Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/06/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é replique rolex deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• MP-GO prendeu 21 suspeitos de fraudar pedidos de UTI, em Goiânia
• Idoso espera há três dias por uma vaga de UTI na rede pública, em Goiânia
• Paciente com câncer morre quatro dias depois de se casar em hospital
• Operação contra pagamento de propina a funcionários do Samu
• Cesárias só podem ser realizadas após 39 semanas completas
• Samu desviava e até dopava pacientes
• Credeq de Aparecida abre dia 23
• SOS saúde
• Artigo – WhatsApp na medicina
• MP realiza operação para combater esquema de fraude no Samu e UTIs particulares
• MPGO realiza megaoperação para desarticular quadrilha que fraudava UTIs em Goiás


TV ANHANGUERA/GOIÁS
MP-GO prendeu 21 suspeitos de fraudar pedidos de UTI, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/mp-go-prendeu-21-suspeitos-de-fraudar-pedidos-de-uti-em-goiania/5110496/

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Idoso espera há três dias por uma vaga de UTI na rede pública, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/idoso-espera-ha-tres-dias-por-uma-vaga-de-uti-na-rede-publica-em-goiania/5109260/

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Paciente com câncer morre quatro dias depois de se casar em hospital
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/paciente-com-cancer-morre-quatro-dias-depois-de-se-casar-em-hospital/5110516/

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TV SERRA DOURADA
Operação contra pagamento de propina a funcionários do Samu
https://www.youtube.com/watch?v=QE6szxktpN0

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RÁDIO CBN
 

Cesárias só podem ser realizadas após 39 semanas completas
 

Nesta segunda-feira (20), o Conselho Federal de Medicina anunciou uma resolução que determina que a cirurgia de cesárea só pode ser realizada a partir de 39 semanas de gestação.
Antes, a regra estabelecia 37 semanas. Para falar mais sobre o assunto, Luiz Geraldo conversou com Aldair Novato Silva, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).
http://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/ces%C3%A1rias-s%C3%B3-podem-ser-realizadas-ap%C3%B3s-39-semanas-completas-1.1105446

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O POPULAR
Samu desviava e até dopava pacientes
Servidores e médicos do serviço de ambulâncias municipal direcionavam vítimas que tivessem planos de saúde para UTIs particulares em troca de propina, segundo MP-GO
Promotores investigaram quadrilha durante um ano e oito meses até deflagrar operação ontem de manhã
Galtiery Rodrigues

Imagine uma pessoa com acidente vascular cerebral (AVC) sendo socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) próximo a um hospital público, com leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponível, e mesmo assim, sendo encaminhada para uma UTI particular do outro lado da cidade para garantir propina a socorristas e médico regulador. Imagine ainda um paciente que não tinha necessidade de ser encaminhado para uma UTI, mas foi submetido a coma induzido, com uso de medicamentos, para justificar o encaminhamento e gerar mais pagamento de propina.
Essas e outras situações aconteceram entre 2014 e 2016, período em que um esquema articulado entre donos de UTIs particulares, socorristas do Samu e médicos reguladores manteve-se ativo em Goiânia, com o intuito de fraudar o encaminhamento de pacientes portadores de planos de saúde. De um lado, os empresários ganhavam com as diárias pagas pelos planos e, do outro, os socorristas e médicos recebiam vantagem indevida por direcionar os pacientes arbitrariamente.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Goiás (MP/GO) investigou o caso por um ano e oito meses e deflagrou, ontem, a operação S.O.S. Samu, com o cumprimento de 21 mandados de prisão temporária e 43 de busca e apreensão. Como provas dos crimes de corrupção ativa e passiva, a investigação teve acesso a anotações, agendas, comprovantes de movimentações bancárias e confissões realizadas ontem, durante a fase de oitivas.
A denúncia foi feita por um ex-servidor do Samu. “No decorrer da investigação, constatamos que quase todas as UTIs estavam pagando propina para receber irregularmente pacientes e, assim, manter a casa cheia”, diz o coordenador do Gaeco, promotor Luis Guilherme Gimenes. Entre os presos, estão enfermeiros, condutores socorristas, dois bombeiros, médicos, donos de UTIs e hospitais e um integrante da diretoria do Samu.
“Segundo informações dos alvos, a diretoria tinha conhecimento desse esquema”, expõe Luis Guilherme. Em alguns casos, de acordo com os investigadores, foi possível constatar que a situação estava tão institucionalizada que os servidores contavam com o dinheiro da propina no final do mês como se fosse um adicional. Socorristas chegavam a ganhar até duas vezes mais em propina, em comparação ao salário.

