ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Dona de casa alega que mal consegue ficar em pé e luta para conseguir auxílio-doença
• Pílula do câncer será testada em humanos
• Editorial – Sacrifício da população
• Férias atingem unidades de saúde
• “Vamos realizar um sonho do servidor público”, diz Marconi sobre novo hospital
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Dona de casa alega que mal consegue ficar em pé e luta para conseguir auxílio-doença
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/dona-de-casa-alega-que-mal-consegue-ficar-em-pe-e-luta-para-conseguir-auxilio-doenca/5182297/
………………………………
O POPULAR
Editorial – Sacrifício da população
Embora deva ser objeto permanente de negociação, capaz de conciliar desejos e necessidades com o máximo de respeito ao trabalhador, a definição do período para o gozo de férias é, em última instância, prerrogativa do empregador. A rotina deve ser mantida, sem comprometimento das atividades regulares.
Portanto, ao consentir que 16% dos médicos da rede pública saíssem em férias agora em julho, a Secretaria Municipal de Saúde se torna a principal responsável pelas esperas verificadas no Centros de Atendimento Integral à Saúde de Goiânia.
Dos 849 profissionais da categoria, 141 médicos tiveram férias concedidas neste mês. Reportagem nas páginas 12 e 13 desta edição dão conta de que 66 plantões foram comprometidos, enquanto 75 se mantiveram inalterados. Há unidades em que metade da equipe goza férias no mesmo tempo.
Qual foi o resultado?
Uma espera que se torna ainda mais inquietante do que nos demais períodos do ano.
É sabido que julho é período de férias escolares cobiçado por quem tem filho. Também deve-se levar em consideração a natural redução de atendimentos. Porém, o episódio enseja um chamamento ao bom senso. Até para que, na próxima temporada, o direito não seja concedido mediante o sacrifício da população.
……………………………….
Férias atingem unidades de saúde
Unidades públicas de Goiânia sofrem desfalque de profissionais nesta época do ano. Cerca de 16% dos 849 médicos da rede municipal estão gozando de benefício
Cleomar Almeida (Colaborou Rosana Melo)
A população de Goiânia aumenta o teste de paciência na busca por atendimento nos postos de saúde em julho. No total, 66 plantões em nove unidades básicas de saúde da capital estão incompletos, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O sindicato dos profissionais aponta falta de planejamento da pasta.
O desfalque nos plantões é reflexo das férias de 141 médicos do município, o equivalente a 16% do total de 849 profissionais, segundo confirma a pasta. O número de médicos que não estão atendendo à população pode ser ainda maior, já que o levantamento não inclui os que estão de atestado médico ou afastados do trabalho por algum motivo.
Dois clínicos gerais faziam o atendimento aos pacientes que procuraram na tarde de ontem o Cais da Chácara do Governador. As pessoas aguardavam por mais de três horas o encaminhamento aos médicos. A auxiliar de serviços gerais Rosilene de Jesus Silva, de 34 anos, que está no sexto mês de gravidez, aguardava há três horas por atendimento no local. Ela tinha dores de cabeça e no corpo e reclamou da falta de prioridade no encaminhamento aos consultórios.
O Cais do Setor Campinas foi um dos que também começaram a semana com o plantão incompleto. Dos seis médicos que atendem na unidade normalmente, apenas um foi trabalhar na segunda-feira, como contou ontem uma atendente à reportagem do POPULAR. Ela disse, ainda, que o problema na unidade de saúde foi resolvido, mas, conforme acrescentou, “poderá voltar a qualquer momento, já que é comum diminuir a quantidade de profissionais em atendimento no mês das férias.”
No Cais do Jardim Novo Mundo, apesar de alguns profissionais de férias, o atendimento conseguiu suprir a demanda da tarde e por volta das 18 horas não havia mais pacientes na recepção. “Não é que não tenha tido uma demanda alta. A recepção estava cheia e os médicos não pararam até agora”, contou uma recepcionista. As unidades de saúde só devem voltar a atender normalmente em agosto.
Pasta se esforça para diminuir prejuízo, diz diretora de secretaria
A diretora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Kátia Martins Soares, diz que a pasta se esforça para “diminuir o prejuízo” decorrente da redução de médicos em atendimento no mês de julho. Ela afirma que o órgão faz planejamento para a concessão de férias aos profissionais. “A gente já faz o controle das férias”, assevera.
Kátia observa que julho é também um mês de férias escolares, o que, segundo ela, estimula o maior número de pedidos por parte dos profissionais para que passem o período com os filhos.
No entanto, acrescenta a diretora, a pasta geralmente chama os médicos credenciados que estão à disposição para aumentar a quantidade de plantões. Cada um deles pode fazer no máximo cinco plantões, afirma Kátia, ressaltando que o valor individual varia de R$ 850 a R$ 1.250. Outra estratégia que a secretaria tenta usar para diminuir o impacto das férias dos médicos no atendimento é a fragmentação delas. Ou seja, há negociação para concessão de duas férias de 15 dias, em vez de uma de 30 dias.
“Todos os plantões da rede possuem médicos. Em alguns pode haver redução. Ou seja, uma escala que deveria ter cinco profissionais passa a ter quatro profissionais no período”, explica, para emendar: “A maioria deles tem férias fragmentadas.”
A diretora diz ainda que muitos médicos pedem férias em julho, mas nem todos os pedidos são atendidos. “São estratégias que a gente utiliza para que tenha menor prejuízo em relação ao funcionamento. São meses de maior concentração, de solicitação. A gente já faz regulação de todos os pedidos.”
Maior demora e menos atendimentos de urgência
Por um lado, a falta de médicos eleva o tempo de espera por atendimento e motiva reclamações como a da auxiliar de serviços gerais Rosilene de Jesus Silva, de 34 anos. Grávida de 6 meses, ela permaneceu por mais de 3 horas ontem no Cais da Chácara do Governador. Por outro, o número de atendimentos médicos de urgência na rede municipal de Saúde vem caindo desde fevereiro, quando houve um surto de dengue na capital, fazendo com que a procura fosse atípica, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Naquele mês, a média diária de atendimento em 12 unidades foi de 2.945, passando para 2.919 em março, quando o surto ainda era notado. Em abril, a média passou para 2.391 atendimentos, caindo para 1.963 em maio e 1.793 em junho. Já nos primeiros 15 dias deste mês, foi de 1.667.
Das 12 unidades que tiveram os números repassados pela SMS, 7 estão entre as que estão com déficit de médicos devido às férias. Destas, quatro tiveram uma queda na média de atendimentos de urgência entre julho e junho maior do que a registrada entre junho e maio. Na Upa Itaipu, a redução do número de atendimentos foi de 13,4% entre junho e julho, sendo que entre junho e maio a queda foi de 4,63%. Já no Cais do Jardim Guanabara a redução foi de 19,93% ante 11,12% registrados na comparação dos meses anteriores. A mesma situação foi notada no do Parque das Amendoeiras (13,65% ante 9,45%) e no da Vila Nova (4,87% ante 2,59%). No da Chácara do Governador e de Campinas, assim como no Ciams Jardim América, a redução entre junho e julho foi menor do que entre maio e junho. A comparação entre junho e julho foi feita considerando metade dos atendimentos realizados em junho – pois engloba apenas 15 dias.
3 perguntas para Rafael Martinez
O presidente do Sindicatos do Médicos no Estado de Goiás (Simego) reconhece o direito às férias dos profissionais, mas diz que a Secretaria Municipal de Saúde deve planejar cronograma para evitar problemas de atendimento.
1 – Como o senhor avalia a quantidade de médicos de férias no mesmo período?
O gestor é quem comanda a questão de autorizar ou não as férias. Ao autorizar, deve ter a possibilidade de fazer a cobertura desses profissionais. Deveria ter planejamento, para que o médico contratado cumprisse a carga horário dos médicos efetivos. Se, em uma unidade, independente do fluxo de pessoas, um entrar de férias, é preciso que outro cubra. Não dá para pressupor que vai atender menos.
2 – Portanto, não deveria diminuir a equipe do plantão?
Plantão não pode ficar sem médico e diminuir a quantidade é um risco. Como tem médicos que podem ser contratados para cobrir os efetivos, é preciso mesmo fazer planejamento de cobertura.
3 – Inclusive no mês de férias?
Se na unidade de saúde é preconizado um número de plantonistas no período, o número deve ser mantido mesmo com férias de algum. A previsão que existe vislumbra o atendimento diário. Se falta profissional, vai sobrecarregar os que ficaram em atendimento e as pessoas terão de ficar um pouco mais. Ou seja, o atendimento que o médico vai ter de fazer varia com o tempo e isso poderá aumentar.
…………………………..
JORNAL OPÇÃO
“Vamos realizar um sonho do servidor público”, diz Marconi sobre novo hospital
Por Alexandre Parrode
Hospital do Servidor deve ser entregue no primeiro semestre do ano que vem e contará com 211 leitos, sendo 30 de UTI
O governador Marconi Perillo vistoriou, na tarde desta quinta-feira (21/7), as obras do Hospital do Servidor Público, localizado na Avenida Bela Vista, no Parque Acalanto, em Goiânia. O hospital está com 70% das obras concluídas e deve ser entregue no primeiro semestre de 2017.
O hospital, que teve um investimento de R$ 67 milhões, terá 211 leitos, sendo 30 de UTI. Marconi afirmou que o governo estadual realizará um sonho do servidor público quando a unidade de saúde for entregue.
Ele destacou que o hospital será um dos maiores do Estado, e ressaltou que o Ipasgo, que administra a obra, é o plano de saúde com maior credibilidade em Goiás e convênio com mais de 100 prefeituras.
“O Ipasgo cumpre, hoje, rigorosamente suas obrigações com os prestadores de serviço. Nos últimos cinco anos, ampliamos enormemente os serviços porque alcançamos o equilíbrio da situação financeira. Esse hospital sempre foi um sonho dos servidores. Ele atenderá toda a rede conveniada, que tem aproximadamente 600 mil contribuintes e usuários”, afirmou.
O Hospital do Servidor Público contará ainda com 40 apartamentos para internação e 18 leitos para quimioterapia, atendimento ambulatorial, centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade, central de diagnóstico laboratorial e de imagem, UTI pediátrica, neonatal e adulta.
“Será um upgrade na administração estadual e na administração do Estado”, endossou Marconi, que esteve acompanhado do presidente do Ipasgo, Francisco Taveira Neto, na vistoria das obras. (Com informações do Gabinete de Imprensa do Governador de Goiás)
………………………………….
CORREIO BRAZILIENSE
Pílula do câncer será testada em humanos
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem que os testes em humanos com a fosfoetanolamina sintética, mais conhecida como a “pílula do câncer”, terão início na segunda-feira. Eles serão encabeçados pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). A pesquisa prevê a participação de até 1 mil voluntários, e a primeira fase contará com 10 participantes, que vão receber a substância para que seja determinada a segurança da dose que tem sido utilizada pelos pacientes.
Se eles não apresentarem efeitos colaterais, uma nova etapa será iniciada com 21 participantes para cada um dos 10 tipos de tumor que vão fazer parte da pesquisa, como pulmão, mama, próstata, estômago e fígado. Os participantes serão avaliados e, caso a pílula apresente atividade, serão incluídos mais 20 voluntários em cada grupo. A eficácia da substância será levada em consideração para a inclusão de mais participantes, que pode chegar a 100 para cada tipo de câncer. Os voluntários serão monitorados por uma equipe multidisciplinar do Icesp.
A fosfoetanolamina sintética virou centro de uma polêmica após começar a ser distribuída para pacientes com câncer antes de ser testada em humanos e sem liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela foi desenvolvida pelo professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo de São Carlos Gilberto Chierice. Testes com cobaias estão sendo realizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, mas a eficácia da substância ainda não foi comprovada.
Resultados negativos
Até aqui, os testes oficiais com a fosfoetanolamina não apresentaram resultados satisfatórios. Em março, a primeira avaliação independente, feita por pesquisadores da Universidade de São Paulo de São Carlos, chegou à conclusão de que a droga tinha baixo grau de pureza e efeitos desconsideráveis sobre células tumorais — inferior aos medicamentos já disponíveis no mercado. Na ocasião, o resultado foi divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Na esteira da pressão popular pela liberação da substância, o Congresso Nacional aprovou e o governo federal, à época comandado por Dilma Rousseff, sancionou, em março, lei liberando a fosfoetanolamina para pacientes diagnosticados com tumores malignos. A decisão recebeu diversas críticas do setor e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Diante da repercussão, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a lei, alegando que ela invadia competência da Anvisa.
Segundo os ministros, a lei ainda era ilegal, pois liberava um medicamento sem estudos necessários que comprovem sua segurança e eficácia. À época, o Ministério da Saúde divulgou nota enaltecendo que o voto dos ministros ratifica o parecer de técnicos da pasta e ainda pediu a conclusão dos estudos clínicos para que o uso fosse liberado.
……………………………..
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação