratamento de doenças autoimunes, indica estudo

Pesquisadores britâniocs descobriram que doses altas do adoçante reduzem resposta das células T de defesa

Cientistas do Reino Unido descobriram que altas doses de um adoçante artificial comum, a sucralose, podem interferir na resposta do sistema imunológico. Embora isso pareça em princípio ser algo negativo, na verdade pode ser um caminho para novos tratamentos de doenças autoimunes, afirmam os pesquisadores responsáveis pelo estudo publicado na revista científica Nature.

Amplamente utilizada em bebidas e alimentos e com poder adoçante até 600 vezes maior que o açúcar tradicional, a sucralose têm demonstrado, nos experimentos, que pode afetar o microbioma e alterar a resposta do corpo à glicose, aspectos negativos da substância em excesso.

Recentemente, os cientistas britânicos decidiram testar o impacto do adoçante no sistema imunológico, algo até então pouco conhecido. Para isso, eles alimentaram camundongos com quantidades diferentes de sucralose entre as consideradas aceitáveis pelas autoridades de saúde dos EUA e da Europa – de 5 mg/kg e 15 mg/kg, respectivamente.

Os responsáveis pelo trabalho destacam que essa é uma ingestão diária do adoçante considerada alta e que dificilmente é alcançada pela população no dia a dia, embora seja possível. Após um período de cerca de 10 semanas, os pesquisadores observaram que a dieta entre os animais com doses mais altas de sucralose levou a uma diminuição na capacidade de ativar as células de defesa T CD8, que fazem parte do sistema imunológico, durante a resposta a um câncer ou a uma infecção.

Analisando os achados com mais profundidade, observaram que isso aconteceu devido a um impacto na liberação de cálcio dentro das células T pelas doses altas de sucralose, o que afetou sua funcionalidade.

Potencial para doenças autoimunes
Os cientistas ressaltam que o trabalho não deve provocar um alerta entre os consumidores da sucralose, uma vez que o impacto foi observado por enquanto em animais e com quantidades muito elevadas de consumo, que não são habituais entre pessoas.

“As doses que usamos em camundongos seriam muito difíceis de atingir sem intervenção médica”, explica um dos autores do estudo e estudante de pós-doutorado na Francis Crick, Fabio Zani, em comunicado.

Neil Mabbott, professor de Imunopatologia no Instituto Roslin, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que não participou do trabalho, lembra ainda que “de forma tranquilizadora, o estudo sugeriu que esses efeitos podem ser reversíveis, pois os efeitos negativos nas respostas das células T começaram a se recuperar quando o tratamento com sucralose foi interrompido”.

Portanto, os pesquisadores encaram os achados como algo positivo, pois avaliam que esse efeito no sistema imunológico, embora indesejável para a população geral, “pode ser usado na terapia para mitigar distúrbios autoimunes”, como escrevem no estudo.

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Assessoria de Comunicação