Secretaria abre sindicância para apurar denúncia

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) abriu uma sindicância, a mando do prefeito Paulo Garcia (PT), para apurar os fatos deflagrados na operação S.O.S Samu. Em nota, a secretaria informou que está colaborando com as investigações. “Caso seja comprovado o envolvimento ilícito de servidores municipais em encaminhamentos a UTIs particulares, as devidas medidas administrativas serão tomadas, inclusive com exoneração”, informa a nota.
A SMS esclarece que a investigação do MP-GO é relacionada a apenas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que é independente por fazer a própria regulação das vagas. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) possui 441 leitos de terapia intensiva em Goiânia. O protocolo de atendimento do Samu é para que os pacientes sejam levados para a unidade de saúde mais próxima, independente da sua natureza (pública ou privada). A fraude ocorreria justamente na não realização do protocolo, levando a outras unidades.
Já o Corpo de Bombeiros, que teve dois membros da corporação presos temporariamente, abriu procedimento administrativo disciplinar para apurar o suposto envolvimento dos militares no caso. Eles prestavam serviço ao Samu em seus horários de folga, sem vínculo com os Bombeiros. A instituição informa que fornecerá os dados necessários às autoridades competentes e “adotará medidas legais cabíveis”. Normalmente, bombeiros atuam como motoristas nas ambulâncias do Samu de diversos municípios, mas não há confirmação dos envolvidos nesse caso.

Envolvidos não atendiam periferia
A atratividade do esquema desbaratado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) era tamanha que alguns servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), conforme o apurado, não queriam permanecer lotados na periferia de Goiânia, porque a chance de encontrar pacientes beneficiários de planos de saúde era menor. Logo, dificultava o encaminhamento indevido e o consequente recebimento da propina. “Eles faziam questão de estar lotados em regiões onde o poder aquisitivo das pessoas era maior, porque seria mais fácil atender pacientes com planos de saúde”, relata o coordenador do Gaeco.
A investigação dos promotores apura ainda relatos de furtos de objetos dos pacientes cometidos pelos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) pontuaram casos em que celulares e dinheiro foram subtraídos dos pacientes no interior das ambulâncias.
Até ontem, nenhum paciente afetado havia sido localizado, mas já existe uma relação de nomes e a intenção é encontrar essas pessoas ou ter acesso aos prontuários para saber, inclusive, se houve algum dano à saúde. “Se esse esquema tiver dado causa a alguma morte ou for constatado que isso decorreu do rebaixamento da consciência dos pacientes com uso de medicamentos, os alvos da operação podem ser responsabilizados e responder por homicídio”, afirma o coordenador do Gaeco, promotor Luis Guilherme Gimenes.
Luis Guilherme lembra que a seleção arbitrária de pacientes para UTIs, inclusive desrespeitando a real necessidade, pode ter atrapalhado a entrada de quem realmente estava precisando de um leito, o que amplia os possíveis prejuízos gerados.

Um dos presos já foi denunciado por esquema parecido em 2009

Um dos presos durante a operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) é o médico cardiologista Rafael Haddad, proprietário, dentre outras empresas, da Centro Vida. Ele chegou a ser alvo de denúncia semelhante em 2009, quando o MP-GO descobriu um esquema de pagamento de propina a servidores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) para realizar a triagem e o encaminhamento irregular dos pacientes portadores de planos de saúde à UTIs particulares. “Mudou só a forma e o alvo do esquema. Agora é o Samu, antes era o Hugo, mas os interesses são os mesmos”, aponta o promotor Luis Guilherme Gimenes.
Entre os presos, há também um diretor do Samu , cujo nome não foi revelado pelos promotores, dois bombeiros, quatro médicos e pelo menos dois socorristas, além de empresários.
Além dos 21 presos, há três pessoas com mandado de prisão expedido que estão foragidas. De acordo com reportagem da TV Anhanguera, eles se apresentariam até hoje. O advogado de Haddad esteve no Ministério Público durante a manhã e logo saiu, sem falar com a reportagem.
A princípio, os envolvidos estão sendo investigados por organização criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.
Ao fim das oitivas, ontem, eles foram encaminhados para a Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
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Credeq de Aparecida abre dia 23
O governador Marconi marcou a inauguração do Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) de Aparecida para o próximo dia 23, como já antecipado aqui, e o início de suas atividades para o dia seguinte. Dos 96 leitos, inicialmente 30 estarão disponíveis. “É regra no meio hospitalar iniciar operação de nova unidade de saúde de forma gradual”, diz o secretário Leonardo Vilela (Saúde). Sobre o repasse de R$ 5 milhões para a organização social que vai administrar o Credeq, antes de ser inaugurado, Vilela afirma que foram usados para mobília, equipamentos e treinamento de pessoal. “Mas sou médico e não advogado. É caso para a PGE e a CGE”, diz.
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SOS saúde – O vereador Djalma Araújo (Rede) pedirá hoje criação de CEI para investigar a relação da Secretaria da Saúde de Goiânia com hospitais e consultórios privados.
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Artigo – WhatsApp na medicina

Não raramente ouço a pergunta: Um médico pode atender paciente via WhatsApp? Normalmente, o médico inicia um atendimento através da consulta médica. Mas o que é uma consulta médica para o CFM? A Resolução CFM nº 1958/2010 define que “a consulta médica compreende a anamnese, o exame físico e a elaboração de hipóteses ou conclusões diagnósticas, solicitação de exames complementares, quando necessários, e prescrição terapêutica como ato médico completo e que pode ser concluído ou não em um único momento”.
Além disso, diz o Código de Ética Médica que é vedado ao médico “assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou (art. 5º); deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente (art. 32); prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nessas circunstâncias, fazê-lo imediatamente após cessado o impedimento (art. 37); e deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente (art. 87)”.
As regras acima expostas nos conduzem a concluir que o médico não deve atender seus pacientes via WhatsApp, afinal de contas, a consulta médica é pessoal e engloba o exame físico. Além das normas de ordem ética, a Lei 12.842/2013, mais conhecida como Lei do Ato Médico, em seu art. 2º, diz que o médico deve agir com o máximo de zelo.
Ora, não há como empregar o máximo de cuidado dentro da improvisação do WhatsApp. Vejamos o caso da Pediatria. As informações dadas pela mãe do paciente certamente não serão as mesmas dadas pelo pai ou avó da criança ao descreverem o mesmo caso. Nessas situações, ainda que o médico esteja imbuído de boas intenções, pode prejudicar o paciente ao ser induzido a erro.
Logo, o imediatismo deve ser evitado por médico e paciente. Ambos saem prejudicados com o uso do WhatsApp. A Revista Exame em dezembro de 2015 noticiou que 87% dos médicos brasileiros usam o WhatsApp com pacientes. A mesma matéria apontou que nos Estados Unidos a porcentagem é de 4%, e no Reino Unido 2%. Isso demonstra que o problema não é somente de ordem ética, mas de prevenção contra processos judiciais.
Vamos deixar que os atendimentos de urgência e emergência sejam encaminhados para o seu devido lugar: o pronto-socorro. WhatsApp é muito prático e divertido, mas pode não fazer bem para a saúde da relação médico-paciente.
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DIÁRIO DA MANHÃ
MP realiza operação para combater esquema de fraude no Samu e UTIs particulares
21 pessoas já foram detidas, entre elas, servidores, médicos e donos de UTIs

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) realiza nesta terça-feira, 21, uma operação com o objetivo de combater uma quadrilha responsável por fraudar o encaminhamento de pacientes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia. Em algumas circunstâncias, o paciente tinha o estado de saúde agravado pelos socorristas para justificar a internação.
A operação está cumprindo 24 mandatos de prisão temporária e 43 de busca e apreensão. Os envolvidos são servidores do órgão, médicos e donos de UTIs.
Na manhã de hoje, 21 pessoas já haviam sido detidas. A ação, denominada “SOS Samu”, teve início após o MP apurar um esquema de pagamento de propina a alguns funcionários do serviço que prestam socorro imediato, para que eles encaminhassem pacientes que tivessem planos de saúde para UTIs específicas. O esquema burlava o acesso aos leitos. O órgão ainda não divulgou qual o valor em dinheiro que a quadrilha movimentou.
Ainda de acordo com o órgão, após os socorristas realizarem o atendimento de urgência pelo Samu, eles entravam em contato com a central de regulação, responsável por controlar o encaminhamento das vagas das UTIs, e ao invés de encaminharem o paciente a algum hospital vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhavam os portadores de plano de saúde para unidades particulares.
O esquema beneficiava médicos e donos dos leitos, uma vez que as UTIs particulares ficavam cheias de pacientes, o que garantia o lucro dos envolvidos. As investigações apontaram que os subornos eram passados para médicos e para proprietários de UTIs por meio de depósitos bancários ou entregando o dinheiro em espécie de forma direta aos integrantes do esquema.
Além disso, foi apurado que muitos dos encaminhamentos de pacientes à UTIs eram desnecessárias e que muitas das vítimas tinham o estado de saúde agravado propositalmente pelos envolvidos. O ato foi considerado pelo órgão, como “métodos espúrios e perigosos”, como “rebaixamento artificial de consciência do paciente”. Em algumas situações eram utilizados sedativos para agravar o estado de saúde do paciente.
O MP divulgou que os integrantes do esquema são suspeitos de crimes como associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde explicou que foi aberto inquérito para apurar os fatos. No comunicado, a secretaria informa que “caso seja comprovado o envolvimento ilícito de servidores, as devidas medidas administrativas serão tomadas, inclusive com exoneração.”
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O HOJE
Saúde abre sindicância para apurar envolvimento de servidores na fraude das UTIs
De acordo com a pasta, se comprovada a participação na fraude, os servidores podem ser exonerados

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou na manhã de hoje (21) a operação 'S.O.S. SAMU', para desarticular uma quadrilha especializada na fraude de encaminhamentos para Unidades de Terapia Intensiva (UIT).
Foram expedidos 24 mandados de prisão temporária e de 43 mandados de busca e apreensão. Até o momento, 21 pessoas já foram presas, entre elas o diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia  (Samu) em Goiânia, Carlos Henrique Bahia.
Após a divulgação das prisões, a Secretaria Municipal de Saúde informou em nota que abrirá uma sindicância para apurar a participação de servidores municipais no esquema. De acordo com a pasta, se comprovada a participação na fraude, os funcionários podem ser exonerados.
“Caso seja comprovado o envolvimento ilícito de servidores municipais em encaminhamentos a UTI's particulares, as devidas medidas administrativas serão tomadas, inclusive com exoneração”, afirmou.
Envolvimento
Investigações apontam um esquema de pagamento de propina a alguns funcionários do  Samu, como condutores socorristas, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos.
Os funcionários direcionavam pacientes do Atendimento de Urgência que possuíssem planos de saúde a UTIs particulares, fraudando a  regulação do acesso aos leitos de UTI.
O pagamento era realizado por médicos e por responsáveis e proprietários de UTIs.
Diretor do Samu em Goiânia é preso por fraudar encaminhamentos para UTIs
Carlos Henrique Bahia foi preso na Operação 'S.O.S. SAMU', deflagrada hoje pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Outos 24 mandados de prisão estão sendo cumpridos
Desde o início da manhã desta terça-feira (21), o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagra a operação 'S.O.S. SAMU', que desarticular uma quadrilha especializada na fraude de encaminhamentos para Unidades de Terapia Intensiva (UIT).
Foram expedidos 24 mandados de prisão temporária e de 43 mandados de busca e apreensão. Até o momento, 21 pessoas já foram presas, entre elas o diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia  (Samu) em Goiânia, Carlos Henrique Bahia.
O médico Rafael Haddad, proprietário da clínica Centro Vida, também está entre os presos. Haddad já havia sido indiciado em 2009 por fraudar encaminhamentos para UTI no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Esquema
Investigações apontam um esquema de pagamento de propina a alguns funcionários do  Samu, como condutores socorristas, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos.
Os funcionários direcionavam pacientes do Atendimento de Urgência que possuíssem planos de saúde a UTIs particulares, fraudando a  regulação do acesso aos leitos de UTI.
O pagamento era realizado por médicos e por responsáveis e proprietários de UTIs.
Encaminhamentos desnecessários
Além da irregularidade no encaminhamento de pacientes às UTIs, o Ministério Público constatou que pacientes eram levados às UTIs sem necessidade.
Para simular a gravidade do estado de saúde desses pacientes, os profissionais diminuíam a consciência do paciente com medicamentos de efeito sedativo. Assim, as UITs, e o bolso dos empresários do ramo, ficavam sempre cheias.
Além de Goiânia, os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Anápolis, Aparecida de Goiânia e Trindade. Os envolvidos são suspeitos da prática de crimes de associação criminosa, de corrupção ativa e de corrupção passiva.
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JORNAL OPÇÃO


MPGO realiza megaoperação para desarticular quadrilha que fraudava UTIs em Goiás
Por Alexandre Parrode

Com apoio da Polícia Militar, são 24 mandados de prisão temporária e 43 de busca e apreensão em quatro cidades
Desde o início da manhã desta terça-feira (21/6), o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) deflagra a operação “SOS Samu” para o cumprimento de 24 mandados de prisão temporária e de 43 mandados de busca e apreensão, em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Trindade.
A operação é realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Centro de Inteligência do MP e conta com o auxílio de 39 promotores de Justiça e apoio da Polícia Militar de Goiás.
Durante as investigações, foi descoberto um esquema de pagamento de propina a alguns funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia (Samu) – condutores socorristas, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos – para que estes direcionassem pacientes atendidos pelo Atendimento de Urgência, que possuíssem planos de saúde, a determinadas UTIs, fraudando a respectiva regulação do acesso aos leitos de UTI.
O pagamento da propina a alguns funcionários do Samu foi realizado por médicos, por responsáveis e proprietários de UTIs.
Segundo o MPGO, o esquema funcionava assim: feito o atendimento de urgência pelo Samu, por condutor socorrista ou técnico de enfermagem, era contatada a regulação de vagas do acesso aos leitos de UTI, cabendo a esta determinar o encaminhamento do paciente para algum hospital vinculado ao SUS, de acordo com a regulação de vagas. Entretanto, os investigados estavam fraudando tal procedimento de atendimento de pacientes que possuíam planos de saúde — eram encaminhados para unidades de UTI particulares.
Os funcionários do Samu investigados recebiam propina para realizar esse direcionamento de pacientes. O pagamento era feito ou em dinheiro, diretamente, ou mediante depósito bancário, pelos proprietários ou representantes dessas UTIs, revelam os investigadores.
Além da irregularidade na rotina de encaminhamento de pacientes às UTIs, o Ministério Público constatou encaminhamentos desnecessários de pacientes — ou seja, pacientes atendidos pelo Samu que não demandavam internação em unidade de terapia intensiva eram desnecessariamente internados.
A fim de simular a gravidade do estado de saúde desses pacientes, os envolvidos no esquema chegavam a usar o método de ‘rebaixamento artificial de consciência do paciente’, obtida com a aplicação de medicamentos de efeito sedativo, para poder mantê-lo na UTI de hospitais particulares.
A investigação descortinou, ainda, a existência de uma organização criminosa envolvendo, de um lado, alguns funcionários do Samu, e, de outro, proprietários e responsáveis por UTIs. Os envolvidos são suspeitos da prática de crimes de associação criminosa, de corrupção ativa e de corrupção passiva. (As informações são da Assessoria de Comunicação Social do MPGO)

Notas
A Prefeitura de Goiânia encaminhou, às 11 horas, uma nota resposta sobre a operação deflagrada pelo MPGO na capital. Veja:
Em relação à operação deflagrada hoje pelo Ministério Público do Estado de Goiás em municípios goianos, por determinação do prefeito Paulo Garcia, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia abriu uma sindicância para apurar os fatos. Caso seja comprovado o envolvimento ilícito de servidores municipais em encaminhamentos a UTIs particulares, as devidas medidas administrativas serão tomadas, inclusive com exoneração. A Secretaria informa ainda que está colaborando com as investigações.
Ascom da Secretaria Municipal de Saúde
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) também se manifestou, às 12 horas, sobre a operação. Leia:
Em relação à operação deflagrada hoje pelo Ministério Público do Estado de Goiás sobre fraude no SAMU, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) informa que abriu procedimento administrativo disciplinar para apurar o suposto envolvimento de dois militares da corporação no caso. Ambos estão presos temporariamente por determinação judicial até o esclarecimento dos fatos. É importante ressaltar que a prestação de serviço deles no SAMU ocorre durante horário de folga e não tem vínculo oficial com o Corpo de Bombeiros Militar. A corporação informa que está apurando o fato, fornecerá todos os dados necessários às autoridades competentes e adotará as medidas legais cabíveis.

Confira a lista dos presos na investigação de fraudes em UTIs de Goiás

Por Alexandre Parrode

Jornal Opção conseguiu em primeira mão lista dos investigados na operação “SOS Samu”
O Jornal Opção conseguiu, com exclusividade, os 24 nomes que tiveram pedidos de prisão temporária decretados, supostamente envolvidos no esquema de propina com participação do Samu de Goiânia e mais quatro cidades do Estado.
A Operação “SOS Samu” foi deflagrada na manhã desta terça-feira (21/6) pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
Os mandados foram expedidos contra os profissionais de Saúde citados e, segundo informações preliminares do MP, apenas três nomes que constam na lista não haviam sido localizados até o final da tarde desta terça (21).
Eles são acusados de direcionar pacientes atendidos pelo Atendimento de Urgência, que possuíssem planos de saúde, a determinadas Unidades de Terapia Intensiva, fraudando a respectiva regulação do acesso aos leitos de UTI.
A relação de nomes abrange ao menos nove condutores socorristas, cinco técnicos de enfermagem, um enfermeiro e  quatro médicos, além do diretor do Samu, Carlos Henrique Duarte Bahia, e do sargento do Corpo de Bombeiros, Relton Salmo Carneiro. Veja a relação completa:

Relton Salmo Carneiro – sargento do Corpo de Bombeiros
Carlos Henrique Duarte Bahia – médico diretor do Samu
Maurício Batista Leitão – médico
Rafael Haddad – médico
Rodrigo Teixeira Cleto – médico
Waler José de Campos Reis – médico
Rafael Antunes Filho – enfermeiro
Osvaldo José de Oliveira Filho – técnico de Enfermagem
Manoel da Silva Melo – técnico de Enfermagem
André Alves dos Santos – técnico de Enfermagem
Stenio Júnior da Silva – técnico de Enfermagem
Wellington José do Egito – técnico de Enfermagem
Wassy Carlos Ferreira – condutor socorrista
Bartolomeu Crispim Monteiro – condutor socorrista
Diego Freitas Fernandes – condutor socorrista
Joelson Machado da Silva – condutor socorrista
Júnior Marques dos Santos – condutor socorrista
Luiz Sandro Alves de Souza – condutor socorrista
Rogério Cassiano – condutor socorrista
Wemerson Pereira Maloca – condutor socorrista
Ítalo Glenio Morais – condutor socorrista
Edison da Conceição Filgueiras Júnior – sem identificação
Emerson Pereira da Mata – sem identificação
João Batista Gomes – sem identificação
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação