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DESTAQUES
Nota da AMB endossa defesa de Zacharias Calil por tratamento precoce contra a Covid-19
Exames para covid-19 tem variação de 137%
Goiânia aumenta em 347,5% número de UTIs
A vida dos idosos na pandemia
Estações de higienização não são recomendadas por Conselhos de Medicina
Uma comunidade em pânico
Avanço preocupa autoridades
Prefeituras relatam demoras
Médico de 49 anos morre vítima da covid-19 em Goianésia
Goiânia atinge 92,5% de ocupação dos leitos de UTI
TV ANHANGUERA
Sem condições de trabalho
Médicos pedem demissão diante da falta de exames e de remédios nos Cais.
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=78382768
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DIÁRIO DA MANHÃ
Nota da AMB endossa defesa de Zacharias Calil por tratamento precoce contra a Covid-19
O deputado federal e médico Zacharias Calil (DEM-GO) ressalta que seu posicionamento quanto ao tratamento precoce de pacientes diagnosticados com a Covid-19 nada mais é do que o cumprimento do ofício da medicina, que no caso de falta de tratamento conhecido e comprovado cientificamente, delega ao profissional médico intervir e aplicar o procedimento que entender, de acordo com seus conhecimentos, mais adequado contra a doença.
"O que está acontecendo neste período de luta contra a Covid-19 é semelhante ao que nós, médicos, vivenciamos em várias situações. Só que agora de forma mais acentuada, devido ao grande número de casos de uma doença que ainda não tem tratamento específico. Então, cabe ao médico que atender o paciente recomendar e usar o tratamento mais adequado para combater os sintomas que esse paciente apresenta, já que não existe um medicamento contra a doença em si", explica Zacharias.
Ele defendeu o tratamento precoce, inclusive em reunião técnica da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, da qual ele faz parte na Câmara dos Deputados, para que se possa evitar a falta de leitos de UTIs para pacientes em estado grave, como acontece em todo o país, inclusive em Goiás.
Zacharias ressalta e concorda com a Associação Médica Brasileira (AMB), que nno domingo, 19/07, veio a público, por meio de nota, defender a autonomia dos médicos na prescrição de medicamentos a pacientes enfermos em casos da não existência de tratamento comprovado cientificamente para a doença da qual esse paciente foi acometido, como por exemplo a Covid-19. "É bastante provável que cheguemos ao final da pandemia sem evidências consistentes sobre tratamentos", diz a nota, sobre a Covid-19.
Contra politização
Da mesma forma que a AMB, Zacharias critica as intervenções nas medidas tomadas pela comunidade médica e a politização de mais esse tema relativo ao tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. "Os holofotes da sociedade voltados para a pandemia, e em especial para a classe médica, por vezes acabam alimentando vaidades e ofuscando a percepção sobre a tênue fronteira entre o campo técnico-científico e o campo político/ideológico/partidário", diz a nota.
Assim como a questão dos cuidados que muitas entidades e governos dizem ter sem também haver comprovação e estudo científico ao defender que não se faça o uso de alguns medicamentos – o que o deputado Zacharias Calil tem criticado, pois isso desconsidera a opinião do médico que conhece o diagnóstico do paciente – a AMB reforçou que não se pode permitir que "ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas pelos holofotes, nos façam regredir em práticas já tão respeitadas. Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina."
A AMB tratou da questão citando a hidroxicloroquina. Já o deputado Zacharias Calil defendeu na semana passa a utilização da ivermectina no tratamento precoce. "Fiz o uso de ivermectina e familiares meus, também", disse ele, durante coletiva realizada no dia 13 para assinatura do novo decreto do governo de Goiás que regulamentou a abertura do comércio. "Se houver alteração na oximetria e na tomografia do paciente que apresente sintomas, entra com o tratamento. Isso pode evitar que o paciente vá para a UTI. É tratar de maneira preventiva e com melhor resultado", defendeu Zacharias.
Em sua nota, a AMB lamentou o que ela chama de derby político em torno da hidroxicloroquina. "Deixará um legado sombrio para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restringida, como querem os que pregam a proibição da prescrição da hidroxicloroquina. Essa restrição vai contra a própria Declaração de Helsinque."
A AMB reforçou que é signatária da Declaração de Helsinque, da WMA, juntamente com associações médicas de centenas de países, e que tem o compromisso de defender a preservação da autonomia do médico, ao afirmar que também defenderá o Parecer 4/2020 do Conselho Federal de Medicina, que disciplina o assunto.
A Declaração de Helsinque defende que "no tratamento de um paciente individual, em que não existem intervenções comprovadas ou outras intervenções conhecidas foram ineficazes, o médico, após procurar aconselhamento especializado, com consentimento informado do paciente ou de um representante legal, pode usar uma intervenção não comprovada se, no julgamento do médico, oferecer esperança de salvar vidas, restabelecer a saúde ou aliviar o sofrimento. Essa intervenção deve ser posteriormente objeto de pesquisa, destinada a avaliar sua segurança e eficácia. Em todos os casos, novas informações devem ser registradas e, quando apropriado, disponibilizadas ao público."
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Exames para covid-19 tem variação de 137%
Pesquisa foi feita pelo Procon Goiás em sete laboratórios do Estado
O Procon Goiás encontrou uma variação de até 137,04% em alguns exames de laboratórios para detectar se o cidadão está ou foi infectado pelo novo coronavírus e está com Covid-19. Os dados da pesquisa foram divulgados ontem (21) pelo órgão, que fez o levantamento em sete laboratórios no dia 10 de julho.
Durante o levantamento foram analisados os preços de três tipos de exames entre ele o RT-PCR, que indica se o paciente tem o vírus ativo, e os testes de sorologia IgG e IgM e IgG e IgA, que mostram que o organismo possuí anticorpos contra o vírus
Durante a pesquisa foi encontrada uma variação de 42,86% no preço dos exames do tipo RT-PCR, que foi encontrado com valores que variam de R$ 280 a R$ 400.
Para verificar se o corpo tem anticorpos contra o vírus, no caso os exames IgG e IgA, a variação chegou a 137,4%, pois o exame foi encontrado sendo comercializado com valores que variam de R$ 135 a R$ 320, por sua vez a variação do IgG e IgM chega a 59,09% segundo os dados divulgados pelo Procon Goiás.
Orientações
O órgão informa que o levantamento foi feito com base a deixar os consumidores informados sobre o preço praticado pelos laboratórios. E orienta que o consumidor ao ser submetido ao exame verifique a qualidade do serviço prestado pela unidade laboratorial.
Em caso de má prestação do serviço, o consumidor pode procurar o Procon Goiás e denunciar o caso pelos telefones 151 ou (62) 3201-7124 e também pode registrar a reclamação pelo Procon Web no site proconweb.ssp.go.gov.br.
A orientação do Procon Goiás é que a pessoa que tiver algum sintoma da doença procure o médico, para que ele possa passar o exame adequado para o momento.
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Goiânia aumenta em 347,5% número de UTIs
Em maio, a cidade contabilizava 40 leitos de UTI para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus. Em oito semanas, o número passou para 179, com perspectiva de aumentar ainda mais no início de agosto
A Prefeitura de Goiânia adotou uma série de medidas para conter a propagação do novo coronavírus na cidade e garantir a estrutura de saúde necessária para atender a população. De acordo com o prefeito íris Rezende, os esforços da administração pública municipal estão voltados diuturnamente para garantir que a capital atravesse, com o menor trauma possível, a grave pandemia que assola o mundo.
"Desde antes desse vírus chegar em Goiânia, nós já vínhamos preparando nossa rede de saúde para o enfrentamento à pandemia. É algo que não tem precedentes no mundo nos últimos 102 anos, de forma que todos os nossos esforços estão concentrados para garantir assistência à saúde e proteção à nossa população. Estamos trabalhando dia e noite, abrindo novos leitos, contratando novos profissionais, dando toda assistência para que vençamos essa pandemia que tem atingido o mundo inteiro" explica.
Nos últimos dois meses, Goiânia passou de 40 para 179 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) direcionados especificamente para o tratamento da covid-19. O aumento exponencial de 347,5% no número de leitos, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é resultado de uma série de ações, que incluem ainda a realização de testagem e monitoramento de casos suspeitos, para conter o avanço do novo coronavírus e garantir assistência médica especializada para toda a população.
Segundo a superintende de Regulação da capital, Andreia Alcantara Barbosa, o município trabalha desde o início da pandemia para ampliar a oferta de leitos.
"Dificilmente iremos encontrar outra capital que apresente essa ampliação tão expressiva dos leitos de UTI no país. E a perspectiva do município é dobrar o número de leitos nos próximos dias"," afirmou em entrevista nesta terça-feira (21/7), lembrando que no último dia 13 a Prefeitura de Goiânia realizou um pregão eletrônico e contratou 100 novos leitos de UTI.
"Agora, depois de realizar esse processo licitatório, a SMS vai montar os equipamentos. Eles começarão a ser operacionalizados na primeira semana de agosto no novo prédio do Hospital das Clínicas, um dos 11 espaços direcionadas para o tratamento da covid-19 no município" garantiu.
Sobre a ocupação dos leitos de Goiânia por pacientes do interior, Andreia Alcantara explicou que neste momento de pandemia, especificamente para o tratamento da covid-19, a regulação de pacientes das cidades goianas é realizada pela Central de Regulação do Estado.
"Essa medida foi acordada, de forma colegiada, entre Goiânia, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás e as outros 245 municípios. Quando existe a necessidade de transferir um paciente para Goiânia, o Estado é quem solicita para a Central de Regulação da capital"," detalhou.
De acordo com a gestora, Goiânia segue trabalhando para que os pacientes não fiquem aguardando em filas de espera. "Apesar de termos vistos situações semelhantes em outras capitais, isso até hoje não ocorreu em Goiânia porque o município atua para implantar novos leitos à medida que o município registra novos casos da doença" finalizou Andreia Alcantara.
Números
De acordo com o último informe epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, 10.998 casos de Covid-19 foram registrados na capital. Desses, 9.970 infectados já se recuperaram da doença, o que corresponde a 91% dos casos registrados. 11% das pessoas que contraíram o vírus necessitaram de internação, 50% deles em unidade de tratamento intensivo. Atualmente, 379 pessoas continuam internadas.
Até ontem, terça-feira, 21/07, foram registrados 329 óbitos por Covid-19 em Goiânia, o que representa um índice de 21,9 mortes por cada grupo de 100 mil moradores. Essa média Brasil é de 38,15 óbitos por cada grupo de 100 mil habitantes. A média móvel de novos casos de Covid-19 da última semana em Goiânia, que representa o número de novos casos dividido por sete, foi de 151, contra uma média móvel de 238 novos casos diários na semana compreendida entre 6 e 12 de julho.
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A vida dos idosos na pandemia
Idosos são os que mais padecem e necessitam de uma maior atenção durante as medidas tomadas de combate ao coronavírus
A pandemia provocada pelo novo coronavírus, isolou familiares e amigos do lazer e da convivência social. Entretanto, a saudade e a necessidade de preservar a vida, principalmente dos idosos, que formam o grupo mais vulnerável em contaminação e complicações, em decorrência das doenças pré-existentes, são os que mais padecem e necessitam de uma maior atenção.
Os protocolos orientam que fiquem isolados, e os jovens, especificamente às crianças (que muitas vezes são assintomáti-cos), devem manter distância das pessoas com mais de 60 anos. E com isso podem ocorrer para os idosos uma sensação de abandono e tristeza.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de letalidade do vírus é baixa, em torno de 2% e 3% no mundo. Afirmam que 80% da população vai ter a infecção e apresentar apenas sintomas leves. Mas a seriedade se modifica com o avanço dos anos, as evidências demonstram um aumento de 8% em pacientes de 70 a 79 anos e atingem 15% em maiores de 80 anos.
Mas, antes de qualquer intervenção a ser feita com os idosos, é necessário que aqueles que estão no convívio direto, sejam familiares, amigos ou cuidadores, estabeleçam uma boa comunicação, para poder entender as preferências e rotinas do idoso.
No caso, é importante incentivar os idosos a estarem utilizando principalmente a internet para criar algumas situações, como jogos e brincadeiras virtuais, que incluam todos da família. Incentivar a acompanhar as cerimônias religiosas por meio virtual, transmitir vídeos e fotos
Para a pensionista Matilde Lima Barbosa, 86 anos, moradora na Cidade Satélite São Luís, Aparecida de Goiânia, com sete filhos, nove netos e 12 bisnetos, a pandemia mudou muito sua costumeira rotina. Além de impedir a convivência com os seus familiares.
Idosa revela que sente falta do contato com as crianças da escola que passavam por sua quitandinha
Antes, ela acordava todos os dias às 6h30, para atender as crianças da escola, em frente a sua casa, na quitandinha de balas e doces, seu passatempo predileto. Agora que a escola fechou por conta do decreto governamental, ela afirmou que está sem chão. "Não está tendo aulas, as escolas estão fechadas, quando reabrir eu começo novamente a trabalhar. Estou sentindo muita falta dos meninos, pois para mim era a terapia melhor que tinha'," destacou.
Orientações
De acordo com o psicólogo Leonardo Ferreira Faria é importante incentivar o idoso, concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas, assim como ter uma dieta equilibrada, evitar o consumo de álcool e tabaco, ter uma rotina de sono regular e orientar os idosos a se afastar das notícias trágicas sobre o vírus.
"Mesmo dentro de casa, incentivá-los a encontrar um local para banho de sol, e à prática de atividades físicas leves, e caminhada"," declarou o especialista.
Segundo Leonardo Faria, é necessário manter uma comunicação clara e respeitosa, com informações compreensíveis, realistas e cuidadosas sobre a condição de saúde do idoso, assim como possíveis medidas para manter a saúde.
"As argumentações devem explicitar que as preocupações e as orientações que estão sendo feitas, pelo fato de termos amor por eles, e não o contrário. Ao mesmo tempo explicar também que todos nós na vida passamos por frustrações, que foram causadas por momentos onde tínhamos que renunciar àquilo que gostamos, para não termos consequências negativas em nossas vidas. Isso pode ser feito com o uso de exemplos, e momentos de superação que o idoso já tenha passado na vida. Por isso é importante falar dessas situações e buscar resoluções possíveis" destacou.
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GENTE DE OPINIÃO
Estações de higienização não são recomendadas por Conselhos de Medicina
Um questionamento que o Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) tem compartilhado é a respeito da eficácia ou não das chamadas estações de higienização utilizadas em todo o Brasil como suposta medida preventiva de desinfecção de pessoas contra a Covid-19 em locais de grande circulação, como ruas e rodoviárias. Em nota encaminhada para os Conselhos de todo o Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) fez um alerta se posicionando a respeito.
De acordo com o Presidente do Cremero, Dr. Robinson C. Machado Yaluzan, a recomendação é de que as pessoas não se exponham às chamadas câmaras, cápsulas, cabines ou túneis de desinfecção. "Por ausência de comprovação científica, seguimos a opinião do CFM que ainda alerta para os possíveis danos à saúde que a utilização de estruturas para desinfecção com saneantes aplicados diretamente sobre a pele e as vestimentas pode trazer para a população", acrescentou.
Em Rondônia, até o momento não chegou ao conhecimento do Cremero que alguém tenha adotado as mesmas. Para reforçar, não existe qualquer produto aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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O POPULAR
Uma comunidade em pânico
Mais de 50 pessoas de um grupo de ciganos de Trindade, que tem nas reuniões festivas uma de suas características culturais, se contaminaram com o coronavírus. Um homem morreu
Em Trindade, município da região metropolitana de Goiânia, vive a quinta maior comunidade cigana do país, segundo pesquisadores do assunto. O ramo, da etnia calon, atravessa dias de angústia depois que um de seus membros morreu em decorrência da Covid-19. O número de infectados aumentou muito entre o grupo, que vem denunciando dificuldade de acesso a testes públicos em decorrência de preconceito. A Secretaria Municipal de Saúde diz que desde o início da pandemia tem prestado assistência aos ciganos e ampliou a atenção após uma festa ocorrida em junho, que teria contribuído para a disseminação do coronavírus (Sars-CoV-2) na comunidade.
Nesta terça-feira (21), havia, segundo Júlio César, um dos representantes da comunidade cigana, 55 pessoas com resultado positivo para Covid-19 e em torno de 100 casos suspeitos. Em Trindade, cerca de 1.200 ciganos, não somando as crianças, vivem na Vilas Pai Eterno e Samarah, e outros poucos espalhados pelos setores Serra Dourada e Vila Maria. No dia 15 deste mês morreu Eurípedes do Socorro Soares, de 44 anos, que ficou pouco mais de uma semana internado, mas não resistiu às complicações da Covid-19. Outros integrantes do grupo chegaram a ir para o hospital e até a ocupar leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Todo esse cenário levou muitos da etnia a procurar outras cidades temendo o contágio.
Foi o que ocorreu com Simone Soares da Costa, de 44 anos, prima de Eurípedes. Ela, o marido Erli Gomes da Silva, de 46, e os filhos crianças, um deles especial, buscaram uma chácara perto de Iporá. "Meu filho tem baixa imunidade, fiquei com medo. Choro o dia inteiro preocupada com a situação lá." Simone conta que vários membros de sua família precisaram ser internados, entre eles sua mãe. Para ela, a grande contaminação da comunidade cigana ocorreu porque eles são unidos e tudo o que fazem é reunindo pessoas. Júlio César disse que por duas vezes tentou explicar essa situação cultural às autoridades de saúde, mas não foi ouvido. Mesmo enraizados na cidade desde os tempos do Barro Preto, o aglomerado urbano que deu origem a Trindade, os ciganos calon não perderam hábitos da etnia, entre eles as cerimônias festivas.
Simone e o marido Erli Gomes da Silva, de 46, são muito conhecidos entre os ciganos de Trindade. Ao lado de outros ativistas mobilizaram estudiosos e autoridades na tentativa de amenizar a situação. "A maioria das pessoas não tem recursos, por isso, além de passar necessidades, não pode fazer testes por conta própria. "Nós fomos à prefeitura pedir cestas básicas, produtos de higiene e solicitar que a comunidade fosse testada", conta Erli. Segundo ela, foram enviados cerca de 80 testes, número insuficiente para atender aproximadamente 250 famílias.
Desde 2009 o pastor Lázaro de Oliveira, da Igreja Presbiteriana, trabalha com os ciganos, oferecendo um projeto esportivo e uma escola, por considerar que comunidade é invisível às autoridades. Ele confirma que reforçou o grupo que esteve na prefeitura pedindo orientação e ajuda nesta pandemia. "Pedimos cestas básicas porque quanto mais a pandemia avança, mais há necessidade. Também solicitamos exames, mas eles testaram apenas duas pessoas e desapareceram." Júlio César conta que um deficiente começou a apresentar sintomas e eles conseguiram que ele fosse testado pela Secretaria de Saúde, mas outros seis membros da família que tiveram Covid-19 descobriram porque contaram com a ajuda de pessoas da comunidade para fazer o teste.
Contando com a ajuda de ativistas e pesquisadores da cultura cigana, a comunidade de Trindade conseguiu mobilizar a secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Sandra Terena, que esteve em Trindade na semana passada. A representante do governo federal foi conversar com a secretária Branca Ferreira sobre as ações em andamento para conter o avanço do coronavírus no grupo étnico. "Pelo que eu soube até agora nada aconteceu, a prefeitura de Trindade continua muito omissa, assim como o governo federal, e a comunidade está apavorada. E o pior é que, aqueles com melhores condições, estão saindo da cidade podendo contaminar outras pessoas em locais diferentes", diz Aluízio Azevedo, o Cigano Kalon.
Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/ICICT), da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Aluízio Azevedo conhece como poucos a realidade de seu povo no Brasil. "É preciso testar todo mundo", enfatiza. Ele conta que durante a reunião com Sandra Terena foi dito que não estavam garantidos testes para todos. Ele diz que isso é ruim, exatamente pelo modo de vida dos ciganos que estão sempre juntos. Para Júlio César a prefeitura de Trindade deveria ter feito um trabalho maior de divulgação na comunidade cigana, explicando os riscos de se contrair a doença em razão das reuniões em família. Muita gente de um mesmo ramo familiar se contaminou.
Memorial cigano
O Instituto Cigano do Brasil (ICB), com sede no Ceará, decidiu fazer um Memorial Virtual das pessoas da etnia que estão perdendo a vida para a Covid-19. O presidente da instituição, o calon Rogério Ribeiro, disse que a homenagem objetiva "tirar da invisibilidade cidadãos que têm família, história e deixaram um legado após a morte". Pelos números do ICB, até esta terça-feira (21), 23 ciganos morreram no Brasil em decorrência do coronavírus (Sars-Cov-2), 19 deles do grupo calon e 4 do grupo Rom. Em Goiás há registro de óbito de três homens calon desde o início da pandemia.
O Memorial das Vítimas de Covid do Povo Cigano do Brasil já está ativo no Facebook. Para participar, familiares ou amigos das vítimas deverão acessar a página e informar nome, idade e uma pequena descrição sobre a pessoa homenageada.
Prefeitura de Trindade diz que tem dado apoio
A Secretaria Municipal de Saúde de Trindade disse que desde o início da pandemia tem oferecido assistência necessária a todos os moradores, incluindo a "comunidade cigana que é parte integrante da população trindadense". Conforme a pasta, além do suporte assistencial das unidades de saúde, a etnia tem recebido atenção especial da secretaria "desde junho. quando houve um casamento com mais de 200 convidados, conforme citado pelos próprios". Nessa festa, de acordo com a pasta, havia uma pessoa com Covid-19 e outras surgiram com sintomas. "Como a vivência em união é uma característica na comunidade cigana, esse número vem aumentando", diz a nota da Secretaria de Saúde de Trindade.
A pasta garante que, para conter o aumento de casos, tem feito o acompanhamento de perto de todos os ciganos diagnosticados com Covid-19 e de todos aqueles buscaram atendimento nas unidades básicas de saúde do município apresentando sintomas. O acompanhamento, diz a nota enviada ao POPULAR, se estende a todos que foram "listados como confirmados e/ou suspeitos por representantes da própria comunidade".
A secretaria informa que a maior parte dos ciganos apresenta sintomas leves, mas por causa do contato diário com pessoas positivadas ou sintomáticas, gostaria que fosse disponibilizado testagem em massa, até mesmo de pessoas sem sintomas. O órgão ressalta que tem realizado testes na comunidade cigana, até mesmo em domicílio, mas a prioridade é a avaliação médica e o tratamento medicamentoso de imediato. "Testagem é para fins diagnósticos e deve ser realizada conforme solicitação médica, mediante avaliação e seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde", diz a nota do órgão.
Aos representantes dos ciganos, a pasta informou que "o pessoal dos Direitos Humanos de Brasília" ficou satisfeito com monitoramento voltado à comunidade étnica, "sendo assim estamos dando continuidade ao acompanhamento". O POPULAR tentou ouvir Sandra Terena, mas não obteve sucesso.
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Avanço preocupa autoridades
Velocidade com que novo coronavírus se propagou, principalmente nos bairros periféricos, no fim de junho chamou atenção da SMS que prepara ampliação da testagem
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia reconhece que a velocidade com a qual o novo coronavírus (Sars-CoV-2) avançou na capital foi maior do que o esperado e acredita que isso se deve ao comportamento da população durante o período que prevaleceu o decreto de flexibilização que antecedeu o fechamento das atividades comerciais por 14 dias na primeira quinzena de julho.
Inquérito epidemiológico feito no dia 11 de julho e divulgado seis dias depois mostrou que 6,7% da população já pode ter sido contaminada com Covid-19 desde o início da pandemia, ou seja, cerca de 101 mil goianienses. O relatório anterior, coletado no dia 20 de junho, mostrava um porcentual bem menor, de 2,1%, o equivalente a 38 mil pessoas. Os resultados dos inquéritos mostram a situação da Covid-19 de 7 a 14 dias antes da coleta, por isso estima-se que este avanço ocorreu antes do fechamento do comércio iniciado no dia 30 de junho na capital.
O superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Yves Mauro Ternes, afirma que a expectativa era de uma taxa de contaminação menor, mas que os dados revelados pelo inquérito vão ajudar a focar estratégias para cortar a cadeia de transmissão nos bairros em que a situação é mais grave. "Está um pouco acima do esperado e reflete o baixo valor do isolamento social verificado em Goiânia", comentou.
Isso porque o novo coronavírus não avança de forma unânime pelas regiões. Em três semanas, o total de contaminados no distrito sanitário Norte (que abrange bairros como o Jardim Guanabara) subiu de 1,6% da população para 12,8%, enquanto o do Distrito Leste (Novo Mundo, Universitário etc) foi de 1,7% para 8,7%. Antes deste aumento, os distritos que estavam à frente eram o Noroeste (Jardim Curitiba e região) e o Sul (Bueno, Setor Marista).
Para Yves, os dados que constam nos inquéritos apontam com maior precisão a abrangência territorial da Covid-19 do que, por exemplo, observar a lista dos bairros com mais casos confirmados, que varia conforme a condição dos moradores de fazerem testes pela rede particular. "O inquérito consegue fazer uma varredura na cidade."
O superintendente diz que a SMS está investindo na ampliação de testagem, tendo como alvo justamente as regiões mais periféricas e a população mais carente, para detalhar melhor como o vírus está espalhado. Até a próxima semana a SMS deve contratar uma empresa para realização de 100 mil testes do tipo padrão (RT-PCR) e mais 100 mil testes rápidos para coleta volante.
Yves também acredita que o projeto de rastreamento de contatos de pessoas contaminadas, em implantação pelo governo estadual em parceria com Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e prefeituras, incluindo Goiânia. "Todo trabalho que envolve testagem é bem-vindo para mapear onde a doença está avançando e cortar a cadeia de transmissão."
Comportamentos de risco
Se por um lado os dados do último inquérito sorológico apontam um retrato de Goiânia no fim de junho, quando a situação estava mais crítica no Jardim Guanabara e nas proximidades da Ceasa, na BR-153, ambos na região Norte da capital, o avanço dos casos confirmados em outros bairros periféricos na primeira quinzena de julho alerta para outros tipos de problemas, mais ligados ao comportamento da população.
O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Yves Mauro Ternes, diz que o fato de bairros como o Conjunto Vera Cruz, na saída para Trindade, e Jardim Nova Esperança, na saída para Goianira, liderarem atualmente os números de mortes por Covid-19, mostram que o poder público precisa concentrar ações de fiscalização e monitoramento em setores mais periféricos, onde é mais difícil controlar a mobilidade da população e o comércio.
"Nestes bairros mais periféricos o comércio local estava funcionando mesmo com decreto (de revezamento que previa o fechamento dos estabelecimentos por 14 dias) e as pessoas circulando", comentou.
A opinião é a mesma do titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Walison Moreira, para quem é preciso avançar mais no trabalho de conscientização nos bairros periféricos. Em entrevista ao POPULAR no dia 20, Walison destacou a dificuldade das autoridades públicas de acompanhar o que acontece nas regiões mais afastadas do
Além de ter um dos quatro bairros com mais mortes registradas, a região Noroeste é também onde ficam os dois bairros que registraram maior crescimento de notificações de infecção pelo novo coronavírus na primeira quinzena de julho, conforme mostrou O POPULAR no dia 17: Jardim Curitiba e Parque Tremendão.
Dados mais recentes sobre a Covid-19 nos bairros mostram que o Conjunto Vera Cruz registra o mesmo número de óbitos que o Setor Bueno, 10, apesar de ter 127 casos confirmados da doença contra 487 do bairro localizado na região Sul da capital. O Bueno é o bairro com mais notificações. Já o Nova Esperança registra uma morte a menos, mas também menos casos: 112.
Situação oposta vive o Setor Universitário, que apesar de estar entre os 10 bairros com mais notificações, tem uma morte registrada até o momento.
Yves diz que os profissionais de saúde da rede municipal também perceberam que em alguns bairros periféricos com elevado número de óbitos, como o Vera Cruz e o Nova Esperança, muitos moradores ainda demoram para procurar ajuda médica, fazendo isso apenas quando o quadro se agrava. "Isso favorece uma evolução da infecção e depois não há tempo hábil."
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Prefeituras relatam demoras
Municípios de Goiás vivem rotina de espera por vagas de internação de pacientes com o novo coronavírus e há casos de óbitos antes de a vaga ser liberada. Transporte também é desafio
Em Campos Verdes de Goiás, 330 km de Goiânia, um paciente de 94 anos com o novo coronavírus esperou mais de dois dias até conseguir uma vaga em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta terça-feira (21). Já um paciente com o mesmo diagnóstico de Santo Antônio de Goiás morreu antes de ser transferido, assim que conseguiu a vaga, no último dia 12. O mesmo ocorreu com uma paciente de 88 anos em Cezarina, que morreu no último 3, após esperar a vaga por mais de 48 horas. Em São João d'Aliança foram dois casos de óbito antes de ser internado em um hospital estadual.
A demora para conseguir leitos de internação é um relato comum entre profissionais de unidades de saúde do interior. Reportagem do POPULAR do último fim de semana mostrou que seis a cada dez pedidos de vaga de UTI são negados na rede estadual, para pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. Já na edição de segunda, matéria mostrou que 6,5% das mortes pelo vírus em Goiás ocorreram longe dos hospitais, em ambulâncias, postos de saúde ou em casa.
Mesmo quando o paciente consegue a vaga de UTI, a família sofre com a demora e com a impressão de que o tratamento poderia ter sido melhor. É o caso dos parentes da aposentada Anália Soares da Silva, de 92 anos, que após aguardar o leito por quase três dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Canedo, morreu depois de dois dias de internação em um hospital de Goiânia, no dia 12 de julho.
"Quando ela foi internada, estava bem consciente, conversando, não tinha febre nem nada. Estava precisando de UTI por causa do pulmão. Quando a vaga saiu já estava tarde. O quadro já tinha agravado muito", diz a neta de Anália, a dona de casa Adagle da Silva Lopes, de 41 anos. Anália deixou 8 filhos, 32 netos, 22 bisnetos e 16 tataranetos.
A neta lembra que desde o primeiro dia de internação não pode ver mais a avó, por conta do risco de contaminação. Quando ia à UPA, conseguia ouvir a aposentada chamar pelo nome dos filhos. Mesmo com a idade avançada, ela era ativa, com a ajuda de um andador. "Era uma pessoa muito forte ainda. Se não fosse a doença, ainda estaria aqui", relata Adagle.
O aposentado José Gomes do Sacramento, de 94 anos, terminou a angústia da espera na tarde desta terça-feira (21). Ele estava desde sábado (18) em Campos Verdes de Goiás, aguardando por uma vaga de internação de UTI para coronavírus. A solicitação do leito foi atendida no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), a 280 km. O Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu não tinha vaga disponível.
"Foi feito o pedido tem três dias. Hoje (terça-feira, 21) saiu a vaga. Foi muita ansiedade. Toda hora eu ligava para o médico, para a assistência social, ver se saía vaga para hospital", relata a nora de José, a autônoma Maria da Paz Araújo Gomes, de 53 anos.
A secretária municipal de saúde de Campos Verdes, Rosalina Veríssimo, relata que a prefeitura avalia a possibilidade de comprar um leito de UTI do setor privado para alguma situação de emergência. "Nesta altura até os particulares a gente está com dificuldade de encontrar, porque os hospitais privados não estão ofertando também os leitos."
Em Santo Antônio de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia (RMG), a vaga chegou tarde. "Tivemos um óbito antes da liberação da vaga, que havia saído para Itumbiara como enfermaria e o paciente teria de ser UTI. O estado de saúde era grave e a equipe teve de entubar, sendo que o mesmo veio a óbito quatro horas após o procedimento", relata o secretário municipal de saúde Belchior Gonçalves da Rocha.
O gestor diz que além da demora para conseguir leitos, outro problema comum tem sido o transporte adequado dos pacientes quando a vaga sai para hospitais de campanha mais distantes. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) só atende para hospitais da capital. "Este fim de semana tivemos de locar UTI móvel para remoção por falta de unidades do Samu", conta. A dificuldade para conseguir transporte também foi relatada para a reportagem por secretários municipais de saúde de Damolândia e Varjão.
Em reportagem do fim de semana, o secretário estadual de saúde, Ismael Alexandrino, alegou que o aumento da fila de pedidos por UTI ocorreu por conta do acréscimo de infectados por Covid-19 em Goiás, incremento da procura de pacientes com plano de saúde e pedidos de internação sem necessidade por parte de alguns municípios.
Enfermeira conta luta por leitos
A coordenadora de enfermagem da UPA de Senador Canedo, Welma Nascimento, vive uma rotina de busca por leitos de internação para os pacientes mais agravados com o novo coronavírus, que precisam de uma UTI em um hospital estadual. "A gente fica o dia e noite lutando por essas vagas", relata a profissional.
De acordo com Welma, o tempo de espera por uma UTI Covid-19 já chegou a ser de cinco a seis dias, mas nos últimos dias o prazo tem diminuído para menos de três dias. As vagas são solicitadas em um sistema do Estado, mas para ter mais chances de conseguir, um funcionário da UPA fica por conta de atualizar a evolução do paciente com o máximo de informações possíveis. A coordenadora diz se lembrar de ter vivenciado até agora cinco casos de pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 que morreram antes de sair a vaga.
A enfermeira relata que há episódios de familiares de pacientes que não aceitam internações em hospitais muito distantes. Em uma situação mais grave, um familiar de paciente chegou a ameaçar que mataria alguém da unidade, se houvesse uma transferência para um hospital de campanha distante que ele não gostaria. "A gente se depara com situações de violência."
Segundo o secretário de Saúde de Senador Canedo, Thiago Moura, a UPA da cidade tem 25 leitos com respiradores e bombas de infusão para garantir a internação dos pacientes que aguardam vagas de UTI. Além disso, um hospital deve ser inaugurado com mais 25 leitos para retaguarda.
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A REDAÇÃO
Médico de 49 anos morre vítima da covid-19 em Goianésia
Lucas Cássio
Goiânia – O médico Flávio Fialho, de 49 anos, morreu nesta terça-feira (21/7) vítima da covid-19. Ele estava internado na UTI de um Hospital particular em Goianésia. Flávio Fialho atuou por muitos anos na Unidade de Ponto Atendimento de Goianésia e no Hospital Municipal da cidade.
Atualmente, o médico estava atuando no Hospital Estadual de Jaraguá. Por meio das redes sociais, o governador Ronaldo Caiado lamentou a morte do médico. “Perdemos um profissional da saúde para a covid-19. O médico plantonista Flávio Fialho trabalhava no Hospital Estadual de Jaraguá. Estive com ele em maio deste ano em minha última visita à cidade. Fará muita falta. Meus sentimentos a todos os familiares e amigos”, diz a publicação.
Segundo nota divulgada pela prefeitura de Goianésia, com a morte de Flávio Fialho, a cidade contabiliza 13 mortes provocadas pela covid-19.
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JORNAL OPÇÃO
Goiânia atinge 92,5% de ocupação dos leitos de UTI
Por Lívia Barbosa
Governos estadual e municipal somam esforços para a implantação de novos leitos. Serão 132 novos leitos de UTI na rede estadual e outros 100 na rede municipal de saúde
Segundo informações do boletim integrado da Prefeitura de Goiânia, Governo de Goiás, SUS e Ministério Público de Goiás, atualizado em 20 de julho, a taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 83,43% na rede estadual de saúde e de 92,50% na rede municipal de Goiânia.
De acordo com os dados disponibilizados, nesta segunda-feira, 20, dos 184 leitos de UTI dedicados à Covid-19 da rede estadual, apenas 30 estavam disponíveis. Já em Goiânia, de um total de 161 leitos de UTI, 12 estavam disponíveis.
Os esforços para a ampliação dos leitos seguem e 132 leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) já estão em fase de implantação na rede estadual. Outros 100 leitos estão sendo implantados na rede municipal de saúde da capital.
Em relação aos leitos de enfermaria, a taxa de ocupação é de 65,31% na rede estadual e de 79,60% na rede municipal. Estão em fase de implantação, 345 leitos comuns em Goiás e outros 30 em Goiânia.
Atualmente a rede estadual de saúde dispõe de 111 eitos de enfermaria disponíveis para Covid-19 e a rede municipal conta com 41 leitos livres.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação